ABSTRACT
Fundamentos:Parece haver diferenças na revascularização cirúrgica do miocárdio(RVM), com pior resultados nas mulheres. Objetivo: Avaliar a diferença na letalidade e no percentual de óbitos relacionados ao aparelho circulatório, diabetes mellitus e procedimento(ApCDMC), intra-hospitalar até um 1 ano pós-alta, entre homens e mulheres, submetidos à RVM, pelo sistema único de saúde, no estado do Rio de Janeiro(ERJ), de 1999 a 2003. Métodos:Os dados sobre RVM provieram dos bancos de autorização de internação hospitalar e declaração de óbito do ERJ. O relacionamento probalístico entre foi realizado através do RecLink. Excluiram-se RVM com trocas valvares.Consideraram-se 4 períodos de tempo(em dias): intra-hospitalar, até 30, de 31-180 e de 181-365 dias pós-alta; e 3 faixas etárias (em anos):20-49, 50-69 e >=70 anos percentuais de óbitos e taxas de letalidade por: sexo, faixas etárias, causas do ApCDM e períodos. Resultados: Encontrados 5180 pacientes submetidos à RVM, sendo que 675 morreram até um ano pós-alta. A letalidade intra-hospitalar foi 9,7 por cento nas mulheres e 7,2 por cento nos homens. As letalidades nos períodos de 0-30 dias, 31-180 e 181-365 dias pós-alta foram, respectivamente, nas mulheres: 11,8 por cento, 13,9por cento e 15,5 por cento, e nos homens 9,2 por cento, 10,9 por cento e 11,8 por cento. O percentual de óbitos por causa da ApCDM foi mais frequente nos homens jovens e nas mulheres mais idosas. Conclusões: As taxas de letalidade intra-hospitalar e até um ano pós-alta nas RVM foram mais elevadas nas mulheres no período masi afastado do procedimento, enquanto os homens morreram mais precocemente por essas causas.