RESUMEN
Abstract: Psychosocial evaluations are rarely conducted with community-dwelling individuals, especially those with higher risk of cardiovascular disease. This study aims to evaluate the perceptual stress and cardiovascular risk among women in a large cross-sectional study performed in Brazilian communities. Subjects aged over 18 years were included out of 500 public basic health units (BHU) in Brazil. All subjects were subjected to a clinical consultation and questionnaires application. Data were used to identify healthy lifestyle, smoking status, and self-perception of psychological stress. The National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) risk score (NRS) was used to estimate cardiovascular risk. Ethnicity information was self-reported, considering white versus non-white (black, brown, and mixed-race) women. A total of 93,605 patients were recruited from a primary care setting, of which 62,200 (66.4%) were women. Intense and severe auto-perception of stress was higher within non-white women at home (p < 0.001), at work (p = 0.008), socially (p < 0.001), and financially (p < 0.001) compared to white women. Therefore, the NRS indicates that non-white women had higher cardiovascular risk, lower physical activity, and lower daily vegetables/fruits consumption compared to white women (p < 0.001). Non-white women in Brazilian communities are susceptible to increased stress and cardiovascular disease risk, which adds up to disparities in access to the public health system.
Resumo: Avaliações psicossociais raramente são realizadas com indivíduos residentes na comunidade, especialmente aqueles com maior risco de doença cardiovascular. Este estudo tem como objetivo avaliar o estresse perceptivo e o risco cardiovascular entre mulheres em um grande estudo transversal realizado em comunidades brasileiras. Foram incluídas mulheres com idade superior a 18 anos de 500 unidades básicas de saúde (UBS) públicas do Brasil. Todas as participantes foram submetidas a consulta clínica e aplicação de questionários. Os dados foram utilizados para identificar estilo de vida saudável, tabagismo e autopercepção de estresse psicológico. O índice de risco (NRS) do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) foi utilizado para estimar o risco cardiovascular. As informações de etnia foram autorreferidas, considerando mulheres brancas versus não brancas (negras, pardas e pardas). Um total de 93.605 pacientes foram recrutados em um ambiente de atenção primária, dos quais 62.200 (66,4%) eram mulheres. A autopercepção intensa e grave de estresse foi maior em mulheres não brancas em casa (p < 0,001), no trabalho (p = 0,008), socialmente (p < 0,001) e financeiramente (p < 0,001) em comparação com mulheres brancas. Portanto, a NRS indica que as mulheres não brancas apresentaram maior risco cardiovascular, menor atividade física e menor consumo diário de vegetais/frutas em comparação às mulheres brancas (p < 0,001). As mulheres não brancas nas comunidades brasileiras são suscetíveis ao aumento do estresse e do risco de doenças cardiovasculares, o que aumenta as disparidades no acesso ao sistema público de saúde.
Resumen: Raramente se realizan evaluaciones psicosociales con personas que viven en la comunidad, especialmente aquellas con mayor riesgo de enfermedad cardiovascular. Este estudio tiene como objetivo evaluar el estrés perceptivo y el riesgo cardiovascular entre las mujeres en un gran estudio transversal realizado en comunidades brasileñas. Se incluyeron mujeres mayores de 18 años de 500 unidades básicas de salud (UBS) públicas de Brasil. Todas las participantes fueron sometidas a una consulta clínica y aplicación de cuestionarios. Los datos se utilizaron para identificar el estilo de vida saludable, el tabaquismo y la autopercepción del estrés psicológico. Se utilizó la puntuación de riesgo (NRS) de la Encuesta Nacional de Examen de Salud y Nutrición (NHANES) para estimar el riesgo cardiovascular. La información étnica fue autoinformada, considerando mujeres blancas versus no blancas (negras, marrones y mestizas). Se reclutó a un total de 93.605 pacientes en un entorno de atención primaria, de los cuales 62.200 (66,4%) eran mujeres. La autopercepción intensa y severa del estrés fue mayor entre las mujeres no blancas en el hogar (p < 0,001), en el trabajo (p = 0,008), socialmente (p < 0,001) y financieramente (p < 0,001) en comparación con las mujeres blancas. Por lo tanto, el NRS indica que las mujeres no blancas tenían mayor riesgo cardiovascular, menor actividad física y menor consumo diario de verduras y frutas en comparación con las mujeres blancas (p < 0,001). Las mujeres no blancas en las comunidades brasileñas son susceptibles a un mayor estrés y riesgo de enfermedades cardiovasculares, lo que se suma a las disparidades en el acceso al sistema de salud pública.
RESUMEN
Resumo Fundamento: Revisões sistemáticas anteriores não identificaram benefício do uso da hidroxicloroquina ou da cloroquina em pacientes com COVID-19 não hospitalizados. Após a publicação dessas revisões, os resultados do COPE, o maior ensaio clínico randomizado até hoje, tornaram-se disponíveis. Objetivos: Conduzir uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados (ECRs) para sintetizar as evidências sobre a eficácia e a segurança da hidroxicloroquina e da cloroquina em pacientes com COVID-19 não hospitalizados em comparação a controle ou tratamento padrão. Métodos: As buscas foram conduzidas nos bancos de dados PubMed, Embase, The Cochrane Library e ClinicalTrials.gov, e complementadas por busca manual. Foram realizadas metanálises diretas e avaliações de risco de viés e certeza da evidência, incluindo análise do tamanho ótimo da informação (OIS, optimal information size). Um nível de significância de 0,05 foi adotado na metanálise. PROSPERO: CRD42021265427. Resultados: Oito ECRs com 3219 participantes foram incluídos. As taxas de internação por COVID-19 e de eventos adversos não foram significativamente diferentes entre hidroxicloroquina (5,6% e 5,1%) e controle (7,4% e 20,4%) [risco relativo (RR) 0,77, intervalo de confiança 95% (IC95%), 0,57-1,04, I2: 0%; RR 1,78, IC95% 0,90; 3,52, I2: 93%, respectivamente)]. O OIS (7880) não foi alcançado para hospitalização por COVID-19, independentemente da simulação para a taxa de evento e redução do RR estimados. Conclusão: A evidência de muito baixa qualidade indicou falta de benefício com hidroxicloroquina em prevenir internações por COVID-19. Apesar de ser a revisão sistemática com o maior número de participantes incluídos, o OIS, considerando a resposta à infecção anterior à vacinação, não foi atingido.
Abstract Background: Previous systematic reviews have identified no benefit of hydroxychloroquine and chloroquine in non-hospitalized COVID-19 patients. After publication of these reviews, the results of COPE, the largest randomized trial conducted to date, became available. Objectives: To conduct a systematic review and meta-analyses of randomized clinical trials (RCTs) to synthesize the evidence on the efficacy and safety of hydroxychloroquine and chloroquine for non-hospitalized COVID-19 patients compared to placebo or standard of care. Methods: Searches were conducted in PubMed, Embase, The Cochrane Library, and ClinicalTrials.gov complemented by manual search. Pairwise meta-analyses, risk of bias, and evidence certainty assessments were conducted, including optimal information size analysis (OIS). A level of significance of 0.05 was adopted in the meta-analysis. PROSPERO: CRD42021265427. Results: Eight RCTs with 3,219 participants were included. COVID-19 hospitalization and any adverse events rates were not significantly different between hydroxychloroquine (5.6% and 35.1%) and control (7.4% and 20.4%) (risk ratio, RR, 0.77, 95% confidence interval, CI, 0.57-1.04, I2: 0%; RR 1.78, 95%-CI 0.90; 3.52, I2: 93%, respectively). The OIS (7,880) was not reached for COVID-19 hospitalization, independently of the simulation for anticipated event rate and RR reduction estimate. Conclusion: Evidence of very low certainty showed lack of benefit with hydroxychloroquine in preventing COVID-19 hospitalizations. Despite being the systematic review with the largest number of participants included, the OIS, considering pre-vaccination response to infection, has not yet been reached.
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Resumo Fundamento Estudos anteriores revelaram alto risco de eventos tromboembólicos arteriais e venosos como consequência de danos virais diretos do SARS-CoV-2 em células endoteliais e um meio procoagulante devido ao aumento de biomarcadores como o D-dímero, fibrinogênio, fator VIII. Foram realizados ensaios controlados randomizados de terapias antitrombóticas em pacientes internados, no entanto, poucos estudos avaliaram o papel da tromboprofilaxia no ambiente ambulatorial. Objetivo Avaliar se a profilaxia antitrombótica com rivaroxabana reduz o risco de eventos trombóticos venosos ou arteriais, suporte ventilatório invasivo e morte em pacientes ambulatoriais com COVID-19. Métodos O estudo CARE é um ensaio randomizado, aberto, multicêntrico e controlado por rivaroxabana 10 mg uma vez por dia durante 14 dias ou tratamento local padrão isolado, para a prevenção de resultados adversos, registrado no Clinicaltrials.gov (NCT04757857). Os critérios de inclusão são adultos com infecção confirmada ou suspeita do SARS-CoV-2, com sintomas leves ou moderados, sem indicação de hospitalização, no prazo de 7 dias após o início dos sintomas e um fator de risco de complicação da COVID-19 (>65 anos, hipertensão, diabetes, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica ou outras doenças pulmonares crônicas, tabagismo, imunossupressão ou obesidade). O desfecho primário composto inclui tromboembolismo venoso, necessidade de ventilação mecânica invasiva, eventos cardiovasculares agudos maiores e mortalidade no prazo de 30 dias após a randomização, sendo avaliado segundo o princípio da intenção de tratar. Todos os pacientes assinaram termo de consentimento. Foi estabelecido um nível de significância de 5% para todos os testes estatísticos. Resultados Os principais desfechos trombóticos e hemorrágicos, hospitalizações e mortes serão avaliados centralmente por um comitê de eventos clínicos independente, sob a condição cega para a alocação dos grupos de tratamento. Conclusão O estudo CARE fornecerá informação relevante e contemporânea sobre o possível papel da tromboprofilaxia em pacientes ambulatoriais com COVID-19.
Abstract Background Previous studies have demonstrated a high risk of arterial and venous thromboembolic events as a consequence of direct viral damage to endothelial cells by SARS-CoV-2 and a procoagulant milieu due to increased biomarkers, such as D-dimer, fibrinogen, and factor VIII. Although randomized controlled trials of antithrombotic therapies have been conducted in hospitalized patients, few have evaluated the role of thromboprophylaxis in an outpatient setting. Objective To assess whether antithrombotic prophylaxis with rivaroxaban reduces the risk of venous or arterial thrombotic events, invasive ventilatory support, and death in COVID-19 outpatients. Methods The COVID Antithrombotic Rivaroxaban Evaluation (CARE) study, a multicenter, randomized, open-label, controlled trial of rivaroxaban 10 mg once daily for 14 days or local standard treatment alone to prevent adverse outcomes, is registered in clinicaltrials.gov (NCT04757857). The inclusion criteria are adults with confirmed or suspected SARS-CoV-2 infection and mild or moderate symptoms without indication for hospitalization, within 7 days of symptom onset, and 1 risk factor for COVID-19 complication (> 65 years, hypertension, diabetes mellitus, asthma, chronic obstructive pulmonary disease or other chronic lung diseases, smoking, immunosuppression, or obesity). The primary composite endpoint, which includes venous thromboembolism, invasive mechanical ventilation, major acute cardiovascular events, and mortality within 30 days of randomization, will be assessed according to the intention-to-treat principle. All patients will provide informed consent. A significance level of 5% will be used for all statistical tests. Results Major thrombotic and bleeding outcomes, hospitalizations, and deaths will be centrally adjudicated by an independent clinical events committee blinded to the assigned treatment groups. Conclusion The CARE study will provide relevant and contemporary information about the potential role of thromboprophylaxis in outpatients with COVID-19.
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RESUMO Objetivo: Comparar a mecânica pulmonar e os desfechos entre a síndrome do desconforto respiratório agudo associada à COVID-19 e a síndrome do desconforto respiratório agudo não associada à COVID-19. Métodos: Combinamos dados de dois ensaios randomizados sobre a síndrome do desconforto respiratório agudo, um incluindo apenas pacientes com COVID-19 e o outro incluindo apenas pacientes sem COVID-19, para determinar se a síndrome do desconforto respiratório agudo associada à COVID-19 está associada à maior mortalidade aos 28 dias do que a síndrome do desconforto respiratório agudo não associada à COVID-19 e também examinar as diferenças na mecânica pulmonar entre esses dois tipos de síndrome do desconforto respiratório agudo. Resultados: Foram incluídos na análise principal 299 pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo associada à COVID-19 e 1.010 pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo não associada à COVID-19. Os resultados mostraram que os pacientes sem COVID-19 utilizaram pressão positiva expiratória final mais alta (12,5cmH2O; DP 3,2 versus 11,7cmH2O; DP 2,8; p < 0,001), foram ventilados com volumes correntes mais baixos (5,8mL/kg; DP 1,0 versus 6,5mL/kg; DP 1,2; p < 0,001) e apresentaram menor complacência respiratória estática ajustada para o peso ideal (0,5mL/cmH2O/kg; DP 0,3 versus 0,6mL/cmH2O/kg; DP 0,3; p = 0,01). Não houve diferença entre os grupos quanto à mortalidade aos 28 dias (52,3% versus 58,9%; p = 0,52) ou à duração da ventilação mecânica nos primeiros 28 dias entre os sobreviventes (13 [IQ 5 - 22] dias versus 12 [IQ 6 - 26] dias; p = 0,46). Conclusão: Esta análise mostrou que os pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo não associada à COVID-19 têm mecânica pulmonar diferente, mas desfechos semelhantes aos dos pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo associada à COVID-19. Após pareamento por escore de propensão, não houve diferença na mecânica pulmonar e nem nos desfechos entre os grupos.
ABSTRACT Objective: To compare the lung mechanics and outcomes between COVID-19-associated acute respiratory distress syndrome and non-COVID-19-associated acute respiratory distress syndrome. Methods: We combined data from two randomized trials in acute respiratory distress syndrome, one including only COVID-19 patients and the other including only patients without COVID-19, to determine whether COVID-19-associated acute respiratory distress syndrome is associated with higher 28-day mortality than non-COVID-19 acute respiratory distress syndrome and to examine the differences in lung mechanics between these two types of acute respiratory distress syndrome. Results: A total of 299 patients with COVID-19-associated acute respiratory distress syndrome and 1,010 patients with non-COVID-19-associated acute respiratory distress syndrome were included in the main analysis. The results showed that non-COVID-19 patients used higher positive end-expiratory pressure (12.5cmH2O; SD 3.2 versus 11.7cmH2O SD 2.8; p < 0.001), were ventilated with lower tidal volumes (5.8mL/kg; SD 1.0 versus 6.5mL/kg; SD 1.2; p < 0.001) and had lower static respiratory compliance adjusted for ideal body weight (0.5mL/cmH2O/kg; SD 0.3 versus 0.6mL/cmH2O/kg; SD 0.3; p = 0.01). There was no difference between groups in 28-day mortality (52.3% versus 58.9%; p = 0.52) or mechanical ventilation duration in the first 28 days among survivors (13 [IQR 5 - 22] versus 12 [IQR 6 - 26], p = 0.46). Conclusion: This analysis showed that patients with non-COVID-19-associated acute respiratory distress syndrome have different lung mechanics but similar outcomes to COVID-19-associated acute respiratory distress syndrome patients. After propensity score matching, there was no difference in lung mechanics or outcomes between groups.
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RESUMO Os medicamentos reaproveitados são importantes em contextos de recursos limitados porque as intervenções estão mais rapidamente disponíveis, já foram testadas com segurança em outras populações e são, em geral, mais baratas. Os medicamentos reaproveitados são uma solução eficaz, especialmente para doenças emergentes, como a COVID-19. O estudo REVOLUTIOn visa avaliar três medicamentos antivirais reaproveitados: atazanavir, daclatasvir e sofosbuvir, já utilizados em pacientes infectados pelo HIV ou pelo vírus da hepatite C, em um estudo randomizado, controlado por placebo, adaptativo, multibraço e em múltiplos estágios. Os medicamentos serão testados simultaneamente em um ensaio de Fase II para primeiro identificar se algum deles, isoladamente ou em combinação, reduz a carga viral. Se reduzirem, será iniciado um estudo de Fase III para investigar se tais medicamentos são capazes de aumentar o número de dias sem suporte respiratório. Os participantes devem ser adultos hospitalizados com idade ≥ 18 anos com início dos sintomas ≤ 9 dias e saturação de oxigênio ≤ 94% em ar ambiente ou necessidade de oxigênio suplementar para manter saturação de oxigênio > 94%. O tamanho total esperado da amostra varia entre 252 e 1.005 participantes, dependendo do número de estágios que serão concluídos no estudo. Assim, o protocolo é aqui descrito em detalhes, juntamente do plano de análise estatística. Em conclusão, o estudo REVOLUTIOn foi concebido para fornecer evidências se o atazanavir, o daclatasvir ou o sofosbuvir reduzem a carga viral de SARS-CoV-2 em pacientes com COVID-19 e aumentam o número de dias em que os pacientes ficam sem suporte respiratório. Neste artigo de protocolo, descrevem-se a fundamentação, o desenho e a situação do ensaio. Identificador do ClinicalTrials.gov:NCT04468087
ABSTRACT Repurposed drugs are important in resource-limited settings because the interventions are more rapidly available, have already been tested safely in other populations and are inexpensive. Repurposed drugs are an effective solution, especially for emerging diseases such as COVID-19. The REVOLUTIOn trial has the objective of evaluating three repurposed antiviral drugs, atazanavir, daclatasvir and sofosbuvir, already used for HIV- and hepatitis C virus-infected patients in a randomized, placebo-controlled, adaptive, multiarm, multistage study. The drugs will be tested simultaneously in a Phase II trial to first identify whether any of these drugs alone or in combination reduce the viral load. If they do, a Phase III trial will be initiated to investigate if these medications are capable of increasing the number of days free respiratory support. Participants must be hospitalized adults aged ≥ 18 years with initiation of symptoms ≤ 9 days and SpO2 ≤ 94% in room air or a need for supplemental oxygen to maintain an SpO2 > 94%. The expected total sample size ranges from 252 to 1,005 participants, depending on the number of stages that will be completed in the study. Hence, the protocol is described here in detail together with the statistical analysis plan. In conclusion, the REVOLUTIOn trial is designed to provide evidence on whether atazanavir, daclatasvir or sofosbuvir decrease the SARS-CoV-2 load in patients with COVID-19 and increase the number of days patients are free of respiratory support. In this protocol paper, we describe the rationale, design, and status of the trial. ClinicalTrials.gov identifier:NCT04468087
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Resumo Fundamento Apesar da necessidade de opções terapêuticas específicas para a doença do coronavírus 2019 (covid-19), ainda não há evidências da eficácia de tratamentos específicos no contexto ambulatorial. Há poucos estudos randomizados que avaliam a hidroxicloroquina (HCQ) em pacientes não hospitalizados. Esses estudos não indicaram benefício com o uso da HCQ; no entanto, avaliaram desfechos primários diferentes e apresentaram vieses importantes na avaliação dos desfechos. Objetivo Investigar se a HCQ possui o potencial de prevenir hospitalizações por covid-19 quando comparada ao placebo correspondente. Métodos O estudo COVID-19 Outpatient Prevention Evaluation (COPE) é um ensaio clínico randomizado, pragmático, duplo-cego, multicêntrico e controlado por placebo que avalia o uso da HCQ (800 mg no dia 1 e 400 mg do dia 2 ao dia 7) ou placebo correspondente na prevenção de hospitalizações por covid-19 em casos precoces confirmados ou suspeitos de pacientes não hospitalizados. Os critérios de inclusão são adultos (≥ 18 anos) que procuraram atendimento médico com sintomas leves de covid-19, com randomização ≤ 7 dias após o início dos sintomas, sem indicação de hospitalização na triagem do estudo e com pelo menos um fator de risco para complicações (> 65 anos, hipertensão, diabetes melito, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica ou outras doenças pulmonares crônicas, tabagismo, imunossupressão ou obesidade). Todos os testes de hipótese serão bilaterais. Um valor de p < 0,05 será considerado estatisticamente significativo em todas as análises. Clinicaltrials.gov: NCT04466540. Resultados Os desfechos clínicos serão avaliados centralmente por um comitê de eventos clínicos independente cegado para a alocação dos grupos de tratamento. O desfecho primário de eficácia será avaliado de acordo com o princípio da intenção de tratar. Conclusão Este estudo apresenta o potencial de responder de forma confiável a questão científica do uso da HCQ em pacientes ambulatoriais com covid-19. Do nosso conhecimento, este é o maior estudo avaliando o uso de HCQ em indivíduos com covid-19 não hospitalizados.
Abstract Background Despite the need for targeting specific therapeutic options for coronavirus disease 2019 (COVID-19), there has been no evidence of effectiveness of any specific treatment for the outpatient clinical setting. There are few randomized studies evaluating hydroxychloroquine (HCQ) in non-hospitalized patients. These studies indicate no benefit from the use of HCQ, but they assessed different primary outcomes and presented important biases for outcome evaluation. Objective To evaluate if HCQ may prevent hospitalization due to COVID-19 compared to a matching placebo. Methods The COVID-19 Outpatient Prevention Evaluation (COPE) study is a pragmatic, randomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial evaluating the use of HCQ (800 mg on day 1 and 400 mg from day 2 to day 7) or matching placebo for the prevention of hospitalization due to COVID-19 in early non-hospitalized confirmed or suspected cases. Inclusion criteria are adults (≥ 18 years) seeking medical care with mild symptoms of COVID-19, with randomization ≤ 7 days after symptom onset, without indication of hospitalization at study screening, and with at least one risk factor for complication (> 65 years; hypertension; diabetes mellitus; asthma; chronic obstructive pulmonary disease or other chronic lung diseases; smoking; immunosuppression; or obesity). All hypothesis tests will be two-sided. A p-value < 0.05 will be considered statistically significant in all analyses. Clinicaltrials.gov: NCT04466540. Results Clinical outcomes will be centrally adjudicated by an independent clinical event committee blinded to the assigned treatment groups. The primary efficacy endpoint will be assessed following the intention-to-treat principle. Conclusion This study has the potential to reliably answer the scientific question of HCQ use in outpatients with COVID-19. To our knowledge, this is the largest trial evaluating HCQ in non-hospitalized individuals with COVID-19.
Asunto(s)
Humanos , Adulto , COVID-19/tratamiento farmacológico , Hidroxicloroquina/efectos adversos , Hidroxicloroquina/uso terapéutico , Pacientes Ambulatorios , Resultado del Tratamiento , SARS-CoV-2RESUMEN
RESUMO Introdução: Os efeitos provocados pela COVID-19 em longo prazo são desconhecidos. O presente estudo tem como objetivo avaliar os fatores associados com a qualidade de vida relacionada à saúde e os desfechos em longo prazo em sobreviventes à hospitalização por COVID-19 no Brasil. Métodos: Este será um estudo multicêntrico de coorte prospectivo, aninhado em cinco ensaios clínicos randomizados desenhados para avaliar os efeitos dos tratamentos específicos para COVID-19 em mais de 50 centros no Brasil. Pacientes adultos sobreviventes à hospitalização por infecção por SARS-CoV-2 comprovada ou suspeita serão seguidos por um período de 1 ano, por meio de entrevistas telefônicas estruturadas. O desfecho primário é o escore de utilidade para qualidade de vida relacionada à saúde após 1 ano, avaliado segundo o questionário EuroQol-5D3L. Os desfechos secundários incluirão mortalidade por todas as causas, eventos cardiovasculares graves, reospitalizações, retorno ao trabalho ou estudo, condição funcional física avaliada pelo instrumento Lawton-Brody Instrumental Activities of Daily Living, dispneia avaliada segundo a escala de dispneia modificada do Medical Research Council, necessidade de suporte ventilatório em longo prazo, sintomas de ansiedade e depressão avaliados segundo a Hospital Anxiety and Depression Scale, sintomas de transtorno de estresse pós-traumático avaliados pela ferramenta Impact of Event Scale-Revised e autoavaliação da condição de saúde, conforme a Escala Visual Analógica do EuroQol-5D3L. Serão utilizadas equações de estimativas generalizada para testar a associação entre cinco conjuntos de variáveis (1 - características demográficas, 2 - condição de saúde pré-morbidade, 3 - características da doença aguda, 4 - terapias específicas para COVID-19 recebidas e 5 - variáveis pós-alta atualizadas) e desfechos. Ética e disseminação: O protocolo do estudo foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa de todas as instituições participantes. Os resultados serão disseminados por meio de conferências e periódicos revisados por pares.
Abstract Introduction: The long-term effects caused by COVID-19 are unknown. The present study aims to assess factors associated with health-related quality of life and long-term outcomes among survivors of hospitalization for COVID-19 in Brazil. Methods: This is a multicenter prospective cohort study nested in five randomized clinical trials designed to assess the effects of specific COVID-19 treatments in over 50 centers in Brazil. Adult survivors of hospitalization due to proven or suspected SARS-CoV-2 infection will be followed-up for a period of 1 year by means of structured telephone interviews. The primary outcome is the 1-year utility score of health-related quality of life assessed by the EuroQol-5D3L. Secondary outcomes include all-cause mortality, major cardiovascular events, rehospitalizations, return to work or study, physical functional status assessed by the Lawton-Brody Instrumental Activities of Daily Living, dyspnea assessed by the modified Medical Research Council dyspnea scale, need for long-term ventilatory support, symptoms of anxiety and depression assessed by the Hospital Anxiety and Depression Scale, symptoms of posttraumatic stress disorder assessed by the Impact of Event Scale-Revised, and self-rated health assessed by the EuroQol-5D3L Visual Analog Scale. Generalized estimated equations will be performed to test the association between five sets of variables (1- demographic characteristics, 2- premorbid state of health, 3- characteristics of acute illness, 4- specific COVID-19 treatments received, and 5- time-updated postdischarge variables) and outcomes. Ethics and dissemination: The study protocol was approved by the Research Ethics Committee of all participant institutions. The results will be disseminated through conferences and peer-reviewed journals.
Asunto(s)
Humanos , Adulto , Calidad de Vida , COVID-19/complicaciones , Readmisión del Paciente , Teléfono , Brasil , Enfermedades Cardiovasculares/etiología , Ensayos Clínicos Controlados Aleatorios como Asunto , Estudios Prospectivos , Estudios de Seguimiento , Causas de Muerte , Sobrevivientes , Tamaño de la Muestra , Reinserción al Trabajo , Medición de Resultados Informados por el Paciente , COVID-19/mortalidadRESUMEN
RESUMO Introdução: Os marcadores pró-inflamatórios desempenham papel importante na severidade de pacientes com COVID-19. Assim, terapêuticas anti-inflamatórias são agentes interessantes para potencialmente combater a cascata inflamatória descontrolada em tais pacientes. Delineamos um ensaio para testar tocilizumabe em comparação com o tratamento padrão, tendo como objetivo melhorar os desfechos por meio da inibição da interleucina 6, um importante mediador inflamatório na COVID-19. Métodos e análises: Este será um estudo aberto multicêntrico, randomizado e controlado, que comparará os desfechos de pacientes tratados com tocilizumabe mais tratamento padrão com o tratamento padrão isoladamente em pacientes com COVID-19 moderada a grave. Como critérios de inclusão, serão exigidos dois dos quatro critérios a seguir: dosagens de dímero D acima de 1.000ng/mL, proteína C-reativa acima de 5mg/dL, ferritina acima de 300mg/dL e desidrogenase lática acima do limite superior do normal. O objetivo primário será comparar a condição clínica no dia 15, conforme avaliação por meio de escala ordinal de 7 pontos aplicada nos estudos de COVID-19 em todo o mundo. O desfecho primário será avaliado por regressão logística ordinal assumindo razões de propensão proporcionais ajustadas pelas variáveis de estratificação (idade e sexo). Ética e disseminação: O TOCIBRAS foi aprovado pelos comitês de ética locais e central (nacional) do Brasil em conformidade com as atuais diretrizes e orientações nacionais e internacionais. Cada centro participante obteve aprovação do estudo por parte de seu comitê de ética em pesquisa, antes de iniciar as inscrições no protocolo. Os dados derivados deste ensaio serão publicados independentemente de seus resultados. Se tiver sua efetividade comprovada, esta estratégia terapêutica poderá aliviar as consequências da resposta inflamatória na COVID-19 e melhorar os resultados clínicos.
ABSTRACT Introduction: Pro-inflammatory markers play a significant role in the disease severity of patients with COVID-19. Thus, anti-inflammatory therapies are attractive agents for potentially combating the uncontrolled inflammatory cascade in these patients. We designed a trial testing tocilizumab versus standard of care intending to improve the outcomes by inhibiting interleukin-6, an important inflammatory mediator in COVID-19. Methods and analysis: This open-label multicentre randomized controlled trial will compare clinical outcomes of tocilizumab plus standard of care versus standard of care alone in patients with moderate to severe COVID-19. Two of the following four criteria are required for protocol enrolment: D-dimer > 1,000ng/mL; C reactive protein > 5mg/dL, ferritin > 300mg/dL, and lactate dehydrogenase > upper limit of normal. The primary objective will be to compare the clinical status on day 15, as measured by a 7-point ordinal scale applied in COVID-19 trials worldwide. The primary endpoint will be assessed by an ordinal logistic regression assuming proportional odds ratios adjusted for stratification variables (age and sex). Ethics and dissemination: The TOCIBRAS protocol was approved by local and central (national) ethical committees in Brazil following current national and international guidelines/directives. Each participating center had the study protocol approved by their institutional review boards before initiating protocol enrolment. The data derived from this trial will be published regardless of the results. If proven active, this strategy could alleviate the consequences of the inflammatory response in COVID-19 patients and improve their clinical outcomes.
Asunto(s)
Humanos , Neumonía Viral/tratamiento farmacológico , Infecciones por Coronavirus/tratamiento farmacológico , Anticuerpos Monoclonales Humanizados/uso terapéutico , Antiinflamatorios/uso terapéutico , Neumonía Viral/fisiopatología , Índice de Severidad de la Enfermedad , Brasil , Interleucina-6/antagonistas & inhibidores , Pandemias , Anticuerpos Monoclonales Humanizados/farmacología , COVID-19 , Antiinflamatorios/farmacologíaRESUMEN
RESUMO Objetivo: A infecção causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2) disseminou-se por todo o mundo e foi categorizada como pandemia. As manifestações mais comuns da infecção pelo SARS-CoV-2 (doença pelo coronavírus 2019 - COVID-19) se referem a uma pneumonia viral com graus variáveis de comprometimento respiratório e até 40% dos pacientes hospitalizados, que podem desenvolver uma síndrome do desconforto respiratório agudo. Diferentes ensaios clínicos avaliaram o papel dos corticosteroides na síndrome do desconforto respiratório agudo não relacionada com COVID-19, obtendo resultados conflitantes. Delineamos o presente estudo para avaliar a eficácia da administração endovenosa precoce de dexametasona no número de dias vivo e sem ventilação mecânica nos 28 dias após a randomização, em pacientes adultos com quadro moderado ou grave de síndrome do desconforto respiratório agudo causada por COVID-19 provável ou confirmada. Métodos: Este é um ensaio pragmático, prospectivo, randomizado, estratificado, multicêntrico, aberto e controlado que incluirá 350 pacientes com quadro inicial (menos de 48 horas antes da randomização) de síndrome do desconforto respiratório agudo moderada ou grave, definida segundo os critérios de Berlim, causada por COVID-19. Os pacientes elegíveis serão alocados de forma aleatória para tratamento padrão mais dexametasona (Grupo Intervenção) ou tratamento padrão sem dexametasona (Grupo Controle). Os pacientes no Grupo Intervenção receberão dexametasona 20mg por via endovenosa uma vez ao dia, por 5 dias, e, a seguir, dexametasona por via endovenosa 10mg ao dia por mais 5 dias, ou até receber alta da unidade de terapia intensiva, o que ocorrer antes. O desfecho primário será o número de dias livres de ventilação mecânica nos 28 dias após a randomização, definido como o número de dias vivo e livres de ventilação mecânica invasiva. Os desfechos secundários serão a taxa de mortalidade por todas as causas no dia 28, a condição clínica no dia 15 avaliada com utilização de uma escala ordinal de seis níveis, a duração da ventilação mecânica desde a randomização até o dia 28, a avaliação com o Sequential Organ Failure Assessment Score após 48 horas, 72 horas e 7 dias, e o número de dias fora da unidade de terapia intensiva nos 28 dias após a randomização.
Abstract Objective: The infection caused by the severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) spreads worldwide and is considered a pandemic. The most common manifestation of SARS-CoV-2 infection (coronavirus disease 2019 - COVID-19) is viral pneumonia with varying degrees of respiratory compromise and up to 40% of hospitalized patients might develop acute respiratory distress syndrome. Several clinical trials evaluated the role of corticosteroids in non-COVID-19 acute respiratory distress syndrome with conflicting results. We designed a trial to evaluate the effectiveness of early intravenous dexamethasone administration on the number of days alive and free of mechanical ventilation within 28 days after randomization in adult patients with moderate or severe acute respiratory distress syndrome due to confirmed or probable COVID-19. Methods: This is a pragmatic, prospective, randomized, stratified, multicenter, open-label, controlled trial including 350 patients with early-onset (less than 48 hours before randomization) moderate or severe acute respiratory distress syndrome, defined by the Berlin criteria, due to COVID-19. Eligible patients will be randomly allocated to either standard treatment plus dexamethasone (Intervention Group) or standard treatment without dexamethasone (Control Group). Patients in the intervention group will receive dexamethasone 20mg intravenous once daily for 5 days, followed by dexamethasone 10mg IV once daily for additional 5 days or until intensive care unit discharge, whichever occurs first. The primary outcome is ventilator-free days within 28 days after randomization, defined as days alive and free from invasive mechanical ventilation. Secondary outcomes are all-cause mortality rates at day 28, evaluation of the clinical status at day 15 assessed with a 6-level ordinal scale, mechanical ventilation duration from randomization to day 28, Sequential Organ Failure Assessment Score evaluation at 48 hours, 72 hours and 7 days and intensive care unit -free days within 28.
Asunto(s)
Humanos , Adulto , Neumonía Viral/tratamiento farmacológico , Síndrome de Dificultad Respiratoria del Recién Nacido/tratamiento farmacológico , Dexametasona/administración & dosificación , Infecciones por Coronavirus/tratamiento farmacológico , Glucocorticoides/administración & dosificación , Neumonía Viral/fisiopatología , Respiración Artificial , Síndrome de Dificultad Respiratoria del Recién Nacido/virología , Factores de Tiempo , Estudios Prospectivos , Infecciones por Coronavirus/fisiopatología , Pandemias , Puntuaciones en la Disfunción de Órganos , COVID-19 , Unidades de Cuidados IntensivosRESUMEN
Resumo Fundamento A prevalência da obesidade vem aumentando sistematicamente na população, inclusive nas crianças e adolescentes, ao redor do mundo. Objetivos Descrever curvas percentílicas de referência para a circunferência abdominal (CA) nas crianças brasileiras e fornecer pontos de corte da CA para identificar crianças com risco de obesidade. Métodos Um estudo multicêntrico, prospectivo, tranversal foi realizado em crianças com idades entre 6 e 10 anos, matriculadas no ensino fundamental de escolas públicas e particulares de 13 cidades do estado de São Paulo. A estatura, o peso e a CA foram medidos em duplicata em 22.000 crianças (11.199 meninos). Para estabelecer o melhor ponto de corte da CA para o diagnóstico da obesidade, foram calculadas curvas ROC com crianças classificadas como com peso normal e obesas, de acordo com as curvas do IMC, estratificadas por gênero e idade, e o índice Youden foi utilizado como a eficácia potencial máxima desse biomarcador. Valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados Os valores da CA aumentaram com a idade, tanto nos meninos quanto nas meninas. A prevalência de obesidade em cada grupo variou de 17% (6 anos de idade) a 21,6 % (9 anos de idade), dentre os meninos, e de 14,1% (7 anos de idade) a 17,3 % (9 anos de idade), dentre as meninas. As análises ROC mostraram o percentil 75 como ponto de corte para o risco de obesidade, e o diagnóstico de obesidade está classificado no percentil 85 ou acima. Conclusão Curvas de referência da CA específicas para idade e sexo em crianças brasileiras e pontos de corte para o risco de obesidade podem ser usados em triagem nacional e estudos intervencionais para reduzir a carga da obesidade no Brasil. (Arq Bras Cardiol. 2020; 114(3):530-537)
Abstract Backgroud The prevalence of obesity has systematically been increased in the population, including children and adolescents, around the world. Objectives To describe reference percentile curves for waist circumference (WC) in Brazilian children and provide cut-off values of WC to identify children at risk for obesity. Methods A multicenter, prospective, cross-sectional study was performed with children aged from 6 to 10 years old, enrolled in public and private elementary schools from 13 cities of the São Paulo State. Height, weight, and WC were measured in duplicate in 22,000 children (11,199 boys). To establish the WC best cut-off value for obesity diagnosis, ROC curves with children classified as normal weight and obese were calculated, according to BMI curves, stratified by gender and age, and the Youden Index was utilized as the maximum potential effectiveness of this biomarker. A p < 0.05 was considered statistically significant. Results WC values increased with age in both boys and girls. The prevalence of obesity in each age group varied from 17% (6 years old) to 21.6% (9 years old) among boys, and from 14.1% (7 years old) to 17.3 % (9 years old) among girls. ROC analyses have shown the 75th percentile as a cut-off for obesity risk, and the diagnosis of obesity is classified on the 85th percentile or more. Conclusion Age and gender specific reference curves of WC for Brazilian children and cut-off values for obesity risk may be used for national screening and interventional studies to reduce the obesity burden in Brazil. (Arq Bras Cardiol. 2020; 114(3):530-537)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Niño , Estudiantes , Obesidad , Valores de Referencia , Brasil , Índice de Masa Corporal , Estudios Transversales , Estudios Prospectivos , Circunferencia de la CinturaRESUMEN
FUNDAMENTO: O Brasil carece de registros multicêntricos publicados de síndrome coronariana aguda. OBJETIVO: O Registro Brasileiro de Síndrome Coronariana Aguda é um estudo multicêntrico nacional com objetivo de apresentar dados representativos das características clínicas, e manejo e evolução hospitalares dessa síndrome. MÉTODOS: Participaram 23 hospitais de 14 cidades. Foram elegíveis pacientes que se apresentaram com suspeita de síndrome coronariana aguda nas primeiras 24 horas, com quadro clínico sugestivo, associado a alterações eletrocardiográficas compatíveis e/ou marcadores de necrose. O seguimento foi realizado até o óbito ou a alta hospitalar. RESULTADOS: Entre os anos de 2003 e 2008, foram incluídos 2.693 pacientes com diagnóstico de síndrome coronariana aguda, sendo 864 (32,1%) mulheres. O diagnóstico final foi de angina instável para 1.141 (42,4%) pacientes, com mortalidade de 3,06% deles; de infarto agudo do miocárdio sem supradesnível de ST para 529 (19,6%) pacientes, com mortalidade de 6,8% deles; e de infarto agudo do miocárdio com supradesnível de ST para 950 (35,3%) pacientes, com mortalidade de 8,1% deles; tiveram diagnóstico não confirmado 73 (2,7%) pacientes, com mortalidade de 1,36% deles. A mortalidade global foi de 5,53%. O modelo de regressão logística múltipla identificou o gênero feminino (OR=1,45), o diabetes melito (OR=1,59), o índice de massa corporal (OR=1,27) e a intervenção coronariana percutânea (OR=0,70) como fatores de risco de óbito, para demografia e intervenções. Um modelo para óbito por complicações maiores identificou choque cardiogênico/Edema Agudo de Pulmão (OR=4,57), reinfarto (OR=3,48), acidente vascular cerebral (OR=21,56), sangramento grave (OR=3,33), parada cardiorrespiratória (OR=40,27) e classe funcional de Killip (OR=3,37). CONCLUSÃO: Os dados do Registro Brasileiro de Síndrome Coronariana Aguda não diferem de outros coletados fora do país. Seus achados poderão ajudar a promover um melhor planejamento e manejo do atendimento da síndrome coronariana aguda a nível público e privado.
BACKGROUND: Brazil lacks published multicenter registries of acute coronary syndrome. OBJECTIVE: The Brazilian Registry of Acute Coronary Syndrome is a multicenter national study aiming at providing data on clinical aspects, management and hospital outcomes of acute coronary syndrome in our country. METHODS: A total of 23 hospitals from 14 cities, participated in this study. Eligible patients were those who came to the emergency wards with suspected acute coronary syndrome within the first 24 hours of symptom onset, associated with compatible electrocardiographic alterations and/or altered necrosis biomarkers. Follow-up lasted until hospital discharge or death, whichever occurred first. RESULTS: Between 2003 and 2008, 2,693 ACS patients were enrolled, of which 864 (32.1%) were females. T he final diagnosis was unstable angina in 1,141 patients, (42.4%), with a mortality rate of 3.06%, non-ST elevation acute myocardial infarction (AMI) in 529 (19.6%), with mortality of 6.8%, ST-elevation AMI 950 (35.3%), with mortality of 8.1% and non-confirmed diagnosis 73 (2.7%), with mortality of 1.36%. The overall mortality was 5.53%. The multiple logistic regression model identified the following as risk factors for death regarding demographic factors and interventions: female gender (OR=1.45), diabetes mellitus (OR=1.59), body mass index (OR=1.27) and percutaneous coronary intervention (OR=0.70). A second model for death due to major complications identified: cardiogenic shock/acute pulmonary edema (OR=4.57), reinfarction (OR=3.48), stroke (OR=21.56), major bleeding (OR=3.33), cardiopulmonary arrest (OR=40.27) and Killip functional class (OR=3.37). CONCLUSION: The Brazilian Registry of Acute Coronary Syndrome data do not differ from other data collected abroad. The understanding of their findings may help promote better planning and management of acute coronary syndrome care in public and private health services.
Asunto(s)
Adulto , Anciano , Anciano de 80 o más Años , Femenino , Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Adulto Joven , Síndrome Coronario Agudo/mortalidad , Síndrome Coronario Agudo/terapia , Sistema de Registros/estadística & datos numéricos , Síndrome Coronario Agudo/complicaciones , Síndrome Coronario Agudo/diagnóstico , Distribución por Edad , Brasil/epidemiología , Manejo de la Enfermedad , Métodos Epidemiológicos , Mortalidad Hospitalaria , Hospitalización/estadística & datos numéricos , Registros Médicos/estadística & datos numéricos , Factores de Riesgo , Distribución por SexoRESUMEN
A escalada na mortalidade por doenças cardiovasculares entre "países desenvolvidos" na metade do século passado mobilizou pesquisadores para a compreensão das causas e fatores associados a essa nova epidemia que se instalava. Seriam o infarto e o acidente vascular encefálico consequências inevitáveis do envelhecimento de uma sociedade desenvolvida que acabara de controlar as grandes epidemias infecciosas? Clássicos trabalhos epidemiológicos observacionais de longo seguimento como Framingham Heart Study, Nurses Healthy Study, Seven Countries Study e, mais recentemente, o INTERHEART, estudo caso-controle, responderam esse questionamento. Apesar de relacionados à idade, a maioria dos acometidos apresentavam fatores de risco associados, alguns deles passivos de ajustes. Inúmeras lições podem ser tiradas desses estudos e de outros que os sucederam. Nesse capítulo, enfocaremos as evidências mais atualizadas sobre três importantes fatores de risco que ainda dificultam o com trole ideal das doenças cardiovasculares: inatividade física, dieta inadequada e estresse psicossocial. Grandes coortes observacionais mostram que, como já foram sugerido por Hipócrates há mais de 2.000 anos, a atividade física regular está associada a uma redução na incidência de eventos cardiovasculares. A compreensão de que os principais fatores risco estavam associados a distúrbios nutricionais, estimulou a investigação para a identificação de padrões dietéticos saudáveis. Dentre estes, destaca-se o cardápio da "Dieta do Mediterrâneo", que se mostrou eficaz na prevenção primária de eventos cardiovasculares maiores. O estudo caso-controle INTERGEART identificou a importância do estresse psicossocial com um fator de risco cardiovascular. Meta-análise e estudos randomizados demostraram um impacto adicional nas intervenções terapêuticas psicossociais, especialmente nos pacientes que atingiram as metas comportamentais. Diante disso...
The rise in mortality from cardiovascular disease among "developed countries" in the middle of the last century mobilized researchers to understand the causes and factors associated with this new epidemic that is settled. Would infarction and stroke inevitable consequences of aging developed societies which had controlled major infectious epidemics? Classic epidemiological cohort studies as Framingham Heart Study, Nurses Healthy Study, Seven Countries Study and more recently, the INTERHEART, a case-control study, answered this question Although age-related, cardiovascular diseases are freuently associated with risk factors, most of them changeable. Several lessons can be drawn from theses studies and others that succeeded them. In this chapter, we focus on the most current evidence on three importante risk factors that still hinder optimal control of cardiovascular disease: physical inactivity, poor quality diet and psychosocial stress. Large observational cohort show that, as already suggested by Hippocrates more than 2,000 years, regular physical activity is associated with a reduced incidence of cardiovascular events. The comprehension that the main risk factors were associated with nutritional disorders, stimulated research to identify healthy dietary patterns. Among these stands out the menu of "Mediterranean Diet", which is effective in primary prevention of major cardiovascular events. The INTERHEART case-control study identified the importance of psychosocial stress with a cardiovascular risk fator. Meta-analyzes and randomized studies demonstrated na additional an impact on the psychosocial therapeutic interventions, especially in patients achieving behavior goals...
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Dieta , Dieta Mediterránea , Enfermedades Cardiovasculares/epidemiología , Enfermedades Cardiovasculares/prevención & control , Actividad Motora , Factores de Riesgo , Depresión/complicaciones , Estrés Psicológico/complicaciones , Promoción de la Salud , Análisis MultivarianteRESUMEN
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, "saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças". Tendo em vista este ideal, a saúde é mantida e melhorada, não só por meio da promoção e aplicação da Medicina, mas também pela melhoria da qualidade de vida do indivíduo e da sociedade. Um terço de todos os óbitos mundiais é resultado das doenças cardiovasculares, colocando-as como a principal causa de morte, afetando principalmente a faixa etária mais produtiva de uma nação, prejudicando o desenvolvimento socioeconômico e familiar de todo um país. A piora dos hábitos alimentares, o aumento do nível de sedentarismo e do tabagismo incrementou a ocorrência destas doenças. O monitoramento da prevalência dos fatores de risco para DCV, no âmbito epidemiológico, permite, por meio das evidências científicas observadas, a implementação de ações preventivas com melhor custo-efetividade. No entanto, uma mudança no padrão comportamental e nos hábitos de vida de uma população, está estreitamente relacionada com padrões culturais, sociais, do modismo, do consumo, da oferta e demandas estabelecidas pela sociedade que a compõem. Desta forma além de prevenção primária, a promoção da saúde tem-se demonstrado uma alternativa teórica e prática para a resolução integral dos fatores que constituem o quadro epidemiológico das DCVs. O envolvimento de organizações comunitárias promove estratégias que visam mudança de comportamento de risco e de sua sustentabilidade, com base na prevenção primária dos fatores de risco e na promoção da saúde por meio da mobilização comunitária, de comunicação de massa e interação individual, identificação populacional e intervenções que visam a mudanças ambientais. Algumas experiências comunitárias realizadas desde os meados do último século comprovaram a importância de uma ação global e abrangente. Muitos estudos populacionais demonstraram que é possível mudar o rumo da incidência das doença...
According to the World Helth Orgazination, "Health s a state of complete physical, mental and social well-being, and not merely the absence of disease". In view of this ideal, healt is maintained and improved, not only by promoting and applying the Medicine, but also by improving the quality of life of the individual and of society. A third of all global deaths result from cardiovascular disease placing them as the leading cause of death mainly affecting the most productive age group harming the socioeconomic and family development of na entire nation. The worsening dietary habits, na increase in the level of physical inactivity and smoking increased the occurence of these disease. The monitoring of the prevalence of CVD risk factors in the epidemiological scope allows, by means of scientific evidence observed, the implementation of preventive actions with better cost effectiveness, However a change in ehavioral pattern and life habits of a population is closely related to culture, social standard, fad, consuptiom, supply and demands laid down by the society. In this way, in addition to the primary prevention, health promotion has been shown to be a theoretical and practical alternative to the full resolution of the factors that constitute the framework of epidemiological CVDs. The envolvement of community organizations will promote strategies aimed at changing risky behavior and its sustainability, based on the primary prevention and risk factors in health promotion through community mobilization, mass media and individual interaction, population identification and interventions aimed at enviromental changes. Some community experiences carried out since the middle of last century have proved the importance of a global and comprehensive action. Many population studies have shown that it is possible to change the direction of incidence of cardiovascular diseases...
Asunto(s)
Humanos , Enfermedades Cardiovasculares/epidemiología , Enfermedades Cardiovasculares/prevención & control , Promoción de la Salud , Factores de Riesgo , Prevención de Enfermedades , Servicios de Salud , Fumar/epidemiología , Organización Mundial de la SaludRESUMEN
OBJETIVOS: O objetivo primário deste estudo é identificar preditores de óbito hospitalar em pacientes submetidos à cirurgia de aorta. O objetivo secundário é identificar fatores associados ao desfecho clínico composto hospitalar (óbito, sangramento, disfunção ventricular ou complicações neurológicas). MÉTODOS: Delineamento transversal com componente longitudinal; por meio de revisão de prontuários, foram incluídos 257 pacientes. Os critérios de inclusão foram: dissecção crônica de aorta tipo A de Stanford e aneurisma de aorta ascendente. Foram excluídos casos de dissecção aguda de aorta, qualquer tipo, e aneurisma de aorta não envolvendo segmento ascendente. As variáveis avaliadas foram demografia, fatores pré, intra e pós-operatórios. RESULTADOS: Variáveis com risco aumentado de óbito hospitalar (RC; IC95%; P valor): etnia negra (6,8; 1,54 30,2; 0,04), doença cerebrovascular (10,5; 1,12-98,7; 0,04), hemopericárdio (35,1; 3,73-330,2; 0,002), operação de Cabrol (9,9; 1,47-66,36; 0,019), cirurgia de revascularização miocárdica simultânea (4,4; 1,31-15,06; 0,017), revisão de hemostasia (5,72; 1,29-25,29; 0,021) e circulação extracorpórea (CEC) [min] (1,016; 1,007-1,026; 0,001). Dor torácica associou-se com risco reduzido de óbito hospitalar (0,27; 0,08-0,94; 0,04). Variáveis com risco aumentado do desfecho clínico composto hospitalar foram: uso de antifibrinolítico (3,2; 1,65-6,27; 0,0006), complicação renal (7,4; 1,52-36,0; 0,013), complicação pulmonar (3,7; 1,5-8,8; 0,004), EuroScore (1,23; 1,08-1,41; 0,003) e tempo de CEC [min] (1,01; 1,00-1,02; 0,027). CONCLUSÃO: Etnia negra, doença cerebrovascular, hemopericárcio, operação de Cabrol, revascularização miocárdica simultânea, revisão de hemostasia e tempo de CEC associaram-se com risco aumentado de óbito hospitalar. Dor torácica associou-se com risco reduzido de óbito hospitalar. Uso de antifibrinolítico, complicação renal, complicação pulmonar, EuroScore e tempo de CEC associaram-se ao desfecho clínico composto hospitalar.
OBJECTIVES: The primary objective was to identify predictors of hospital mortality in patients undergoing aortic surgery. The secondary objective was to identify factors associated with clinical outcome composed hospital (death, bleeding, neurologic complications or ventricular dysfunction). METHODS: A cross-sectional design with longitudinal component. Through chart review, 257 patients were included. Inclusion criteria were: aortic dissection Stanford type A and ascending aortic aneurysm. Exclusion criteria were acute aortic dissection, of any kind, and no aortic aneurysm involving the ascending segment. Variables assessed: demographics, preoperative factors, intraoperative and postoperative. RESULTS: Variables with increased risk of hospital mortality (OR, 95% CI, P value): black ethnicity (6.8, 1.54-30.2; 0.04), cerebrovascular disease (10.5, 1.12-98.7; 0.04), hemopericardium (35.1, 3.73-330.2; 0.002), Cabrol operation (9.9, 1.47-66.36; 0.019), CABG simultaneous (4.4; 1.31 to 15.06; 0.017), bleeding (5.72, 1.29-25.29; 0.021) and cardiopulmonary bypass (CPB) time [min] (1.016; 1.0071.026; 0.001). Thoracic pain was associated with reduced risk of hospital death (0.27, 0.08-0.94, 0.04). Variables with increased risk of hospital clinical outcome compound were: use of antifibrinolytic (3.2, 1.65-6.27; 0.0006), renal complications (7.4, 1.52-36.0; 0.013), pulmonary complications (3.7, 1.58.8, 0.004), EuroScore (1.23; 1.08-1.41; 0.003) and CPB time [min] (1.01; 1.00 to 1.02; 0.027). CONCLUSION: Ethnicity black, cerebrovascular disease, hemopericardium, Cabrol operation, CABG simultaneous, hemostasis review and CPB time was associated with increased risk of hospital death. Chest pain was associated with reduced risk of hospital death. Use of antifibrinolytic, renal complications, pulmonary complications, EuroScore and CPB time were associated with clinical outcome hospital compound.
Asunto(s)
Femenino , Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Aneurisma de la Aorta/mortalidad , Aneurisma de la Aorta/cirugía , Mortalidad Hospitalaria , Aneurisma de la Aorta/complicaciones , Métodos Epidemiológicos , Complicaciones Intraoperatorias/mortalidad , Complicaciones Posoperatorias/mortalidad , Factores de TiempoRESUMEN
Cada año, cientos de miles de personas en Latinoamérica sufren un accidente cerebrovascular (ACV), y se prevé que la cantidad de ACV por año aumente dramáticamente a medida que la población envejece. Esta es una epidemia que ya comienza a aparecer, y se requieren medidas inmediatas para evitar una crisis. Muchos de estos pacientes mueren a causa de un ACV; otros quedan con discapacidades graves, lo que es devastador no sólo para sus vidas, sino también para sus familiares y cuidadores. No sorprende que las consecuencias económicas del ACV sean enormes, tanto para las personas como para los sistemas de atención médica. La fibrilación auricular (FA) -la anomalía sostenida más común del ritmo cardíaco- afecta a millones de personas en Latinoamérica. Por ejemplo, en Brasil, se ha estimado que, aproximadamente, 1,5 millones de pacientes viven con FA. Las personas con FA tienen un riesgo cinco veces mayor de ACV en comparación con la población general. Más aún, los ACV relacionados con la FA son más graves, tienen peor evolución y son más costosos que los ACV en pacientes sin FA. Por lo tanto, los pacientes con FA constituyen una población importante para reducir la carga general del ACV. Este informe tiene como objetivo generar conciencia entre los profesionales de la salud y quienes tienen poder de decisión sobre la salud acerca de que la mejor comprensión y tratamiento de la FA y una mejor prevención del ACV son posibles. Sin embargo, se necesita una mayor inversión en la prevención del ACV, especialmente, en pacientes con FA. Se requiere con urgencia la acción coordinada de los gobiernos de los países latinoamericanos, a fin de lograr el diagnóstico más temprano y el mejor tratamiento de la FA, y para reducir el riesgo de ACV en pacientes con FA. La implementación de las recomendaciones detalladas en este informe, a nivel regional y nacional, será crucial.
Each year, hundreds of thousands of people in Latin America suffer a stroke, and it is expected that the number of strokes per year increases dramatically as the population ages. This is an epidemic that is beginning to emerge, requiring immediate action to avoid a crisis. Many of these patients die from a stroke; others are severely disabled, which is devastating not only for their lives, but also for their families and caregivers. Not surprisingly, the economic consequences of stroke are enormous, both for individuals and for health care systems. Atrial fibrillation (AF) -the most common sustained abnormality of heart rhythm- affects about 6 million people in Latin America. For example, in Brazil, it was estimated that approximately1.5 million patients living AF. Individuals with AF are at a fivefold increased risk of stroke compared with the general population. Furthermore, strokes related to AF are more severe and have poorer outcomes than strokes in patients without AF. Patients with AF are therefore an important target population for reducing the overall burden of stroke. This report aims to raise awareness among patients, policy makers, healthcare professionals and the general public that better knowledge and management of AF and better prevention of stroke are possible. However, greater investment in preventing stroke is needed, particularly in patients with AF. Coordinated action by governments of Latin American countries is urgently required to achieve earlier diagnosis and better management of AF and to reduce the risk of stroke in patients with AF. Implementation of the recommendations detailed in this report, at regional and national level, will be crucial.
A cada ano, centenas de milhares de pessoas na América Latina manifestam um acidente vascular cerebral (AVC) e está previsto que o número de AVC por ano aumentará drasticamente com o envelhecimento da população. Esta é uma epidemia que já teve início, necessitando de ação imediata para que se evite uma crise. Muitos desses pacientes vêm a falecer de AVC; outros ficam com graves sequelas que devastam não somente a sua vida, mas a de seus familiares e cuidadores. De forma não surpreendente, as implicações de AVC são imensas tanto para os indivíduos como para os sistemas de saúde. A fibrilação atrial (FA) -a arritmia cardíaca sustentada mais comum- afeta milhões de pessoas na América Latina. Por exemplo, no Brasil, estimou-se que há aproximadamente 1,5 milhões de pacientes que convivem com FA. Indivíduos com FA têm risco cinco vezes maior de AVC comparados à população geral. Além disso, os AVC relacionados à FA são mais graves, têm desfechos piores e são mais onerosos do que AVC em pacientes sem FA. Portanto, pacientes com FA são uma população alvo importante para a redução do ônus geral de AVC. Este relatório visa aumentar a conscientização entre os elaboradores de políticas e os profissionais de saúde de que é possível obter melhor conhecimento e manejo da FA e melhor prevenção de AVC. Entretanto, é necessário um investimento maior na prevenção de AVC, principalmente em pacientes com FA. A ação coordenada entre governos nacionais de países latinoamericanos é urgentemente necessária para se obter um diagnóstico precoce e manejar melhor a FA, e para reduzir o risco de AVC em pacientes com FA. A implementação das recomendações pormenorizadas neste relatório, em âmbito regional e nacional, será crucial.