RESUMEN
A maioria dos pacientes com câncer de esôfago é diagnosticada em estádio final da doença com alta morbimortalidade cirúrgica, e sobrevida em cinco anos muito baixa. O objetivo deste estudo foi comparar três métodos de paliação endoscópica para pacientes que não são candidatos a cirurgia. Num período de 36 meses, 42 pacientes com câncer de esôfago foram examinados. Após critérios de exclusão, 15 foram randonizados em três grupos (cinco em cada grupo): grupo I - prótese plástica esofágica, grupo II - injeção de álcool e grupo III - gastrostomia endoscópica. Avaliação nutricional foi feita antes e depois do tratamento.Índice de Karnofsky, escore de disfagia e avaliação subjetiva da qualidade de vida também foram estudados. Os pacientes foram seguidos até o óbito. Apesar do número pequeno, todos os três foram bons métodos de paliação. Os autores discutem os prós e contras de cada tratamento. Gastrostomia é provavelmente o melhor ( e mais barato) tratamento para manter o status nutricional em pacientes com fase final de neoplasia de esôfago. Apesar da prótese plástica e de injeção de álcool serem eficientes em aliviar a disfagia, os pacientes geralmente desenvolvem anorexia grave
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Cuidados Paliativos , Endoscopía , Neoplasias Esofágicas/terapia , Etanol , GastrostomíaRESUMEN
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, estima-se que existam 16 a 18 milhões de pessoas infectadas com Trypanossoma cruzi e, dependendo da região geográfica, porcentagem variável de indivíduos apresentarão as manifestações cardíacas e digestivas da fase crônica da doença de Chagas. A prevalência da esofagopatia oscila entre 7,1 por cento a 1O,6 por cento, com 3 por cento de formas ectásicas. O tratamento do megaesôfago, seja de etiologia chagásica ou idiopática visa o alívio sintomático, reduzindo a resistência oferecida pelo EEI acalásico e, consequentemente, diminuindo a estase esofagiana. Isto pode ser feito com drogas, dilatação com balão ou cirurgia. As terapêuticas atualmente preconizadas - dilatação com balão e cardiomiotomia são agressivas, de custo alto e têm morbidade e mortalidade não desprezíveis. Recentemente a toxina botulínica tipo A passou a ser indicada como opção terapêutica na acalásia idiopática. Tem eficácia comprovada, mas devido a recorrência da disfagia novas injeções são necessárias para alívio do sintoma por longos períodos. Não apresenta efeito colateral significativo, sendo a droga de escolha no tratamento dos pacientes de risco para terapêutica mais invasiva. No presente estudo, 24 pacientes com acalásia chagásica foram randomizados para receberem toxina botulínica (l2 pacientes) e soro fisiológico (l2 pacientes) injetados por endoscopia no esfíncter esofagiano inferior. O estudo foi desenhado de tal forma que o médico e os pacientes estavam cegos no estudo. Os pacientes foram acompanhados com escore clínico de disfagia e a aferição objetiva da resposta à toxina foi realizado com exames seriados de esofagograma, cintilografia, manometria computadorizada do esôfago e avaliação nutricional durante 6 meses. A melhora clínica da disfagia foi estatisticamente significante (p< O,001) no grupo de pacientes que receberam a toxina (7/12 melhoraram) comparando com grupo placebo (2/12 melhoraram). A resposta clínica com a toxina foi verificada na primeira avaliação no sétimo dia e manteve-se até o período de término do estudo. A pressão do esfíncter esofagiano inferior após o oitavo dia de tratamento caiu 16,21 por cento nos pacientes tratados com toxina e aumentou 5,16 por cento no grupo placebo. No sexto mês a pressão do EEI retomou aos níveis pré-tratamento. A queda da pressão do EEI não alcançou significância estatística. O esvaziamento esofagiano medido à cintilografia no grupo tratado com toxina...(au)
Asunto(s)
Acalasia del Esófago , Toxinas Botulínicas Tipo ARESUMEN
With increased use of percutaneous endoscopic gastrostomy, it became clear that neurologically impaired patients might benefit from its use. From August 1996 to july 1997, we performed 19 percutaneous endoscopic gastrotomies in patients with neurological sequelae, who were incapable to maintain their nutritional status by oral ingestion or had repeated episodes of aspiration. Sixteen patients were followed prospectively, from 30 days to 11 months (median: 6,4 months). Average weight (38.2 Kg to 44,8 Kg), BMI (14.8 kg/m2 to 17.8 Kg/m2), weight/height ratio (23.5 Kg/cm to 28 Kg/cm), mid-upper arm circumference (19.4 cm to 21.6 cm) and triceps skinfold thickness (10.3 mm to 12.6 mm) were significantly increased (P<0.01). Before percutaneous endoscopic gastromoty, there were 10 (10/16, 62.5 per cent) patients with grade III thinness. In this group, 3/10 patients (30 per cent) showed improvement to grade I (two individuals) and II (one patient). All but five patients (68.75 per cent) were below the fifth percentile of normal distribution for mid-upper arm circuference. One patient (6.2 per cent) showed improvement of her status (between 25 th and 50 th percentiles). Four patients (25 per cent) started the follow-up below the fifth percentile for normal distribution of triceps skinfold thickness, and showed no improvement. There were no early complications secondary the procedure. Late complications included granulation tissue on ostomy site (18.8 per cent) and ostomy infection (6.2 per cent). Statistical analysis showed significant improvement of anthropometric data. Percutaneous endoscopic gastrostomy is a simple, highly succesful and safe procedure, when performed in neurologically impaired patients. It is efficient as a long-term enteral feeding method.
Asunto(s)
Adulto , Persona de Mediana Edad , Humanos , Adolescente , Enfermedades del Sistema Nervioso Central/complicaciones , Nutrición Enteral/métodos , Gastrostomía , Trastornos Nutricionales/etiología , Trastornos Nutricionales/terapia , Estado Nutricional , Antropometría , Índice de Severidad de la Enfermedad , Factores de TiempoRESUMEN
Helicobacter pylori é uma bactéria Gram negativa que coloniza células epiteliais gástricas. Sua presença tem sido associada a várias afecçöes, inclusive gastrite crônica e doença ulcerosa péptica. O diagnóstico da infecçäo pelo Helicobacter pylori pode ser feito através de testes invasivos ou nao-invasivos. Os testes invasivos requerem a realizaçäo de endoscopia digestiva alta para obtençäo de fragmentos de mucosa gástrica que seräo utilizados para a pesquisa da bactéria. Comparam-se quatro testes diagnósticos invasivos: cultura, teste ultra-rápido da urease, histologia (coloraçöes de Hematoxilina-eosina e Giemsa) e esfregaço em lâmina corada com fucsina, com relaçäo à sensibilidade e especificidade, custo e facilidade de execuçäo. O teste da urease mostrou ser o método diagnóstico de mais rápida e fácil execuçäo, com sensibilidade de 86 por cento e especificidade de 100 por cento, apresentando ainda como vantagem o seu baixo custo. Deve, portanto, em nossa opiniäo, ser o método de escolha no diagnóstico do Helicobacter pylori.
Asunto(s)
Adulto , Persona de Mediana Edad , Femenino , Humanos , Endoscopía del Sistema Digestivo , Mucosa Gástrica/microbiología , Infecciones por Helicobacter/diagnóstico , Helicobacter pylori/aislamiento & purificación , Biopsia , Valor Predictivo de las Pruebas , Colorantes de Rosanilina , Sensibilidad y Especificidad , Ureasa , Ureasa/economíaRESUMEN
A terapêutica endoscópica do pseudocisto de pâncreas tem sido vista como procedimento eficaz e alternativo à cirurgia. Relato de seis pacientes com pseudocisto de pâncreas em que foi usada drenagem transpapilar (três casos), cistogastrostomia (três casos) e cistoduodenostomia (um caso). Todos evoluíram com melhora precoce de sintomatologia e regressao do pseudocisto, exceto o paciente do caso n§ 5 que, após ter sido submetido a cistogastrostomia, necessitou de drenagem transpapilar devido a persistência de coleçao em cauda pancreática por estenose de ducto pancreático principal a nível de corpo. As complicaçoes encontradas foram: hemorragia com repercussao hemodinâmica em um paciente e infecçao do pseudocisto em dois, ambos controlados clinicamente, Ressalta-se que dois pacientes apresentavam infecçao do pseudocisto de pâncreas previamente à intervençao endoscópica e, contrariamente aos relatos da literatura que recomendam cirurgia ou drenagem percutânea nestes casos, houve melhora clínica com antibioticoterapia e drenagem endoscópica do pseudocisto. Conclui-se que a terapêutica endoscópica dos pseudocistos de pâncreas é eficaz e segura, sendo responsável pela melhora precose da sintomatologia na maioria dos pacientes.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Endoscopía , Seudoquiste Pancreático/cirugía , Drenaje , Estudios de Seguimiento , Complicaciones Posoperatorias , Seudoquiste Pancreático/diagnóstico , Seudoquiste Pancreático , Tomografía Computarizada por Rayos XRESUMEN
A síndrome de Peutz-Jeghers é uma doença rara de padräo autossômico dominante, com alta penetrância, apresentando manchas cutâneas e pólipos hamartomatosos. É relatada a ocorrência da síndrome com adenocarcinoma na segunda porçäo do duodeno, em um paciente jovem, com metástase hepática e infiltraçäo pancreática. A freqüência desta associaçäo é estimada em torno de 5 por cento dos portadores da síndrome. Tal associaçäo é rara e é discutida a possibilidade de pólipo adenomatoso sofrer degeneraçäo maligna, do hamartoma apresentar transformaçäo cancerosa ou a coexistência de adenoma entre os pólipos hamartomatosos