Auto-exame das mamas: freqüência do conhecimento, prática e fatores associados / Breast self-examination: frequency of knowledge, practice and associated factors

OBJETIVO: estudar a freqüência do conhecimento e prática do auto-exame de mamas (AEM), caracterizando alguns fatores que influenciam sua prática. MÉTODO: durante um mês, foram entrevistadas 505 mulheres atendidas no Centro de Saúde Escola - Marco (CSE-Marco) e no anexo Unidade Materno-Infantil por meio de questionário referente ao conhecimento e prática do AEM e possíveis fatores associados. Verificou-se a correlaçäo entre as variáveis através do teste de chi2. RESULTADOS: das mulheres entrevistadas, 96,0 por cento conheciam o AEM. Dentre essas, 58,9 por cento conheceram-no pela imprensa. Contudo, o meio que proporcionou prática mais correta foi a orientaçäo médica (37,5 por cento). Apenas 21,8 por cento das mulheres realizavam o exame mensalmente. O principal motivo da näo-realizaçäo foi o desconhecimento da técnica (48,2 por cento). Mulheres entre 30 e 39 anos (30,2 por cento) apresentaram maior prática mensal do exame e 58,2 por cento das que o realizavam corretamente tinham pelo menos ensino médio incompleto. Em 58,7 por cento dos casos, o ginecologista näo incentiva a prática do AEM. CONCLUSÄO: o AEM é conhecido por praticamente todas as entrevistadas, embora mais de um terço destas näo o realize, principalmente por desconhecimento da técnica. O meio de comunicaçäo que levou a orientaçäo mais eficiente foi a orientaçäo médica, contudo, esta atingiu reduzido número de pacientes. Houve interferência do grau de escolaridade e faixa etária na prática do AEM, näo intervindo a presença de casos de câncer na família

Tratamento da hanseníase em uma unidade básica de saúde / Hansen's disease treatment at a basic health center

Introdução: A eliminação da hanseníase na Região Norte está prevista para longo prazo, após 2005, sendo a taxa de prevalência da doença na região igual ou maior a 10 casos para cada 10.000 habitantes. Objetivo: Analisar os resultados do tratamento de hanseníase na Unidade Básica de Saúde da Sacramenta (UBS-Sacramenta) de janeiro de 2000 a julho de 2001. Método: Análise descritiva dos prontuários de 65 pacientes matriculados no programa de tratamento de hanseníase da UBS-Sacramenta, realizado no consultório de doenças transmissíveis, de janeiro de 2000 a julho de 2001. Os dados foram coletados através da aplicação de protocolo sobre os prontuários e análise do livro da ata. Resultados: A maioria dos pacientes (86 por cento) resisia na própria Sacramenta e apena 9 por cento repetia o tratamento. Observou-se 68 por cento de assiduidade e, em 37 por cento de casos, os familiares recebiam a medicação. Durante o tratamento, 52 por cento dos pacientes não relataram queixas quanto ao seu estado geral. Houve apenas 2 por cento de abandonos, obtendo-se 44 por cento de altas. Persitiram lesões em 62 por cento dos pacientes que receberam alta. Considerações Finais: O esquema polioquimioterápico de tratamento está sendo bem conduzido na UBS-Sacramenta, e suas poucas deficiências resultam tanto da falta de estrutura da Unidade quanto da indisciplina dos pacientes