RESUMEN
Abstract Objective: To describe the external and middle ear of goats, using computed tomography and endoscopic dissection, comparing them with the anatomy of the human ear, aiming to evaluate the viability of this animal model for training in otological endoscopic surgery. Methods: Images of the external and middle ear of goats were produced by computed tomography in the coronal and axial planes and analyzed. The radiological anatomy of the external and middle goat and human ear are described. Some measures of surgical interest were described, such as the length of the external auditory canal, external and internal cross-sectional area of the external auditory canal, middle ear depth, vertical angle of the external auditory canal, length of malleus and incus. After the tomographic study, we analyzed the importance of evaluations through the endoscopic dissection of the goat ear. Results: The bony canal is extremely tortuous and shows a bony prominence with significant elevation near the lower edge of the tympanic membrane. The middle ear has a large tympanic bulla in the hypotympanum region. The malleus is shaped similarly to that of the human, but its handle is located anterior to its head. The mastoid is not pneumatized. Compared to the human mastoid, there was a statistically significant difference in the external and internal cross-sectional area, at the depth of the middle ear, in the vertical angle of the canal and in the length of the incus. Conclusion: Goat morphometric anatomy showed that this model is suitable for surgical simulation in the initial training for endoscopic otological surgery. It is an important contribution to the development of skills to accelerate the subsequent endoscopic otological surgical training in humans, despite some differences found.
RESUMEN
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico e clínico e a assistência médica fornecida às pacientes acompanhadas no ambulatório específico para endometriose em um hospital universitário público brasileiro. Métodos: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo. Foram incluídos os prontuários médicos de 153 pacientes com endometriose acompanhadas em nosso ambulatório desde sua criação, em fevereiro de 2017, até abril de 2020. Os dados coletados foram utilizados para estabelecer os sintomas mais prevalentes, os métodos diagnósticos utilizados, os locais acometidos com maior frequência, o tratamento clínico estabelecido e as características epidemiológicas da população estudada. Resultados: A idade média das pacientes foi de 35,2 ± 7,23 anos. Os sintomas mais prevalentes foram dismenorreia (88,2%), dispareunia (65,4%) e infertilidade (52,9%). O ovário foi o local mais acometido (60,1%). A coexistência de doenças autoimunes foi identificada em 7,2% das pacientes. Cerca de 47,7% das pacientes foram diagnosticadas com ressonância magnética pélvica e 45% foram tratadas com dienogeste. Conclusão: O reconhecimento da epidemiologia da endometriose, os sintomas mais frequentes e as comorbidades associadas à doença podem permitir aos profissionais de saúde melhorar sua capacidade diagnóstica e realizar uma assistência clínica individualizada e eficiente.(AU)
Objective: To analyze the epidemiological and clinical profile and the medical assistance provided to patients followed up in the specific outpatient clinic of endometriosis in a Brazilian public university hospital. Methods: It was a cross-sectional retrospective study. Medical records of 153 patients with endometriosis followed up in our specific outpatient clinic, since its creation, in February 2017, until April 2020 were included. Data collected was used to establish the most prevalent symptoms, diagnostic methods used, most frequent sites of involvement, clinical treatment and epidemiological characteristics of the study population. Results: The mean age of patients was 35.2 ± 7.23 years old. The most prevalent symptoms were dysmenorrhea (88.2%), dyspareunia (65.4%) and infertility (52.9%). Ovary was the most affected site (60.1%). The coexistence of autoimmune disease was identified in 7.2% patients. About 47.7% were diagnosed by pelvic magnetic resonance imaging (MRI) and 45% were treated with dienogest. Conclusion: The recognition of endometriosis epidemiology, the most frequent symptoms and the comorbidities associated with the disease may enable health care professionals to improve the diagnostic capacity and to perform an individualized and efficient clinical assistance.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Adulto Joven , Endometriosis/epidemiología , Perfil de Salud , Brasil/epidemiología , Registros Médicos , Estudios Transversales , Endometriosis/diagnóstico , Endometriosis/tratamiento farmacológico , Hospitales Públicos , Hospitales UniversitariosRESUMEN
ABSTRACT Background: It is unclear if there is a natural transition from laparoscopic to robotic surgery with transfer of abilities. Aim: To measure the performance and learning of basic robotic tasks in a simulator of individuals with different surgical background. Methods: Three groups were tested for robotic dexterity: a) experts in laparoscopic surgery (n=6); b) experts in open surgery (n=6); and c) non-medical subjects (n=4). All individuals were aged between 40-50 years. Five repetitions of four different simulated tasks were performed: spatial vision, bimanual coordination, hand-foot-eye coordination and motor skill. Results: Experts in laparoscopic surgery performed similar to non-medical individuals and better than experts in open surgery in three out of four tasks. All groups improved performance with repetition. Conclusion: Experts in laparoscopic surgery performed better than other groups but almost equally to non-medical individuals. Experts in open surgery had worst results. All groups improved performance with repetition.
RESUMO Racional: É incerto se há transferência natural de habilidades da cirurgia laparoscópica para a robótica. Objetivo: Avaliar o desempenho e aprendizado de tarefas em plataforma robótica simulada em indivíduos com diferentes conhecimentos em cirurgia. Método: Três grupos de indivíduos foram testados quanto à habilidade robótica: a) especialistas em cirurgia laparoscópica (n=6); b) especialista em cirurgia convencional (n=6); e c) indivíduos não médicos. A idade variou em todo grupo entre 40-50 anos. Cinco repetições de quatro tarefas simuladas foram realizadas: visão espacial, coordenação bimanual, coordenação mão-pé-olho e destreza manual. Resultados: Especialistas em cirurgia laparoscópica tiveram desempenho semelhante aos indivíduos não médicos e melhor que os especialistas em cirurgia convencional em três das quatro tarefas. Todos os grupos melhoraram desempenho com repetições . Conclusão: Especialistas em cirurgia laparoscópica desempenharam melhor que os outros grupos, mas quase igualitariamente aos indivíduos não médicos. Especialista em cirurgia convencional apresentaram os piores resultados. Todos os grupos melhoraram com as repetições.
Asunto(s)
Humanos , Adulto , Robótica , Laparoscopía , Procedimientos Quirúrgicos Robotizados , Análisis y Desempeño de Tareas , Competencia Clínica , Persona de Mediana EdadRESUMEN
O sulfato de magnésio tem sido utilizado em obstetrícia por décadas e milhares de mulheres já foram incluídas em ensaios clínicos que estudaram sua eficácia em uma variedade de condições gestacionais. Os principais usos do medicamento na atual prática obstétrica incluem prevenção e tratamento de convulsões eclâmpticas, prolongamento da gravidez para administração antenatal de corticosteroides e neuroproteção fetal na iminência de interrupção prematura da gravidez. Em função da alta qualidade e da consistência dos resultados de importantes ensaios clínicos, a indicação do sulfato de magnésio para profilaxia e terapia das convulsões eclâmpticas está bem estabelecida. Entretanto, tal unanimidade não ocorre com relação ao seu emprego como tocolítico, tanto pela discussão sobre sua efetividade quanto pelas doses mais altas usualmente utilizadas para esse fim. Em relação à importância do sulfato de magnésio como agente neuroprotetor fetal, a paralisia cerebral é a causa mais comum de deficiência motora na infância e tem como fator de risco mais importante a prematuridade, cuja incidência tem aumentado significativamente. Diretrizes nacionais e internacionais mais recentes, baseadas em resultados de ensaios clínicos randomizados e metanálises de boa qualidade, mostraram que a administração antenatal de sulfato de magnésio na iminência de parto pré-termo precoce é uma intervenção eficiente, viável, segura, com boa relação custo-benefício e pode contribuir para a melhoria dos desfechos neurológicos neonatais.
Magnesium sulfate has been used in obstetrics for decades and thousands of women have already been included in clinical trials that have studied its effectiveness in a variety of gestational conditions. The main uses of the drug in current obstetrical practice include prevention and treatment of eclamptic seizures, prolongation of pregnancy for antenatal administration of corticosteroids, and fetal neuroprotection in the imminence of premature termination of pregnancy. Because of the high quality and consistency of the results of important clinical trials, the indication of magnesium sulfate for prophylaxis and therapy of eclamptic seizures is well established. However, such unanimity does not occur regarding its use as tocolytic, either by the discussion of its effectiveness or by the higher doses usually used for this purpose. Regarding the importance of magnesium sulfate as a fetal neuroprotective agent, cerebral palsy is the most common cause of motor deficits in childhood and has a significantly higher incidence of prematurity as a major risk factor. More recent national and international guidelines, based on results from randomized controlled trials and good quality meta-analyzes, have shown that the antenatal administration of magnesium sulfate at the imminence of early preterm delivery is a cost-effective, viable, efficient intervention and safe and can contribute to the improvement of neonatal neurological outcomes.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Sulfato de Magnesio/uso terapéutico , Obstetricia , Tocólisis , Parálisis Cerebral , Eclampsia/tratamiento farmacológico , Neuroprotección , Trabajo de Parto Prematuro , MagnesioRESUMEN
Os principais usos contemporâneos do sulfato de magnésio na prática obstétrica incluem a prevenção e o tratamento de convulsões em portadoras de pré-eclâmpsia e eclâmpsia, o prolongamento da gravidez para administração antenatal de corticosteroides e a neuroproteção fetal na iminência de interrupção prematura da gestação, uma indicação mais recente. A paralisia cerebral é a causa mais comum de deficiência motora na infância e apresenta como fator de risco mais importante o nascimento pré-termo, cuja incidência tem aumentado significativamente. Como consequência, a ocorrência da paralisia cerebral também tem aumentado, a despeito da melhoria da sobrevida dos fetos pré-termos. No atual contexto de procura por estratégias que se mostrem efetivas na redução da paralisia cerebral nos recém-nascidos prematuros e que deveriam ser implementadas com o objetivo de diminuir os seus efeitos danosos nos indivíduos e suas famílias, nos serviços de saúde e na sociedade como um todo, o sulfato de magnésio tem se mostrado como o mais promissor agente neuroprotetor fetal. Desde a década de 1990, estudos resultantes das suas indicações para a prevenção das convulsões eclâmpticas ou para tocólise têm evidenciado redução nas taxas de paralisia cerebral e leucomalácia periventricular em prematuros. Diretrizes nacionais e internacionais mais recentes, baseando-se em resultados de ensaios randomizados controlados e metanálises de boa qualidade, têm avançado na recomendação sobre os regimes terapêuticos e na construção de algoritmos para utilização do sulfato de magnésio na neuroproteção fetal.(AU)
The main contemporary uses of magnesium sulfate in obstetric practice include the prevention and treatment of seizures in patients with preeclampsia and eclampsia, prolongation of pregnancy for antenatal administration of corticosteroids and fetal neuroprotection at the imminence of premature termination of pregnancy, a more recent indication. Cerebral palsy is the most common cause of motor deficits in childhood and has a significant increase in preterm birth as a major risk factor. As a result, the occurrence of cerebral palsy has also increased, despite the improvement in the survival of preterm fetuses. In the current context of search for strategies that are effective in reducing cerebral palsy in preterm newborns and that should be implemented with the aim of reducing their harmful effects on individuals and their families, health services and society as a whole, magnesium sulfate has been shown to be the most promising fetal neuroprotective agent. Since the 1990s, studies arising from its indications for prevention of eclamptic seizures or tocolysis have shown a reduction in the rates of cerebral palsy and periventricular leukomalacia in preterm infants. More recent national and international guidelines, based on results from randomized controlled trials and good quality meta-analyzes, have advanced the recommendation on therapeutic regimens and the construction of algorithms for the use of magnesium sulphate in fetal neuroprotection.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Recién Nacido , Recien Nacido Prematuro , Parálisis Cerebral/prevención & control , Neuroprotección/efectos de los fármacos , Magnesio/efectos adversos , Sulfato de Magnesio/uso terapéutico , Ensayos Clínicos Controlados Aleatorios como Asunto , Bases de Datos Bibliográficas , Fármacos Neuroprotectores , Contraindicaciones de los MedicamentosRESUMEN
O presente estudo tem por objetivo analisar o conhecimento produzido sobre o acolhimento na Atenção Primária à Saúde, nos últimos oito anos. Trata-se de uma revisão integrativa, relacionada também ao acolhimento no âmbito da Estratégia Saúde da Família. Pode-se afirmar que o processo de acolhimento ainda não está totalmente sistematizado nos modelos de atenção à saúde, podendo ser esta uma justificativa para as dificuldades apresentadas tanto por profissionais quanto por usuários. São necessários estudos com novas abordagens ou estratégias para a sistematização do acolhimento nas unidades de Atenção Primária à Saúde, e verificar se estas têm realmente impacto na qualidade dos serviços e na satisfação dos usuários.
The present study aims to analyze the knowledge produced about the reception in the Primary Health Care, in the last eight years. It is about an integrative review, also related to the reception within the Family Health Strategy. It can be stated that the reception process is not yet fully systematized in the models of health care, and this may be a justification for the difficulties presented by both professionals and users. There are necessary studies with new approaches or strategies for the systematizing of the reception in units of Primary Health Care, and verify if these actually have an impact on the quality of services and in the users satisfaction.
RESUMEN
Objectives Discuss neuropsychiatric aspects and differential diagnosis of catatonic syndrome secondary to systemic lupus erythematosus (SLE) in a pediatric patient. Methods Single case report. Result A 13-year-old male, after two months diagnosed with SLE, started to present psychotic symptoms (behavioral changes, hallucinations and delusions) that evolved into intense catatonia. During hospitalization, neuroimaging, biochemical and serological tests for differential diagnosis with metabolic encephalopathy, neurological tumors and neuroinfections, among other tests, were performed. The possibility of neuroleptic malignant syndrome, steroid-induced psychosis and catatonia was also evaluated. A complete reversal of catatonia was achieved after using benzodiazepines in high doses, associated with immunosuppressive therapy for lupus, which speaks in favor of catatonia secondary to autoimmune encephalitis due to lupus. Conclusion Although catatonia rarely is the initial clinical presentation of SLE, the delay in recognizing the syndrome can be risky, having a negative impact on prognosis. Benzodiazepines have an important role in the catatonia resolution, especially when associated with parallel specific organic base cause treatment. The use of neuroleptics should be avoided for the duration of the catatonic syndrome as it may cause clinical deterioration. .
Objetivos Discutir aspectos neuropsiquiátricos e o diagnóstico diferencial da síndrome catatônica secundária a lúpus eritematoso sistêmico (LES) em paciente pediátrico. Métodos Relato de caso individual. Resultado Adolescente do sexo masculino com 13 anos de idade iniciou, após dois meses de diagnosticado com LES, quadro psicótico (alterações comportamentais, alucinações e delírios) que evoluiu para franca catatonia. Durante internação hospitalar foram realizados, entre outros, exames de neuroimagem, bioquímicos e sorologias para diagnóstico diferencial com encefalopatia metabólica, tumores neurológicos e neuroinfecções. Foi avaliada também a possibilidade de síndrome neuroléptica maligna, psicose e catatonia induzida por corticoides. Houve reversão completa da catatonia após o uso de benzodiazepínico em altas doses associado à terapia imunossupressora para o lúpus, o que fala a favor de uma catatonia secundária a uma encefalite autoimune de base lúpica. Conclusão Apesar de a catatonia ser raramente apresentação clínica inicial do LES, o atraso no reconhecimento da síndrome pode ser arriscado, tendo impacto negativo no prognóstico. Os benzodiazepínicos têm papel importante na resolução da catatonia, principalmente quando associada ao tratamento específico em paralelo para a causa orgânica de base. O uso de neurolépticos deve ser evitado durante a vigência da síndrome catatônica, podendo agravar o quadro clínico. .
RESUMEN
O uso de drogas ilícitas na gravidez é um problema complexo de cunho social e de saúde pública. Com ocorrência crescente na população mundial, resulta no aumento significativo da morbiletalidade materno-fetal, com maiores taxas da exposição às drogas e da síndrome de abstinência neonatal, além de prejuízos no desenvolvimento subsequente das crianças expostas a tais substâncias. Em virtude da variedade de fatores sociais, psicossociais, comportamentais e biomédicos que estão implicados nos resultados neonatais adversos, as usuárias devem receber orientações acerca dos riscos periconcepcionais, anteparto e pósparto causados pelas drogas de abuso. Idealmente, a assistência pré-natal deve ser realizada por uma equipe multidisciplinar. Os tocoginecologistas têm a obrigação ética de aprender e utilizar protocolos para rastreio universal do uso das substâncias ilegais, empreender intervenções iniciais e encaminhar as usuárias e seus familiares para tratamento médico especializado. A construção de uma relação médico-paciente desprovida de preconceitos e baseada em confiança recíproca é também pré-requisito fundamental. A frequência das consultas pré-natais e a avaliação da vitalidade fetal devem ser pautadas pela análise constante e individualizada dos riscos, segundo as diretrizes de assistência às gestações de alto risco. Após o parto, o seguimento das mães, dos recém-nascidos e de suas famílias deve prosseguir em serviços devidamente capacitados.(AU)
Illicit drugs use in pregnancy is a complex social and public health issue. As a growing problem worldwide, it results in significant increase of maternal and fetal morbidity and mortality, with higher rates of drug exposure and neonatal abstinence syndrome, besides loss in the subsequent development of children exposed to such substances. Due to the variety of social, psychosocial, behavioral and biomedical factors that are implicated in adverse neonatal outcomes, users should receive guidance regarding conception, antepartum and postpartum risks caused by illicit drugs. Ideally, prenatal care should be performed by a multidisciplinary team. Obstetricians and gynecologists have an ethical obligation to learn and utilize universal screening protocols for the use of illegal substances, undertake initial interventions and refer users and their families for specialized medical treatment. The construction of a non-judgemental physician-patient relationship based on reciprocal trust is also a fundamental prerequisite. The frequency of antenatal visits and assessment of fetal well-being must be guided by constant and individualized analysis of risks, according to the guidelines of care for high-risk pregnancies. After birth, the follow-up of mothers, newborns and their families should continue in properly prepared health care services.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Complicaciones del Embarazo/prevención & control , Atención Prenatal/métodos , Cannabis/efectos adversos , Drogas Ilícitas/efectos adversos , Cocaína/efectos adversos , Analgésicos Opioides/efectos adversos , Examen Físico/métodos , Relaciones Médico-Paciente , Factores de Riesgo , Bases de Datos Bibliográficas , Trastornos Relacionados con Sustancias/epidemiología , Anamnesis/métodosRESUMEN
Entre as complicações de longo prazo da operação cesariana, destacam-se o acretismo placentário (placenta acreta, increta e percreta) e, mais recentemente, a implantação embrionária na cicatriz uterina de cesárea prévia. A denominada gravidez ectópica em cicatriz de cesárea persiste como um evento pouco divulgado em função da sua raridade; porém, apresenta incidência crescente devido principalmente ao aumento global das taxas de cesariana. Os atrasos no diagnóstico e no tratamento podem resultar em ruptura uterina, hemorragia grave, necessidade de histerectomia e elevada mortalidade materna. Dessa forma, os objetivos principais na condução dos casos de gravidez ectópica em cicatriz de cesárea devem incluir o diagnóstico ultrassonográfico precoce e acurado e a prevenção de hemorragias graves, além da preservação da fertilidade. Entretanto, devido à sua raridade, ainda não há consenso acerca da melhor forma de tratamento dessa complicação.(AU)
Among the long-term complications of cesarean section stand out the pathologically adherent placenta (accreta, increta and percreta) and, more recently, the embryonic implantation in the uterine scar from previous cesarean. The so-called cesarean scar ectopic pregnancy remains a little known event due to its rarity. But it shows increasing incidence due mainly to the overall increase in cesarean rates. The delay in diagnosis and treatment can result in uterine rupture, severe hemorrhage, need for hysterectomy and high maternal mortality. Thus, the main objectives in the management of cesarean scar ectopic pregnancy should include early and accurate ultrasound diagnosis and prevention of severe blood loss, and the preservation of fertility. However, due to its rarity, there is no consensus about the best treatment for this complication.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Embarazo Ectópico/etiología , Embarazo Ectópico/terapia , Embarazo Ectópico/diagnóstico por imagen , Cesárea/efectos adversos , Ultrasonografía Prenatal , Pronóstico , Cesárea/estadística & datos numéricos , Bases de Datos BibliográficasRESUMEN
A paralisia cerebral é a causa mais comum de deficiência motora na infância. É uma doença complexa e de caráter não progressivo, que se caracteriza por distúrbios motores secundários alesões cerebrais ou a anomalias oriundas das fases iniciais de desenvolvimento do cérebro. O fator de risco mais importante para paralisia cerebral é o nascimento pré-termo, cuja incidência tem aumentado significativamente. Como consequência, a ocorrência da paralisia cerebral também tem aumentado, a despeito da melhoria da sobrevida dos fetos pré-termos. O risco da paralisia cerebral é tanto maior quanto menores a idade gestacional e o peso ao nascimento. Dessa forma, estratégias que se mostrarem efetivas para reduzir a paralisia cerebral nesses recém-nascidos deveriam ser implementadas com o objetivo de diminuir os seus efeitos danosos nos indivíduos e suas famílias, nos serviços de saúde e na sociedade como um todo. O sulfato de magnésio tem se mostrado como um promissor agente neuroprotetor fetal. Desde a década de 1990, estudos resultantes das suas indicações para prevenção das convulsões eclâmpticas ou para tocólise têm evidenciado uma redução nas taxas de paralisia cerebral e leucomalácia periventricular em prematuros. Publicações mais recentes, incluindo diretrizes internacionais, têm avançado na recomendação sobre os regimes terapêuticos e na construção de algoritmos para utilização do sulfato de magnésio como agente neuroprotetor fetal.
Cerebral palsy is the most common cause of motor disability in childhood.It is a complex and non-progressive disorder, which is characterized by motor disturbances secundary to brain injuries or anomalies resulting from the early stages of brain development. The most important risk factor forthe occurrence of cerebral palsy is preterm birth, which has increased significantly. As a result, the incidence of cerebral paralysis has also increased despite the improvement in the survival of preterm fetuses. The risk of cerebral palsy increases with the reduction of gestational age and birth weight. Thus, strategies that have proved effective in reducing cerebral palsy in these infants should be implemented in order to decrease their harmful effects on individuals and their families, on health services and society as a whole. Magnesium sulfate has been shown as a promising fetal neuroprotective agent. Since the 1990s, studies arising from its indications for prevention of eclamptic seizures or tocolysis have shown a reduction in the rates of cerebral palsy and periventricular leukomalacia in preterm infants. More recent publications, including international guidelines,have advanced in the recommendation on treatment regimens and the construction of algorithms for use of magnesium sulfate as a fetal agent.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Recién Nacido , Enfermedades Fetales/prevención & control , Fármacos Neuroprotectores/uso terapéutico , Nacimiento Prematuro , Parálisis Cerebral/prevención & control , Sulfato de Magnesio/uso terapéutico , Protocolos Clínicos , Enfermedades del Sistema Nervioso/prevención & control , Atención Prenatal , Sulfato de Magnesio/administración & dosificación , Tocolíticos/administración & dosificación , Trabajo de Parto Prematuro/tratamiento farmacológicoRESUMEN
A infecção pelo estreptococo β-hemolítico do grupo B (EGB) ou Streptococcus agalactiae persiste como uma causa líder de morbimortalidade perinatal. A antibioticoprofilaxia da infecção pelo EGB, baseada no rastreio universal em gestações de 35 a 37 semanas, é mais efetiva do que a estratégia baseada em fatores de risco. A seleção do antibiótico deve se basear na suscetibilidade da cepa do EGB e na história materna de alergia ao medicamento. A penicilina G, administrada por via endovenosa (≥4 horas), continua sendo a droga de escolha para a profilaxia intraparto, enquanto a ampicilina é uma alternativa aceitável. A cefazolina é recomendada para gestantes alérgicas à penicilina, as quais apresentam baixo risco de anafilaxia, enquanto a clindamicina e a eritromicina são indicadas para os casos com alto risco de anafilaxia. A vancomicina deve ser utilizada nas gestantes alérgicas à penicilina, quando houver resistência à clindamicina e à eritromicina ou quando a sensibilidade a essas drogas for desconhecida. No entanto, devido à persistência da morbimortalidade perinatal e ao surgimento de novos dados relevantes nas áreas de epidemiologia, obstetrícia, neonatologia, microbiologia, biologia molecular e farmacologia, em 2010, o Centers of Disease Control and Prevention (CDC) publicou uma terceira revisão das suas diretrizes sobre a doença causada pelo EGB. Este artigo de atualização propõe-se a divulgar de forma comentada e sintética, baseada prioritariamente em algoritmos, as recentes diretrizes do CDC sobre o tema
Group B streptococcus (GBS) or Streptococcus agalactiae remains as a leading cause of perinatal morbidity and mortality. The antibiotic prophylaxis of GBS infection, based on universal screening in pregnancies from 35 to 37 weeks, is more effective than a strategy based on risk factors. The choice of antibiotic should be based on the susceptibility of the strain of GBS and on the maternal history of allergy to the medicine. Penicillin G, administered intravenously (≥4 hours), remains the drug of choice for intrapartum prophylaxis, while ampicillin is an acceptable alternative. Cefazolin is recommended for pregnant women allergic to penicillin, who present low risk of anaphylaxis, while clindamycin and erythromycin are recommended for cases with high risk of anaphylaxis. Vancomycin should be used in pregnant women allergic to penicillin when there is resistance to erythromycin and clindamycin, or the sensitivity to these drugs is unknown. However, due to the persistence of perinatal morbidity and mortality and the emergence of new relevant data in the s of epidemiology, obstetrics, neonatology, microbiology, molecular biology and pharmacology, in 2010, the Centers for Disease Control and Prevention (CDC) published a third revision of the guidelines disease caused by GBS. This update article aims at disseminating the synthetic form - primarily based on algorithms - and commenting on these recent CDC guidelines
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Recién Nacido , Profilaxis Antibiótica/normas , Profilaxis Antibiótica , Complicaciones Infecciosas del Embarazo/prevención & control , Infecciones Estreptocócicas/prevención & control , Streptococcus agalactiae , Algoritmos , Cefazolina/administración & dosificación , Mortalidad Perinatal , Atención Prenatal , Penicilina G/administración & dosificación , Rotura Prematura de Membranas Fetales/prevención & control , Trabajo de Parto Prematuro/prevención & controlRESUMEN
OBJETIVOS: avaliar a evolução da adequação do processo de atendimento às gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e consolidar metodologia para monitoramento da assistência pré-natal. MÉTODOS: estudo de séries temporais múltiplas, com auditoria em cartões de gestantes que realizaram pré-natal em município do Sudeste brasileiro (Juiz de Fora, Minas Gerais) nos semestres iniciais de 2002 e 2004 (370 e 1.200 cartões, respectivamente) e utilizaram o SUS no atendimento ao parto a termo (p < 0,05). Obedeceu-se a uma sequência em três níveis complementares: utilização do pré-natal (início e número de atendimentos) no nível 1; utilização do pré-natal e procedimentos clínico-obstétricos obrigatórios em uma consulta pré-natal [aferições de pressão arterial (PA), peso, altura uterina (AU), idade gestacional (IG), batimentos cardiofetais (BCFs) e apresentação fetal] no nível 2; e utilização, procedimentos clínico-obstétricos obrigatórios e exames laboratoriais básicos, segundo o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento/PHPN [tipagem ABO/Rh, hemoglobina/hematócrito (Hb/Htc), VDRL, glicemia e exame comum de urina] no nível 3. RESULTADOS: confirmou-se a alta cobertura pré-natal (99 por cento), aumento da média de consultas/gestante (6,4 versus 7,2 por cento) e decréscimo da idade gestacional na primeira consulta (17,4 versus 15,7 semanas). Aumentaram significativamente os registros adequados dos procedimentos e exames (exceções: apresentação fetal e tipagem sanguínea): PA (77,8 versus 83,9 por cento); peso (75,4 versus 83,5 por cento); AU (72,7 versus 81,3 por cento); IG (58,1 versus 71,5 por cento); BCFs (79,5 versus 86,7 por cento); Hb/Htc (14,9 versus 29 por cento), VDRL (11,1 versus 20,7 por cento), glicemia (16,5 versus 29,0 por cento) e urinálise (13,8 versus 29,8 por cento). Consequentemente, ocorreu melhoria significativa (p < 0,001) da adequação entre 2002 e 2004: 27,6 versus 44,8 por cento (nível 1); 7,8 versus 15,4 por cento (nível 2); 1,1 versus 4,5 por cento (nível 3). O atendimento na maioria dos serviços/equipes municipais apresentou evolução semelhante. CONCLUSÕES: a persistência da baixa adequação, apesar da boa cobertura e da implantação do PHPN, confirmou a necessidade de incrementar a adesão dos gestores, profissionais de saúde e usuárias às normas/rotinas do atendimento, incluindo a institucionalização de um programa de monitoramento da assistência pré-natal.
PURPOSE: to evaluate the evolution of adequacy of the care process among pregnant users of the Brazilian Single Health System (SUS, acronym in Portuguese) and to consolidate a methodology for monitoring the prenatal care. METHODS: this is a multiple time series study with auditing of prenatal cards of pregnant women who were attended for prenatal care in a city of the Brazilian Southeast (Juiz de Fora, Minas Gerais) in the initial semesters of 2002 and 2004 (370 and 1,200 cards, respectively) and gave birth using SUS services in term pregnancies (p < 0.05). A three complementary level sequence was respected: utilization of prenatal care (beginning and number of visits) at level 1; utilization of prenatal care and obligatory clinical-obstetric procedures during prenatal visits (assessment of blood pressure (BP), weight, uterine fundal height (FH), gestational age (GA), fetal heart rate (FHR) and fetal presentation) at level 2; and utilization of prenatal care, obligatory clinical-obstetric procedures and basic laboratory tests, according to the Humanization Program of Prenatal Care and Birth (PHPN, acronym in Portuguese) (ABO/Rh, hemoglobin/hematocrit (Hb/Htc), VDRL, glycemia and urinalisys) at level 3. RESULTS: it was confirmed the high prenatal care coverage (99 percent), the increased mean number of visits per pregnant woman (6.4 versus 7.2 percent) and the decreased gestational age at the time of the first visit (17.4 versus 15.7 weeks). The proper registration of procedures and exams (exceptions: fetal presentation and blood typing) has significantly increased: BP (77.8 versus 83.9 percent); weight (75.4 versus 83.5 percent); FH (72.7 versus 81.3 percent); GA (58.1 versus 71.5 percent); FHR (79.5 versus 86.7 percent); Hb/Htc (14.9 versus 29 percent), VDRL (11.1 versus 20.7 percent), glycemia (16.5 versus 29 percent) and urinalisys (13.8 versus 29.8 percent). As a result, there was significant (p < 0.001) improvement of the adequacy between 2002 and 2004: 27.6 versus 44.8 percent (level 1); 7.8 versus 15.4 percent (level 2); 1.1 versus 4.5 percent (level 3). This trend was also noted in care provided by the majority of the municipal services/teams. CONCLUSIONS: the persistence of low adequacy, despite good coverage and PHPN implementation, confirmed the need to increase health managers, professionals and users' compliance with the rules and routines of care, including the institutionalization of a monitoring program of prenatal care.
Asunto(s)
Adolescente , Adulto , Femenino , Humanos , Embarazo , Adulto Joven , Atención Prenatal/normas , Brasil , Atención a la Salud/normas , Salud UrbanaRESUMEN
O diabetes gestacional está associado a aumento do risco de complicações para o binômio materno-fetal e sua incidência é crescente. O tratamento específico é recomendado para reduzir complicações durante a gravidez, o parto e a vida adulta. O objetivo principal desta revisão foi pesquisar evidências acerca das opções de tratamento do diabetes gestacional, incluindo monitoramento glicêmico, dieta, exercícios físicos e, para algumas pacientes, farmacoterapia e conduta obstétrica específica, como antecipação do parto. A insulinoterapia é efetiva e segura, sendo considerada como o padrão-ouro de tratamento. Atualmente, são limitados os dados que embasam o uso dos análogos da insulina de ação prolongada durante a gravidez, porém, experiências recentes mostraram segurança da utilização do análogo de ação rápida lispro. Alguns estudos randomizados controlados têm demonstrado resultados promissores sobre a segurança e a eficácia dos antidiabéticos orais gliburida e metformina no tratamento das gestantes diabéticas. No entanto, devido a preocupações de longo prazo, maiores estudos randomizados controlados com metodologias comparáveis e, consequentemente, novas meta-análises serão necessárias para confirmar a segurança e a eficácia dessas drogas durante a gravidez e aumentar a sua aceitação na comunidade médica. O efeito do parto eletivo (indução ou cesárea) no prognóstico gestacional permanece indefinido.
Gestational diabetes is associated with an increased risk of complications both for the mothers and for her children, and its incidence has increased. Specific treatment is recommended in order to reduce risks during pregnancy, birth and adult life. This review's main objective was to analyze the evidences of the options for treatment of gestational diabetes, including glycemic monitoring, diet, physical exercises and, for some patients, pharmacotherapy and specific obstetric management such as anticipation of delivery. Insulin therapy is both effective and safe, qualities that make it the gold standard of treatment. Nowadays, there are limited data to support the use of long-acting insulin analogs, but recent studies reported that the rapid-acting analog lispro is safe. Some randomized controlled trials have demonstrated promising findings regarding safety and efficacy of the oral antidiabetics glyburide and metformin used for the treatment of diabetic pregnancies. However, because of long-term concerns, larger randomized controlled trials with comparable methodologies and, consequently, new meta-analysis are needed to confirm the safety and efficacy of these drugs during pregnancy and to gather widespread acceptability in the medical community. The effect of labor induction or elective cesarean on pregnancy prognosis remains unclear.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Dieta para Diabéticos , Diabetes Gestacional/tratamiento farmacológico , Diabetes Gestacional/terapia , Ejercicio Físico , Gliburida/uso terapéutico , Hipoglucemiantes/uso terapéutico , Insulina/administración & dosificación , Insulina/uso terapéutico , Metformina/uso terapéutico , Atención Prenatal , Macrosomía Fetal/etiologíaRESUMEN
Objetivo. Avaliar a possível correlação entre o aleitamento e a densidade mineral óssea em nutrizes. Método. Estudo transversal, no qual se avaliou a densidade mineral óssea de nutrizes com aleitamento materno exclusivo na data da realização do exame, que ocorreu do 12.º ao 70.º dias de aleitamento. Foram colhidas informações sobre a história gestacional atual e pregressa, os dados do consumo alimentar e dos fatores de risco de osteoporose. Foram realizadas avaliações antropométricas, da composição corporal, além da densidade mineral. Para correlacionar a densidade mineral óssea com prováveis fatores de risco de diminuição de massa óssea foi utilizada a correlação de Pearson. Resultados. Participaram do estudo 107 nutrizes, com a média de 27,6 ± 5,1 anos de idade. Os resultados da densidade mineral óssea revelaram 58 nutrizes (54,2%) com densitometria normal e 49 (45,8%) com sua diminuição, sendo 43 casos (40,2%) de osteopenia e seis casos (5,6%) de osteoporose. Conclusão. A diminuição da massa óssea foi elevada no início do aleitamento, provavelmente por se tratar de período pós-gestacional e pela mobilização das reservas de cálcio em decorrência da amamentação.
Objective. To evaluate the possible association between breastfeeding and bone mineral density in nursing mothers. Method. It is a transversal study evaluating the bone mineral density in lactating women with exclusive breastfeeding at the time of the examination, conducted between 12th and 70th days of lactation. The following data were collected: current and previous pregnancy history, food consumption data and risk factors for osteoporosis. Anthropometry, body composition and bone mineral density profile were measured. To correlate bone mineral density with probable risk factorsfor osteoporosis, Pearson correlation was performed. Results. The study included 107 mothers, mean age of 27.6 ± 5.1 years. The results of bone mineral density revealed 58 mothers (54.2%) had normal densitometry, 49 (45.8%) had reduced bone mass being 43 cases with osteopenia(40.2%) and six cases with osteoporosis (5.6%). Conclusion. The decrease of bone mass was high in early lactation, probably because it is a post-pregnancy period and by great mobilization of calcium as a result of breastfeeding.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Lactancia Materna , Antropometría , Densidad Ósea , Densitometría , Enfermedades Óseas Metabólicas , OsteoporosisRESUMEN
A displasia camptomélica pertence a um grupo heterogêneo e raro de displasias esqueléticas letais, que se caracterizam pelo desenvolvimento anormal dos ossos e das cartilagens. É causada por uma mutação no gene Sox9 (SRY-like HMG [high-mobility group] BOX 9) do cromossomo 17 e transmitida pela via autossômica dominante. Apresenta como principais características o encurtamento e o encurvamento dos ossos longos, principalmente nos membros inferiores. Também está associada a outras graves malformações esqueléticas e extra-esqueléticas. O estudo do cariótipo pode revelar incompatibilidade entre o genótipo e o fenótipo genital. A maioria dos portadores morre nos períodos fetal e neonatal precoce. A ultra-sonografia é essencial para a elucidação diagnóstica pré-natal.
Camptomelic dysplasia belongs to a heterogeneous and rare group of lethal skeletal dysplasias, characterized by abnormal development of bones and cartilages. It is caused by a mutation in gene Sox9 (SRY-like HMG [high-mobility group] BOX 9) of chromosome 17 and it is transmitted as an autosomal dominant trait. Its main characteristics are the shortening and bowing of the long bones, principally the lower limbs. It is also associated with other severe skeletal and extraskeletal malformations. Karyotype study may reveal sex reversal. The majority of carriers die during the fetal and early neonatal periods. Ultrasound is essential to elucidate a prenatal diagnosis.
Asunto(s)
Adulto , Femenino , Humanos , Recién Nacido , Osteocondrodisplasias , Ultrasonografía PrenatalRESUMEN
O diabetes mellitus gestacional é a mais comum das alterações metabólicas e uma das mais frequentes complicações clínicas que acometem a gravidez. A sua ocorrência está associada ao aumento de resultados adversos maternos e perinatais. Tais intercorrências não se restringem à duração do ciclo gravídico-puerperal, pois podem acarretar consequências de médio e longo prazos para a mãe e o recém-nascido. Esta revisão bibliográfica teve como objetivo analisar a evolução dos critérios e procedimentos empregados para a detecção e assistência às portadoras de diabetes gestacional, com ênfase no conteúdo dos protocolos recomendados atualmente por algumas das mais importantes entidades científicas nacionais e internacionais. Confirmou-se a grande heterogeneidade existente entre esses protocolos, fato que reflete a ausência de evidências científicas definitivas acerca da melhor metodologia de rastreamento e diagnóstico da doença. Como consequência, qualquer análise mais precisa da relação entre os valores da glicemia materna e o prognóstico materno-fetal encontra-se prejudicada. Entretanto, mais recentemente, alguns estudos importantes documentaram os benefícios do controle adequado do diabetes gestacional. Essas pesquisas geraram uma expectativa mais otimista de resposta aos principais questionamentos que ainda persistem na literatura: se o screening deve ou não ser realizado, qual o tipo mais adequado de rastreio e quais os níveis de hiperglicemia materna que estão diretamente relacionados aos maus resultados perinatais.
Gestational diabetes is the most common of the metabolic changes and one of the most frequent clinical complications that strike during pregnancy. Its occurrence is associated with an increase in adverse maternal and perinatal consequences. These intercurrences are not restricted only to the duration of the pregnant-puerperal cycle, as they can have medium and long term consequences for the mother and the newborn. The goal of this bibliographical review is to analyze the evolution of the criteria and procedures adopted to detect and care for patients with gestational diabetes, with emphasis on the content of guidelines presently recommended by some of the most important domestic and international scientific entities. The study confirmed the heterogeneity existing between these guidelines, which is a reflection of the lack of definitive scientific evidence surrounding the best methodology to screen and diagnose the illness. As a consequence, a more precise analysis of the relation between the levels of maternal glycemia and the maternal-fetal prognosis is impaired. However, more recently, some important studies have documented the benefits of proper control of gestational diabetes. These studies have led to a more optimistic expectation to find the answers to the main questions that still remain in the literature: whether screening should or should not be performed, what is the most appropriate type os screening and which levels of maternal hyperglycemia are directly related with bad perinatal results.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Atención Prenatal/tendencias , Técnicas y Procedimientos Diagnósticos , Diabetes Gestacional/diagnóstico , Diagnóstico Prenatal/tendencias , Intolerancia a la Glucosa , Prueba de Tolerancia a la Glucosa , Hiperglucemia/complicaciones , Tamizaje Masivo , Protocolos Clínicos , PronósticoRESUMEN
OBJETIVO: Comparar a nova normatização de laudos densitométricos de coluna lombar proposta pela International Society for Clinical Densitometry (ISCD) em 2005 com a classificação rotineiramente usada da Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1994. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados 200 exames de densitometria óssea da coluna lombar realizados na Universidade Católica de Brasília e no Hospital das Forças Armadas. Os critérios de inclusão foram: sexo feminino, idade mínima de 20 anos e máxima de 49 anos, e ausência de alterações morfológicas na coluna lombar visualizadas no exame densitométrico. Como critério de exclusão, foram consideradas as mulheres com mais de 50 anos ou em menopausa. RESULTADOS: Pela classificação da OMS, obtivemos 29 pacientes com osteoporose na coluna lombar, 76 com osteopenia e 95 em níveis de normalidade. Entretanto, pela nova classificação da ISCD 2005, apenas 32 pacientes foram classificados em valores "abaixo do estimado para a faixa etária" e 162, em valores "dentro do estimado para a faixa etária". CONCLUSÃO: Importante diferença foi encontrada na classificação dos resultados densitométricos ao se confrontar a classificação tradicional da OMS e a nova classificação proposta pela ISCD, o que ressalta a importância da divulgação da classificação entre os médicos que realizam e os que solicitam os exames, para a correta interpretação, explicação e orientação ao paciente.
OBJECTIVE: To compare the new normatization of bone densitometry reports on findings at the level of the lumbar spine (L1-L4) proposed by International Society for Clinical Densitometry (ISCD) in 2005, with the classification of World Health Organization (WHO) that was routinely been utilized since 1994. MATERIALS AND METHODS: Bone densitometry studies performed on the lumbar spine of 200 patients at Universidade Católica de Brasília and Hospital das Forças Armadas, Brasília, DF, Brazil, have been evaluated. Inclusion criteria were: female gender, age ranging between 20 and 49 years, and absence of spine morphological changes visualized on the images. The exclusion criteria were: women more than 50 years or menopausal women. RESULTS: Analyzing the bone densitometry reports under the WHO classification, 29 patients were found with osteoporosis, 76 with osteopenia and 95 within normality levels. On the other hand, according to the new ISCD 2005 classification, only 32 patients presented results "below the expected range for age", and 162 "within the expected range for age". CONCLUSION: Significant differences were found when comparing the traditional WHO densitometric classification versus the new one proposed by ISCD 2005. So, this new classification should be known and understood by physicians who request or perform bone densitometry studies, aiming at the correct interpretation, explanation and orientation to the patients.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Columna Vertebral/fisiopatología , Osteoporosis/diagnóstico , Densitometría/clasificaciónRESUMEN
OBJETIVOS: avaliar a adequação do processo da assistência pré-natal oferecida às usuárias do SUS em Juiz de Fora/MG e comparar o atendimento nos principais serviços municipais. MÉTODOS: estudo transversal desenvolvido com auditoria em 370 Cartões da Gestante selecionados por amostragem sistemática entre as pacientes a termo que utilizaram o SUS no atendimento ao parto, no primeiro semestre de 2002 e com pré-natal freqüentado em Juiz de Fora. Foi utilizado o teste do x2 para comparar os serviços de procedência das pacientes (nível de significância: 5 por cento). A avaliação obedeceu a uma seqüência em três níveis complementares, sendo examinados: a utilização da assistência pré-natal (índice de Kessner: início e freqüência dos atendimentos) no nível 1; a utilização do pré-natal e dos exames laboratoriais básicos, segundo o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (tipagem ABO/Rh, hemoglobina/hematócrito, VDRL, glicemia e exame de urina tipo 1), no nível 2; e a utilização de exames laboratoriais básicos e de procedimentos clínico-obstétricos obrigatórios numa consulta pré-natal (aferições de pressão arterial, peso, edema, altura uterina, idade gestacional, batimentos cardiofetais e apresentação fetal), no nível 3. RESULTADOS: a adequação do processo foi de apenas 26,7 por cento (nível 1), 1,9 por cento (nível 2) e 1,1 por cento (nível 3). Foram também observados cobertura pré-natal de 99,04 por cento, média de 6,4 consultas/gestante, além da média de 17,4 semanas de idade gestacional na primeira consulta. Não houve diferenças significativas entre os diversos serviços municipais analisados. CONCLUSÕES: o pré-natal das usuárias do SUS na cidade deve ser revisto qualitativamente, recomendando-se avaliações periódicas como instrumentos imprescindíveis de aperfeiçoamento. Aos gestores e profissionais de saúde cabem ações que aumentem a adesão às normas/rotinas do programa - principalmente a solicitação/registro dos exames complementares básicos - e propiciem melhor utilização do pré-natal pelas pacientes.