Dilatação fluxo-mediada da artéria braquial: estudo da função endotelial em mulheres na menopausa / Flow-mediated dilatation of the brachial artery. Study of the endotelial function in menopause women

Introdução: O risco de doença cardiovascular aumenta após a menopausa. A diminuição dos níveis de estrogênio altera a função endotelial, o primeiro evento no processo da aterosclerose. A função endotelial pode ser avaliada pela dilatação fluxo-mediada da artéria braquial (DILA), durante a hiperemia reativa. Objetivo: Em nosso estudo, comparamos as diferenças da DILA em mulheres no menácme e na menopausa. Métodos: Foram avaliadas 35 mulheres no menácme (grupo controle) e 38 na menopausa. A idade média das mulheres no grupo controle foi de 34,08 anos (20 a 49 anos) e, no grupo menopausa, 56,92 mais ou menos 7,41 anos (36 a 70 anos). Nenhuma das mulheres do grupo menopausa estavam em terapia estrogênica e 16 faziam uso de fitohormônio. O DILA foi medido na artéria braquial, 5 cm acima da prega cubital, utilizado transdutor linear de 14MHz. As imagens no modo B para a medida do diâmetro da artéria braquial foram selecionadas na fase diastólica do fluxo de onda. As medidas do diâmetro da artéria eram avaliadas antes, e 60 segundos após 5 minutos de oclusão da artéria braquial com manguito pneumático....

Estrogênio e saúde vascular: sinalização rápida, não-genômica, NO-mediada / Estrogen and vascular health: a non genomic, NO-mediated, rapid signalization

Há grande interesse a respeito dos efeitos do estrogênio na parede vascular, devido à acentuada diferença sexual na incidência da doença coronária clínica, quando comparando mulheres pré-menopáusicas com homens da mesma idade. Investigações clínicas randomizadas recentes surpreendentemente falharam em demonstrar os benefícios da terapia hormonal (TH) para a prevenção primária ou secundária da doença coronária em mulheres pós-menopáusicas. Embora os receptores de estrogênio (ER) sejam tradicionalmente definidos como ativadores transcricionais ligantes-ativados, a presença de ER membrana-associados nas células endoteliais pode também contribuir para o perfil molecular favorável no endotélio. Nessa revisão, descrevemos a evidência de ER localizados na membrana da célula endotelial. É também evidenciada a formação rápida de complexo molecular membrana-associado constituído pelo ER, c-Src e a unidade regulatória p85 da fosfatidilinositol 3-cinase (PI3K), em resposta ao estrogênio. Finalmente, descreve-se como este complexo inicia a atividade enzimática seqüencional, envolvendo a óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) e conseqüentemente a liberação exaltada do NO, modulador chave do tono vascular e da saúde dos vasos sangüíneos.