Synchronous advanced gastric adenocarcinoma and advanced esophageal squamous cell carcinoma

CONTEXT: Synchronous associations of esophageal and gastric cancers are not a common finding, especially with differing histological types and both tumors in advanced forms. A case with such an association is presented, in which an unusual therapy was proposed: palliative gastrectomy and esophageal intubation. CASE REPORT: A 75-year-old white man was referred to our service complaining of malaise and weight loss for one year and dysphagia and vomiting for 2 months. The patient had sought out medical consultation as a result of the latter two complaints

Aspecto endoscópico da papila amior do duodeno em portadores de pancreatite aguda biliar / Endoscopic aspect of the greater duodenal papila in patients with acute bilary pancreatitis

A junçäo biliopancreática ocupa posiçäo estratégica na etiopatogenia da pancreatite aguda biliar(PAB). Opie(1901) fundamenta a teoria do canal comum para explicar a etiopatogenia dessa doença, na ocorrência de obstruçäo do óstio da papila maior do duodeno ou da ampola de Vater, como agente desencadeante da doença. Em decorrência disso, muitos autores indicam a realizaçäo da papilotomia endoscópica de rotina na PAB. Objetivo: O objetivo deste estudo é detectar por via endoscópica, as alteraçöes macroscópicas da papila de Vater em portadores de PAB. Casuística e método: Foram submetidos à duodenoscopia (fibroendoscopia ou viedoendoscopia) 62 pacientes portadores de PAB, nas primeiras 24 horas da sua admissäo ao PS do Hospital Säo Paulo. resultados: o orifício papilar foi identificado em 60 (98,4 por cento) pacientes e a presença de cálculo retido na regiäo ocorreu em 10 (16,70 por cento). Em 31 (51,7 por cento) o óstio encontrava-se pérvio e em 19 (31,7 por cento) impéervio, com aspecto puniforme. A mucosa periostial apresentava-se sem alteraçöes em 28 (45,2 por cento). Conclusäo: A duodenoscopia em portadores de PAB, detecta alteraraçöes importantes na papila maior do duodeno, que podem ser levadas em consideraçäo na indicaçäo da papilotomia endoscópica

Resultados imediatos da cardiomiotomia com fundoplicatura no tratamento do megaesôfago: análise de 104 casos / Early results of the cardiomyotomy and fundoplication for the treatment of the megaesophagus: analysis of 104 cases

Sao analizados, 104 doentes submetidos, entre 1974 e 1994, à cardiomiotomia de Heller, seguida de fundoplicatura, para tratamento do megaesôfago. A casuística é composta por 54 homens e 50 mulheres, com idade média de 44,2 anos (variaçao de 14 a 79). A etiologia chagásica d megaesôfago foi confirmada em 64,6 por cento dos doentes, através de testes sorológicos. O exame radiológico contrastado classificou os megaesôfagos em grau I (1,9 por cento), II (34,6 por cento) III (53,8 por cento) e IV (5,6 por cento). As fundoplicaturas utilizadas foram: posterior emm 83,6 por cento, em três planos em 1O,6 por cento e anterior em 5,8 por cento. Acidentes itra-operatórios ocorreram em 20,2 por cento dos casos, representados por perfuraçao da mucosa (12,5 por cento), lesao esplênica (6,7 por cento) e lesao hepática (1,9 por cento). Complicaçoes imediatas ocorreram em 8,6 por cento dos doentes, assim distribuidas: fístula esofágica (2,9 por cento), pneumonia (1,9 por cento) abscesso subfrênico (1,0 por cento), ascite (1,0 por cento), infecçao de parede ( 1,0 por cento) e fístula gástrica (1,0 por cento). A mortalidade operatória foi de 1,0 por cento, representada por um caso de fístula esofágica e peritonite. O trabalho conclui que a cirurgia proposta apresenta níveis aceitáveis de complicaçoes operatórias, bons resultados em relaçao a disfagia e regurgitaçao e baixa mortalidade.

Tratamento da hipertensäo portal de etiologia esquistossomótica / Treatment of portal hypertension in schistosomiasis

Historicamente tem sido utilizados, no tratamento de doentes esquistossomóticos com varizes esofagogástricas hemorrágicas, os mesmos métodos aplicados em todo o mundo para o tratamento da hipertensäo portal e outras etiologias, particulamente a cirrose alcoólica. Parece claro que, até o momento, todos estes métodos, conservadores ou cirurgicos, carecem de fundamentaçäo mais segura, baseada em resultados dos estudos comparativos realizados em esquistossomóticos, näo devendo, portanto, ser utilizados indiscriminadamente. Em relaçäo aos métodos operatórios, os autores enfatizam a necessidade de estudos prospectivos que tragam informaçäo mais objetiva em relaçäo ao trataemnto cirúrgico da esquistossomose. A avaliaçäo pós-operatória tardia (superior a cinco anos) de um grupo de doentes - portadores de esquistossomose na forma hepatosplênica "pura" e submetidos à anastomose esplenorrenal distal com perviedade comprovada por ocasiäo dessa avaliaçäo - permitiu concluir que esse tipo de técnica operatória apresenta vantagens em relaçäo aos outros métodos de tratamento da hipertensäo portal de etiologia esquistossomótica

Ulcera gástrica péptica crônica hemorrágica: resultados obtidos com tratamento cirúrgico e após terapêutica medicamentosa / Bleeding chronic peptic ulcer: results obtained with early operation and after medical treatment

Säo estudados sessenta doentes portadores de UGPCH, que, após exame endoscópico, foram divididos em dois grupos. No grupo I (36 doentes), administrou-se cimetidine e/ou antiácido com intuito de coibir a hemorragia e praticar a operaçäo fora da fase aguda do sangramento. No grupo II (24 doentes), logo após exame endoscópico, os pacientes foram encaminhados para tratamento cirúrgico. Pôde-se observar que a necessidade de sangue, o índice de complicaçöes pós-operatórias, o tempo de hospitalizaçäo e a mortalidade foram maiores nos doentes do grupo I. Em virtude de nossos resultados, julgamos recomendável que doentes portadores de UGPCH sejam encaminhados para operaçäo em caráter imediato ao invés de serem submetidos a prévio tratamento conservador com administraçäo de climetidine e/ou antiácido

Fístula da anastomose esôfago-visceral cervical em doente com câncer do esôfago / Cervical esophageal fistula after esophagectomy for cancer

São estudadas, retrospectivamente, as fístulas que ocorreram em operações de substituição do esôfago pelo estômago ou pelo cólon, em 57 doentes portadores de neoplasia maligna do esôfago. O índice geral de fístula da anastomose cervical foi de 42,1 por cento, tendo sido de 47,6 por cento quando se utilizou o cólon e de 38,8 por cento quando foi transposto o estômago. São analisados e discutidos os resultados em relação ao grau de perda de peso dos doentes, ao tipo da víscera transposta, a via empregada para transposição do cólon ou do estômago e ao mesmo tempo de fechamento da fístula. Os autores concluem que a fístula da anastomose esofágica visceral foi menos frequente nos doentes que não apresentavam perda de peso, ou tinham perda considerada leve, e quando foi utilizada a via mediastinal posterior. Considerando-se o tipo de reconstrução, não se observou diferença significativa

Estudo comparativo entre os fios de politetrafluoroetileno expandido e de polipropileno em anastomose de prótese aórtica em cäes / Comparative study between the threads of expanded polytetrafluoroethylene and of polypropylene on anastomosis of aortic prosteresis in dogs

O objetivo deste trabalho foi estudar o sangramento por orifício de agulha em anastomose protético-arterial para quantificar a influência da desproporçäo entre diâmetro de agulha e fio de sutura correspondentes e analisar, por meio de estudo microscópico, as características do orifício de agulha em prótese implantada. Dez centímetros de prótese de politetrafluoroetileno expandido (PTFE), com 4 ou 6 mm de diâmetro foi interposta na aorta infra-renal de 21 cäes submetidos a duas anastomsoes término-terminais, com igual número de pontos separados, para comparar o fio de PTFE (CV-6, com proporçäo 1:1 entre diâmetro de agulha e fio) ao fio de polipropileno (6-0, com proporçäo 3:1 entre diâmetro de agulha e fio), ambos com agulhas de sutura semelhantes. Os resultados mostraram que a anastomose proximal apresentou maior tempo de duraçäo de sangramento e maior volume de sangramento do que a distal, quando utilizou-se o fio de polipropileno. O estudo microscópico do orifício de agulha com o fio de PTFE mostrou formato circular com preenchimento total em 100// dos casos; para o fio de polipropileno, houve deformidade (formato cuneiforme) em relaçäo ao orifício controle com preenchimento parcial de sua área em 100// dos casos. Julga-se possível inferir que a taxa de proporçäo 1:1 entre diâmetro de agulha e fio de sutura reduz significantemente o sangramento anastomótico por orifício de agulha, bem como a utilizaçäo de prótese vascular e fio de sutura com material de mesmo natureza pode evitar laceraçäo do orifício de agulha durante o atamento do nó, sendo, portanto, adicionalmente útil ao armamentário do cirurgiäo vascular

Morbilidade e mortalidade após injeçäo de silicone líquido em seres humanos / Morbidity and mortality following silicone fluid injection in humans

Säo apresentados estudos clínicos e anatomopatológicos de cinco casos de complicaçöes com o uso de silicone injetável. Em um dos casos há o estudo clínico e, após, o óbito, o quadro histopatológico. Nos outros há, ou o estado clínico ou revisäo de peças de autópsia em pacientes que se haviam submetido a injeçäo de silicone líquido em vida

Hipertensäo portal / Portal hypertension

A Hipertensäo Portal tem variadas causas, porém duas delas, a cirrose hepática e a fibrose hepática esquistossomática, säo as principais responsáveis. Se o combate às causas etiopatogênicas tem sido frustante, näo menos frustante é o tratamento médico. O caminho para a soluçäo ideal desse problema vem sendo vencido penosamente; soluçöes aparentemente ideais, num determinado momento, näo têm resistido ao crivo do tempo obrigando a sucessivos posicionamentos. O tema é assunto de permanente controvérsia e de discussäo palpitante. Para esclarecer algumas das numerosas facetas da terapêutica moderna, reunimos três eminentes especialistas que, de modo coloquial, responderäo algumas questöes que consideramos de relevância dentro de suas especialidades

Uso tópico do açúcar em ferida cutânea: esudo experimental em rato / Topical use of sugar in cutaneous wound: experimental study in rats

O mecanismo pelo qual o açucar age no tratamento de feridas é motivo de controvérsias na literatura. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do açúcar, aplicado topicamente em ferida cutânea provocada em ratos. Foram constituídos dois grupos: o primeiro denominado grupo açúcar (A), com vinte animais, nos quais era realizado tratamento das feridas com açúcar, colocado em quantidade suficiente para cobri-las totalmente, duas vezes ao dia; o segundo, representado por vinte animais cujas feridas eram tratadas com 1 ml de soluçäo fisiológica, duas vezes ao dia (grupo controle ou B). No 3§, 7§, 14§ e 21§ dias de pós-operatório as feridas dos animais de ambos os grupos foram analisadas quanto a intensidade de contaminaçäo bacteriana, aspectos macroscópicos, histológicos e histométricos. Os resultados obtidos em relaçäo a intensidade de contaminaçäo bacteriana mostraram que somente no 7§ dia de pós-operatório, no meio McConkey, a contaminaçäo foi maior no grupo controle quando comparada ao grupo açúcar. Do ponto de vista histológico, observou-se que o desenvolvimento e maturaçäo do tecido de granulaçäo fez-se de forma mais precoce no grupo açúcar. A análise histométrica revelou que fibroblastos e fibras colágenas foram encontrados significantemente aumentados no grupo açúcar em relaçäo ao grupo controle nos dias estudados. Conclui-se que o açúcar foi capaz de estimular o processo de reparaçäo cicatricial em ratos

Estudo anatômico dos ramos pancreáticos da veia esplênica: aplicaçäo na derivaçäo esplenorrenal / An anatomical study of the pancreatic branches of the splenic vein: application in splenorenal shunt

Os autores estudam os ramos pancreáticos da veia esplênica, especialmente seu número e posiçäo, visando principalmente a dissecçäo da mesma durante cirurgias de anastomose venosa, especialmente a anastomose esplenorrenal em pacientes portadores de hipertensäo portal complicada

Comportamento do hiperesplenismo após anastomose esplenorrenal seletiva / Hypersplenism behavior after selective splenorenal anastomosis

Os autores apresentam 8 casos de pacientes portadores de hipertensäo portal devida a esquistossomose mansônica hepatosplênica, submetidos à anastomose esplenorrenal seletiva, nos quais se fez estudo hematológico seriado. A citopenia existente no sangue periférico com riqueza medular tem sido atribuída por todos os autores como sendo decorrente de hiperesplenismo, razäo pela qual utilizam a esplenectomia, que determina a normalizaçäo do exame hematológico. Neste trabalho, observou-se o desaparecimento do assim chamado hiperesplenismo, sem a remoçäo do baço. Os autores formulam uma teoria hemodinâmica para explicar a retençäo de plaquetas e leucócitos no baço e sistema venoso portal, mostrando ser a estase com diminuiçäo do fluxo a principal causa da citopenia periférica. O diagnostico de hiperesplenismo nesta moléstia näo é correto ou o conceito de hiperesplenismo deve ser reformulado. Além disso, mostram ser desnecessária a remoçäo do baço, realizada de rotina por muitos autores, para a correçäo das alteraçöes hematológicas

Desvascularizacao gastroensofagica e esplenectomia no tratamento da hemorragia aguda por varizes gastroesofagicas. / Gastroensophageal desvascularization and splenectomyiu the treatment of acute hemorrhage due to gastroesophageal varices

Sao estudados 20 doentes, portadores de varizes esofago-gastricas por hipertensao portal de etiologia principalmente esquistossomotica submetidos a desvascularizacao gastroensofagica e esplenectomia, durante sangramento agudo. Houve, no pos-operatorio imediato, complicacoes graves em 6 (30%) e recidiva hemorragica em 8(40%), as quais determinaram obito de 10(50%) doentes. Tardiamente, ocorreu recidiva hemorragica em 2 doentes com obito de 1 deles

Desvascularizacao gastroesofagica e esplenectomia no tratamento de varizes esofagogastricas. / Gastroesophagic devascularization and splenectomy in the treatment of gastro-esphageal varices

Os autores fazem uma analise dos resultados observados em 56 casos de hipertensao portal, cujas varizes gastroesofagicas foram tratadas por desvascularizacao gastro-esofagica e esplenectomia. Tratava-se, na maioria dos casos (78,5%), de doentes com esquistossomose hepato-esplenica, e, apesar de 20 terem-se internado com hemorragia aguda, foram todos operados eletivamente. Houve 12,5% de complicacoes operatorias graves, bem como foram observados 12,5% de recidivas hemorragicas no pos-operatorio imediato e 14% tardiamente. A mortalidade operatoria atingiu 5,3% e tem como causa a recidiva hemorragica. A imagem radiologica das varizes nao sofreu alteracoes apos a cirurgia. A tecnica em questao nao e recomendada como metodo de escolha no tratamento eletivo de varizes gastro-esofagicas, podendo ficar reservada para situacoes excepcionais