Frequency of serovars and antimicrobial resistance in Shigella spp. from Brazil

A total of 296 Shigella spp. were received from State Public Health Laboratories, during the period from 1999 to 2004, by National Reference Laboratory for Cholera and Enteric Diseases (NRLCED) - IOC/Fiocruz, Rio de Janeiro, Brazil. The frequency of Shigella spp. was: S. flexneri (52.7 percent), S. sonnei (44.2 percent), S. boydii (2.3 percent), and S. dysenteriae (0.6 percent). The most frequent S. flexneri serovars were 2a and 1b. The highest incidence rates of Shigella isolation were observed in the Southeast (39 percent) and Northeast (34 percent) regions and the lowest rate in the South (3 percent) of Brazil. Strains were further analyzed for antimicrobial susceptibility by disk diffusion method as part of a surveillance program on antimicrobial resistance. The highest rates of antimicrobial resistance were to trimethoprim-sulfamethozaxole (90 percent), tetracycline (88 percent), ampicillin (56 percent), and chloramphenicol (35 percent). The patterns of antimicrobial resistance among Shigella isolates pose a major difficulty in the determination of an appropriate drug for shigellosis treatment. Continuous monitoring of antimicrobial susceptibilities of Shigella spp. through a surveillance system is thus essential for effective therapy and control measures against shigellosis.

Caracterização molecular da resistência antimicrobiana em Salmonella spp e Shizella spp multiresistentes isoladas no Brasil / Molecular characterization of the antimicrobiana resistance in Salmonella spp and isolated multiresistant Shizella spp in Brazil

A presença de genes de resistência antimicrobiana e de integrons de classes 1 e 2 foi analisada em amostras de Shigella spp. (n=62) e Salmonella spp. (n=135) multirresistentes isoladas entre 1999 e 2003, no Brasil. Os principais perfis incluíram um espectro de resistência ao sulfametoxazol, trimetoprim, estreptomicina, espectinomicina, tetraciclina, cloranfenicol e ácido nalidíxico entre as Salmonella, e ao sulfametoxazol, trimetoprim, estreptomicina, espectinomicina, tetraciclina, ampicilina e cloranfenicol entre as Shigella. Em Shigella, o integron de classe 1 foi detectado em duas cepas, enquanto o de classe 2 em 56 (90,3 por cento) cepas. Todos os isolados positivos para integron de classe 2 possuíam um fragmento similar de 2214 bp contendo o arranjo de cassetes gênicos dfrA1-sat-aadA1. Genes codificantes de resistência ao cloranfenicol (catA1), tetraciclina (tet(A) e tet(B)) e ampicilina (blaOXA e blaTEM), foram observados nas cepas resistentes. Em Salmonella, 55 (40,7 por cento) cepas foram positivas para integrons de classe 1. As cepas integron-positivos ocorreram em 17 sorovares, isolados, principalmente, de fontes humana (n = 28) e animal (n = 13). Os arranjos dos cassetes gênicos foram determinados em 51 (93 por cento) das cepas, as quais continham um (dfrA22, aadA1 ou dfrA25), dois (aadA1-dfrA1,aac/(6)-Ib-orf1(função desconhecida) ou aacA4-aadA1), três (dfrA15b-cmlA4-aadA2, orf2 (função desconhecida)-dfrA5-orfD) ou quatro (orf4-aacA4-blaOXA-30 (interrompida por IS1)-aadA1) cassetes em sua região variável. Somente duas cepas continham integrons de classe 2 com o arranjo de cassetes gênicos dfrA1-sat-aadA1. Vários genes de resistência não relacionados aos integrons também foram detectados. A resistência à sulfonamida foi mediada por sul2 e sul3, à tetraciclina por tet(B) e tet(A), ao cloranfenicol por catA1, à estreptomicina por strA e à ampicilina por blaTEM, blaCTX e blaCMY-2 detectados entre as cepas resistentes às cefalosporinas. Experimentos de conjugação e hibridização demonstraram que um plasmídeo de alto peso molecular era o mediador da transferência de integrons e de genes de resistência adicionais. Investigações sobre a prevalência, distribuição e tipos de genes de resistência localizados em integrons são importantes para o monitoramento da resistência antimicrobiana e para a compreensão do desenvolvimento da resistência ao nível molecular.