Estudo do óstio interno da trabeculectomia pela biomicroscopia ultra-sônica / Study of the internal ostium of the trabeculectomy usisng ultrasound biomicroscopy

Objetivo: Estudar, comparar e correlacionar óstios internos de olhos submetidos à cirurgia de trabeculectomia, pela biomicroscopia ultra-sônica, com a eficácia cirúrgica. Métodos: Noventa e três olhos de 69 pacientes portadores de glaucoma crônico simples, submetidos à cirurgia de trabeculectomia, sem a utilização de antimetabólicos. Os Olhos foram divididos em dois grupos, de acordo com o critério de eficácia cirúrgica adotado: sucesso e insucesso. Todos os olhos foram submetidos à biomicroscopia ultra-sônica para medir a largura, o comprimeto, a altura e a área do óstio interno. Resultados: Não foram detectadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos estudados quanto a largura (p=0,833), o comprimento (p=0,577) e a altura (p=0,482)dos óstios internos. Conclusão: O estudo da trabeculectomia pela biomicroscopia ultra-sônica permite concluir que a largura, o comprimento, a área e a altura do óstio interno não se correlacionam com a eficácia da trabeculectomia.

Estudo de trabeculectomia pela biomicroscopia ultra-sônica / The trabeculectomy study using ultrasound biomicroscopy

Objetivos: Estudar, comparar e correlacionar estruturas anatômicas de olhos submetidos à trabeculectomia pela biomicroscopia ultra-sônica com o sucesso ou insucesso cirúrgico. Local: Serviço de Glaucoma do Hospital São Geraldo, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Métodos: Foram estudados 93 olhos de 69 pacientes portadores de glaucoma crônico simples, submetidos à trabeculectomia, sem a utilização de medicamentos antimetabólitos. Os olhos foram divididos em dois grupos, de acordo com o critério de eficácia cirúrgica adotado: sucesso e insucesso. Todos os olhos foram submetidos à biomicroscopia ultra-sônica para medir a largura, o comprimento, a altura e a área do óstio interno; a espessura do retalho escleral; o comprimento do trajeto do humor aquoso abaixo do retalho escleral; a altura do óstio externo posterior; o comprimento e a altura da cavidade no interior da bolsa fistulante, a espessura da parede e a altura da bolsa fistulante. Resultados: As bolsas fistulantes apresentaram-se estatisticamente mais altas (p<0,001), com paredes mais espessas (p<0,001), com mais cavidades (p<0,001) e estas, mais altas (p<0,001) e mais extensas (p<0,001) no grupo sucesso. Não foram detectadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos estudados quanto a largura (p=0,833), o comprimento (p=0,263), a área (p=0,577), e a altura (p=0,482) do óstio interno; a espessura do retalho escleral (p=0,502); o comprimento do trajeto do humor aquoso abaixo do retalho escleral (p=0,182) e a altura do óstio externo posterior (p=0,613). Conclusões: O estudo da trabeculectomia pela biomicroscopia ultra-sônica permite concluir que as bolsas fistulantes elevadas, com paredes espessadas, apresentando cavidade e esta, alta e extensa correlacionam-se com o sucesso cirúrgico. As bolsas fistulantes ausentes ou poucos elevadas, com paredes finas, com cavidade, porém esta, pouco elevada e de comprimento reduzido correlacionam-se com o insucesso cirúrgico. A largura, o comprimento, a área e a altura do óstio interno; a espessura do retalho escleral; o comprimento do trajeto do humor aquoso abaixo do retalho escleral e a altura do óstio externo posterior não se correlacionam com a eficácia da trabeculectomia.

Classificação do insucesso da trabeculectomia pela biomicroscopia utrassônica / Classification of the trabeculectomy failure using ultrasound biomicroscopy

Objetivo: Determinar e classificar as causas de insucesso da trabeculectomia (TREC)pela biomicroscopia ultrassônica (BUS). Local: Serviço de Glaucoma do Hospital São Geraldo, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Métodos: Vinte e nove olhos de 21 pacientes, portadores de glaucoma crônico simples, foram submetidos à TREC sem a utilização de antimetabólitos. Em todos os olhos estudados considerou-se a TREC como apresentando insucesso cirúrgico, de acordo com o critério previamente adotado. Após medida da pressão intra-ocular (Po), exame biomicroscópico da bolsa fistulante (BF) e gonioscópico do óstio interno, todos os olhos foram submetidos ao exame pela BUS. O ultrassonografista desconhecia, no momento do exame, a biomicroscopia, a gonioscopia e os valores da Po. Resultados: Dentre as 29 cirurgias avaliadas, 44,82 por cento apresentavam BFs elevadas com refletividade acentuada, semelhante a da esclera adjacente, compatível com processo cicatricial. Verificou-se o encistamento (cisto de Tenon) em 17,25 por cento dos casos. A ausência da BF com obstrução no nível do óstio externo foi observada em 17,25 por cento dos casos. Em 13,79 por cento das cirurgias, as BFs estavam elevadas, apresentando área de acentuada refletividade associada à área adjacente de baixa refletividade, compatível com processo cicatricial e componente cístico, respectivamente. Em 6,89 por cento dos casos, observou-se obstrução no nível do óstio interno. Conclusões: O estudo pela BUS demonstrou grande utilidade no diagnóstico e na classificação das causas de insucesso das TRECs. Permitiu determinar a causa de insucesso em todos os casos estudados. Através da classificação proposta, obtém-se condutas específicas de tratamento. Destacou-se como a principal causa responsável pelo insucesso o componente cicatricial, seguido do encistamento e, por fim, a obstrução do óstio interno.