RESUMEN
OBJECTIVE: To determine the recurrence of bacterial vaginosis (BV) after the use of a lactic acid plus lactoserum liquid soap starting immediately after the treatment with oral metronidazole and the quality of life of the participants. METHODS: A total of 123 women with diagnosis of BV with at least three of the following criteria: 1) homogeneous vaginal discharge without inflammation of the vagina or vulva; 2) vaginal pH ≥ 4.5; 3) positive Whiff test; and 4) "clue cells" in more than 20 percent of the epithelial cells in the vagina. A Nugent score ≥ 4 in the vaginal bacterioscopy was also used. After BV diagnosis, metronidazole 500 mg was administered orally bid during 7 days. Patients cured of BV were then instructed to use 7.5 to 10 mL of a lactic acid plus lactoserum liquid soap once-a-day for hygiene of the external genital region. Three subsequent control visits after starting the hygiene treatment (30, 60, and 90 days; ± 5 days) were scheduled. A questionnaire was applied in the form of visual analogue scale (VAS) in all the visits regarding: 1) level of comfort at the genital region; 2) malodorous external genitalia; 3) comfort in sexual intercourse; 4) satisfaction with intimate hygiene; and 5) self-esteem. RESULTS: Ninety two (74.8 percent) women initiated the use of a lactic acid plus lactoserum liquid soap at visit 1. At visit 2, 3, and 4 there were 84, 62 and 42 women available for evaluation, respectively. The rate of recurrence of BV was 19.0 percent, 24.2 percent and 7.1 percent, respectively in the three visits and vaginal candidiasis was observed in five treated women. Quality of life was evaluated in the 42 women who completed the four visits schedule and there were significant improvement in the five domains assessed. CONCLUSION: A lactic acid plus lactoserum liquid soap for external intimate hygiene may be an option for the prevention of BV recurrence after treatment and cure with oral metronidazole.
OBJETIVO: Determinar a ocorrência de vaginose bacteriana (VB) após o uso de acido láctico com lactoserum em sabonete líquido iniciado imediatamente após o tratamento com metronidazol oral e qualidade de vida das participantes. MÉTODOS: Um total de 123 mulheres com dianóstico de VB com ao menos três dos seguintes critérios: 1) leucorreia vaginal homogênea sem inflamação de vagina ou vulva; 2) pH vaginal ≥ 4,5; 3) teste positivo de Whiff; e 4) "clue cells" em mais de 20 por cento das células epiteliais na vagina. O escore de Nugent ≥ 4 na bacterioscopia vaginal também foi usado. Após o diagnóstico de VB, metronidazol 500 mg oral foi ministrado durante 7 dias. Pacientes curados da VB foram instruídos a usar 7,5 a 10 mL de acido láctico com lactoserum em sabonete líquido uma vez ao dia para higiene da genitália externa. Três visitas de controle foram agendadas (30, 60 e 90 dias; ± 5 dias). Um questionário foi aplicado na forma de escala visual análoga (EVA) em todas as visitas sobre: 1) nível de conforto na região genital; 2) mau odor na genitália; 3) conforto na relação sexual; 4) satisfação com higiene íntima; e 5) autoestima. RESULTADOS: Noventa e duas (74,8 por cento) mulheres iniciaram o uso de ácido láctico com lactoserum líquido na visita 1. Na visita 2, 3 e 4 foram 84, 62 e 42 mulheres para avaliação, respectivamente. A taxa de recorrência da VB foi 19,0 por cento, 24,2 por cento e 7,1 por cento, respectivamente nas três visitas e candidíase vaginal foi observada em cinco mulheres. Qualidade de vida foi avaliada em 42 mulheres que completaram as quatro visitas agendadas e houve uma melhora significativa nos cinco domínios avaliados. CONCLUSÃO: O uso de acido láctico com lactoserum em sabonete líquido para higiene externa intima pode ser uma opção para a prevenção da recorrência de VB após tratamento e cura com metronidazol oral.
Asunto(s)
Adolescente , Adulto , Femenino , Humanos , Persona de Mediana Edad , Adulto Joven , Sueros Inmunes , Ácido Láctico/uso terapéutico , Metronidazol/uso terapéutico , Jabones/uso terapéutico , Vaginosis Bacteriana/tratamiento farmacológico , Vaginosis Bacteriana/prevención & control , Productos para la Higiene Femenina , Higiene , Calidad de Vida , Encuestas y Cuestionarios , Recurrencia/prevención & control , Factores de Tiempo , Resultado del Tratamiento , Vagina/microbiología , Salud de la MujerRESUMEN
Identification of Lactobacillus sp. strains by phenotypic methods may lead to doubtful results possibly interfering in the reliability of the epidemiological and probiotics studies. Therefore this study aimed to determine the best methodology for the identification of the large diversity of lactobacilli species found in the vagina by comparing two techniques, one based on their biochemical profile and other employing molecular biology. A carbohydrate fermentation test (API 50 CH) was compared with multiplex polymerase chain reaction (PCR) for the identification of species of vaginal lactobacilli from 135 healthy women. The kappa index was used to evaluate agreement between the methods. Using the molecular technique, L. crispatus (32.6 percent), L. jensenii (25 percent) and L. gasseri (20.6 percent) were the most frequent species. However, using the biochemical technique, the most frequent species were: L. acidophilus (34.8 percent), L. crispatus (27.2 percent) and L. fermentum (13 percent). Although L. acidophilus was the most frequent specie found by biochemical tests, no strain of this microorganism was detected by PCR. Agreement between the methods was low for identification of all the most common species. Although rates of L. crispatus detected were similar using both methods (32.6 percent and 27.2 percent), agreement between them was relatively low (kappa = 0.52). Conclusions: Our results confirmed the limitation of the biochemical method and the applicability of a previously published molecular method (Multiplex PCR) for the identification of lactobacilli in the vaginal tract, focusing on further necessity of its improvement for also targeting L. vaginalis and L. iners.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Carbohidratos , Ecosistema , Fermentación , Infecciones por Bacterias Grampositivas , Técnicas In Vitro , Lactobacillus/aislamiento & purificación , Fenotipo , Reacción en Cadena de la Polimerasa/métodos , Infecciones Urinarias , Vaginosis Bacteriana , Estudios Epidemiológicos , Métodos , MétodosRESUMEN
Este estudo teve como objectivo o desenvolvimento uma metodologia de fabrico rápido de implantes ortopédicos, em simultaneidade com a intervenção cirúrgica, considerando duas potenciais aplicações na área ortopédica: o fabrico de implantes anatomicamente adaptados e o fabrico de implantes para substituição de perdas ósseas. A inovação do trabalho desenvolvido consiste na obtenção in situ da geometria do implante, através da impressão directa de um material elastomérico (polivinilsiloxano) que permite obter com grande exactidão a geometria pretendida. Após digitalização do modelo obtido em material elastomérico, o implante final é fabricado por maquinagem recorrendo a um sistema de CAD/CAM dedicado. O implante após esterilização, pode ser colocado no paciente. O conceito foi desenvolvido com recurso a tecnologias disponíveis comercialmente e de baixo custo. O mesmo foi testado sob a forma de uma artroplastia da anca realizada in vivo numa ovelha. O acréscimo de tempo de cirurgia foi de 80 minutos sendo 40 directamente resultantes do processo de fabrico do implante. O sistema desenvolvido revelou-se eficiente no alcance dos objectivos propostos, possibilitando o fabrico de um implante durante um período de tempo perfeitamente compatível com o tempo de cirurgia.
This study, aimed the development of a methodology for rapid manufacture of orthopedic implants simultaneously with the surgical intervention, considering two potential applications in the fields of orthopedics: the manufacture of anatomically adapted implants and implants for bone loss replacement. This work innovation consists on the capitation of the in situ geometry of the implant by direct capture of the shape using an elastomeric material (polyvinylsiloxane) which allows fine detail and great accuracy of the geometry. After scanning the elastomeric specimen, the implant is obtained by machining using a CNC milling machine programmed with a dedicated CAD/CAM system. After sterilization, the implant is able to be placed on the patient. The concept was developed using low cost technology and commercially available. The system has been tested in an in vivo hip arthroplasty performed on a sheep. The time increase of surgery was 80 minutes being 40 minutes the time of implant manufacturing. The system developed has been tested and the goals defined of the study achieved enabling the rapid manufacture of an implant in a time period compatible with the surgery time.
Asunto(s)
Humanos , Artroplastia , Prótesis e ImplantesRESUMEN
OBJETIVO: identificar espécies de lactobacilos isolados do conteúdo vaginal de mulheres saudáveis e assintomáticas; determinar as espécies mais prevalentes e caracterizá-las fenotipicamente. MÉTODOS: lactobacilos foram isolados em meio seletivo a partir de amostras de conteúdo vaginal de 135 mulheres, sem queixa de corrimento e com diagnóstico laboratorial negativo para infecções vaginais, acompanhadas em um ambulatório de Planejamento Familiar. Os isolados foram identificados por PCR multiplex e, quando necessário, submetidos ao sequenciamento do gene RNAr 16S. Foram também avaliados quanto à acidificação do meio de cultura, à produção de ácido láctico, de H2O2, bacteriocinas e a capacidade de adesão às células epiteliais. RESULTADOS: oitenta e três cepas de lactobacilos foram isoladas e identificadas, sendo as espécies predominantes L. crispatus (30,1%), L. jensenii (26,5%), L. gasseri (22,9%) e L. vaginalis (8,4%). Apenas 20 destes isolados não produziram H2O2 em quantidades detectáveis. Das 37 linhagens selecionadas para teste de adesão a células epiteliais, 12 apresentaram adesão entre 50 a 69%, 10 apresentaram 70% ou mais, e as restantes pouca ou nenhuma adesão. Nenhum dos isolados produziu bacteriocinas. CONCLUSÕES: as espécies de lactobacilos mais prevalentes em mulheres sem vulvovaginites, isoladas em meio de cultura seletivo e identificadas por métodos moleculares, foram L. crispatus, L. jensenii e L. gasseri. Além de mais frequentes, tais linhagens também apresentaram melhor produção de H2O2 e atingiram menores valores de pH em meio de cultura.
PURPOSE: to identify species of lactobacillus isolated from the vaginal contents of healthy and asymptomatic women, determining the most prevalent species and characterizing them phenotypically. METHODS: lactobacillus have been isolated in selective milieu from samples of the vaginal contents of 135 women without complaints of vaginal secretion, and with negative laboratorial diagnosis of vaginal infection, followed up at an outpatient clinic. After being identified by multiplex PCR, the isolates have been submitted to RNAr 16S gene sequencing, when necessary. They have also been evaluated concerning the production of lactic acid, H2O2, bacteriocins and the ability to adhere to epithelial cells. RESULTS: eight-three lactobacillus strains were isolated and identified, L. crispatus (30.1%), L. jensenii (26.5%), L. gasseri (22.9%) e L. vaginalis (8.4%), being the prevalent species. Only 20 of those isolates did not present H2O2 production, in detectable amounts. From the 37 strains selected for the test of adhesion to the epithelial cells, 12 presented 50 to 69% of adhesion, 10 presented 70% or more, and the remaining, little or no adhesion at all. None of the tested strains produced bacteriocins. CONCLUSIONS: the lactobacillus species more prevalent in women without vulvovaginitis, isolated in selective culture milieu and identified by molecular methods were L. crispatus, L. jensenii and L. gasseri. Besides the fact of being more prevalent, these strains also presented better production of H2O2, and reached lower pH values in the culture milieu.
Asunto(s)
Adulto , Femenino , Humanos , Lactobacillus/aislamiento & purificación , Vagina/microbiología , Lactobacillus/clasificaciónRESUMEN
OBJETIVO: comparar a eficácia do tinidazol e da cefazolina na antibioticoprofilaxia da morbidade febril e infecciosa pós-histerectomia vaginal e abdominal. MÉTODOS: estudo clínico randomizado, no qual as mulheres internadas para histerectomia foram aleatorizadas para um dos seguintes grupos de antibioticoprofilaxia: Grupo C (2 g de cefazolina EV na indução anestésica); Grupo T (2 g de tinidazol VO 12 horas antes da cirurgia); ou Grupo C+T (2 g de tinidazol VO 12 horas antes da cirurgia e 2 g de cefazolina EV na indução anestésica). Amostras cervicovaginais foram coletadas para culturas específicas e o diagnóstico de vaginose bacteriana (VB) foi baseado nos critérios de Amsel e Nugent. As pacientes foram reavaliadas sete e 30 dias após a cirurgia para sinais de morbidade febril e/ou infecciosa. Para avaliar as diferenças entre os três grupos, realizaram-se os testes do χ2 ou exato de Fisher com nível de significância de 5%. Calulou-se o poder da amostra (1-β) através do programa SAS. RESULTADOS: morbidade infecciosa sete dias após a histerectomia foi diagnosticada em 6,6% das mulheres, mas não houve diferença significativa na distribuição entre os três grupos estudados (p=0,12). Não diagnosticou-se morbidade febril ou infecciosa no pós-operatório imediato ou após 30 dias da cirurgia. A freqüência de VB no pré-operatório foi significativamente maior entre as mulheres submetidas à histerectomia vaginal do que naquelas submetidas à histerectomia abdominal (27 versus 7%, p=0,02). Também se observou freqüência maior de VB após 30 dias entre as mulheres submetidas à histerectomia vaginal (20 versus 8%), porém sem significância estatística (p=0,19). CONCLUSÕES: o uso do tinizadol, isoladamente ou em associação com cefazolina, não apresentou maior eficácia que o uso de apenas cefazolina na prevenção de morbidade febril ou infecciosa pós-histerectomia...
PURPOSE: to compare the efficacy of tinidazole and cephazolin on the febrile and infectious morbidity of post vaginal and abdominal hysterectomy antibiotic prophylaxis. METHODS: randomized clinical study, where women admitted to hospital for hysterectomy were randomly allocated in one of the following antibiotic prophylaxis groups: Group C (2 g of IV cephazolin in the anesthetic induction); Group T (2 g of tinidazole orally, 12 hours before the surgery); or Group C+T (2 g of tinidazole orally 12 hours before the surgery and 2g of IV cephazolin in the anesthetic induction). Cervicovaginal smears were collected for specific cultures and the diagnosis of bacterial vaginosis (BV) was based in Amsel and Nugent's criteria. The patients were reevaluated 7 and 30 days after the surgery for signs of febrile and/or infectious morbidity. The χ2 or the Fisher's exact test was used to assess differences among the three groups, with a significance level of 5%. The sample power (1-β) was calculated through the SAS program. RESULTS: seven days after the hysterectomy, infectious morbidity was diagnosed in 6.6% of the women, but with no significant difference among the three groups studied (p=0.12). There was no febrile or infectious morbidity at the immediate post-surgical period or after 30 days from the surgery. BV ratio at the pre-surgical period was significantly higher among the women submitted to vaginal hysterectomy, rather than among the ones submitted to abdominal hysterectomy (27 versus 7%, p=0.02). BV ratio was also higher after 30 days, among the women submitted to vaginal hysterectomy (20 versus 8%), though without statistical significance (p=0.19). CONCLUSIONS: the use of tinidazole, isolated or associated with cephazolin has not presented higher efficacy, than the use of cephazolin, alone to prevent febrile or infectious morbidity post hysterectomy...
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Profilaxis Antibiótica , Cefazolina , Histerectomía , Tinidazol , Vaginosis BacterianaRESUMEN
A incontinência urinária de esforço (IUE) é uma condição muito comum entre mulheres em diferentes faixas etárias e que pode provocar inúmeros prejuízos na qualidade de vida das mesmas. Embora o tratamento cirúrgico seja amplamente utilizado, atualmente recomenda-se que, dependendo da gravidade da IU, a abordagem inicial deve ser o menos invasiva possível e com poucos efeitos colaterais. Desse modo, o tratamento fisioterápico representa uma das modalidades de tratamento conservador, utilizando recursos como a cinesioterapia do assoalho pélvico, biofeedback, cones vaginais, eletroestimulação e tratamento comportamental. Sendo assim, a fisioterapia tem demonstrado bons resultados, especialmente nos casos em que há correta indicação médica e é realizado um trabalho em equipe.
Asunto(s)
Femenino , Quinesiología Aplicada/métodos , Incontinencia Urinaria de Esfuerzo/rehabilitación , Incontinencia Urinaria de Esfuerzo/terapia , Modalidades de Fisioterapia , Calidad de Vida , Diafragma Pélvico , Terapia por Ejercicio/métodosRESUMEN
Colonization by Group B Streptococcus (GBS) is highly prevalent among pregnant women, with prevalence rates ranging between 4 percent and 30 percent. The infection may be transmitted vertically and may result in serious neonatal consequences. In the period from November 2003 to May 2004, a cross-sectional study was carried out among 316 parturients at the Jundiaí Teaching Hospital to establish the prevalence of genital GBS colonization, to identify the factors associated with colonization and the characteristic phenotypes of these streptococci. Samples from rectal and vaginal areas were collected for selective culture in Todd-Hewitt broth. Susceptibility to 7 antimicrobial agents was tested using the antibiotic diffusion disk technique, and the isolated strains were classified using specific antisera. The prevalence of GBS colonization was 14.6 percent. No strain was resistant to penicillin, ampicillin, erythromycin or nitrofurantoin. The majority of strains were sensitive to cephalothin. Greatest resistance was to gentamicin (76.1 percent), followed by clindamycin (17.4 percent). The most frequent serotype was Ib (23.9 percent), followed by serotypes II and Ia (19.6 percent and 17.4 percent, respectively). There was no correlation between serotype and greater antimicrobial resistance. In conclusion, the prevalence of GBS in parturients was high and penicillin continues to be the drug of choice for intrapartum prophylaxis. The most frequent serotype (Ib) found in this study differs from those found in the majority of studies carried out in other countries, revealing the need to identify prevalent serotypes in each region so that specific vaccines can be designed.
Asunto(s)
Adulto , Femenino , Humanos , Embarazo , Antibacterianos/farmacología , Portador Sano/microbiología , Complicaciones Infecciosas del Embarazo/microbiología , Infecciones Estreptocócicas/microbiología , Streptococcus agalactiae/aislamiento & purificación , Estudios Transversales , Pruebas de Sensibilidad Microbiana , Fenotipo , Factores de Riesgo , Recto/microbiología , Serotipificación , Streptococcus agalactiae/clasificación , Streptococcus agalactiae/efectos de los fármacos , Vagina/microbiologíaRESUMEN
OBJETVO: comparar a qualidade de vida (QV) antes e após tratamento fisioterápico de mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE). MÉTODOS: ensaio clínico não controlado com 26 mulheres com queixa clínica predominantemente de IUE. Foram excluídas mulheres na pós-menopausa, com hiperatividade do detrusor, com cistocele grau II ou maior e tratamento cirúrgico/conservador anterior. O tratamento fisioterápico constituiu-se em 12 sessões individuais de cinesioterapia do assoalho pélvico associadas ao biofeedback eletromiográfico, e as mesmas realizavam 200 contrações divididas entre fásicas (rápidas) e tônicas (lentas). Para avaliar a QV, todas responderam ao King's Health Questionnaire (KHQ), antes e após o tratamento. Os dados foram descritos em freqüências, médias e desvios-padrões, medianas, mínimos e máximos. Os escores do KHQ foram comparados pelo teste de Wilcoxon para amostras pareadas, com nível de significância de 0,05. RESULTADOS: houve uma diminuição dos sintomas urinários, particularmente da freqüência urinária, noctúria, urgência miccional e perdas urinárias aos esforços. Observou-se uma melhora significativa nos escores dos domínios do KHQ: percepção da saúde (49,0±24,0 versus 26,9±15,7; p=0,0015), impacto da incontinência (78,2±28,2 versus 32,1±30,5; p=0,001), limitações das atividades diárias (75,0±28,2 versus 13,5±22,6; p<0,001), limitações físicas (72,4±29,4 versus 15,4±24,5; p<0,001), limitações sociais (38,3±28,6 versus 6,4±14,5; p<0,001), emoções (59,0±33,8 versus 14,1±24,7; p=0,0001), sono/energia (34,0±23,8 versus 6,4±16,4; p=0,001) e as medidas de gravidade (66,9±19,6 versus 22,3±24,2; p<0,001), exceto das relações pessoais (60,5±33,9 versus 41,7±16,7; p=0,0679). CONCLUSÕES: a QV de mulheres com IUE tratadas com fisioterapia pode melhorar em diversos aspectos, quando avaliada com um instrumento...
PURPOSE: to compare women's quality of life (QoL) before and after physical therapy treatment for stress urinary incontinence (SUI). METHODS: an uncontrolled clinical trial of 26 women, who had mainly complaints of SUI. Post-menopausal women with overactive bladder, cystocele >grade II and previous surgical/conservative treatments were excluded from the study. The physiotherapy treatment relied on 12 individual pelvic floor exercises assisted by electromyographyc-biofeedback sessions. A total of 200 contractions were carried out, divided in phasic (quick) and tonic (slow). The tool used to evaluate QoL was the King's Health Questionnaire (KHQ), before and after the treatment. RESULTS: there was a decrease in the urinary symptoms, particularly in urinary frequency, nocturia, urgency and urinary incontinence. Regarding the QoL, there was a significant improvement in the following domain scores: general health perception (49.0±24.0 versus 26.9±15.7; p=0.0015), incontinence impact (78.2±28.2 versus 32.1±30.5; p=0.001), activity limitation (75.0±28.2 versus 13.5±22.6; p<0.001), physical limitation (72.4±29.4 versus 15.4±24.5; p<0.001), social limitations (38.3±28.6 versus 6.4±14.5; p<0.001), emotions (59.0±33.8 versus 14.1±24.7; p=0.0001, sleep/energy (34.0±23.8 versus 6.4±16.4; p=0.001) and severity measures (66.9±19.6 versus 22.3±24.2; p<0.001), except for personal relationships (60.5±33.9 versus 41.7±16.7; p=0.0679). CONCLUSIONS: there was an improvement in several aspects of women's QoL treated by physiotherapy, when evaluated with a specific tool, the KHQ.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Contracción Muscular/fisiología , Incontinencia Urinaria de Esfuerzo/rehabilitación , Incontinencia Urinaria de Esfuerzo/terapia , Modalidades de Fisioterapia , Calidad de Vida , Diafragma Pélvico/fisiologíaRESUMEN
OBJETIVO: avaliar a influência do meio vaginal de gestantes na sobrevivência do estreptococo do grupo B (EGB) mantido por 8, 24 e 48 horas nos meios de transporte Amies e Stuart. MÉTODOS: foram coletados três swabs vaginais de 30 gestantes atendidas no Ambulatório de Pré-Natal do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). O primeiro swab foi mergulhado diretamente no meio seletivo de Todd-Hewitt; o segundo foi utilizado para a realização da bacterioscopia corada pelo Gram e o terceiro foi mergulhado em 2 mL de solução salina à qual foram acrescentados 200 æL de uma suspensão contendo EGB na concentração de 1-2 x 10(8) unidades formadoras de colônia. Desta última suspensão de EGB, foram colhidos três swabs do meio Amies e três do meio Stuart, os quais foram mantidos em temperatura ambiente por 8, 24 e 48 horas, para posterior semeadura em ágar sangue. A leitura do crescimento das placas foi realizada após 24 horas de incubação e classificada semiquantitativamente (0-3 cruzes) de acordo com o número de colônias observadas. A análise estatística foi efetuada com o teste exato de Fisher. RESULTADOS: a recuperação do EGB nos meios de transporte Amies e Stuart após 48 horas de estocagem foi de 97 e 87 por cento, respectivamente. Em um dos quatro casos em que não houve a recuperação do EGB após 48 horas de armazenamento, o pH vaginal foi superior a 4,5 e em dois casos havia a presença de vaginose citolítica. CONCLUSÕES: ambos os meios de transporte mostraram-se adequados para a recuperação do EGB em gestantes até 48 horas após a coleta. As características do meio vaginal não influenciaram a recuperação do EGB no presente estudo.
Asunto(s)
Femenino , Embarazo , Humanos , Medios de Cultivo , Mujeres Embarazadas , Manejo de Especímenes , Infecciones Estreptocócicas , Streptococcus agalactiaeRESUMEN
CONTEXTO E OBJETIVO: A vaginose bacteriana vem sendo apontada como fator de risco para prematuridade e outras complicações perinatais. Entretanto, a eficácia do seu tratamento na prevenção destas complicações ainda não está esclarecida. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do tratamento da vaginose bacteriana durante o pré-natal de baixo risco para a prevenção de prematuridade e outras complicações perinatais. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Coorte retrospectivo observacional, no Departamento de Tocoginecologia, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). MÉTODOS: Foram estudadas 785 gestantes de baixo risco com resultado da bacterioscopia de secreção vaginal. Foram identificados três grupos de mulheres: 580 sem vaginose bacteriana durante a gestação, 134 com vaginose bacteriana tratada com imidazólicos (metronidazol, tinidazol, ou secnidazol) durante a gestação, e 71 com vaginose bacteriana não tratada durante a gestação. O diagnóstico de vaginose bacteriana foi realizado utilizando os critérios de Nugent na bacterioscopia vaginal da primeira consulta. RESULTADOS: O parto prematuro ocorreu em 5,5% do grupo de mulheres sem vaginose bacteriana, 22,5% do grupo com vaginose bacteriana não tratada, e 3,7% do grupo com vaginose bacteriana tratada. A razão de risco para as complicações perinatais no grupo com vaginose bacteriana não tratada durante a gestação foi: 7,5 (intervalo de confiança, IC, de 95%: 1,9-34,9) para rotura prematura de membranas no pré-termo, 3,4 (IC de 95%: 1,4-8,1) para trabalho de parto prematuro, 6,0 (IC de 95%: 1,9-19,7) para parto prematuro e 4,2 (IC de 95%: 1,2-14,3) para baixo peso ao nascer. CONCLUSÃO: O tratamento da vaginose bacteriana reduziu significativamente os índices de prematuridade e outras complicações perinatais entre as gestantes de baixo risco, independentemente da história prévia de parto prematuro.
Asunto(s)
Embarazo , Recién Nacido , Humanos , Femenino , Trabajo de Parto Prematuro , Imidazoles/uso terapéutico , Complicaciones Infecciosas del Embarazo/tratamiento farmacológico , Vaginosis Bacteriana/complicaciones , Estudios de Cohortes , Resultado del Embarazo , Estudios Retrospectivos , Factores de Riesgo , Vaginosis Bacteriana/tratamiento farmacológicoRESUMEN
OBJETIVO: avaliar e comparar resultados da eletromiografia de superfície do assoalho pélvico feminino em diversas posições (decúbito dorsal, na posição sentada e ortostática). MÉTODOS: foram avaliadas 26 mulheres submetidas a um protocolo de exercícios para o fortalecimento do assoalho pélvico como tratamento da incontinência urinária de esforço por hipermobilidade do colo vesical. Utilizou-se sensor intravaginal conectado ao equipamento Myotrac 3G TM e a avaliação consistia em: 60 segundos iniciais de repouso, cinco contrações fásicas, uma contração tônica de 10 segundos e outra de 20 segundos. As amplitudes destas contrações foram obtidas pela diferença entre a amplitude final da contração menos a amplitude de repouso (em æV) e foram comparadas com o uso do teste de Wilcoxon para amostras pareadas (p<0,05). RESULTADOS: as amplitudes das contrações foram maiores em decúbito dorsal, decrescendo sucessivamente nas posições sentada e ortostática. Em decúbito dorsal, as medianas das contrações fásicas e tônicas de 10 s e 20 s foram respectivamente 23,5 (5-73), 18,0 (3-58) e 17,0 (2-48). Na posição sentada foram 20,0 (2-69), 16,0 (0-58) e 15,5 (1-48), e na posição ortostática 16,5 (3-67), 12,5 (2-54) e 13,5 (2-41). Quando se comparou a posição ortostática, com o decúbito dorsal, observou-se diferença significativa em todas as contrações (p<0,001, p<0,001 e p=0,003). Resultados semelhantes também foram encontrados comparando-se a posição ortostática com a posição sentada. Todavia, entre o decúbito dorsal e a posição sentada, não foi observada diferença significativa. CONCLUSAO: as amplitudes de todas as contrações do assoalho pélvico feminino foram inferiores na posição ortostática, sugerindo que o fortalecimento muscular deve ser intensificado nesta posição
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Electromiografía , Contracción Muscular , Diafragma Pélvico , Incontinencia Urinaria de EsfuerzoRESUMEN
Estudo de caso controle no qual os esfregaços cervicais de 104 mulheres usuárias de DIU foram comparados aos esfregaços de 104 mulheres não-usuárias de DIU. Estes esfregaços foram corados pelo método de Papanicolaou e analisados segundo critérios microbiológicos e citopatológicos padronizados
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Dispositivos Intrauterinos , Frotis VaginalRESUMEN
Avaliar a associação entre vaginose bacteriana (VB), DNA de papilomavírus humano (HPV) de alto risco e anormalidades citopatológicas cervicais em mulheres submetidas a conização diatérmica devido a neoplasia intra-epitelial cervical de alto grau (NIC 2 ou 3). MÉTODOS: estudo clínico descritivo, no qual foram incluídas 81 mulheres submetidas a conização diatérmica devido a NIC 2 ou 3. A citologia (CO) inicial foi colhida na época da realização da biópsia dos casos suspeitos e também foi utilizada para verificar a presença de VB. Antes da conização diatérmica foi coletado material para a detecção de DNA de HPV de alto risco, por meio da captura de híbridos II (CH II). Após a conização diatérmica foi agendado retorno em 4 meses, no qual eram realizadas novas coletas de CO e de CH II. Vinte e sete mulheres apresentaram VB e 54 não apresentaram esta alteração. A análise estatística foi realizada por meio do cálculo dos odds ratios (OR) para as relações entre a detecção do HPV e a presença de anormalidades citológicas com a presença de VB, antes e após a conização, considerando-se intervalos de confiança de 95 por cento (IC 95 por cento). RESULTADOS: a detecção de DNA de HPV de alto risco antes da conização foi semelhante nos dois grupos (89 por cento). Após a conização, esta detecção foi igual a 26 e 18 por cento, respectivamente, nos grupos com e sem VB (OR=1,5 IC 95 por cento 0,5 a 4,6). Ainda após a conização, 41 por cento das pacientes com VB e 20 por cento das sem VB apresentaram anormalidades citológicas (OR=2,7; IC 95 por cento 1,0 a 7,4). Analisando-se exclusivamente as 22 mulheres com anormalidades citológicas em seus exames realizados aproximadamente quatro meses após a conização diatérmica, 83 por cento daquelas com VB também apresentaram testes positivos para DNA de HPV, comparadas a 50 por cento daquelas sem VB (OR=5,0; IC 95 por cento 0,5 a 52,9). CONCLUSAO: mulheres com VB apresentaram maior proporção de anormalidades citopatológicas depois da conização em relação às mulheres sem VB, ainda que estatisticamente não significativa. Esta associação não foi relacionada à presença do DNA de HPV de alto risco
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adolescente , Adulto , Displasia del Cuello del Útero , Conización , Papillomaviridae , Vaginosis Bacteriana , Neoplasias del Cuello UterinoRESUMEN
O objetivo do estudo foi comparar a eficácia dos medicamentos fluconazol e itraconazol no tratamento da candidíase vulvovaginal. Trata-se de estudo multicêntrico comparativo, no qual 181 pacientes foram randomizadas para receber um dos seguintes esquemas terapêuticos: fluconazol 150 mg em dose única ouitrraconazol 400 mg em um único dia (divididos em duas tomadas de dois comprimidos a cada 12 horas). A avaliaçäo foi realizada após 8 a 10 dias (primeiro controle) e 28 a 32 dias (segundo controle) do tratamento. Dados de sintomatologia e micológicos (cultura laboratorial de fungos) foram obtidos na primeira consulta e nos dois contrtoles seguintes. A espécie de cândida isolada e o tempo de evoluçäo da moléstia foram fatores analisados quando comparados os esquemas terapêuticos. Para efeito de análise, a eficácia clínica foi considerada positiva nos casos de falha ou recidiva. A eficácia micológica foi considerada positiva na evidência da erradicaçäo do fungo e negativa nos casos de falha, recidiva ou superinfecçäo. Para a análise estatística foi considerada a significância em nível de 5 porcento. A efiocácia clínica no primeiro controle foi de 100 porcento e 95,16 porcento para o fluconazol e itraconazol, respectivamente. No segundo controle a eficácia clínica caiu para 85,11 porcento e 74,5 porcento para fluconazol e itraconazol, respectivamente. Quando comparadas as taxas de resposta clínica do primeiro controle com as do segundo, observou-se que a queda foi maior para o itraconazol do que para o fluconazol. A eficácia micológica no primeiro controle foi de 88,64 porcento e 82,98 porcento para fluconazol e itraconazol, respectivamente, caindo para 68,18 porcento e 65,96 porcento. Os eventos adversos ocorreram em 15,91 porcento das pacientes que utilizaram o fluconazol e em 7,53 porcento com o itraconazol, embora em apenas quatro casos de cada grupo esses eventos tenham sido relacionados à medicaçäo. Näo houve eventos adversos considerados graves. O estudo comparativo entre fluconazol e itraconazol no tratamento de candidíase vulvovaginal näo demonstrou diferença estatísticamente significante quando analisadas a eficácia clínica e micológica, embora o fluconazol tenha demonstrado menor taxa de recorrência da sintomatologia quando comparados os dois controles.(au)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Candidiasis Vulvovaginal/terapia , Fluconazol , ItraconazolRESUMEN
Objetivos:comparar a freqüência de trabalho de parto prematuro (TPP), prematuridade, rotura prematura de membranas (RPM) e RN de baixo peso (< 2.500 g) em gestantes com Vaginose Bacteriana (VB). Verificar a validade da investigação rotineira de VB durante o pré-natal. Métodos:foram estudadas 217 mulheres com idade gestacional entre 28 e 32 semanas (35 com VB e 182 sem VB). O diagnóstico de VB foi realizado por meio dos critérios clínicos de Amsel. Os dados foram analisados através do teste de chi² , exato de Fisher, Mann-Whitney e Risco Relativo. Resultados:as incidências de TPP, prematuridade, RPM e baixo-peso ao nascimento foram maiores no grupo de gestantes com VB do que no grupo-controle (29,4 por cento vs 3,8 por cento; 28,6 por cento vs 3,3 por cento; 22,9 por cento vs 10,4 por cento; 20,0 por cento vs 3,3 por cento, respectivamente). As médias da idade gestacional e do peso ao nascer foram significativamente menores nos recém-nascidos das mães portadoras de VB (265,8 dias vs 279,9 dias; 2.958 g vs 3.294 g, respectivamente). Conclusões:todas as complicações perinatais estudadas estiveram significativamente associadas com a presença de VB não-tratada durante a gestação. Portanto, sugerimos que se deve incluir o diagnóstico e o tratamento adequados da VB na rotina de atendimento pré-natal nos serviços de obstetrícia, pois tal medida poderá ser efetiva na redução destas complicações perinatais.
Purpose:to compare the incidence of preterm labor and birth, premature rupture of membranes (PROM) and low birth-weight newborns (< 2,500 g) between two groups of pregnant women (with or without BV). To verify the adequacy of including a regular prenatal BV investigation. Methods:a total of 217 women between 28 and 32 weeks of pregnancy (35 with BV and 182 without BV) were studied. The diagnosis of BV was established according to Amsel's criteria. The data were analyzed by the chi² test, Fisher's test, Mann-Whitney test and the relative risk. Results:the incidence of preterm labor, preterm birth, PROM and low birth-weight was statistically higher in the group of women with BV than in the control group (29.4 percent vs. 3.8 percent; 28.6 percent vs. 3.3 percent; 22.9 percent vs. 10.4 percent; 20.0 percent vs. 3.3 percent; respectively). The means of gestational age and birth-weight were significantly lower in the newborns from mothers with BV (265.8 days vs. 279.9 days; 2,958 g vs. 3,294 g, respectively). Conclusion:all perinatal complications studied were significantly associated with the presence of untreated BV during pregnancy. Therefore, the diagnosis and adequate treatment should be included in the routine prenatal assistance at Brazilian Obstetrics Services. Such measure may be effective in the reduction of these perinatal complications.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , VulvovaginitisRESUMEN
Recentes avaços tecnológicos facilitaram o desenvolvimento da imaginologia da medicina atual. Dentro deste aspecto a ultra-sonografia tem contribuído cada vez mais na propedêutica e também na orientaçäo da conduta terapêutica. Com o intuito de definir prognósticos e terapêuticas, os autores analisaram retrospectivamente todos os casos atendidos na Enfermaria de Ginecologia do Centro de Atençäo Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da UNICAMP, com diagnóstico de doenças inflamatórias pélvicas (DIP), durante um período de três anos. A casuística subdividiu-se em dois grupos. No grupo submetido a tratamento cirúrgicos encontrou-se freqüentes imagens ecográficas de tumores anexiais complexos, de volumes maiores que no grupo de mulheres submetidas apenas a um tratamento clínico antibioterápico. A visualizaçäo do ovário homolateral à tumoraçäo pélvica foi incomum no grupo tratado cirurgicamente quando comparado ao grupo tratado clinicamente. Os autores sugerem que a ecografia pode orientar a conduta terapêutica, o prognóstico e o tempo de permanência hospitalar de mulheres acometidas pela DIP e colocam em evidência a necessidade de novas pesquisas do gênero, incluindo a avaliaçäo transvaginal e dopplerfluxométrica como variáveis a serem estudadas.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Enfermedad Inflamatoria Pélvica , Enfermedad Inflamatoria Pélvica , Enfermedad Inflamatoria Pélvica/terapia , Pronóstico , Estudios RetrospectivosRESUMEN
Determinar a frequência de lesSes inflamatórias da tuba uterina em mulheres assintomáticas e de fertilidade comprovada. Avaliar a acurácia do achado operatório frente a salpingite e identificar fatores associados às mesmas. Pacientes e Métodos: Foram examinadas e classificadas histologicamente, as trompas de 97 pacientes submetidas à laqueadura tubária. Os achados clínicos foram comparados com os achados histológicos das trompas, para verificar a acurácia. Resultados: a Histologia mostrou presença de processo inflamatório em 19 por cento dos casos; sendo, 12 por cento de salpingites crônicas inespecíficas e 7 por cento de salpingites crônicas ativas. No achado operatório 12 por cento apresentaram alteraçSes, dos quais, 50 por cento eram aderências, 16 por cento edema, 8 por cento superficie irregular e 25 por cento exsudato. A observaçÝo cirúrgica na identificaçÝo de processo inflamatório, revelou: sensibilidade 35 por cento, especificou 92 por cento, VPP 50 por cento e VPN 87 por cento. Dos fatores estudados, o uso prévio de dispositivos intra-uterino foi o único significativamente associado à salpingite crônica (X2 = 4,66/p < 0,04). ConclusSes: É expressivo o número de mulheres assintomáticas que apresentam salpingites crônicas. Existe grande discrepância entre o reconhecimento per-operatório de uma salpingite crônica pelo cirurgiÝo e o achado histológico. O uso prévio de DIU esteve significativamente associado à salpingite crônica
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Trompas Uterinas , Dispositivos Intrauterinos/efectos adversos , Enfermedad Inflamatoria Pélvica , Factores de Riesgo , SalpingitisRESUMEN
Os autores fizeram uma abordagem de aspectos habitualmente näo considerados sobre o corrimento vaginal. Anlizaram problemas socioconjugais e suas repercurssöes. Os aspects econômicos, inferindo o custo financeiro das vulvovaginites no Brasil, explicam como elas podem interferir com a epidemiologia da AIDS. Concluíram tecendo comentários sobre os aspectos imunológicos que levam a mulher a ter vulvovaginite de repetiçäo