RESUMEN
Objective: To make a review of studies that assessed the outcomes of GnRH agonist oocyte triggering in comparison with hCG in prevention of ovarian hyperstimulation syndrome and pregnancy rates. Methods: A systematic review of studies presented in the following database: PUBMED, Lilacs and Scielo submitted from January 2005 to October 2015. The keywords were ovulation induction, ovarian hyperstimulation syndrome and gonadotropin releasing hormone. Results: One hundred fifty-four articles were found. From these, twelve studies were completely analyzed. Eight fulfilled the inclusion criteria and one was included after the bibliographic review of the previous ones. From these nine submitted articles, two are retrospective and the others are prospective. Conclusion: The use of GnRH agonist for oocyte triggering was comparable with hCG and showed low frequency of ovarian hyperstimulation syndrome.(AU)
Objetivo: Fazer uma revisão dos estudos que avaliaram os desfechos do agonista de GnRH no ovócito em comparação com hCG na prevenção da síndrome de hiperestimulação ovariana e nas taxas de gestação. Métodos: Revisão sistemática de estudos presentes nos seguintes bancos de dados: Pubmed, Lilacs e Scielo, apresentados de janeiro de 2005 até outubro de 2015. As palavras-chave foram indução da ovulação, síndrome de hiperestimulação ovariana e hormônio liberador de gonadotropina. Resultados: Foram localizados 154 artigos; 12 foram integralmente analisados; oito preenchiam os critérios de inclusão; um foi incluído depois da revisão bibliográfica dos estudos precedentes. Dentre esses nove artigos apresentados, dois são retrospectivos e os demais são prospectivos. Conclusão: O uso do agonista de GnRH para a indução do ovócito foi comparável ao hCG, demonstrou baixa frequência de síndrome de hiperestimulação ovariana.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Hormona Liberadora de Gonadotropina/agonistas , Síndrome de Hiperestimulación Ovárica , Índice de EmbarazoRESUMEN
The antiandrogenic therapy (ADT) for prostate cancer represents an additional risk factor for the development of osteoporosis and fragility fractures. Still, bone health of patients on ADT is often not evaluated. After literature research we found that simple preventive measures can prevent bone loss in these patients, resulting in more cost-effective solutions to the public health system and family when compared to the treatment of fractures.
A terapia antiandrogênica (TAD) para câncer de próstata representa um fator de risco adicional para o desenvolvimento de osteoporose e fraturas de fragilidade. Mesmo assim, a saúde óssea dos pacientes sob TAD frequentemente não é avaliada. Após pesquisa na literatura, observamos que medidas preventivas simples podem prevenir a perda de massa óssea nestes pacientes, resultando em soluções mais custo-efetivas para o Sistema Público de Saúde e familiares quando comparadas ao tratamento das fraturas.
Asunto(s)
Humanos , Hormona Liberadora de Gonadotropina , Hormonas , Osteoporosis , Neoplasias de la Próstata , TestosteronaRESUMEN
Com o aumento do diagnóstico de câncer em mulheres jovens e os avanços no seu tratamento, muitas pacientes que poderão ter sua fertilidade comprometida com a quimioterapia têm manifestado desejo de engravidar futuramente. O congelamento de embriões, após fertilização in vitro, para preservar a fertilidade está bem estabelecido. A criopreservação de oócitos por vitrificação evoluiu bastante nos últimos anos, deixando de ser experimental. Até 2009 nasceram mais de 900 crianças a partir de oócitos criopreservados, sem aumento do risco de anomalias congênitas. O uso de análogos do GnRH para a supressão ovariana durante a quimioterapia na tentativa de prevenir a falência ovariana prematura apresenta resultados incertos. Outras técnicas ainda são consideradas experimentais, como a criopreservação e posterior autotransplante de tecido ovariano. Já foram relatados 24 nascimentos com o seu uso, persistindo, entretanto, dúvidas que motivam o seu estudo. A maturação de folículos ovarianos in vitro é alternativa promissora para preservação da fertilidade nessas pacientes e tem apresentado resultados positivos em roedores, macacos e humanos. Muita cautela deve ser tomada com o uso de técnicas experimentais, especialmente quando oferecidas para pacientes diante de fragilidade emocional. Por isso, é importante transmitir corretamente informações sobre chances de gravidez com tratamentos existentes e as limitações das técnicas experimentais...
With the increased number of cancer diagnoses among young women and the advances in treatment, many patients who may have had their fertility compromised by chemotherapy express desire to become pregnant in the future. Freezing embryos for later IVF so as to preserve fertility is a well established process. Oocyte cryopreservation by vitrification has evolved greatly in recent years and is no longer considered experimental. By 2009 more than 900 children were born from cryopreserved oocytes, without increased risk of congenital anomalies. The preventive use of GnRH analogues for ovarian suppression during chemotherapy to avoid premature ovarian failure has uncertain outcomes. Other techniques such as cryopreservation of ovarian tissue for later autograft are still considered experimental. Although use has already been reported in 24 births, doubts still persist and motivate further study. In vitro maturation of ovarian follicles is a promising alternative for preserving patient fertility and has shown positive results in rodents, monkeys, andhumans. Caution should be used with experimental techniques, especially when offered to emotionally fragile patients. Therefore it is important to thoroughly convey information on the chances of pregnancy with existing treatments and the limitations of experimental techniques...
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Criopreservación , Preservación de la Fertilidad/métodos , Oocitos , Técnicas de Maduración In Vitro de los OocitosRESUMEN
Nos países desenvolvidos, as mulheres estão utilizando cada vez mais os meios de contracepção com o intuito de adiar a gestação por razões tanto sociais como financeiras. Paralelamente, tem sido observada uma incidência crescente de neoplasias em mulheres mais jovens, principalmente em relação à neoplasia de mama. Desta forma, muitas mulheres se deparam com algum tipo de câncer antes da maternidade. O diagnóstico de uma neoplasia maligna e seu tratamento causa um hiato na vida da mulher e torna crítico o fato de que a fertilidade diminui rapidamente depois dos 35 anos de idade e termina quando se atinge a menopausa, por volta dos 50 anos. A preservação da fertilidade em pacientes com câncer tem sido um dos principais temas estudados e pesquisados por cientistas e biólogos da área. Vários métodos têm sido desenvolvidos para que mulheres, em especial jovens com câncer, aumentem a expectativa e a probabilidade engravidar. Apesar da diversidade em possibilidades teóricas, na prática, seja por falta de comprovação de eficácia ou por diversos outros fatores, poucos desses métodos são empregados. Neste trabalho, objetivou-se fazer uma revisão sistemática da literatura, descrevendo os métodos disponíveis, sua aplicabilidade e suas limitações. Foi realizada também uma análise dos problemas práticos que fazem com que o emprego dessa tecnologia ainda seja bastante limitado.
Nowadays, the use of contraceptive methods with the purpose of delaying pregnancy has increased considerably in developed countries due to social or financial reasons. At the same time, there has been an increase in cases of neoplasms in young women, especially those of the breast. As a result, many women suffer of some type of cancer before motherhood. The diagnosis of a malignant neoplasm and its treatment causes a hiatus in a womans live, and worsens the fact that fertility decreases rapidly after the age of 35 and finishes when women reach the menopause. The preservation of the fertility in cancer patients has been one of the factors most studied by the science community. Many methods have been developed, especially to increase the probability of pregnancy. Although there are many treatments, only a few are used due to the fact that they may have many limitations. In this paper we show a systematic review and describe the treatments available, as well as their applicability and limitations. We also analyze the practical problems which make the use of this technology very limited.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Infertilidad Femenina/complicaciones , Infertilidad Femenina/terapia , Neoplasias/complicaciones , Criopreservación/métodos , Hormona Liberadora de Gonadotropina , Radioterapia/efectos adversos , Recuperación del Oocito/métodosRESUMEN
Objetivo: identificar as caracteristicas de meninas com telarca precoce isolada (TP) que teriam utilidade no diagnóstico diferencial com puberdade precoce central (PPC). Métodos: foram estudadas 45 meninas entre 12 meses e seis anos de idade com relato de crescimento de mamas isoladamente, sem qualquer outro sinal de puberdade, atendidas na Divisão de Endocrinologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Resultados: o início da telarca ocorreu antes de 24 meses de idade em 97,8 por cento delas. Não houve progresso para o quadro de puberdade durante acompanhamento me diano de 13 meses. O bservou-se variação clínico-laboratorial, tendo ocorrido aceleração transitória da velocidade de crescimento ou avanço da idade óssea em 15 por cento das meni nas, além de alterações ultra-sonográficas. Esses achados caracterizam um quadro intermediário entre TP e PPC nesse percentual. Obser vou-se, ainda, que 33 por cento das que tinham até anos de idade apresentaram níveis puberais de LH após estímulo, mas níveis de FSH muito mais elevados e não evoluíram clinicamente para puberdade. Elevação acentuada e predominante de FSH foi observada em 100 por cento da amostra após estímulo com GnRH , o que praticamente define o diagnósticode TP. Conclusões: o quadro laboratorial na TP apresenta variações, o que reforça a importância do acompanhamento clínico no diagnóstico diferencial com PPC . O teste com GnRH deve ser interpretado com cautela em idades até quatro anos. Elevaçãoo acentuada e predominante de FSH praticamente define o diagnóstico de TP.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Lactante , Preescolar , Niño , Mama/crecimiento & desarrollo , Pubertad Precoz , Diagnóstico Diferencial , Hormona Liberadora de GonadotropinaRESUMEN
OBJETIVO: avaliar fatores determinantes de maior ganho na estatura como resultado do tratamento com GnRHa. MÉTODOS: estudo retrospectivo de 33 meninas com puberdade precoce central idiopática tratadas com GnRHa. Foram avaliadas: idade no início dos sintomas e no início do tratamento, tempo decorrido entre o início de aparecimento dos caracteres puberais e o início do tratamento, idade óssea, avanço da idade óssea, duração do tratamento com GnRHa, altura real e escore Z, altura predita e escore Z e dosagens hormonais de FSH e LH após estímulo com GnRH, que foram correlacionadas com o ganho de altura no final do tratamento, calculada pela diferença entre altura predita no final e início do tratamento. Para análise estatística foi utilizada a correlação linear de Pearson, além da regressão linear múltipla. RESULTADOS: a média de idade no início do tratamento foi 7,8±1,3 anos, com idade óssea média de 10,1±1,6 anos. O avanço da idade óssea era de 2,3±1,1 anos e foi controlado com o tratamento. O ganho em altura predita foi de 2,5±1,3 cm e foi correlacionado positivamente com o tempo decorrido entre o início dos sintomas e o início do tratamento e com o avanço da idade óssea, além de se correlacionar negativamente com o escore Z da altura no início do tratamento e com a altura predita no início do tratamento, sendo este último o principal fator determinante do ganho obtido com o tratamento. CONCLUSÕES: meninas com maior comprometimento da altura predita para a idade adulta, visualizado pelo maior desvio em relação à população (escore Z) e pelo maior avanço na idade óssea foram as que obtiveram maior benefício com o tratamento com GnRHa, não devendo ser excluídas do grupo a ser tratado.
PURPOSE: to evaluate predictive factors of response to GnRHa treatment in girls with idiopathic central precocious puberty. METHODS: a retrospective cohort study was conducted involving 33 girls diagnosed with idiopathic central precocious puberty and treated with GnRHa. The following independent variables were assessed: age at the beginning of therapy and at the onset of symptoms, time elapsed since the appearance of pubertal characteristics and the beginning of treatment, bone age, bone age advance, duration of GnRHa treatment, actual height and Z-score, predicted height and Z-score and hormone measurements of FSH and LH after GnRH stimulation, which were correlated with gain in height as a dependent variable at treatment discontinuation, calculated by the difference between the predicted height at the end and beginning of treatment. For statistical analysis, Pearson's linear correlation was used, in addition to multiple linear regression analysis. RESULTS: the mean age at the beginning of treatment was 7.8±1.3 years, with a mean bone age of 10.1±1.6 years. Bone age advance was 2.3±1.1 years and was controlled during the treatment period. Gain in predicted height was 2.5±1.3cm. It was positively correlated with time elapsed since the beginning of symptoms and the beginning of treatment and with bone age advance, while negatively correlated with the Z-score of height at the beginning of treatment and predicted height at the beginning of treatment, and the latter was the main factor determining gain from treatment. CONCLUSIONS: girls who had the most significant compromise of predicted adult height, as detected by a larger deviation from the population (Z-score) and the most considerable advance in bone age, received benefit from GnRHa therapy, and they must not be excluded from the group to be treated.
Asunto(s)
Niño , Femenino , Humanos , Estatura , Hormona Liberadora de Gonadotropina/análogos & derivados , Leuprolida/uso terapéutico , Pubertad Precoz/tratamiento farmacológico , Pubertad Precoz/fisiopatología , Estudios de Cohortes , Pronóstico , Estudios RetrospectivosRESUMEN
A kisspeptina, codificada pelo gene KISS1, é um neuropeptídeo crucial na regulação do início da puberdade. A kisspeptina estimula a secreção hipotalâmica do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) após se ligar ao seu receptor GPR54. Mutações inativadoras do GPR54 são atualmente consideradas como uma causa rara de hipogonadismo hipogonadotrófico isolado (HHI) normósmico. Recentemente, uma mutação ativadora no receptor GPR54 foi implicada na patogênese da puberdade precoce dependente de gonadotrofinas (PPDG). Com base nesses achados, levantamos a hipótese de que alterações no gene KISS1 poderiam contribuir para a patogênese de distúrbios puberais centrais. O objetivo do presente estudo foi investigar a presença de variantes no gene KISS1 em pacientes com PPDG e HHI. Sessenta e sete crianças brasileiras com PPDG (63 meninas e 4 meninos) e 61 pacientes com HHI (40 homens e 21 mulheres) foram selecionados, incluindo casos esporádicos e familiares em ambos os grupos. A população controle consistiu de 200 indivíduos com história de desenvolvimento puberal normal. A região promotora e os 3 exons do gene KISS1 foram amplificados e submetidos a sequenciamento automático. Duas novas variantes no gene KISS1, p.P74S e p.H90D, foram identificadas em duas crianças não relacionadas, portadoras de PPDG idiopática. Ambas as variantes estão localizadas na região amino-terminal da kisspeptina-54 e estavam ausentes em 400 alelos controles. A variante p.P74S foi identificada em heterozigose em um menino que desenvolveu puberdade com um ano de idade. Sua mãe e avó materna, que apresentavam história de desenvolvimento puberal normal, eram portadoras da mesma variante em heterozigose, sugerindo penetrância incompleta e/ou herança sexo-dependente. A variante p.H90D foi identificada em homozigose em uma menina com PPDG, que desenvolveu puberdade aos seis anos de idade. Sua mãe, com história de menarca aos dez anos de idade, era portadora da mesma variante em heterozigose...
Kisspeptin, encoded by the KISS1 gene, is an important regulator of puberty onset. After binding to its receptor GPR54, kisspeptin stimulates gonadotropin-releasing hormone secretion by the hypothalamic neurons. Inactivating GPR54 mutations are a rare cause of normosmic isolated hypogonadotropic hypogonadism (IHH). Recently, a unique GPR54 activating mutation was implicated in the pathogenesis of gonadotropin dependent precocious puberty (GDPP). Based on these observations, we hypothesized that mutations in the KISS1 gene might be associated with central pubertal disorders. The aim of this study was to investigate KISS1 mutations in idiopathic GDPP and normosmic IHH. Sixty-seven Brazilian children (63 girls and 4 boys) with idiopathic GDPP and 61 patients with normosmic IHH (40 men and 21 women) were selected. Familial and sporadic cases were included in both groups. The control population consisted of 200 individuals who had normal timing of puberty. The promoter region and the 3 exons of the KISS1 gene were amplified and automatically sequenced. Two novel KISS1 missense mutations, p.P74S and p.H90D, were identified in two unrelated children with idiopathic GDPP. Both mutations were absent in 400 control alleles and are located in the amino-terminal region of kisspeptin-54. The p.P74S mutation was identified in the heterozygous state in a boy who developed puberty at 1 yr of age. His mother and maternal grandmother, who had normal pubertal development, were also heterozygous for the p.P74S mutation, suggesting incomplete penetrance and/or sex-dependent inheritance. The p.H90D mutation was identified in the homozygous state in a girl with GDPP, who developed puberty at 6 yr of age. Her mother, who had menarche at 10 yr of age, carried the p.H90D mutation in the heterozygous state. CHO cells stably transfected with GPR54 were stimulated with different concentrations of synthetic human wild type or mutant kisspeptin-54 (KP54) and inositol phosphate (IP)...