RÉSUMÉ
Abuso e dependência alcoólica são os mais sérios problemas médicos do mundo industrializado. Cerca de 10% a 35% dos alcoólatras cursam com hepatite crônica ativa, síndrome inflamatória que traduz necrose hepática em diferentes graus de intensidade, dependentes da quantidade de álcool ingerido diariamente ao longo dos anos. Alguns revelam-se pouco sintomáticos ou assintomáticos. Forma mais grave da doença expressa-se pelo aparecimento de icterícia, ascite, sinais de coagulopatia e até encefalopatia. Esses doentes cursam ainda com dor em hipocôndrio direito, hepatomegalia, febre e leucocitose. A mortalidade nesse caso é alta, todos evoluindo com neutrofilia, metabolismo alterado dos carboidratos, lipídeos e minerais. Nesses casos graves, a literatura mundial preconiza, dentre outras terapias, o uso de corticóides com o objetivode suprimir a inflamação tecidual, diminuir a formação de colágeno, bloquear os mecanismos de perpetuação imunológica da doença, melhorar o apetite e estimular a síntese de albumina. Este artigo tem por objetivo apresentar um caso de hepatite alcoólica aguda grave que evoluiu com sucesso após o tratamento com corticóide e revisar esse tema tão atual e problemático em nosso país.
Sujet(s)
Humains , Mâle , Adulte , Hormones corticosurrénaliennes/usage thérapeutique , Hépatite alcoolique/traitement médicamenteux , Alcoolisme , Endoscopie gastrointestinale , PrednisoloneRÉSUMÉ
Com o advento da esofagomanometria e, mais recentemente, de sua informatizacao, gerou-se uma nova pespectiva para o entendimento da fisiologia esofageana, assim como dos processos fisiopatologicos ligados aos disturbios motores que acometem o órgao. A partir de entäo, o estudo manometrico esofagiano ultrapassou as linhas de pesquisa e ganhou aplicabilidade clínica, contribuindo para o esclarecimento de sintomas como disfagia e dor torácica e na avaliacao da terapeutica a ser adotada nos processos morbiods envolvidos com a motilidade do órgäo. Para tal é desejável a criacao de parametros a partir de uma populacao saudável que reflitam um padrao de mormalidade. No presente estudo apresentam-se os resultados preliminares do estudo morfometrico em equipamento computadorizado, obtidos em uma pequena amostra de indivíduos saudáveis. Espera-se que em futuro proximo possa determinar-se um padräo brasileiro de normalidade visando melhor adequaçao desses valores a nossa populacäo
Sujet(s)
Humains , Mâle , Femelle , Adulte , Adulte d'âge moyen , Manométrie , Valeurs de référence , Dyskinésies oesophagiennes/diagnostic , Jonction oesogastriqueRÉSUMÉ
Experiência com 170 pHmetrias esofagianas prolongadas, realizadas de forma ambulatorial em um serviço universitário. As indicaçöes mais freqüentes foram a pesquisa de refluxo em pacientes com sintomas típicos, como a pirose (67 pacientes), com e sem esofagite endoscópica, seguida pela investigaçäo de dor torácica (65 pacientes), um grupo selecionado de pacientes com disfagia (28) além de oito asmáticos, um paciente com soluço incoercível e um com úlcera de esôfago. A pHmetria prolongado foi anormal em 47 por cento do grupo total. Houve boa correlaçäo com a esofagite em presença de pirose - 86 por cento de exames anormais -, enquanto que nos sem esofagite foi anormal em 50 por cento. Em 37 por cento dos pacientes com dor torácica havia refluxo anormal, porém apenas 1/5 deles apresentou dor durante o teste relacionada ao refluxo. Nos pacientes com disfagia, a pHmetria estava alterada em 20 por cento e em 50 por cento dos pacientes asmáticos, embora o número de pacientes seja pequeno para conclusöes. É ressaltada a importância do método para a conduta terapêutica em suas diferentes indicaçöes e sugerida a necessidade de conhecimento do padräo de refluxo em brasileiros saudáveis.