RESUMO
Objetivo: Avaliar a prevalência de manifestações oculares e fundoscópicas em pacientes portadores de doença falciforme sem queixas oftalmológicas. Métodos: Foram estudados 36 pacientes portadores de doença falciforme sem queixas oftalmológicas quanto ao sexo, idade, raça, hemoglobinopatias e exame oftalmológico completo. Resultados: A hemoglobinopatia mais frequante foi a do tipo SS, representando 84 por cento dos casos. Os tipos SC e S-Thal corresponderam a 8 por cento dos casos cada. As manifestações oculares foram comuns, tanto no segmento anterior (25 por cento dos casos) quanto no segmento posterior (70 por cento dos casos). O achado mais frequente foi o aumento da tortuosidade vascular, presente em 50 por cento dos casos. Em relação a retinopatia falciforme, 10 (28 por cento) pacientes apresentavam estágio I, 2 (5,5 por cento) pacientes estágio II e 1 (2,5 por cento) paciente estágio III. Conclusão: Consideramos importante a consulta oftalmológica periódica de pacientes portadores de doença falciform, mesmo sem sintomas oculares. O exame oftalmológico nestes pacientes pode levar ao diagnóstico e tratamento precoces da retinopatia falciforme.
Assuntos
Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Anemia Falciforme/diagnóstico , Doenças Retinianas/diagnóstico , Diagnóstico Precoce , Oftalmopatias/epidemiologia , Testes VisuaisRESUMO
Objetivo: Apresentar o caso de um paciente de 75 anos de idade, com baixa de acuidade visual, apresentando uma lesão macular viteliforme simétrica em ambos os olhos. Local: Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ - Universidade do Brasil. Método: Relato de Caso. Resultados: O exame oftalmológico de um paciente masculino, de 75 anos, revelou diminuição da acuidade visual, lesões amareladas e arredondadas bilaterais e simétricas na região foveal, uma angiografia fluoresceínica que revelou defeito em janela, e um EOG subnormal e ausência de história familiar. As principais hipóteses: Distrofia Foveomacular Viteliforme e Doença Macular Relacionada à Idade são discutidas baseadas na história clínica e epidemiológica, e exames complementares como angiografia fluoresceínica, ERG e EOG. Conclusão: Apenas com a evolução clínica e o seguimento poderá ser revelado o diagnóstico de certeza deste paciente. Este caso mostra que em Oftalmologia muitas vezes encontraremos doenças de fisiopatologias distintas que levam a aspecto oftalmoscópico muito semelhante.