RESUMO
OBJETIVO: Avaliar os prontuários dos pacientes com estrabismo sensorial em aspectos variados, como etiologia, tipo e medida do desvio, correlacão do tipo do desvio com a idade de aparecimento da doenca de base, e resultado cirúrgico dos casos operados. MÉTODOS: Avaliacão dos prontuários médicos dos pacientes com estrabismo sensorial atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - no setor de Motilidade Ocular Extrínseca, no período de setembro de 1990 a julho de 2002. RESULTADOS: Foram avaliados 84 pacientes masculinos e 107 femininos; o diagnóstico mais freqüente para baixa visual foi coriorretinite atrófica em 49 casos. Oitenta e sete pacientes tinham exotropia e 97 tinham esotropia. Oitenta e dois pacientes tiveram cirurgia indicada, e 50 foram operados. Em 42 deles, foi constatado sucesso cirúrgico de 90,5 por cento (desvio longe e perto menor ou igual a 15 dioptrias prismáticas). CONCLUSÕES: O bom resultado cirúrgico observado neste e em outros estudos reforca a necessidade da correcão cirúrgica nesses casos.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Estrabismo/cirurgia , Seguimentos , Estudos Retrospectivos , Estrabismo/etiologia , Resultado do TratamentoRESUMO
Objetivo: Investigar o nível de conhecimento dos pacientes com diagnóstico de glaucoma sobre a sua doença, bem como comparar com o número de pacientes com suspeita de hipertensão ou diabetes com conhecimento da sua doença. Métodos: Realizou-se estudo descritivo durante a primeira etapa do Projeto Glaucoma no ano de 1999 no município de Piraquara-PR, onde foi atendida a população local acima de 40 anos realizando-se exame oftalmológico (tonometria, fundoscopia), aferição da pressão arterial e teste de glicemia. Resultados: Foram atendidas 922 pessoas. Duzentos e seis pacientes foram triados como suspeitos de serem diabéticos, dos quais 42,72 por cento (n=88) sabiam de sua doença. Encontraram-se 625 pacientes com suspeita de hipertensão, dos quais 60,64 por cento (n=379) afirmavam serem hipertensos. Foram encontrados 150 pacientes com suspeita de glaucoma crônico simples sendo que destes, apenas 3,33 por cento (n=5) sabiam de sua doença, ao passo que 96,67 por cento (n=145) a desconheciam. Conclusão: O nível de conhecimento de pacientes com diagnóstico de glaucoma é extremamente baixo comparado com o número de pacientes com suspeita de terem hipertensão arterial ou diabetes.
Assuntos
Humanos , Adulto , Diabetes Mellitus , Glaucoma , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Hipertensão/diagnóstico , Educação de Pacientes como Assunto , Epidemiologia DescritivaRESUMO
A miastenia gravis é uma doença crônica, caracterizada por fatigabilidade anormal de músculos estriados, podendo acometer grupos musculares isolados ou tornar-se generalizada. Os autores descrevem um caso de miastenia gravis congênita generalizada e oftalmoplegia parcial em um paciente de 10 anos de idade, portador de sintomas sistêmicos motores e de ausência na aduçäo, abduçäo e elevaçäo em ambos os olhos e com ptose palpebral bilateral, sendo reduzida à funçäo de infraversäo. O paciente foi diagnosticado aos dois anos e seis meses, sendo iniciado tratamento com piridostigmina em doses subterapêuticas, sem alteraçäo importante no quadro clínico. Aos quatro anos de idade, procurou esta instituiçäo, sendo ajustada à dose da medicaçäo, seguindo-se melhora significativa dos sintomas motores sistêmicos, melhora parcial da ptose palpebral e sem alteraräo na oftalmoplegia externa.
Assuntos
Humanos , Masculino , Criança , Inibidores da Colinesterase , Oftalmoplegia , Brometo de Piridostigmina , Síndromes Miastênicas Congênitas/tratamento farmacológico , Oftalmoplegia , Síndromes Miastênicas Congênitas/diagnósticoRESUMO
A osteopetrose congênita é uma rara desordem genética autossômica recessiva caracterizada por osso esclerótico associado a anormalidades hematológicas e neurológicas. Os autores fazem revisäo da literatura e relatam um caso de uma criança do sexo feminino com 2 anos e 5 meses de vida apresentando amaurose bilateral por osteopetrose congênita.
Assuntos
Humanos , Feminino , Pré-Escolar , Cegueira/etiologia , Osteopetrose/congênito , Osteopetrose/complicações , Osteopetrose/diagnósticoRESUMO
Novos métodos tem sido preconizados para o tratamento da hérnia inguinal, o que torna imprescindível o uso das telas sintéticas. O objetivo do presente estudo foi avaliar a reaçäo peritoneal induzida por duas telas de polipropileno macroporosas e monofilamentares quando colocadas no espaço pré-peritoneal. Neste experimento foram utilizados 60 ratos machos divididos em tres grupos: grupo P (tela prolene n=20), grupo T (tela teste, n=20) e grupo C(controle, n=20). Através de uma incisäo mediana obteve-se acesso ao espaço pré-peritonial, onde foi introduzido o fragmento da tela a ser testada, de 1cm. No grupo controlefoi apenas realizada a divulsäo do espaço pré-peritonial com pinças hemostáticas. Os animais dos tres grupos foram sacrificados no 30§ dia pós-operatório. Macroscopicamente foram avaliados: presença deseroma, abscessos, deslocamentos da tela e aderências. A análise histopatológica foi realizada mediante a observaçäo e quantificaçäo da reaçäo inflamatória aguda e crônica, fibrose e reaçäo de corpo estranho. Concluiu-se que a formaçäo de aderências, fibrose, reaçäo inflamatória e de corpo estranho das telas de polipropileno colocadas no espaço pré-peritoneal foram semelhantes àquelas do grupo controle, onde o espaço foi apenas divulsionado