RESUMO
Abstract Background: Chemotherapy with doxorubicin and cyclophosphamide, although efficient for treating breast cancer, is associated with cardiovascular complications. Recent studies seek to identify methods that can early detect cardiological and vascular changes as a strategy to decrease the incidence of cardiovascular comorbidities. Objective: To evaluate the role of arterial stiffness measurement in the monitoring of doxorubicin and cyclophosphamide-induced cardiotoxicity in breast cancer patients. Methods: Prospective longitudinal study in 24 breast cancer patients undergoing treatment with doxorubicin and cyclophosphamide. Patients underwent an indirect evaluation of arterial stiffness through non-invasive measurement of hemodynamic parameters such as pulse wave velocity with the Mobil-O-Graph® 24H PWA device at three different times of the chemotherapy treatment (pre-chemotherapy, after the first and the fourth cycle). The left ventricular ejection fraction was also evaluated by Doppler echocardiography (pre-chemotherapy and after the fourth chemotherapy cycle). Data were considered significant when p ≤ 0.05. Results: Patients had a mean age of 52.33 ± 8.85 years and body mass index of 31 ± 5.87 kg/m2. There was no significant difference between the hemodynamic parameters evaluated by the oscillometric method or in the left ventricular ejection fraction in the different evaluated periods. Conclusion: Evaluations of arterial stiffness by oscillometry and measurement of left ventricular ejection fraction by Doppler echocardiography showed equivalence in the values found, suggesting that the evaluation method of arterial stiffness studied could be used as a marker for cardiovascular adverse events associated with doxorrubicin-based chemotherapy drugs.
Resumo Fundamento: O tratamento quimioterápico com doxorrubicina e ciclofosfamida, apesar de eficiente no combate ao câncer de mama, está associado a complicações cardiovasculares. Trabalhos recentes identificam métodos que possam detectar alterações cardiológicas e vasculares precocemente, visando a uma estratégia para diminuição na incidência de comorbidades cardiovasculares. Objetivo: Avaliar o papel da medida da rigidez arterial no acompanhamento da ocorrência de eventos adversos cardiovasculares induzidos por doxorrubicina e ciclofosfamida em pacientes com câncer de mama. Métodos: Estudo longitudinal prospectivo realizado com 24 pacientes com câncer de mama em tratamento com doxorrubicina e ciclofosfamida. As pacientes foram submetidas à avaliação indireta da rigidez arterial, por mensuração não invasiva de parâmetros hemodinâmicos, como a velocidade de onda de pulso, pelo equipamento Mobil-O-Graph® 24H PWA em três diferentes momentos do tratamento quimioterápico (pré-quimioterapia, após o primeiro e após o quarto ciclos). Foi avaliada também a fração de ejeção do ventrículo esquerdo pelo ecoDopplercardiograma (pré-quimioterapia e após o quarto ciclo quimioterápico). Os valores de p ≤ 0,05 foram considerados significativos. Resultados: As pacientes apresentaram média de idade de 52,33 ± 8,85 anos e índice de massa corporal de 31 ± 5,87 kg/m2. Não houve diferença significativa entre os parâmetros hemodinâmicos avaliados pelo método oscilométrico ou na fração de ejeção do ventrículo esquerdo, nos diferentes períodos avaliados. Conclusão: As avaliações de rigidez arterial por oscilometria e medida da fração de ejeção do ventrículo esquerdo por ecoDopplercardiograma mostraram equivalência nos valores encontrados, sugerindo que o método de avaliação da rigidez arterial estudado possa ser utilizado como mais um marcador para eventos adversos cardiovasculares associados aos medicamentos quimioterápicos baseados em doxorrubicina.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Doenças Cardiovasculares/induzido quimicamente , Doxorrubicina/efeitos adversos , Antraciclinas/efeitos adversos , Ciclofosfamida/efeitos adversos , Rigidez Vascular , Antineoplásicos/efeitos adversos , Neoplasias da Mama/tratamento farmacológico , Doenças Cardiovasculares/prevenção & controle , Ecocardiografia Doppler , Doxorrubicina/uso terapêutico , Doxorrubicina/farmacologia , Projetos Piloto , Estudos Longitudinais , Função Ventricular Esquerda/efeitos dos fármacos , Antraciclinas/uso terapêutico , Antraciclinas/farmacologia , Ciclofosfamida/uso terapêutico , Ciclofosfamida/farmacologia , Cardiotoxicidade/fisiopatologia , Antineoplásicos/uso terapêutico , Antineoplásicos/farmacologiaRESUMO
A α-talassemia é um dos distúrbios da síntese de hemoglobina mais comuns no mundo, sendo causada, principalmente,por mutações delecionais nos genes α-globínicos. De acordo com o número degenes mutados que varia de um a quatro, a α-talassemia pode ser divididaem quatro fenótipos: α-talassemia silenciosa, traço α-talassêmico, Doençade HbH e hidropsia fetal, espectivamente. Segundo a literatura, afrequência de α-talassemia no Brasil também é considerável, sendo de grande importância o diagnósticocorreto deste distúrbio, que pode ser realizado com auxílio de exames convencionais que apresentam vantagens e desvantagens. Contudo, em alguns casos, principalmente nas formas menores da α-talassemia, a confirmação diagnóstica só pode ser realizada através dos exames moleculares que, apesar de confirmatórios, não estão disponíveisem grande parte dos laboratórios de análises clínicas e, devido ao custo, não são acessíveis à população em geral..
Assuntos
Humanos , Talassemia alfa , Biologia Molecular , Talassemia alfa/diagnósticoRESUMO
As células-tronco mesenquimais (MSCs) são células com grande potencial de diferenciação e estão sendo recentemente introduzidas na clínica para tratamento de várias doenças. Possuem várias vantagens incluindo sua estabilidade fenotípica in vitro. OBJETIVO: isolamento das MSCs de líquido amniótico, sua expansão e a demonstração da sua capacidade de se diferenciar em células miogênicas e adipogênicas, sem alterar a estabilidade cromossomal em meio de cultura. MÉTODOS: a fim de avaliar a mudança funcional destas células, foram avaliados parâmetros bioquímicos nas células adipogênicas já diferenciadas e antes da diferenciação através da dosagem de triglicérides. A diferenciação em células musculares foi avaliada comparando os níveis de creatinofosfoquinase - CK, desidrogenase lática - LDH e aldolase produzidas por estas células antes e após diferenciação. RESULTADOS: os níveis de triglicérides foram significativamente maiores nas células diferenciadas, mostrando ainda a formação de grânulos intracitoplasmáticos. Todos os outros valores obtidos foram significativamente maiores nas células miogênicas diferenciadas quando comparadas às não diferenciadas. CONCLUSÃO: os resultados sugerem que estes protocolos podem ser usados para avaliar diferenciação de células-tronco em células adipogênicas e miogênicas, e que o líquido amniótico pode ser uma fonte para obtenção destas células.
The mesenchymals stem cells (MSCs) are cells with the great potential of differentiation are being introduced in the clinic for treatment of several diseases. Mesenchymal stem cells have several advantages including the stability of their phenotype in vitro. BACKGROUND: isolation of MSCs in amniotic fluid, its expansion and the demonstration of the capacity of these cells to differentiate in adipogenic and miogenic cells, without to change the chromosomal stability of the MSCs in culture. METHODS: in order to evaluate the functional change of these cells, were gotten values of the differentiated adipogenic cells and not differentiated through the dosage of triglycerides. The miogenic nature of the differentiated cells was analyzed comparing the creatine kinase - CK, lactic dehydrogenase - LDH and aldolase produced by the cells. RESULTS: the values of triglycerides were significantly higher in differentiated cells, showing intracitoplasmatic granule form after differentiation. All the biochemical characters were significantly higher in differentiated miogenic cells. CONCLUSIONS: this study suggests that the standardized protocol of differentiation can be used in the attainment of cells with characteristics of adipogenic and muscular cells, from amniotic fluid.