Estudo comparativo da atividade do sistema nervoso autônomo através da variabilidade da frequencia cardíaca em trabalhadores noturnos e diurnos / Comparartive study of the independent nervous system activity through the heart rate variability in nocturnal and diurnal workers

O estudo tem como objetivo comparar as alterações físicas entre os trabalhadores diurnos e noturnos. A alteração avaliada foi a variabilidade da frequência cardíaca através do Nerve Express. Também avaliamos a qualidade de vida dos indivíduos através de questionários respondidos antes dos testes. Mensuramos o quanto a ausência do sono noturno influencia na qualidade de vida das pessoas. Percebemos que os indivíduos trabalhadores do período noturno apresentaram melhores resultados quando avaliados em relação à variabilidade da frequência cardíaca, apesar de nos questionários demonstrarem uma maior insatisfação com a qualdiade do sono. Já quando questionados em relação à qualidade de vida ambos os grupos demonstram em sua maioria estarem satisfeitos. Acreditamos que os resultados possuem relação direta com o fato de não possuírem a presença direta de seus superiores.

The study has as objective to compare the physical alterations between the diurnal and nocturnal workers. the alteration evaluated ws the heart variability through nerve express. We also evaluated the quality of life of the individuals through questionnaires answered before the tests. We were able to measure how much the absence of nocturnal sleep influences in the quality of life of life of the people. We realized that the industrious individuals of the nocturnal period presented better results when evaluated regarding the heart variability, despite of in the questionnaires they showed a bigger dissatisfaction with the quality of the sleep. When they were questioned regarding the quality of life, both groups showed, in their majority is satisfied. We believe that the results have straight relation with the fact of the nocturnal workers work in a rhythm less accelerated than the diurnal one, by be not commercial schedule and of not have the straight presence of his superiors.

Infertilidade e reprodução humana: um estudo sobre a percepção social dos riscos / Infertility and reproduction human: a study on the social perception of the risks

Pesquisa quali-quantitativa e método monográfico foram utilizados para identificar as representações, valores e crenças associadas à percepção de risco relacionada à saúde reprodutiva humana em 50 mulheres/casais, pacientes do Ambulatório de Infertilidade da Divisão de Reprodução Humana do Hospital Moncorvo Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Embora a infertilidade seja considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma doença, um problema de saúde pública, normalmente é percebida, a princípio, como dificuldade, impedimento para ter filhos. Passa a configurar doença a partir da busca por tratamento, ou seja, por meio do processo educativo possibilitado pela interação médico-paciente. A medicalização da ausência de filhos é evidente e a infertilidade é considerada quebra da norma, do padrão sócio-cultural estabelecido para o gênero feminino. A análise das causas identificada por meio da percepção de risco das pacientes demonstra a manutenção do risco como dispositivo biopolítico e como construção social, justificando a culpabilização estabelecida na relação entre infertilidade e causas orgânicas e relativizada em decorrência do stress, que reúne explicações de diversas naturezas, inclusive bruxarias e maus-olhados. Entretanto, analisar o stress como decorrente da cultura de gênero imputa a culpa pela infertilidade mais uma vez às mulheres e ainda ilustra a imensa carga de sofrimento pela infertilidade e em decorrência da própria busca por soluções. Assim, outras causas dificilmente são consideradas, tais como aquelas decorrentes das condições de existência das mulheres/casais e mesmo as masculinas. Assim, a noção de risco como estratégia biopolítica e como construção social mantém a hegemonia masculina, patriarcal e burguesa.

Naturalização e medicalização do corpo feminino: o controle social por meio da reprodução / Naturalization and medicalization of the female body: social control through reproduction

Trata-se de pesquisa bibliográfica sobre a recorrência do processo de naturalização como alicerce da medicalização do corpo feminino. Este processo institui uma forma de controle social com base na reprodução biológica, em que padrões de comportamento e diferenças de classe social, raça/etnia são ordenados/redescritos. Assim, se mantém a hegemonia masculina, patriarcal e de classe, e se aprofundam as desigualdades sociais e de gênero. Destaca-se a importância do desenvolvimento e da complexidade da tecnologia - que afastam as classes populares das tomadas de decisão sobre o próprio corpo e a saúde reprodutiva - e da escola sobretudo, em aulas de ciências e educação física para manter e perpetuar a hegemonia burguesa.

This study discusses, through bibliographic research, the recurrence of naturalization as the basis for medicalization of the female body, as a means of social control through biological reproduction, whereby behavioral standards, social class, ethnic and race differences are rearranged/redefined. Through this process male, patriarchal and class predominance is maintained and the rift of social and gender inequalities grow wider. It is important to identify the role of technological developments and its complexities - which do not allow lower-income classes to take decisions in regard to their own bodies and reproductive health - and schooling specially through science and physical education classes whereby upper-class predominance is sustained.

El presente estudio pretende discutir, por medio de investigación bibliográfica, la recurrencia del proceso de naturalización como fundamento de la medicalización del cuerpo femenino. Este proceso instituye una forma de control social con base en la reproducción biológica, en que patrones de comportamiento y diferencias de clase social, de raza/ etnia son ordenados/ redescriptos. Así se mantiene la hegemonía masculina, patriarcal y de clase y se aumentan las desigualdades sociales y de género. Se destaca la importancia del desarrollo y de la complejidad de la tecnología - que distancian a las clases populares de las tomas de decisión sobre el propio cuerpo y la salud reproductiva - y de la escuela - sobre todo en las clases de ciencias y educación física - para mantener y perpetuar la hegemonía burguesa.