RESUMO
A desnutrição energético-protéica é muito freqüente nos pacientes atendidos em unidades de terapia intensiva, tanto pelo aporte nutricional inadequado, quanto pela resposta metabólica ao estresse, levando ao hipermetabolismo e hipercatabolismo. As complicações da desnutrição retardam o processo de convalescença devido a suas repercussões em todos os órgãos e sistemas. A quantificação do gasto energético dos pacientes críticos é fundamental. O uso de fórmulas, para essa determinação, superestima, na maioria das vezes, o gasto energético de repouso, principalmente devido a problemas na determinação do peso corporal e à redução de componentes do gasto energético total, como repouso, sedação e ventilação mecânica. O método de eleição, nessa quantificação, é a calorimetria indireta. Além da quantificação do gasto energético, são comentadas a quantidade e a concentração dos macronutrientes e a inclusão, na terapêutica, de imunomoduladores como arginina, glutamina e ácidos graxos ômega-3. A imunonutrição, apesar do possível benefício teórico, ainda não é recomendada de rotina nas unidades de terapia intensiva