Efeito da morfina peridural sobre a pressäo nas vias biliares / Effect of eipdural morphine on common bile duct pressure

Em 15 pacientes submetidos a cirurgias eletivas de vias biliares sob anestesia geral, com tiopental, fentanil, óxido nitroso, isoflurano, foi medida a pressäo no ducto biliar comum antes e 10 min após a injeçäo peridural de 50 µg.kg elevado a menos 1 de morfina diluída em 10 ml de soluçäo salina (grupo I, n=10), ou 10 ml de soluçäo salina (grupo II, n=5). No grupo I a média dos valores de pressäo após a injeçäo (17,25 ñ 4,14 cm H2O), significativamente maior (p < 0,05) que a média dos valores iniciais (12,05 ñ 3,12 cm H2O). No grupo II (controle), näo houve diferença entre as médias dos valores de pressäo antes e após a injeçäo peridural da soluçäo salina. Em quatro pacientes do grupo I, a manometria foi repetida 60 minutos após a injeçäo peridural, persistindo o aumento da pressäo nas vias biliares. Säo feitas consideraçöes sobre a farmacocinética da morfina peridural, correlacionando-as com os resultados

Hipnose com etomidato em infusäo contínua durante analgesia peridural / Hypnosis with etomidate with continuous infusion during epidural analgesia

Foi utilizado o etomidato em infusäo venosa contínua para obtençäo de hipnose durante bloqueio peridural lombar, em 20 pacientes submetidas a cirurgias ginecológicas, com média de idade 39,8 + ou - 9,8 anos e média de peso 65,8 + ou - 15,7 kg. Utilizou-se para o bloqueio soluçäo de bupivacaína a 0,5% com adrenalina, doses variáveis entre 100 e 150 mg do anestésico local. Estabelecido o bloqueio, administrou-se por via venosa etomidato 0,15 mg.kg-1 precedido por fentamil 100 microng. Instalou-se em seguida infusäo venosa contínua de soluçäo a 0,01% de etomidato em salina fisiológica, com velocidade adequada para manter a hipnose. Foram monitorizados PAS, PAD, FC f, VT. A média da velocidade de infusäo foi 8,4 + ou - 2,1 microng.kg-1.min-1 e o tempo decorrido entre a interrupçäo da infusäo e o retorno da consciência foi 30 + ou - 7,5s. Em 35% dos casos houve queda da pressäo arterial de magnitude igual ou superior a 40% do valor inicial, facilmente controlada com infusäo de líquidos e pequenas doses de vasopressor. Nenhuma paciente desenvolveu apnéia; houve queda significativa de VT sem alteraçäo de f em algumas fases da observaçäo, sem repercussäo clínica. Näo houve indícios de efeitos cumulativos. Conclui-se que o método merece ser considerado, especialmente naqueles casos em que se deseja despertar rápido ao término da cirurgia

Experiência clínica com morfina por via espinhal: estudo retrospectivo / Clinical experience with morphine by spinal way: a retrospective study

Foi conduzido um estudo retrospectivo sobre a experiência clínica com morfina por via espinhal num período de dois anos. De 1 de janeiro de 1981 a 31 dezembro de 1982, 296 pacientes receberam morfina por via peridural e 88 por via intratecal, totalizando 384 casos. As doses variaram entre 2,0 e 5,0 mg pela via peridural e entre 0,25 e 0,50 mg pela via intratecal. Em 36 pacientes (9,3%) foram administradas mais de uma dose através de cateter peridural; nos demais administrou-se dose única. Ocorreu depressäo ventilatória (revertida por nalorfina) em um paciente tratado com morfina peridural (0,33%) e em nenhum tratado com morfina intratecal. Ocorreu prurido em 24 pacientes que receberam morfina peridural (8,10%) e em nenhum dos que receberam morfina intratecal. Registrou-se retençäo urinária em 20 dos pacientes tratados com morfina peridural (6,75%) e em 12 dos tratados com morfina intratecal (13 60%). Chama-se a atençäo para a necessidade de vigilância contínua após a injeçäo, tendo em vista ser imprevisível o paciente que apresentará depressäo ventilatória tardia, a complicaçäo mais temível do método