RESUMO
Introdução: a apendicite aguda é a enfermidade de resolução cirúrgica mais freqüente em crianças e adolescentes e depende do diagnóstico clínico para seu esclarecimento. Sua etiologia tem sido atribuída à obstrução mecânica do lúmen proximal do apêndice vermiforme, à dieta inadequada de fibras e à susceptibilidade familiar. Na busca de métodos mais precisos para o diagnóstico de apendicite aguda,é necessário que os riscos sejam proporcionais aos benefícios. Usam-se algoritmos clínicos, exames hematológicos e radiográficos. Mesmo com toda a evolução noque diz respeito principalmente aos meios diagnósticos por imagem, ainda existemgrandes dificuldades no diagnóstico precoce. Objetivo: analisar o diagnóstico e o tratamento da apendicite aguda em crianças e adolescentes, atendidos em Hospital Universitário, entre janeiro de 2001 e janeiro de 2006. Pacientes e métodos: foram estudados 300 pacientes operados de apendicite aguda no Serviço de Cirurgia Geraldo Hospital Escola da Faculdade de Medicina de Itajubá avaliando-se aspectos epidemiológicos da apendicite aguda relacionados à faixa etária, gênero e procedência, os métodos diagnósticos utilizados e o resultado anatomopatológico da lesão. Resultados: encontrou-se maior incidência no sexo masculino, na faixa etária de oito a10 anos, com maior prevalência de sinais e sintomas do tipo descompressão brusca positiva, dor em fossa ilíaca direita, náuseas e/ou vômitos, respectivamente. A forma evolutiva mais prevalente no estudo foi apendicite aguda flegmonosa. Conclusões: considera-se que nenhum dado clínico, laboratorial ou de imagem confere 100 por cento de acurácia ao diagnóstico, sendo muito importante a elaboração cuidadosa da história clínica e exame físico dos pacientes.