RESUMO
ABSTRACT Objective To summarize current evidence regarding testosterone treatment for women with low sexual desire. Materials and methods The Female Endocrinology and Andrology Department of the Brazilian Society of Endocrinology and Metabolism invited nine experts to review the physiology of testosterone secretion and the use, misuse, and side effects of exogenous testosterone therapy in women, based on the available literature and guidelines and statements from international societies. Results Low sexual desire is a common complaint in clinical practice, especially in postmenopausal women, and may negatively interfere with quality of life. Testosterone seems to exert a positive effect on sexual desire in women with sexual dysfunction, despite a small magnitude of effect, a lack of long-term safety data, and insufficient evidence to make a broad recommendation for testosterone therapy. Furthermore, there are currently no testosterone formulations approved for women by the relevant regulatory agencies in the United States, Brazil, and most other countries, and testosterone formulations approved for men are not recommended for use by women. Conclusion Therefore, testosterone therapy might be considered if other strategies fail, but the risks and benefits must be discussed with the patient before prescription. Arch Endocrinol Metab. 2019;63(3):190-8
Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Adulto Jovem , Disfunções Sexuais Fisiológicas/tratamento farmacológico , Testosterona/uso terapêutico , Androgênios/uso terapêutico , Libido/efeitos dos fármacos , Sociedades Médicas , Testosterona/efeitos adversos , Testosterona/sangue , Guias de Prática Clínica como Assunto , Androgênios/efeitos adversos , Androgênios/sangueRESUMO
Embora o estrógeno já esteja disponível para venda há mais de seis décadas, as mulheres ainda permanecem confusas quanto ao risco e aos benefícios da terapia hormonal na menopausa (THM), terapia estrogênica isolada ou associada a progestágenos. A publicação de estudos controlados, randomizados, como o Heart and Estrogen/progestin Replacement Study (HERS) e Women’s Health Initiative (WHI), intensificou essa controvérsia risco/benefício. Milhares de mulheres são tratadas com THM para alívio dos sintomas menopausais, incluindo sintomas vasomotores e sudorese, principal indicação da estrogenoterapia. Outras podem persistir no tratamento na esperança de prevenir doenças crônicas. A manutenção da massa óssea e a prevenção de fraturas são efeitos do estrógeno já bem estabelecidos. Estudos observacionais dos efeitos metabólicos e vasculares do estrógeno sugerem um benefício em potencial na redução do risco de doenças vasculares, mas estudos randomizados e controlados não demonstraram nenhuma evidência de que a terapia hormonal pudesse beneficiar as mulheres com doença vascular previamente instalada ou em mulheres aparentemente saudáveis. O aumento do risco de câncer de mama e doença tromboembólica tem se confirmado nesses estudos. A incidência em números absolutos de efeitos adversos é baixa e o risco individual no primeiro ano de tratamento é muito baixo. Os riscos são cumulativos com o tempo de uso. A relação risco/benefício deve ser individualizada.
Although estrogen has been clinically available for more than six decades, women have been confused by different opinions regarding the risks and benefits of menopausal hormone therapy (HT), estrogen therapy (ET), and estrogen-progestin therapy (EPT). The publication of randomized controlled trials (RCTs), notably, the Heart and Estrogen/progestin Replacement Study (HERS) and Women’s Health Initiative (WHI), has intensified the risk vs. benefit controversy. Millions of women are treated with HT for relief of menopausal symptoms, including vasomotor flushes and sweats, for which estrogen is uniquely and highly effective. Others may continue longer-term treatment in the hope that HT will help to prevent chronic disease. The preservation of bone mass with continuing estrogen therapy and reduction of subsequent risk of fracture is well established. Observational studies of the metabolic and vascular effects of estrogens have suggested a potential benefit in reducing the risk of vascular disease, but recently published randomized controlled trials demonstrated no evidence of benefit in women with established vascular disease or in apparently healthy women. The increased risks of breast cancer and thromboembolic disease have been confirmed in these trials, with evidence of increased risk of stroke. The absolute incidence of an adverse event is low, and the risk of stroke in an individual woman in a single year is very small, but with long-term use, the risks are cumulative over time. The risk-benefit balance needs to be individualized for each woman.
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Ensaios Clínicos como Assunto , Terapia de Reposição de Estrogênios , Estrogênios/uso terapêutico , Menopausa/efeitos dos fármacos , Densidade Óssea/efeitos dos fármacos , Neoplasias Ósseas/induzido quimicamente , Terapia de Reposição de Estrogênios/efeitos adversos , Progestinas/uso terapêutico , Medição de Risco , Acidente Vascular Cerebral/tratamento farmacológico , Acidente Vascular Cerebral/etiologiaRESUMO
Embora a reposição estrogênica esteja disponível há mais de 6 décadas, as mulheres e mesmo os profissionais da saúde estão confusos pelas opiniões divergentes em relação aos riscos e benefícios da terapia hormonal na menopausa (THM), estrogênica (TE) ou estro-progestagênica (TEP). A principal indicação para terapêutica hormonal na menopausa é o alívio dos sintomas menopausais, tais como sintomas vasomotores, alterações gênito-urinárias e a prevenção de osteoporose nas pacientes de risco. Em outras áreas de pesquisa, principalmente ao que se refere aos efeitos nos sistemas cardiovasculares e nervoso central, os resultados atuais na literatura são conflitivos. O tratamento por mais de 5 anos não adiciona risco significativo para câncer de mama, mas diminui significativamente o risco de fratura osteoporótica. Algumas mulheres podem ser susceptíveis a risco tromboembólico precoce, mas quando a TH for adequada após avaliação individualizada, os benefícios superam os riscos e o tratamento deve ser recomendado. Estudos futuros são necessários para identificar novas indicações para TH e diminuir ou abolir seus riscos. A pesquisa clínica continua na identificação de fatores genéticos que possam influenciar a resposta individual à TH, diferentes formulações estrogênicas, diferentes vias de administração e liberação, além das opções de dose. Nas mulheres que apresentam os sintomas da síndrome climatérica de forma severa durante a peri e pós-menopausa já existem evidências conclusivas oriundas de vários estudos randomizados controlados de que a TH é a única terapia com resultados satisfatórios. Os médicos devem sempre fazer suas decisões terapêuticas com base nos riscos e benefícios individuais de cada paciente, tendo a responsabilidade e o dever de promover as condições para a mulher atravessar a transição menopáusica com qualidade de vida.
Although estrogen has been clinically available for more than 6 decades, women have been confused by different opinions regarding the risks and benefits of menopausal hormone therapy (HT), estrogen therapy (ET), and estrogen-progestin therapy (EPT). The main indication for HT use in postmenopausal women remains the relief of vasomotor symptoms and vulvovaginal atrophy, and is effective in the prevention of osteoporosis. In other areas of research, notably in cardiovascular and central nervous system effects, the recent literature has produced conflicting results. Treatment for up to 5 years does not add significantly to lifetime risk of breast cancer, but significantly decreases bone loss and risk of osteoporotic fractures. Some women may be susceptible to early thrombotic risk, but when appropriate HT is given after individual clinical evaluation, the benefits will far outweigh any potential risks and the treatment should be recommended. Clinical research continues into genetic factors influencing the response to ET/HT, different estrogen formulations, different modes of delivery and lower-dose options. Patients and clinicians should make treatment decisions on the basis of an individuals needs and risks, and should enhance a womans ability to undergo the menopausal transition with minimal disruption to her quality of life. In women experiencing distressing climacteric symptoms during the peri and postmenopause there is conclusive evidence from abundant randomized controlled trials that systemic hormone therapy (HT) of any type affords symptom relief, with no alternative treatment producing similar effect. Future research is needed to identify new indications for HRT and to diminish or abolish its potential risks.
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Idoso , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Terapia de Reposição de Estrogênios , Terapia de Reposição de Estrogênios/efeitos adversos , Osteoporose Pós-Menopausa/prevenção & controle , Progesterona/uso terapêutico , Progestinas/uso terapêutico , Fatores de RiscoRESUMO
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) afeta de 6 a 10 por cento das mulheres em idade reprodutiva. Resistência à insulina e hiperinsulinemia estão presentes em praticamente todas as pacientes com SOP e desempenham papel central no desenvolvimento tanto do hiperandrogenismo como da síndrome metabólica (SM). SM ocorre em aproximadamente 43 por cento das pacientes com SOP, elevando em até sete vezes o risco de doença cardiovascular nestas pacientes. Vários marcadores séricos, funcionais e estruturais de disfunção endotelial e de aterosclerose subclínica foram descritos em pacientes com SOP, mesmo nas jovens e não-obesas. Entretanto, embora a SOP afete adversamente o perfil cardiovascular, estudos a longo prazo não demonstraram consistentemente aumento da mortalidade cardiovascular, a qual parece ser mais observada no período da pós-menopausa. Recentemente, os anticoncepcionais orais estão sendo substituídos pelos agentes sensibilizadores de insulina (metformina e glitazonas) no tratamento da SOP, devido aos seus efeitos sobre a resistência à insulina e o risco cardiovascular.
The Polycystic Ovary Syndrome (PCOS) affects 6 to 10 percent of women of childbearing age. Insulin resistance and hyperinsulinemia are present in nearly all PCOS patients and play a central role in the development of both hyperandrogenism and metabolic syndrome (MS). MS occurs in approximately 43 percent of PCOS patients, raising the cardiovascular risk to up seven fold in these patients. Several serum, functional and structural markers of endothelial dysfunction and subclinical atherosclerosis were described in PCOS patients, even those young and non-obese. However, despite the fact that PCOS adversely affects the cardiovascular profile, long-term studies did not demonstrate a consistent raise in cardiovascular mortality, which seems to be more observed in the post-menopausal period. Recently, oral contraceptives are being substituted for insulin sensitizing agents (metformin and glitazones) in the PCOS treatment, due to their effects on insulin resistance and cardiovascular risk.
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Humanos , Feminino , Doenças Cardiovasculares/etiologia , Síndrome Metabólica/complicações , Síndrome do Ovário Policístico/complicações , Aterosclerose/etiologia , Hiperandrogenismo/etiologia , Inflamação , Síndrome do Ovário Policístico/terapia , Fatores de RiscoRESUMO
O objetivo deste trabalho foi Avaliar o uso do nível sérico de sulfato de desidroepiandrosterona como teste de triagem para as formas de início tardioda hiperplasia congênita da supra-renal. Foram selecionadas 14 mulheres hirsutas com níveis séricos elevadosde sulfato de desidroepiandrosterona, 17 mulheres hirsutas com níveis normais de sulfato de desidroepiandrosterona e 12 mulheresovulatórias não-hirsutas. Foram coletadas amostras de sangueantes do teste de estímulo com o hormônio adrenocorticotrófico euma hora após o teste. Os níveis séricos de sulfato de desidroepiandrosterona foram dosados antes do teste de estímulo com o hormônio adrenocorticotrófico. Os níveis séricos de 17- hidroxiprogesterona, composto S, 17-hidroxipregnenolona,desidroepiandrosterona, androstenediona e cortisol foram dosados uma hora após o teste de estímulo com o hormônio adrenocorticotrófico. Duas mulheres hirsutas comníveis séricos elevados de sulfato de desidroepiandrosterona preenchiam o critério para a hiperplasia congênita da supra-renal devido a deficiência da 21-hidroxilase, isto é, nível sérico de 17-hidroxiprogesterona >1000 ng/dL após o teste de estímulo com o hormônio adrenocorticotrófico. Nenhuma mulher hirsuta tinha deficiência da 11b-hidroxilase ou da 3b-hidroxiesteróidedesidrogenase. O nível sérico de sulfato de desidroepiandrosterona é útil como teste de triagem para as formas de início tardio da hiperplasia congênita da supra-renal. Os níveis séricos elevados de sulfato de desidroepiandrosterona não significam necessariamente um defeito enzimático da supra-renal,enquanto o nível normal exclui a possibilidade da forma de início tardio da hiperplasia congênita da supra-renal.
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Humanos , Feminino , Hiperplasia Suprarrenal Congênita , Desidroepiandrosterona , HirsutismoRESUMO
Após os estudos clínicos randomizados produzirem impacto e questionamentos sobre terapia hormonal da menopausa (THM) na comunidade médica, o Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da SBEM reuniu um grupo de especialistas para formular um documento informativo, crítico e de posicionamento que pudesse servir de orientação aos que praticam ou opinam sobre tratamento da menopausa. THM está indicada para alívio dos sintomas motores, conservação do trofismo vaginal, preservação de massa óssea e colágeno, melhora do bem estar e sexualidade. Os estudos sobre prevenção cardiovascular primária não são conclusivos, portanto insuficientes para indicar ou deixar de indicar THM com este objetivo. Esquemas e tipos de associação devem ser individualizados. Sempre que possível deve-se optar pelas menores doses eficazes de 17-beta estradiol, associado a progesterona natural ou seus derivados nas mulheres com útero. A duração do tratamento é vinculada a seus objetivos, devendo ser reavaliada periodicamente através de um balanço individual entre indicação e contra-indicação. Orientação quanto a um estilo de vida mais saudável, com eliminação de tabagismo, alimentação adequada em cálcio e pobre em gorduras e atividade física regular são fundamentais como cuidados associados durante a menopausa.
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Humanos , Feminino , Terapia de Reposição Hormonal/normas , Menopausa/fisiologia , Sociedades Médicas , Brasil , Procedimentos Clínicos , Endocrinologia/normas , Estudos Epidemiológicos , Terapia de Reposição de Estrogênios , Saúde da MulherRESUMO
Para avaliar a utilidade dos fitoestrogênios (FE) na terapia de reposição hormonal da menopausa (TRHM), o Departamento de Endocrinologia Feminina da SBEM reuniu um grupo de especialistas para fazer uma revisão bibliográfica e selecionar trabalhos nos quais a metodologia adotada demonstrasse rigor científico. Os FE têm ações estrogênicas e antiestrogênicas, predominantemente sobre os receptores de estrogênios (E) ß, com potência estrogênica muito inferior à do estradiol. O conteúdo de FE nas suas fontes vegetais é variável, dependendo da forma de cultivo, safra, armazenamento e industrialização. Também a conversão dos precursores em fitormõnios ativos no organismo humano tem grande variabilidade individual. A maior parte das pesquisas com FE é realizada in vitro ou com animais de laboratório, nem sempre podendo ser extrapoladas para humanos. Com relação à síndrome do climatério, alguns estudos sugerem discreta melhora dos fogachos, sem modificação do ressecamento vaginal ou das alterações do humor. No metabolismo lipídico, alimentação rica em soja, mas não isoflavonas isoladamente, promove redução do colesterol total, do LDL-col e dos triglicerídeos, mas não elevam o HDL-col, como os E, e podem causar aumento da lipoproteína (a), que os E contribuem para diminuir. Embora alguns estudos de curta duração sugiram aumento da densidade mineral óssea com uso de isoflavonas, não há demonstração de redução de fraturas. Conclui-se que não há evidências convincentes que justifiquem o uso de FE ou alimentação rica em soja como alternativa para a TRHM.
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Humanos , Feminino , Endocrinologia , Isoflavonas , Sociedades Médicas , Glycine max , Terapia de Reposição de Estrogênios/métodos , IsoflavonasRESUMO
O propósito desta revisäo é focalizar o exercício como modulador da reproduçäo humana, resumir e integrar os dados atuais referentes ao eixo hipotálamo-hipófise-gonadal na mulher atleta. A prevalência de disfunçäo menstrual, tal como fase lútea deficiente, oligomenorréia, amenorréia e retardo puberal, é maior entre o grupo de mulheres atletas quando comparado à populaçäo geral. Vários fatores podem predispor e contribuir para o desenvolvimento das irregularidades menstruais durante o programa de atividade física, sendo considerados fatores de risco, entre eles, baixo peso, teor de gordura corporal e estados hipoestrogênicos. O hipoestrogenismo pode afetar o pico de massa óssea na puberdade e acarretar perda óssea prematura irreversível. O artigo revisa os efeitos fisiológicos do treinamento físico nos vários sistemas endócrinos e aborda informaçöes clínicas a respeito dos distúrbios hormonais específicos da mulher atleta.
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Humanos , Feminino , Exercício Físico/fisiologia , Hormônios/metabolismo , Amenorreia/metabolismo , Anovulação/metabolismo , Corpo Lúteo/fisiopatologia , Puberdade Precoce/metabolismo , Reprodução/fisiologia , Sistema Hipotálamo-Hipofisário/metabolismoRESUMO
Objetivo: investigar os efeitos do treinamento de corridas de longas distâncias no ciclo mestrual, densidade óssea, composiçäo corporal e potência aeróbica. Métodos: 17 mulheres, 9 corredoras, e 8 näo praticantes de atividade física regular (grupo-controle), foram submetidas ao seguinte protocolo: 1) dosagem séricas de estradiol, progesterona e prolactina; 2) densidade óssea de coluna (DO col) e fêmur (DO fem); 3) massa magra, gordura corporal e porcentagem de gordura; 4) teste ergoespirométrico máximo, em esteira rolante, para determinar o consumo máximo de oxigênio (VO2 max) e limiar anaeróbico (LA); 5) monitorizaçäo da freqüência cardíaca de treinamento nas corredoras. Resultados: todas as mulheres, corredoras e grupo-controle eram eumenorréicas, näo sendo obervadas diferenças em níveis séricos de estradiol, progesterona e prolactina. A densidade óssea foi maior (p<0,05) nas corredoras do que no grupo-controle (DO col 1,27ñ0,09 vs 1,17 ñ0,08g/cm2 e DOfem 1,05 ñ0,18 vs 0,88 ñ 0,06g/cm2). A massa magra foi maior (p<0,01) nas corredoras que no grupo-controle (41,32 ñ 3,41 vs 36,36 ñ 3,48kg), a gordura corporal e porcentagem de gordura foram maiores (p<0,01) nas mulheres que näo praticavam exercícios, em relaçäo às corredoras (20,42 ñ 6,10 vs 9,87 ñ 4,35 kg e 35,40 ñ 6,07 vs 18,83 ñ 7,14 por cento). O consumo máximo de oxigênio e o limiar anaeróbico foram maiores (p<0,01) nas corredoras do que nas mulheres do grupo-controle (VO2 max 55,18 ñ 3,57 vs 37,01 ñ 3,31 mL/kgmin, LA 44,42 ñ 3,84 vs 20,92 ñ 3,76 mL/kg/min). As corredoras treinavam 68,89 km/semana ( 50 - 100); durante os treinamentos, a freqüência cardíaca era abaixo do limiar anaeróbico, intensidade média de 92,10 por cento LA (88,68-97,17). Conclusäo: os resultados sugerem que, apesar das grandes distâncias pecorridas, o treinamento em intensidade, abaixo do limiar anaeróbio, de todas as corredoras contribuiu para importantes benefícios fisiológicos, sem nenhum prejuízo funcional.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Densidade Óssea , Exercício Físico , Ciclo Menstrual , Educação Física e Treinamento , Esportes , MulheresRESUMO
Objetivos: testar a atividade supra-renal por meio de um estímulo potente sobre sua camada reticular com o intuito de aferir a atividade da 3b-hidroxiesteróide desidrogenase (3β-HSD) e da 21-hidroxilase (21 OH). Métodos: concentrações plasmáticas de 17αOH-pregnenolona, 17αOH-progesterona, cortisol, progesterona, androstenediona, deidroepiandrosterona (DHEA), sulfato de deidroepiandrosterona (SDHEA) e testosterona livre foram determinadas em 39 mulheres, sendo 13 normais (2 utilizadas como piloto) e 26 com hirsutismo idiopático nos tempos 0, 12 e 24 horas após injeção de ACTH-depot. Resultados: entre as mulheres hirsutas, identificamos respostas que permitem indicar qualquer bloqueio nas diversas etapas da esteroidogênese, conduzindo ao diagnóstico de função supra-renal diminuída em graus leve / moderado. As concentrações de 17αOH-pregnenolona partiram de 2,0 para 24,6 ng/mL, as de cortisol aumentaram de 2,1 para 45,3 e 38,4 ug/dL, as de 17αOH-progesterona sofreram incremento de 50,7 para 346 e 218 ng/dL e os níveis de progesterona se elevaram de 0,3 para 4,4 e 2,2 ng/mL. Entre os hormônios da camada reticular verificamos aumento do SDHEA de 274,7 para 495,5 e 505,8 ng/dL, os de androstenediona de 1,1 para 4,0 e 4,5 ng/mL, os de testosterona livre de 1,3 para 1,8 e 2,7 pg/mL e os de DHEA de 2,4 para 4,7 e 8,5 ng/mL. Na avaliação individualizada uma paciente revelou defeito de 3β-HSD e duas outras, provável defeito de 21 OH. Conclusões: estes achados sugerem que o teste com ACTH-depot pode ser utilizado para excluir a supra-renal como possível fonte hiperandrogênica em mulheres com hirsutismo, com ou sem anovulação crônica
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Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Hiperplasia Suprarrenal Congênita , HirsutismoRESUMO
A osteoporose é uma doença que acomete milhões de pacientes no mundo inteiro, levando a complicações muitas vezes graves e até ao óbito. A prevenção e o diagnóstico precoce se fazem necessários para o sucesso da terapêutica, porém existem doenças que podem cursar concomitantemente. O hiperparatiroidismo primário é um diagnóstico que deve ser lembrado em mulheres na pós-menopausa.
Assuntos
Humanos , Masculino , Idoso , Hiperparatireoidismo , Osteoporose Pós-MenopausaRESUMO
CONTEXT: The menopause accelerates bone loss and is associated with an increased bone turnover. Bone formation may be evaluated by several biochemical markers. However, the establishment of an accurate marker for bone resorption has been more difficult to achieve. OBJECTIVE: To study the effect of hormone replacement therapy (HRT) on bone mass and on the markers of bone resorption: urinary excretion of pyridinoline and deoxypyridinoline. DESIGN: Cohort correlational study. SETTING: Academic referral center. SAMPLE: 53 post-menopausal women, aged 48-58 years. MAIN MEASUREMENTS: Urinary pyr and d-pyr were measured in fasting urine samples by spectrofluorometry after high performance liquid chromatography and corrected for creatinine excretion measured before treatment and after 1, 2, 4 and 12 months. Bone mineral density (BMD) was measured by dual energy X-ray absorptiometry (DEXA) before treatment and after 12 months of HRT. RESULTS: The BMD after HRT was about 4.7 percent (P < 0.0004); 2 percent (P < 0.002); and 3 percent (P < 0.01) higher than the basal values in lumbar spine, neck and trochanter respectively. There were no significant correlations between pyridinium cross-links and age, weight, menopause duration and BMD. The decrease in pyr and d-pyr was progressive after HRT, reaching 28.9 percent (P < 0.0002), and 42 percent (P < 0.0002) respectively after 1 year. CONCLUSIONS: Urinary pyridinoline and deoxypyridinoline excretion decreases early in hormone replacement therapy, reflecting a decrease in the bone resorption rate, and no correlation was observed with the bone mass evaluated by densitometry
Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Osso e Ossos/efeitos dos fármacos , Reabsorção Óssea/metabolismo , Densidade Óssea/efeitos dos fármacos , Terapia de Reposição Hormonal , Aminoácidos/urina , Reabsorção Óssea/urina , Menopausa/efeitos dos fármacos , Biomarcadores/urina , Absorciometria de Fóton , Estudos de Coortes , Anticoncepcionais Orais Sintéticos/uso terapêutico , Estradiol/uso terapêutico , Medroxiprogesterona/uso terapêuticoRESUMO
Os benefícios da terapia de reposição hormonal na prevenção e tratamento da osteoporose já são amplamente reconhecidos. Esta revisão tem por objetivo abordar os principais efeitos, mecanismos de ação e indicações dos principais esteróides utilizados na osteoporose da pós menopausa.
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Humanos , Feminino , Androgênios/uso terapêutico , Estrogênios/uso terapêutico , Terapia de Reposição Hormonal , Osteoporose Pós-Menopausa/prevenção & controle , Estrogênios/administração & dosagemRESUMO
Objective: To evaluate clinically, and with laboratory, tests, women with polycystic ovary syndrome (PCO). Patients: One hundred and twelve women with PCO were studied. Methods: The following data was recorded: Current age; age at menarche; menstrual irregularity, occurrence of similar cases in the family; fertility, obstetric history; body mass index (BMI); and presence of hirsutism. Serum measurements of follicle stimulating hormone (FSH), luteinizing hormone (LH), prolactin, free testosterone, and dehydroepiandrosterone sulfate were taken. Results: All patients presented either oligomenorrhea (31 percent), periods of secondary amenorrhea (9 percent), or both alterations (60 percent). The majority of the patients were infertile (75.6 percent). The LH/FSH ratio was higher than 2:1 in 55 percent of the patients and higher than 3:1 in 26.2 percent. The ultrasonographic aspect of the ovaries was considered to be normal in 31 percent. Conclusion: The main clinical feature of the PCO is the irregularity of menses since menarche, and that the laboratory tests would be important to exclude other disorders such as hyperprolactinemia or hyperandrogenemia caused by late-onset congenital adrenal hyperplasia.
Assuntos
Adulto , Humanos , Feminino , Adolescente , Síndrome do Ovário Policístico/diagnóstico , Oligomenorreia/diagnóstico , Estudos Retrospectivos , Técnicas de Laboratório Clínico , Amenorreia/diagnósticoRESUMO
Um pseudohermafrodita masculino de 14 anos de idade apresentou-se com hipertensäo sistêmica e hipocalemia. Níveis plasmáticos de progesterona, deoxicorticosterona, corticosterona, 18-hidroxicorticosterona e 18-hidroxideoxicorticosterona encontravam-se elevados, enquanto os de cortisol, aldosterona e de andrógenos estavam todos reduzidos. Estímulo com ACTH produziu incrementos adicionais nos níveis dos esteróides já elevados mas näo nos de cortisol, aldosterona e andrógenos. Supressäo aguda e prolongada (1 mês) do ACTH endógeno com dexametasona normalizaram os níveis plasmáticos dos esteróides elevados. Estímulo postural näo elevou significativamente os níveis de aldosterona. Estruturas gonadais removidas durante cirurgia revelaram testículos com espessamento da túnica albugínea e atrofia dos túbulos seminíferos. A terapia de reposiçäo prolongada (6 meses) com glicocorticóides e estrógenos normalizou a pressäo sanguínea e os níveis séricos de potássio, e produziu um desenvolvimento mamário adequado.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adolescente , Hiperplasia Suprarrenal Congênita/etiologia , Transtornos do Desenvolvimento Sexual , Hipertensão/etiologia , Hipopotassemia/etiologia , Esteroide 17-alfa-Hidroxilase/deficiência , Hormônio Adrenocorticotrópico/uso terapêutico , Transtornos do Desenvolvimento Sexual/patologia , Estrogênios/uso terapêutico , Glucocorticoides/uso terapêutico , Hipertensão/tratamento farmacológico , Hipopotassemia/tratamento farmacológicoAssuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Estrogênios/uso terapêutico , Terapia de Reposição de Estrogênios , Climatério , Estrogênios/administração & dosagem , Menopausa , Osteoporose Pós-Menopausa/fisiopatologia , Osteoporose Pós-Menopausa/prevenção & controle , Terapia de Reposição de Estrogênios/efeitos adversosRESUMO
A sindrome dos ovarios policisticos(SOP) e o resultado deuma heterogeneidade de disturbios que, fundamentalmente,elevam a concentracao intra-ovariana de androgenios. Embora a anovulacao, o hirsutismo, a obesidade, e os ovarios com multiplos cistos sejam considerados as manifestacoes classicas dadoenca, ela pode ser encontrada com um espectro variado de achados clinicos, laboratoriais e etiopatogenicos.
Assuntos
Síndrome do Ovário Policístico/diagnóstico , Síndrome do Ovário Policístico/patologia , Síndrome do Ovário Policístico/terapiaRESUMO
A HAC, distúrbio familiar na esteroidogênese do córtex adrenal, resulta da deficiência de enzimas necessárias para a síntese normal de esteróides. Há excesso dos precursores de cortisol, com hiperandrogenismo e também alteraçöes menstruais, hisustismo e esterilidade na mulher. A deficiência da enzima 21-OHD abrange 90% das causas de HAC. Dentre as diversas formas descritas, a forma clássica é a mais freqüentemente associada a esterilidade e distúrbios menstruais. Gravidez a termo, nessas pacientes, é muito rara. Cerca de 90% dos casos relatados dizem respeito a forma tardia ou atenuada da doença, em que as alteraçöes säo menos graves. Relatamos dois casos de pacientes portadores de HAC por 21-OHD, forma clássica virilizante simples, que tiveram gestaçäo a termo, com recém-nascidos normais. Ambas usavam corticoterapia desde a infância e submeteram-se a correçäo da genitália com neovagina na puberdade