RESUMO
O objetivo deste estudo é analisar a evolução de crianças portadoras de fraturas diafisárias do fêmur tratadas conservadoramente, avaliando-se as complicações clínicas e radiográficas, as alterações emocionais e a estimativa dos custos desse tratamento. Foram avaliados 32 pacientes com idades entre seis e 16 anos, atendidos no período de janeiro de 1995 a agosto de 2001. Neste grupo seis eram do sexo feminino e 26 do sexo masculino, com média de idade de oito anos e cinco meses. Dezesseis pacientes foram reavaliados, com um tempo médio de seguimento de 42,2 meses. Nestes, foram observadas dez deformidades angulares e nove discrepâncias dos membros inferiores. Na avaliação psicológica, 15 referiram ansiedade e limitação da vida social durante o tratamento e dois perderam o ano letivo. Onze famílias relataram dificuldades para cuidar da criança, na fase domiciliar do tratamento. Na análise dos custos do tratamento com tração seguida por gesso foi 22,5 por cento mais oneroso que o cirúrgico com hastes intramedulares flexíveis. Embora os resultados clínicos tenham sido satisfatórios, permitindo o rápido retorno às atividades normais, o tratamento incruento mostrou-se mais oneroso que outras formas de tratamento disponíveis e pode desencadear alterações emocionais na criança e para a família.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Fraturas do Fêmur/complicações , Fraturas do Fêmur/diagnóstico , Fraturas do Fêmur/economia , Fraturas do Fêmur/reabilitação , Traumatologia , Tração/efeitos adversos , Fraturas do Fêmur/psicologia , Inquéritos e Questionários , Restrição Física , Traumatologia/estatística & dados numéricosRESUMO
As deformidades angulares congênitas da tíbia constituem-se basicamente de duas afecções com evoluções e prognosticos distintos. Segundo o eixo da angulação, podem ser divididas em ântero-laterais e p¢stero-mediais. Os autores avaliaram 33 pacientes portadores dessas deformidades com o objetivo de averiguar a tendência de prognostico e, para isso, dividiram os pacientes em dois grupos. No grupo A, formado por 20 portadores de deformidade ântero-lateral da tíbia, constataram que 14 pacientes tinham evoluído para pseudartrose. A neurofibromatose esteve associada em sete pacientes (35 por cento do total) e, dentre estes, quatro eram portadores de pseudartrose. No grupo B, constituído por 13 portadores de deformidades p¢stero-mediais, constatou-se a tendência à correção espontânea da angulação, persistindo o encurtamento, que na média foi de 2,3cm. A análise desses dois grupos de pacientes confirmou as diferenças significativas quanto ao curso evolutivo. Seu conhecimento é fundamental para o estabelecimento da conduta a ser adotada em cada uma das formas de apresentação.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Pseudoartrose , TíbiaRESUMO
Nas ultimas duas decadas, autores tem apresentado bons resultados com a fixação primaria das fraturas diafisarias do femur na criança. Neste estudo são relatados os resultados obtidos com o emprego das hastes elasticas de titanio no tratamento de oito fraturas diafisarias de femur, em oito crianças. As idades dos pacientes variaram entre oito e 12 anos, sendo na maioria fraturas istmicas e de traços transversos. Nos resultados, ainda que preliminares, ressaltam-se a redução significativa no per¡odo de internamento, a possibilidade de apoio e mobilização articular precoces, ausencia de complicações maiores a curto e médio prazo. Os autores concluem, apesar do pequeno número de pacientes e do curto periodo de seguimento, que a técnica tem vantagens em relação aos métodos convencionais, principamente em relação à facilidade de manuseio do material, a liberação precoce para os movimentos e carga, e ao baixo custo final do procedimento
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Fixação Interna de Fraturas , Fraturas do Fêmur/cirurgia , Fraturas do Fêmur , Resultado do TratamentoRESUMO
A epifisiólise é uma afecção caracterizada pelo "enfraquecimento" da placa de crescimento, que propicia o escorregamento epifisário proximal do fêmur (EEPF) em relação ao colo. Os autores apresentam uma nova incidência radiográfica nesses quadris, idealizada por José Carlos Lopes Prado. O paciente é posicionado em decúbito ventral, com o quadril hiperestendido e a direção do feixe de raios X se faz de posterior para anterior. Com isso, conseguem comprovar que a epífise nos casos de escorregamentos crônicos progressivos escorrega quase exclusivamente para posterior e perpendicularmente ao grau de anteversão do colo femoral. O conhecimento e a utilização desta técnica têm implicação direta no adequado planejamento terapêutico das epifisiolisteses.