RESUMO
As Vilas Rurais implantadas no Paraná, constituíram-se em experiência pioneira de assentamento rural no Brasil para proporcionarem moradia e trabalho com assistência técnica. Este trabalho, realizado entre fevereiro/2001 e fevereiro/2003, teve como objetivo verificar a ocorrência de enteroparasitismo e promover atividades de educação sanitária para a população de três vilas. Foram realizados exames coproparasitológicos pelos métodos de Hoffman e Faust, tratamento e controle de cura dos indivíduos parasitados, atividades de educação sanitária e treinamento de uma equipe de agentes multiplicadores. Enterobius vermicularis, ancilostomídeos e Giardia lamblia foram os parasitas mais prevalentes juntamente com o comensal Entamoeba coli. A avaliação do conhecimento sobre saúde, realizada antes e após a aplicação de educação sanitária, mostrou uma apropriação do conhecimento de até 74,5 por cento. Neste trabalho constatou-se que, apesar dessas comunidades estarem oficialmente estabelecidas, há escassez de programas voltados à área de saúde para os moradores das Vilas Rurais, comprometendo seu crescimento e sustentabilidade
Assuntos
Humanos , Doenças Parasitárias/epidemiologia , Doenças Parasitárias/prevenção & controle , Educação em Saúde/estatística & dados numéricos , Educação em Saúde/normas , Educação em SaúdeRESUMO
A educaçäo em saúde deve fundamentar-se no próprio meio em que o indivíduo vive. Pessoas que pertencem a comunidade podem tornar-se peças-chave para a consolidaçäo de campanhas de esclarecimento e prevençäo de doenças infecciosas e parasitárias. Objetivando uma facilitaçäo de aprendizagem de conhecimentos específicos na área de saúde e com a finalidade de estimular profissionais da área de ensino, saúde e líderes comunitärios a se tornarem agentes multiplicadores, foram ministrados 12 cursos teórico-práticos de 30 horas/aula cada. Descreve-se aqui a forma de conduçäo do processo educativo escolha da populaçäo-alvo, análise da situaçäo, estratégias didáticas adotadas e produçäo de material instrucional. Acredita-se que as próprias comunidades possam desenvolver a longo praz, através da monitoraçäo de agentes multiplicadores, uma consciência crítica que promova melhorias na qualidade de vida da populaçäo e que leve a prática efetiva da cidadania
Assuntos
Humanos , Agentes Comunitários de Saúde/educação , Doenças Parasitárias/prevenção & controle , Educação em SaúdeRESUMO
Poucos trabalhos têm avaliado a contaminaçäo de hortaliças nos locais de produçäo, no Brasil. De abril de 1996 a dezembro de 1997, investigou-se as condiçöes sanitárias de hortaliças consumidas cruas, vendidas na Feira do Produtor de Maringá. Para isso, analisou-se a contaminaçäo de hortaliças, de produtores (fezes e depósito subungueal) e da água utilizada na irrigaçäo. Observou-se que 16,6 por cento das 144 amostras de cinco diferentes hortaliças estavam contaminadas por enteroparasitas. De 163 indivíduos analisados, 43 (26 por cento) apresentaram um ou mais parasitas. Só 3 depósitos subungueais foram positivos para enteroparasitas entre os 49 analisados. O resultado da análise de amostras de água utilizadas na irrigaçäo das hortaliças näo satisfez os padröes bacteriológicos de potabilidade. Conclui-se que, na regiäo investigada, a contaminaçäo de hortaliças se deu na fase de produçäo e que é necessário uma campanha de esclarecimento aos produtores
Assuntos
Humanos , Eucariotos , Parasitologia de Alimentos , Helmintos , Plantas/parasitologia , Produção Agrícola , Águas Residuárias , Allium/parasitologia , Cichorium intybus/parasitologia , Fezes/parasitologia , Contaminação de Alimentos , Lactuca/parasitologia , Nasturtium aquaticum , Petroselinum sativum , PrevalênciaRESUMO
Em três comunidades do noroeste do Paraná ditas como área rural (municípios de Terra Boa e Jussara), periferia de cidade (Maringá) e cortiço (Sarandi) foi determinada a prevalência de enteroparasitas em escolares de 1ª a 5ª séries. Os escolares parasitados recebem quimioterápico específico. Na tentativa de estimular ações comunitárias de controle de verminoses, vários segmentos dessas comunidades foram envolvidos. Através de palestras, debates, cursos e produção de material bibliográfico tentou-se conscientizar professores, profissionais de saúde e lideranças locais. Aos escolares e seus responsáveis foram oferecidas atividades, tais como: feiras de saúde, teatros, maquetes, cartazes, fantoches e diversas brincadeiras que se repetiam quinzenalmente. As lideranças, principalmente políticos, foram os mais refratários as atividades conscientizadoras. Observou-se pelas reuniões que os professores, escolares e seus familiares se sentiam alertados para o problema das enteroparasitoses e para a importância de dar continuidade às medidas de controle.