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1.
Saúde Soc ; 19(supl.2): 109-120, dez. 2010. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-574955

RESUMO

INTRODUÇÃO: A epidemia de aids atinge com maior intensidade os grupos mais vulneráveis. As tendências de interiorização, pauperização e feminização demonstram que a população negra se encontra em desvantagem social no que se refere à construção de respostas de enfrentamento. OBJETIVO: Descrever as condições de acesso da população negra ao diagnóstico e à assistência para DST, HIV/aids. MÉTODOS: Estudo transversal com 218 sujeitos maiores de 18 anos com vida sexual ativa em 11 comunidades quilombolas. RESULTADOS: 75 por cento utilizam os serviços públicos na atenção básica. Antecedentes de sinais e sintomas de DST foram relatados por 10 por cento dos entrevistados e a maioria procurou o serviço público de saúde. A testagem para HIV foi realizada por 22 por cento. O serviço público não especializado foi utilizado por 73 por cento. As mulheres que referiram sinais e sintomas de DST procuraram o serviço público e realizaram o teste para HIV com maior frequência que os homens. Houve uma maior percepção de dificuldades de atendimento, busca de assistência no serviço privado e testagem mais frequente entre os mais jovens. Pessoas negras perceberam maior dificuldade no atendimento, maior relato de sinais e sintomas de DST e maior frequência de automedicação quando comparadas às não negras. Contudo, a avaliação do serviço foi considerada ótima/boa por 45 por cento. Entre pessoas não negras houve maior procura pelo serviço público. CONCLUSÃO: O estudo reafirma a necessidade de políticas públicas voltadas aos segmentos mais vulneráveis. É importante ressaltar a necessidade da capacitação das equipes do PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde) e PSF (Programa Saúde da Família) pela sua relevância na assistência dessas comunidades.


INTRODUCTION: The AIDS epidemic affects vulnerable groups with more intensity. Tendencies show that countryside territories, poor populations and female patients are vulnerable; thus, the black population find themselves in social disadvantage regarding the construction of coping responses. OBJECTIVES: To describe the black population's conditions of access to HIV/AIDS and STD diagnosis and assistance, and the use of healthcare services in such context. METHODS: Cross-sectional epidemiological study with a sample of 218 sexually active adults, living in 11 different quilombos (hiding places of runaway slaves) in Brazil. RESULTS: 75 percent said they use public primary care services. Previous symptoms of STD were reported by 10 percent of the interviewees, and most of them said they contacted the public healthcare service (70 percent). HIV testing was performed by 22 percent of the subjects. The public non-specialized healthcare service was used by 73 percent of the interviewees. Among the participants who reported previous symptons of STD, women went to the public healthcare service and performed the HIV testing with higher frequency than men. Young people had greater perception of assistance difficulties, and they also searched more for assistance in the private healthcare services and performed testing more frequently. Black people perceived greater difficulty in receiving assistance, reported previous symptoms of STD with higher frequency, and resorted to self-medication more often when compared to non-black individuals. However, service ratings were considered good/great by 45 percent of the participants. Non-black people claimed to seek for public services more frequently than the other subjects. CONCLUSION: The study highlights the necessity of public policies targeted at the most vulnerable segments of population. It is important to mention the need to train the medical teams of Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS - Health Community Agents Program) and Programa Saúde da Família (PSF - Family Health Program), due to their relevance in the assistance provided for these communities.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Atenção Primária à Saúde , Infecções Sexualmente Transmissíveis , HIV , Saúde das Minorias Étnicas , Quilombolas , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Estudos Transversais
2.
Comun. ciênc. saúde ; 19(1): 25-34, jan.-mar. 2008. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-498642

RESUMO

Introdução: Estudos sobre o uso dos serviços de saúde por parte de homens que fazem sexo com homens (HSH) são importantes por causa da vulnerabilidade deste segmento em razão do preconceito e discriminação. Objetivo: Definir o perfil e as motivações de uso dos serviços de diagnósticoe tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, testagem para HIV e aquisição do preservativo por homens que fazem sexo com homens, no Distrito Federal. Métodos: Estudo transversal realizado em 2003, em locais de lazer, mediante entrevistas individuais usando questionário estruturado e quatro grupos focais. A amostra foi composta de 465 homens, com idade mínima de 18 anos. Resultados: Dos entrevistados, 7,5% afirmaram ter apresentado algum sintoma de doença sexualmente transmissível nos últimos seis meses. Dentre os que tiveram sintomas, 66% disseram ter procurado serviços de saúde, a maioria privados, apenas 8,6%, os públicos e 17,1% “não fez nada”. Quanto à testagem para HIV, 70,3% afirmaram já ter realizado o teste, variando o número de vezes de 1 a 40 (média = 3,5; mediana 2 exames por indivíduo). Observou-se a prática de realização do teste, após relações sem proteção; o teste devolveria a tranqüilidade após tais xposições em pessoas que conhecem o risco. No contexto da testagem, o aconselhamento nem sempre foi visto como importante. Homens mais jovens declararam adquirir o preservativo com maior freqüência em locais de encontros gays, em eventos e em organizações não-governamentais. Conclusão: Constatou-se pouco uso dos serviços públicos para consultas por sintomas de doenças sexualmente transmissíveis e para aquisição de insumos de prevenção. Houve maior uso dos serviços para testagem de HIV.


Introduction: Research about health care services use by men who have sex with men (MSM) is relevant due to their special conditions of vulnerability, prejudice and discrimination. Objective: To study the use of health services for STD diagnosis and treatment and its motivations, HIV testing and condom acquisition by MSM in the Federal District of Brazil. Methods: We conducted a cross-sectional study, at leisure venues in 2003. The sample involved 465 MSM, aged 18 or more, by means of individual interviews based on a structured questionnaire. We also conducted four focus group interviews. Results: Among participants, 7.5% reported symptoms of STD within the previous 6 months. Among those who reported symptoms, 66% looked for health care services, most of them private clinics and only 8.7% public health services; 17.1% reported “doing nothing”. Regarding HIV serological testing, 70.3% reported having been tested; the number of tests varied from 1 to 40 (means = 3.5; median 2 tests per person); we observed HIV testing after risk taking behavior and unprotected sex; testing would have a calmative effect on people who know the risks. Testing counseling was seldom regarded as necessary. Younger men acquired condoms more frequently at gay meeting places, at parties or parades, or at NGOs. Conclusion: Public health services are used with low frequency for STD symptoms and for condom acquisition. They are used more frequently for HIV testing.


Assuntos
Humanos , Masculino , Serviços de Saúde , HIV , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/prevenção & controle , Comportamento Sexual
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