RESUMO
OBJETIVO: Verificar a reprodutibilidade teste-reteste do teste de uma repetição máxima (1RM) no exercício de puxada pela frente. MÉTODOS: 26 homens adultos saudáveis e ativos (25 ± 3 anos, 76,8 ± 9,86kg, 177 ± 5,3cm, 12,5 ± 4,25 por cento de gordura) assinaram consentimento antes de participar deste estudo. A coleta de dados foi feita em dois dias, separados por 48-72 horas. No primeiro dia, foram coletados dados antropométricos e o teste de 1RM progressivo foi realizado. Em cada tentativa, cargas progressivas de 5kg eram acrescidas até que ocorresse uma falha, quando então a carga era reduzida em três quilos e uma nova tentativa era realizada. Foram respeitados cinco minutos de intervalo entre as tentativas. No segundo dia, o teste de 1RM era repetido seguindo o mesmo protocolo. As cargas máximas dos dois dias foram comparadas utilizando o teste t pareado para o erro sistemático e a técnica de limites de concordância, para 95 por cento do erro aleatório. RESULTADOS: O erro médio apresentado pela amostra foi de 2,9 ± 2,48kg, sendo observada diferença significativa entre os dois dias de teste (p < 0,00001). O limite de concordância para 95 por cento do erro ficou entre -1,9 e 7,8kg. CONCLUSÃO: Este estudo mostrou tendência a aumento da carga máxima atingida no segundo dia de teste, o que aponta para a necessidade de se considerar tal diferença ao planejar e analisar estudos de força onde o teste de 1RM for utilizado.
OBJECTIVE: To verify the test-retest 1RM reproducibility in the lat pulldown exercise. METHODS: Twenty-six healthy and physically actives men (25 ± 3 years, 76.8 ± 9.86 kg, 177 ± 5.3 cm, 12.5 ± 4.25 percent body fat) signed an informed consent before participate in this study. The data was collected in two visits, 48-72 hours apart. During the first visit, anthropometric data was measured and progressive 1RM test was performed. For each attempt progressive loads of 5 kg were added until the fail, when the load was reduced in 3 kg and a last attempt was performed. A five-minute rest was allowed before each attempt. During the second visit, the 1RM test was repeated following the same protocol. The Maximum loads of each day were compared by paired t-test to systematic error and limits of agreement technique to random error was employed. RESULTS: The mean error found was 2.9 ± 2.48 kg, being significantly different between days (p<0.00001). The error 95 percent limit of agreement was between -1.9 and 7.8 kg. CONCLUSION: This study showed a tendency to an increase in the second-day load, which when planning and analyzing strength training studies using 1RM test.
RESUMO
De acordo com o Segundo Consenso Brasileiro para o Tratamento da Hipertensão Arterial (1994), cerca de 14 milhões de brasileiros são hipertensos, 15 por cento desse total adultos em idade economicamente ativa, aumentando consideravelmente os custos sociais por invalidez e absenteísmo ao trabalho. Segundo o quinto relato do Joint National Committee on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure (1993), mais de 50 milhões de norte-americanos podem ser rotulados como hipertensos, o que afeta cerca de 18 por cento da população de adultos brancos e 35 por cento da de adultos negros. A hipertensão arterial sistêmica, nos países desenvolvidos, constitui o terceiro fator de risco para desordens do aparelho cardiovascular, sendo precedida da dislipidemia e do tabagismo. Grande ênfase tem-se dado às medidas não farmacológicas de mudanças dos hábitos de vida para prevenção e controle dos níveis tensoriais elevados, que devem ser implementadas para todos os hipertensos, mesmo aqueles em uso de droga. Dentre essas medidas, vem-se destacando a prática regular de exercícios físicos, componente importante na melhoria da qualidade de vida. Este artigo de revisão consiste em esclarecer o leitor, dentro de um contexto que envolve as vertentes relacionadas à influência do exercício físico aeróbico no sistema cardiovascular e no comportamento da pressão arterial, para os aspectos específicos da prescrição da reabilitação cardiovascular de hipertensos adultos, com o estabelecimento de carga de trabalho adequada.
According to the Second Brazilian Consensus for the Treatment of Arterial Hypertension (1994), about 14 million Brazilians have high blood pressure, 15 percent of them being adults and economically active, thus considerably increasing the social cost of disability and absenteeism at work. Pursuant with the fifth report of the Joint National Committee on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure (1993), more than 50 million Americans can be labeled as hypertensive, affecting about 18 percent, of the white adult population, and 35 percent of the black adult population. Systemic arterial high blood pressure in developed countries is the third highest risk factor for cardiovascular disorders, following dyslipidemia and cigarette smoking. Great emphasis has been given to non-pharmacological measures, such as changes in life habits for the prevention and control of high tension levels, which should be implemented for all hypertensive individuals, even for those under some drug therapy. Among such measures, emphasis goes to the regular practice of physical exercise, a major component for an improved quality of life. This revision article intends to clarify the reader about the trends of thought concerning aerobic physical exercise and its impact on the cardiovascular system and on arterial blood pressure, all related to prescription for cardiovascular rehabilitation of adult hypertensive individuals, such as the finding of an adequate work load.