Vibrio vulnificus em pescado, uma revisão / Vibrio vulnificus in fish, a review

O pescado é considerado um alimento de fundamental importância para a humanidade, em virtude de seu sabor largamente apreciado, de sua capacidade nutritiva excepcional, e também por ser base da economia de milhões de pessoas em todo mundo, e também de muitos países. Porém, este alimento pode ser veículo de uma infinidade de organismos, que causam doença em seres humanos. Um desses organismos é o Vibrio vulnificus, um bacilo Gran negativo não esporulado, halofílico, produtor de toxinas, com alta capacidade invasiva tecidual, e que tem como habitat ambientes e animais marinhos. È transmitido por meio do consumo de pescados, como peixes, camarões, mexilhões, e principalmente ostras, que são ingeridas cruas. Causa infecção severa, septicemia, febre, feridas bolhosas hemorrágicas pelo corpo, podendo levar o indivíduo à morte. Ganha especial atenção o aumento do consumo de pescado cru, em pratos de origem oriental, que colocam em risco a saúde dos consumidores. A implantação de programas de boas práticas de fabricação, e também de análises de perigo e pontos críticos de controle, tanto em nível industrial, como também em nível de comércio varejista, podem ser uma ferramenta fundamental no sentido de garantir o fornecimento de pescado de qualidade à população.

Controle físico-químico do camaräo salgado-seco comercializado no Estado do Rio de Janeiro / Chemical-physical control in dried-salted shrimp comercialized in Rio de Janeiro State

O presente trabalho determinou os teores de umidade, resíduo mineral fixo, cloreto de sódio (NaCl) e o número de Acido Tiobarbitúrico (TBA) em camaräo salgado-seco obtido de diversas lojas comerciais e feiras livres do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. As determinçöes foram realizadas de modo a avaliar a qualidade do produto frente a essas características, encontrando-se os seguintes valores médios: umidade 48,7 por cento, resíduo mineral fixo 25,9 por cento, NaCl 20,1 por cento e TBA 0,54. É importante destacar que todas as amostras ultrapassaram o limite para umidade estabelecido pela legislaçäo brasileira para pescado (35 por cento), donde conclui-se a necessidade de fiscalizaçäo, a fim de evitar alteraçöes indesejáveis do produto com prejuízo à saúde da populaçäo.

Fungos toxigênicos e proteolíticos isolados de queijo tipo parmesäo ralado e embalado, comercializado em Niterói, RJ / The toxigenic fungi and proteolitic fungi in packaged \"parmesan\" type cheese marked in city of Niterói, RJ

Analisaram-se 40 amostras de queijo tipo Parmesäo ralado e embalado, adquiridas em diferentes estabelecimentos comerciais de Niterói, RJ. A contagem de Unidades Formadoras de Colônias (UFC) de fungos filamentosos e leveduriformes mostrou resultado entre zero e maior que 10.000 por grama do produto. A partir das placas de contagem, selecionaram-se UFC isoladas correspondentes a fungos filamentosos, posteriormente identificados como pertencentes aos gêneros Aspergillus, Penicillium, Trichosporon, Cladosporium e Mucor. As UFC dos gêneros Aspergillus e Penicillium foram inoculadas em meio de leite desnatado, verificando-se positividade para atividade proteolítica em 60,5 por cento e 37,6 por cento, respectivamente, das UFC testadas. As UFC desses mesmos gêneros foram inoculadas em meio de coco verificando-se que somente Penicillium spp. apresentou positividade (6,01 por cento) para produçäo presuntiva de micotoxinas.

Avaliaçäo micológica de farinha de mandioca (Manihot utilissima): incidência de Aspergillus e Penicillium com potencial micotoxigênico / Evaluation of samples of manioc flour (Manihot utilissima)

Analisaram-se 30 amostras de farinha de mandioca (Manihot utilissima), adquiridas em diferentes estabelecimentos comerciais de Niterói, RJ, Brasil. A partir das amostras de farinha de mandioca, foram isolados fungos filamentosos e leveduriformes, sendo identificados os gêneros: Aspergillus (36,5 por cento), Penicillium (18,2 por cento), Rhizopus (10,5 por cento), Paecilomyces (7,1 por cento), Mucor (5,4 por cento), Neurospora (3,1 por cento), Cladosporium (2,3 por cento), Aureobasidium (1,4 por cento), Syncephalastrum (1,1 por cento), Metarrhizium (0,8 por cento), Trichoderma (0,3 por cento), Trichosporon (0,3 por cento) e Humicola (0,3 por cento). As Unidades Formadoras de Colônias (U.F.C.) dos gêneros Aspergillus e Penicillium foram semeadas em meio de coco, verificando-se fluorescência compatível com produçäo de aflatoxinas em 14,5 por cento das U.F.C. testadas.