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1.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 25(2): 453-474, abr.-jun. 2022.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1395006

RESUMO

The 1965 book Hysteria: The History of a Disease, by the German American historian Ilza Veith, certainly represented a milestone in the historiography of hysteria. Praised at first as an innovative work, unprecedented in its comprehensiveness and scholarship, it became, over time, object of multiple criticisms regarding its omissions, its psychoanalytic bias, and the teleological character of its approach. This article aims at pondering these contrasting assessments and discussing the historical significance of Veith's work from a contemporary perspective. To this end, a brief overview of historical studies on hysteria before Veith is outlined. This overview is followed by a descriptive and critical presentation of her work, a discussion of certain aspects of its reception and, as conclusion, an evaluation of her contribution and legacy to this research field.


Resumos O livro Hysteria: The History of a Disease, da historiadora germano-americana Ilza Veith, publicado em 1965, representou certamente um marco na historiografia da histeria. Elogiado inicialmente como uma obra inovadora e sem precedentes em sua abrangência e erudição, tornou-se com o tempo objeto de múltiplas críticas com relação a suas omissões, ao viés psicanalítico e ao caráter teleológico de sua abordagem. O objetivo deste artigo é ponderar essas avaliações contrastantes e discutir a significação histórica do livro de Veith com base em uma perspectiva contemporânea. Para tanto, traça-se um breve panorama da situação dos estudos históricos sobre a histeria antes de Veith. A seguir, é feita uma apresentação descritiva e crítica de seu trabalho, discutem-se certos aspectos de sua recepção e, a título de conclusão, ensaia-se uma avaliação de sua contribuição e de seu legado para esse campo de pesquisas.


Le livre Hysteria: The History of a Disease, de l'historienne germano-américaine Ilza Veith, publié en 1965, a certainement représenté un tournant dans l'historiographie de l'hystérie. D'abord acclamée comme une œuvre innovante et sans précédent par son exhaustivité et son érudition, elle est devenue au cours du temps l'objet de multiples critiques concernant ses omissions, son parti pris psychanalytique et le caractère téléologique de sa démarche. L'objectif de cet article est de réfléchir sur ces évaluations contrastées et de discuter de l'importance historique du livre de Veith dans une perspective contemporaine. À cette fin, on fournit d'abord un bref aperçu de l'état des études historiques sur l'hystérie avant Veith et ensuite une présentation descriptive et critique de son travail. On discute d'ailleurs certains aspects de sa réception et, en guise de conclusion, on présente une évaluation de sa contribution et de son héritage dans ce domaine de recherche.


El libro Hysteria: The History of a Disease, de la historiadora germano-estadounidense Ilza Veith, publicado en 1965, representó, sin duda alguna, un marco en la historiografía de la histeria. Elogiada inicialmente como una obra innovadora y sin precedentes por su amplitud y erudición, con el tiempo se convirtió en objeto de múltiples críticas por sus omisiones, por el sesgo psicoanalítico y por el carácter teleológico de su enfoque. El objetivo de este artículo es ponderar estas evaluaciones contrastantes y discutir la importancia histórica del libro de Veith desde una perspectiva contemporánea. Para ello, se traza un breve recorrido por el estado de los estudios históricos sobre la histeria anteriores a Veith. A continuación, se realiza una presentación descriptiva y crítica de su obra, se discuten algunos aspectos de su recepción y, a modo de conclusión, se ensaya una evaluación de su contribución y legado a este campo de investigación.

2.
J. psicanal ; 53(99): 201-216, jul.-dez. 2020. ilus
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1287067

RESUMO

A histeria, primeira temática freudiana e força motriz do desenvolvimento da psicanálise, atualmente é vista como um "fenômeno de massa", que acompanha a crescente relevância da imagem pessoal. Pelo poder camaleônico da histeria, a renovação de suas construções é constante e, nos dias atuais, liga-se ao enorme papel das redes sociais na vida dos sujeitos. A virtualidade dessa nova forma de laço social nos convoca a pensar nos perfis on-line como verdadeiras construções identitárias, acompanhadas da aplicação de filtros para adequação aos padrões de beleza plena, e do aumento significativo das buscas por intervenções cirúrgicas no Brasil. A vida nas redes mostra aquilo que se deseja ser ao permitir a escolha dos conteúdos a serem publicados, tornando possível a tentativa de mascarar aquilo que falta e sustentar a ilusão de possuir um corpo completo, característica marcante da histeria. Dessa forma, no presente trabalho, nos propomos a discutir as apresentações histéricas não como uma patologia, mas como marcas da cultura atual.


Hysteria, the first Freudian theme and driving force in the development of psychoanalysis, is currently seen as a "mass phenomenon", which accompanies the growing relevance of personal image. Due to the chameleonic power of hysteria, the renovation of its constructions is constant and, nowadays, it is linked to the enormous role of social networks in the lives of subjects. The virtuality of this new form of social bond invites us to think of online profiles as true identity constructions, accompanied by the application of filters to adapt to the standards of full beauty, and the significant increase in searches for surgical interventions in Brazil. Life on the networks shows what you want to be by allowing the choice of content to be published, making it possible to attempt to mask what is missing and sustain the illusion of having a complete body, a hallmark of hysteria. Thus, in the present work, we propose to discuss hysterical presentations not as a pathology, but as marks of the current culture.


La histeria, primer tema freudiano y motor del desarrollo del psicoanálisis, actualmente se ve como un "fenómeno de masas", que acompaña la creciente relevancia de la imagen personal. Debido al poder camaleónico de la histeria, la renovación de sus construcciones es constante y, hoy en día, está ligada al enorme papel de las redes sociales en la vida de los sujetos. La virtualidad de esta nueva forma de vínculo social invita a pensar en los perfiles online como verdaderas construcciones de identidad, acompañados de la aplicación de filtros para adaptarse a los estándares de la belleza plena, y el aumento significativo de las búsquedas de intervenciones quirúrgicas en Brasil. La vida en las redes muestra lo que quieres ser al permitir la elección de los contenidos a publicar, lo que posibilita intentar enmascarar lo que falta y mantener la ilusión de tener un cuerpo completo, sello de la histeria. Así, en el presente trabajo nos proponemos discutir las presentaciones histéricas no como patología, sino como marcas de la cultura actual.


L'hystérie, premier thème freudien et moteur du développement de la psychanalyse, est actuellement perçue comme un « phénomène de masse ¼, qui accompagne la pertinence croissante de l'image personnelle. En raison de la capacité caméléonique de l'hystérie, la rénovation de ses constructions est constante et a été liée au grand rôle des réseaux sociaux dans la vie des gens. La virtualité de cette nouvelle façon de mettre en relation nous appelle à réfléchir sur les profils en ligne comme un type de construction identitaire, accompagnée de l'application de filtres pour s'adapter aux standards de beauté, mais aussi de l'augmentation significative des interventions chirurgicales au Brésil. La vie sur les réseaux montre ce que vous voulez être lors de la sélection du contenu publié. De cette manière, il permet de masquer ce qui manque au sujet, et d'entretenir l'illusion d'avoir un corps complet, marque d'hystérie. Dans cet article, nous proposons de discuter des présentations hystériques non pas comme une pathologie, mais comme une caractéristique de la culture actuelle.


Assuntos
Psicanálise , Cultura , Histeria , Rede Social
3.
Rev. bras. psicanál ; 53(2): 87-98, abr.-jun. 2019. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1288817

RESUMO

O feminino chama representações plurais entre o ideal maternal e a sexualidade que enfrentam destinos pulsionais singulares. Estes últimos põem em evidência as ligações entre identificações e perda, através dos fantasmas de sedução e das características das escolhas de objeto. Dois estudos clínicos demonstram, na dinâmica da transferência, as relações existentes entre histeria, masoquismo e melancolia.


Feminism calls for plural representations between the maternal ideal and sexuality. It encounters singular drive destinations, which, in turn, evidence what are the associations between identifications and loss, through the traces of seduction and the characteristics of the object choices that are made. Two clinical case studies demonstrate, through the transference dynamics, the relationship between hysteria, masochism, and melancholy.


Lo femenino llama representaciones plurales entre el ideal maternal y la sexualidad que enfrentan destinos pulsionales singulares. Estos últimos ponen de manifiesto las conexiones entre identificación y pérdida, a través de los fantasmas de la seducción y de las características de las elecciones de objeto. Dos estudios clínicos demuestran, en la dinámica de la transferencia, las relaciones existentes entre histeria, masoquismo y melancolía.


Le féminin appelle des représentations plurielles entre l'idéal maternel et la sexualité aux prises avec des destins pulsionnels singuliers. Ceux-ci mettent en évidence les liaisons entre identifications et perte, à travers les fantasmes de séduction et les particularités des choix d'objet. Deux études cliniques montrent dans la dynamique du transfert les croisements entre hystérie, masochisme et mélancolie.

4.
Rev. bras. psicanál ; 53(2): 181-192, abr.-jun. 2019. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1288823

RESUMO

Uma observação das narrativas sobre a história da histeria revela que nem sempre aqueles que as elaboraram levaram em consideração o aspecto fundamentalmente historiográfico da proposta, tomando inferências como se fossem fatos históricos. Esse deslize originou narrativas que não deveriam ser classificadas como história, mas, mais apropriadamente, como mitologias. Com frequência, a trajetória da histeria começa na medicina egípcia, segue em um continuum por Hipócrates, pelas bruxas da Idade Média, pelos vapores do Iluminismo, até chegar à Salpêtrière, a Charcot e, em seguida, a Freud. Porém, do ponto de vista historio-gráfico (e evitando o anacronismo), esse curso pode não ser tão seguro. O artigo revê essa trajetória e propõe que a história da histeria implicaria dois estágios, separando-se a histeria doença do útero da histeria neurose. Uma ponte entre as duas concepções teria sido estabelecida por Thomas Sydenham, em 1682, no Epistolary discourse to the learned Dr. William Cole.


Analysis of the narratives on the history of hysteria reveals that those who elaborated them did not always take into account the fundamentally historiographical aspect of that proposal, and some inferences were considered as historical facts. This error gave rise to narratives that should not be classified as histories, but rather as mythologies. All too often, the historical trail of hysteria is taken to begin in Egyptian medicine, and then follow a continuum: to Hippocrates, the witches of the Middle Ages, the Enlightenment, the Salpêtrière, Charcot, and then Freud. However, from a historiographical point of view (and avoiding anachronism), this appears not to be the reliable sequence. This paper reviews that trajectory and proposes that a history of hysteria would unfold in two stages, distinguishing hysteria, as a disease of the uterus, from hysteria, as a neurosis. In such a proposal, a bridge between the two conceptions would have been established by Thomas Sydenham in 1682, with the Epistolary Discourse to the Learned Dr. William Cole.


La observación de los relatos sobre la historia de la histeria revela que quienes los elaboraron, no siempre han tenido en cuenta el aspecto fundamentalmente historiográfico de la propuesta, tomando inferencias como hechos históricos. Este desliz dio lugar a narraciones que no deberían clasificarse como historia, sino como mitologías. El trayecto histórico de la histeria comienza a menudo en la medicina egipcia, sigue en un continuum por Hipócrates, las brujas de la Edad Media, los vapores del Iluminismo, hasta llegar a Salpêtrière, Charcot y luego Freud. Sin embargo, desde un punto de vista historiográfico, y evitando el anacronismo, este camino puede no ser tan seguro. En este artículo se revisa esta trayectoria y se propone que la historia de la histeria involucraría dos etapas, separando la histeria, enfermedad del útero, de la histeria, una neurosis. Un puente entre las dos concepciones habría sido establecido por Thomas Sydenham, en 1682, en el Epistolary Discourse to the Learned Dr. William Cole.


L'observation des récits sur l'histoire de l'hystérie révèle que ceux qui les ont élaborés n'ont pas toujours pris en compte l'aspect fondamentalement historiographique de la proposition, en prenant certaines inférences comme s'elles étaient des faits historiques. Cette omission a donné lieu à des récits qui ne devraient pas être considérés comme de l'histoire, mais plutôt comme des mythologies. Le chemin historique de l'hystérie commence souvent dans la médecine égyptienne, suit un continuum à travers Hippocrate, les sorcières du Moyen Age, les vapeurs de l'Illuminisme, la Salpêtrière, Charcot et, ensuite, Freud. Cependant, d'un point de vue historiographique (et en évitant l'anachronisme), cette voie pourrait ne pas être si sûre. L'article reformule cette trajectoire et propose que l'histoire de l'hystérie se déroule en deux étapes, en séparant l'hystérie, la maladie de l'utérus, de l'hystérie que l'on appelle la névrose. Un pont entre les deux conceptions aurait été établi par Thomas Sydenham, en 1682, dans le Epistolary Discourse to the Learned Dr. William Cole.

5.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 22(1): 150-165, enero-marzo 2019. graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1014211

RESUMO

O trabalho visa, inicialmente, delinear algumas referências históricas sobre o tema da histeria, especialmente em sua perspectiva demológica e as "teorias" que articulam a ideia do demônio às "doenças da alma". A seguir resgata-se o artigo freudiano "Uma neurose demoníaca do século XVII", de 1923, quando Freud, a partir de seu interesse pela feitiçaria, possessões e fenômenos afins, dedica-se ao estudo do caso do pintor Christoph Haizmann que, acossado por convulsões e alucinações assustadoras, faz um pacto com o diabo. No referido trabalho, Freud estabelece as relações entre a figura do demônio e a figura paterna destacando uma questão fundamental para o estudo da histeria que servirá para as posteriores elaborações de Lacan sobre o tema.


Initially, this paper aims to outline some historical references about hysteria, especially from its demonological perspective and regarding the "theories" which associate the idea of 'demon' to 'illnesses of the soul'. We take into account Freud's paper 'A seventeenth-century demonological neurosis' (1923), written in a time when Freud examined witchcraft, possessions and other phenomena and analyzed Christoph Haizmann's case who, harassed by convulsions and frightening hallucinations, makes a deal with the devil. In that paper, Freud associates the figure of the demon to the figure of the father, outlining a fundamental question for the studies on hysteria, which will serve for Lacan's developments about that subject.


Cet article vise initialement à délimiter certaines références historiques concernant le thème de l'hystérie, notamment en ce qui concerne sa perspective démonologique et les 'théories' qui lient l'idée du démon aux 'maladies de l'âme'. Ensuite on reprend l'article de Freud « Une névrose démoniaque au XVIIe siècle ¼ rédigé en 1923, lorsque Freud, étant donné son intérêt pour la sorcellerie, les possessions et les phénomènes apparentés, se consacre à l'étude du cas du peintre Christoph Haizmann qui, souffrant de convulsions et d'hallucinations effrayantes, fait un pacte avec le diable. Dans cet article, Freud établit les rapports entre la figure du démon et la figure paternelle en soulignant un enjeu fondamental pour l'étude de l'hystérie qui servira aux élaborations postérieures de Lacan sur ce thème.


Inicialmente, el trabajo tiene como objetivo delinear algunas referencias históricas sobre el tema de la histeria, especialmente en su perspectiva demonológica y las "teorías" que articulan la idea del demonio a las "enfermedades del alma". A continuación, se rescata el artículo freudiano "Una neurosis demoníaca del siglo XVII", de 1923, cuando Freud, a partir de su interés por la hechicería, posesiones y fenómenos similares, se dedica a estudiar el caso del pintor Christoph Haizmann que, atormentado por convulsiones y alucinaciones atemorizadoras, hace un pacto con el diablo. En el referido trabajo, Freud establece las relaciones entre la figura del demonio y la figura paterna destacando una cuestión fundamental para el estudio de la histeria, cuestión que servirá para las posteriores elaboraciones de Lacan sobre el tema.


Der vorliegende Artikel beschreibt zunächst einige historische Aspekte zum Thema der Hysterie, insbesondere die dämonologische Dimension und die "Theorien", welche die Idee des Teufels mit den "Seelenkrankheiten" verknüpfen. Freuds Artikel „Eine Teufelsneurose im siebzehnten Jahrhundert" (1923), verfasst in einer Zeit als Freud sich für Hexerei, Besessenheit und verwandte Phänomene interessierte, untersucht den Fall des Malers Christoph Haizmann. Da dieser an Krämpfen und furchterregenden Halluzinationen litt, schloss er einen Pakt mit dem Teufel. In seinem Artikel erörtert Freud die Beziehungen zwischen der Figur des Teufels und der väterlichen Figur, wobei er eine grundlegende Frage für das Studium der Hysterie hervorhebt, die den späteren Ausführungen von Lacan zu diesem Thema dienen wird.

6.
J. psicanal ; 51(95): 213-228, jul.-dez. 2018. ilus
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-984675

RESUMO

Freud passou 19 semanas em Paris, concluiu suas pesquisas sobre neurologia e aprendeu muito com Charcot. Elaborou um instrumento que usaria para descobrir fatos novos e, munido de uma nova articulação para a teoria desse aprendizado, atirou-se a fazer especulações para além do conhecido.


As a young doctor, Freud spent nineteen weeks in Paris, concluded his research in neurology and learned a lot from Charcot. He developed a technique with which he would discover new facts, and along with these concepts he set himself beyond the unknown.


Freud pasó diecinueve semanas en París, concluyó sus investigaciones sobre la neurología, y aprendió mucho con Charcot. Elaboró un instrumento que usara para descubrir hechos nuevos y, provisto de una nueva articulación para la teoría de este aprendizaje, se arrojó a hacer especulaciones más allá de lo conocido.


Quand jeune, Freud a passé dix-neuf semaines à Paris, où il a terminé ses recherches en neurologie et beaucoup appris avec Charcot. Il adéveloppé une technique qui lui amènerait à des nouvelles découvertes et, avec un regard frais en face de la théorie, il s'est mis à faire des spéculation au-delà de ce qui était connu.


Assuntos
Paris , Teoria Freudiana , Psicanálise , Aprendizagem
7.
J. psicanal ; 50(93): 273-289, dez. 2017. ilus
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-894143

RESUMO

Os autores traçam um recorte da clínica psicanalítica em dois momentos históricos paradigmáticos, considerando, inicialmente, a viagem de Freud a Paris em 1885, seu primeiro contato com as histéricas. Usando como metáfora o quiasma χ para tratar das transformações que se deram desde a fundação da psicanálise, os autores localizam no ponto central desta figura o ano de 1953, a nova capital cultural, Nova York, e o surgimento do quadro borderline. Casos clínicos são trazidos para ilustrar o tema.


The authors divide the psychoanalytic practice in two paradigmatic, historic moments. Initially, they consider Freud's trip to Paris in 1885, when he was first in contact with hysteric women. Then, the authors use the chiasma χ as a metaphor to deal with the transformations that have happened since the foundation of Psychoanalysis. They place, in the intersection (central point) of this figure, the year of 1953, the new cultural capital (New York), and the rise of the borderline picture. Clinical cases are brought to illustrate the theme.


Los autores trazan un recorte de la clínica psicoanalítica en dos momentos históricos paradigmáticos. Consideran, inicialmente, el viaje de Freud a París en 1885, su primer contacto con las histéricas. Utilizan como metáfora el quiasma χ para referirse a las transformaciones que se dieron desde la fundación del psicoanálisis, situando en el punto central de esta figura el año de 1953, la nueva capital cultural, Nueva York y el surgimiento del cuadro borderline. Presentan casos clínicos para ilustrar el tema.


Les auteurs retracent une coupure dans la clinique psychanalytique entre deux moments historiques paradigmatiques, en considérant d'abord le voyage de Freud à Paris en 1885, son premier contact avec les hystériques. En utilisant le χ khi-carré comme métaphore pour traiter des transformations intervenues depuis la fondation de la psychanalyse, les auteurs situent l'année 1953, la nouvelle capitale culturelle, New York et l'émergence de l'image limite sur le point central de cette figure. On apporte des cas cliniques pour illustrer le thème.


Assuntos
Psicanálise
8.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 20(2): 307-330, abr.-jun. 2017. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-901995

RESUMO

Este artigo explora questões relativas à transexualidade partindo da noção psicanalítica da histeria como estrutura básica do sujeito. As impressionantes epidemias de histeria ocorridas ao longo da história revelam como a histeria produz questionamentos radicais sobre o enigma da diferença sexual dirigidos ao saber dominante de cada época. Para responder à questão sobre qual é o lugar da histeria na contemporaneidade, lançamos a seguinte hipótese: a mais significativa forma assumida pela histeria hoje é a epidemia de transexualidade, produzida no encontro com o discurso da ciência, dominante na cultura globalizada.


This paper explores issues related to transsexuality based on the psychoanalytic notion of hysteria as the subject basic structure. The impressive hysteria epidemics throughout history reveal how hysteria produces radical questioning of the sexual difference enigma intended to the dominant knowledge of each era. To answer the question about where is the hysteria place nowadays, we launch the following hypothesis: the most significant appearance taken by hysteria today is the transsexual epidemic, produced in the encounter with the science discourse, dominant in the globalized culture.


Cet article porte sur les questions liées à la transsexualité à partir de la notion psychanalytique de l'hystérie comme structure de base du sujet. Les épidémies surprenantes de l'hystérie à travers l'histoire révèlent de quelle façon l'hystérie produit des questions radicales sur l'énigme de la différence sexuelle dirigées au savoir dominant de chaque époque. Pour répondre à la question sur la place de l'hystérie dans la contemporanéité, nous introduisons l'hypothèse suivante : aujourd'hui, la forme la plus importante assumée par l'hystérie est l'épidémie de la transsexualité. Celle-ci se produit dans la rencontre avec le discours de la science, qui est dominant dans la culture mondialisée.


Este artículo explora cuestiones relacionadas a la transexualidad desde la noción psicoanalítica de la histeria como estructura básica del sujeto. Las impresionantes epidemias de histeria, que ocurrieron a lo largo de la historia, muestran que la histeria produce cuestionamientos radicales sobre el enigma de la diferencia sexual, cuestionamientos dirigidos al saber dominante de cada época. Para responder a la pregunta sobre cuál es el lugar de la histeria en los tiempos contemporáneos, proponemos la siguiente hipótesis: la forma más significativa asumida por la histeria, en los días de hoy, es la epidemia de transexualidad, producida en el encuentro con el discurso de la ciencia, discurso dominante en la cultura globalizada.


Der vorliegende Artikel beschäftigt sich mit Fragen zur Transsexualität, basierend auf der psychoanalytischen Auffassung der Hysterie als Grundstruktur des Subjekts. Die historisch aufgetretenen und beeindruckenden Epidemien der Hysterie zeigen auf, wie die Hysterie das Wissen der jeweiligen Epochen in Bezug zum Rätsel des sexuellen Unterschieds radikal in Frage stellt. Um die Frage nach dem Platz der Hysterie in der Gegenwart zu beantworten, stellen wir die folgende Hypothese auf: die Hysterie zeigt sich heute am stärksten in der Epidemie der Transsexualität. Diese manifestiert sich in der Begegnung mit dem Diskurs der Wissenschaft, welche in der globalisierten Kultur eine vorherrschende Stellung einnimmt.

9.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 20(1): 51-64, jan.-mar. 2017.
Artigo em Francês | LILACS | ID: biblio-845381

RESUMO

La question “qu’est-ce qu’une femme?” et la logique de l’exception sur laquelle se règle l’hystérique dans son rapport à la féminité témoignent de sa croyance selon laquelle la barre portée par Lacan sur La femme n’existe pas. La distinction entre cette logique et la logique féminine du pas-tout sera l’occasion de retracer les croyances sur la féminité dans la théorie psychanalytique et d’interroger les usages paradoxaux qui sont faits des positions dites féminine et masculine.


A pergunta “O que é uma mulher?” e a lógica da exceção pela qual a histérica se rege em sua relação com a feminilidade dão testemunho de sua crença de que não existe a barra colocada por Lacan sobre a Mulher. A distinção entre essa lógica e a lógica feminina do “não todo” será ocasião para situar novamente as crenças sobre a feminilidade no marco da teoria psicanalítica e para interrogar os usos paradoxais das posições “feminina” e “masculina”.


The question “What is a woman?” and the logic of exception on which a hysterical woman bases herself in her relationship with femininity reveal one of her beliefs: that the bar placed by Lacan on Woman does not exist. The distinction between this logic and the feminine logic of the “not-whole” is the opportunity to once again place beliefs on femininity within psychoanalytic theory and to question the paradoxical uses of “feminine” and “masculine” positions.


La pregunta “¿Qué es una mujer?” y la lógica de la excepción, que rige a la histérica en su relación con la femineidad, atestiguan sobre su creencia de que no existe la barra colocada por Lacan sobre la mujer. La distinción entre esta lógica y la lógica femenina del “no todo” será la ocasión para volver a situar las creencias sobre la femineidad en la teoría psicoanalítica y para interrogar los usos paradójicos de las posiciones “femenina” y “masculina”.


Die Frage „Was ist eine Frau?“ und die Ausnahmelogik wonach sich die Hysterikerin in ihrem Bezug auf die Weiblichkeit richtet, zeugen von ihrem Glauben daran, dass der Strich, mit dem Lacan Die Frau gestrichen hat, nicht existiert. Die Unterscheidung zwischen dieser Logik und der weiblichen Logik des „nicht-alles“ ist Anlass dazu, die übernommenen Vorstellungen zur Weiblichkeit innerhalb der psychoanalytischen Theorie neu zu positionieren, sowie die paradoxe Benutzung „weiblichen“ und „männlichen“ Positionen zu hinterfragen.

10.
Psicol. USP ; 27(3): 404-413, set.-dez. 2016.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-835153

RESUMO

Historicamente marcado na oposição entre orgânico e psíquico, o conceito de histeria continua no centro de controvérsias entre saberes influentes como psicanálise e psiquiatria. Contrapondo uma concepção que defende a existência de um mundo independente da mente humana (realismo) e uma que a nega (antirrealismo), buscamos pensar como se deu a criação desse conceito. Em acordo com o movimento científico do século XIX, o médico francês Jean-Martin Charcot utilizou a fotografia, entendida na época como a “verdadeira retina” do cientista, para criar uma classificação do ser humano. Inserir essa construção de conhecimento em seu contexto sociocultural possibilita diversos questionamentos quanto à sua objetividade. Nossa concepção é a de que refletir criticamente sobre a formação dos conceitos contribui com elementos para um melhor exercício da alteridade no interior da psicopatologia.


Historiquement marqué par l’opposition entre l’organique et le psychique, l’hystérie continue au centre des débats entre d’influents savoirs tels que la psychanalyse et la psychiatrie. En mettant en contre-position deux conceptions - l’une qui défend l’existence d’un monde indépendant de la psyché humaine (réalisme) et l’autre qui la nie (anti-réalisme) - nous cherchons à penser comment s’est construit le concept de l’hystérie. Suivant le mouvement scientifique du siècle XIX, le médecin français Jean-Martin Charcot se sert de la photographie, sous-entendue à l’époque comme “véritable rétine” du scientiste, pour créer une typologisation de l’être humain. En insérant la construction de ce savoir en son contexte socioculturel, il est possible de se poser plusieurs questions sur son objectivité. Notre conception est de penser qu’une critique réflexive sur la formation des concepts apporte des éléments pour un meilleur exercice de l’altérité au sein de la psychopathologie.


Históricamente marcado por la oposición entre lo orgánico y lo psicológico, el concepto de histeria sigue en el centro de la controversia entre los conocimientos influyentes como lo de psicoanálisis y la psiquiatría. Contrastando una concepción que defiende la existencia de un mundo independiente de la mente humana (realismo) a otra concepción que la niega (anti-realismo), buscamos investigar cómo se creó el concepto de histeria. De acuerdo con el movimiento científico del siglo XIX, el médico francés Jean-Martin Charcot utilizó la fotografía, entendida en su momento como la “verdadera retina” del científico, para crear una clasificación de lo humano. Introducir esta construcción del conocimiento en su contexto sociocultural permite muchas preguntas acerca de su objetividad. Nuestra concepción es que reflejar críticamente sobre la formación de los conceptos contribuye con elementos que visan mejorar el ejercicio de la alteridad dentro de la psicopatología.


The concept of hysteria has been historically situated in the opposition between the organic and the mental.It continues to be at the center of controversies between important areas, such as psychoanalysis and psychiatry. Wetried to elucidate the origin of the concept of hysteria by contrasting a conception that defends the existence of aworld independent of the human mind (realism), and another that denies it (antirealism). Following the scientific trendof the 19th century, the French physician Jean-Martin Charcot used photography – at that time photography wasseen as the scientist’s “true retina” – to create a typology of human beings. Situating this construction of knowledgeand its sociocultural context provokes a questioning as to its objectivity. Our suggestion is that to think in a criticalway about the origin of the concepts gives us elements for a better exercise of alterity in psychopathology.


Assuntos
Histeria/psicologia , Fotografação , Psicopatologia
11.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 19(3): 500-511, jul.-set. 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-845355

RESUMO

“Contribuições para a sexualidade infantil” é um dos primeiros trabalhos sobre psicanálise com crianças. Nesse artigo, Moshé Wulff descreve detalhadamente três casos de crianças que sofriam de ataques histéricos frequentes. Com sua apresentação, o autor ingressou na Sociedade Psicanalítica de Viena em 1911, e a leitura desse trabalho tornou-se obrigatória para os analistas em formação. Considerado por Freud “um dos autores que falaram inteligentemente da neurose infantil”, Wulff também se ocupou da tradução de diversas obras de Freud para o russo e o hebraico, além de ter sido médico da família de Serguei Pankeiev (ou o Homem dos Lobos), em Odessa.


“Contributions to child sexuality” is one of the earliest works on child psychoanalysis. Moshé Wulff, describes in detail, three cases of children that suffered from frequent hysterical attacks. Presented in 1911 by the author, in order to apply to the Vienna Psychoanalytical Society, it became, since then, a mandatory reading for training psychoanalysts. Considered by Freud “one of the writers who spoke of the neuroses of childhood with great understanding”, Wulff also translated a great number of Freud's works to Russian and Hebrew, besides attending Serguei Pankeiev's (the Wolf Man's) family at Odessa.


“Contributions pour la sexualité des enfants” est un de premiers travaux sur la psychanalyse avec des enfants. Dans cet article, Moshé Wulff décrit de manière detaillée trois cas d’enfants qui souffrait des ataques d’histérie fréquents. Avec sa présentation, l´auteur passe à faire part de la Societé Psychanalytique de Vienne en 1911, et la lecture de ce travail s’est rendue obligatoire aux analystesen formation. Consideré par Freud “un des auteurs qui parlaient inteligentement de la neurosis de nourrisson”, Wulff s’est ocupé aussi de la traduction de nombreuses oeuvres de Freud pour le russe et l’hébraïque, en outre avoir été médecin de la famille de Serguei Pankeiev (ou L’homme aux loups), en Odessa.


“Contribuciones para la sexualidad infantil” es uno de los primeros trabajos sobre psicoanálisis con niños. En este artículo Moshé Wulff describe detalladamente tres casos de niños que sufrían ataques histéricos frecuentes. Al presentarlo, el autor ingresó en la Sociedad Psicoanalítica de Viena en 1911 y su lectura pasó a ser obligatoria para los psicoanalistas en formación. Considerado por Freud “uno de los autores que hablaron inteligentemente de la neurosis infantil” Wulff también tradujo diversas obras de Freud para el ruso y para el hebreo, además de haber sido médico de la familia de Serguei Pankeiev (o el Hombre de los Lobos) en Odessa.


“Beiträge zur infantilen Sexualität” ist eine der ersten Arbeiten über Psychoanalyse mit Kindern. Moshé Wulff beschreibt im Detail drei Fälle von Kindern die unter häufigen hysterischen Anfällen litten. 1911 erlangte der Autor durch diese Arbeit den Eintritt in der Wiener Psychoanalytischen Vereinigung. Von da an wurde diese Arbeit auch zur Pflichtlektüre der Lehranalytiker. Freud bezeichnete Wulff “als einer der Autoren die auf einer Intelligenten weise über die Kinderneurose gesprochen haben”. Er übersetzte zahlreiche Werke ins Russische und Hebräische, war auch in Odessa, der Arzt der Familie Serguei Pankeiev (oder der Wolfsmann).

12.
Psicol. USP ; 27(1): 115-124, jan.-abr. 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-779937

RESUMO

Estudo teórico que teve o propósito de discutir a histeria na contemporaneidade, considerando as mudanças culturais que podem ter acorrido desde a fundação da psicanálise até hoje. A discussão teve como cerne os apontamentos de Charles Melman, posto que seja um psicanalista que vem pensando a posição do sujeito nas condições da cultura ocidental atual. Foram destacados aspectos que nos conduziram a elaborar um pensamento em torno de como a neurose histérica aparece no contexto contemporâneo. Partimos do princípio de que sofremos uma mutação cultural, na qual passamos de uma cultura propensa à neurose para uma propensa à perversão. Tal concepção determina que lidamos com sujeitos que funcionam sob a ordem de uma nova economia psíquica e que em decorrência assistimos a expressão de uma histeria coletiva que, por sua vez, seria espaço de reivindicação dos sujeitos, a fim de requisitar um paradeiro e reinventar um pai que já esteja destituído.


This theoretical study aims at discussing hysteria nowadays and considers the cultural changes that might have occurred from the foundation of Psychoanalysis until today. The discussion is based on the thoughts of Charles Melman, a psychoanalyst who has studied the position of the subject in the conditions of the current Western culture. We highlighted aspects and consequently elaborated a reflection on how hysterical neurosis arises in the contemporary context, based on the principle that a cultural mutation occurred - a culture prone to neurosis was transformed into one prone to perversion. Owing to this conception, we deal with subjects that function under the order of a new psychic economy. Moreover, we see the expression of a collective hysteria that would be the space for the claims of the subjects, which aim at demanding a place and reinventing a father which is already destituted.


Este trabajo es un estudio teórico que tuvo como objetivo discutir la histeria en la época contemporánea, teniendo en cuenta los cambios culturales que han ocurrido desde la fundación del psicoanálisis hasta hoy. La discusión tuvo como base las notas de Charles Melman, por ser un psicoanalista que ha considerado el lugar del sujeto en los contextos de la cultura actual. Se pusieron de relieve los aspectos que nos han llevado a desarrollar una reflexión acerca de cómo la neurosis histérica surge en el contexto contemporáneo. Partimos del supuesto de que nos enfrentamos a un cambio cultural en el que pasamos de cultura propensa a la neurosis a la perversión. Este concepto determina que nos ocupamos de sujetos que funcionan a partir del orden de una nueva economía psíquica, y como resultado vemos una expresión de la histeria colectiva que, a su vez, es un espacio de demanda de los sujetos con el fin de requerir un descanso y de reinventar un padre que ya está depuesto.


Ce travail a pour objectif d'analyser l'hystérie dans la contemporanéité, en tenant compte des changements qui ont afflué depuis la fondation de la Psychanalyse jusqu'à présent. Notre discussion est centrée sur les notes de Charles Melman, psychiatre-psychanalyste qui sous l'égide de la psychanalyse réfléchit à ce qui concerne la position du sujet dans la culture occidentale actuelle. Nous trouvons des éléments qui mettent en évidence la construction d'une pensée autour de la névrose hystérique et de comment celle-ci se construit dans la contemporanéité. Nous supposons que nous sommes soumis à une mutation culturelle, dans laquelle nous passons d'une culture fondée sur la névrose à une culture qui promeut plutôt la perversion. Cette conception nous conduit à penser que nous sommes face à des sujets qui fonctionnent sous l'ordre d'une nouvelle économie psychique et, en conséquence, on voit l'expression d'une hystérie collective, dans laquelle le sujet se place dans un rôle revendicatif, afin de demnder le sujet et réinventer un père qui a été déjà destitué.


Assuntos
Humanos , Evolução Cultural , Histeria/psicologia
13.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 18(3): 431-444, jul.-set. 2015.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-762031

RESUMO

Subvertendo a ideia de um corpo que seria somente orgânico, Freud não vai somente estabelecer uma ligação entre corpo e sexualidade; ele vai mais além afirmando que é a partir do corpo que o psiquismo nasce. Assistimos, então, ao aparecimento da psicanálise e da ideia de que na anatomia corporal vem se justapor uma vida fantasmática intensa. A visão da anatomia do corpo passa a ser uma cena que recobre outra. Daí viria sua capacidade de se transformar em um “teatro” e colocar em cena os conflitos inconscientes mais variados.


Subverting the idea of a body that is only organic, Freud not only establishes a link between the body and sexuality: he goes further and states that the psyche stems from the body. We thus witness the birth of psychoanalysis and of the idea that the body anatomy is accompanied by an intense fantasmatic life. The anatomy of the body is seen as a stage that covers another one; hence its ability to transform itself into a “theater” and stage a wide range of unconscious conflicts.


Subvertissant l’idée d’un corps qui serait seulement organique, Freud ne va pas seulement établir une liaison entre le corps et la sexualité, mais il va plus loin en affirmant que le psychisme naît à partir du corps. Nous assistons alors à la naissance de la psychanalyse et de l’idée qu’une vie fantasmatique intense s’associe à l’anatomie corporelle. L’anatomie du corps est une scène qui en recouvre une autre: de là sa capacité de se transformer en un ® Théâtre ¼ et de mettre en scène les conflits inconscients les plus variés.


Subvirtiendo la idea de que un cuerpo sólo será orgánico, Freud no sólo establecerá un enlace entre el cuerpo y la sexualidad: va más allá al decir que la psique nace del cuerpo. Asistimos al nacimiento del psicoanálisis y la idea de que la anatomía corporal se yuxtapone a una vida fantasmagóricamente intensa. La anatomía del cuerpo es una escena que cubre otra. De ahí procede su capacidad de transformarse en un “teatro” y escenificar los conflictos inconscientes más variables.


Assuntos
Humanos , Cultura , Corpo Humano , Histeria
14.
Affectio Soc. (Medellin) ; 11(20): 67-84, Enero 31, 2014.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: lil-768908

RESUMO

Este artículo forma parte de un proyecto de investigación más extenso, encaminado a analizar y traducir los textos freudianos inéditos en español. El objetivo de este artículo es ofrecer la traducción y el comentario del informe que resume el contenido de la exposición sobre histeria que Sigmund Freud dictara, en tres partes, en octubre de 1895 ante los integrantes del Colegio Médico de Viena. Se pone el énfasis aquí en el modo en que ese material esclarece un momento esencial de su pensamiento. En tales conferencias se anuncian algunos de los elementos teóricos que luego formarán parte de la conjetura de la seducción, formulada en 1896.


This paper is part of a larger project, which aims to analyze and translate some Freud's documents that have never been published in Spanish. The purpose of this article is to provide a translation and commentary of the report which summarizes the exposition about hysteria delivered by Freud, in three parts, on October 1895 at the Medical College of Vienna. The way in which that material illuminates a capital moment of his theory is here highlighted. During those lectures, some of the theoretical elements that afterward would help to build the seduction thesis (1896) are announced.


Cet article fait partie d'un projet de recherche plus vaste, qui vise à analyser et traduire les textes de Freud qui ne sont pas encore disponibles en espagnol. Le but de cet article est de fournir la traduction et le commentaire du rapport résumant le contenu de la conférence sur l’hystérie que Freud délivra, en trois séances, en Octobre 1895 auprès des membres du Collège des Médecins à Vienne. L'accent est mis ici sur la façon dont ce texte éclaire un moment essentiel de la pensée freudienne. Lors de ces conférences sont annoncés quelques-uns des éléments théoriques qui plus tard feront partie de la théorie de la séduction, formulée en 1896.Mot clés: hystérie, Breuer, Freud, étiologie.


Assuntos
Histeria , Psicanálise
15.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 16(3): 425-437, set. 2013.
Artigo em Francês | LILACS | ID: lil-687964

RESUMO

Cet article présente une réflexion sur l'étiologie et le traitement de la douleur chronique dans le cadre théorique de la psychanalyse et discute de la réduction de la douleur chronique à une manifestation contemporaine de l'hystérie. Considérant que le symptôme est un singulier mode de jouissance et un moyen pour l'inscription du sujet dans le lien social, ce texte met en évidence la fonction de la douleur, en conformité avec les particularités de chaque cas.


Este artigo apresenta uma reflexão sobre a etiologia e o tratamento da dor crônica a partir do referencial teórico da psicanálise, e discute a redução da dor crônica a uma manifestação contemporânea da histeria. Considerando o sintoma um modo singular de gozo e forma de inscrição do sujeito no laço social, destaca a função da dor de acordo com a particularidade de cada caso.


This paper presents a reflection on the etiology and treatment of chronic pain from a psychoanalytic perspective. We discuss the reduction of chronic pain to a contemporary manifestation of hysteria. Considering a symptom as a specific form of jouissance and a way of inscribing the individual in a social bond, the text emphasizes the function of pain based on the specific aspects of each case.


Este artículo presenta una reflexión sobre la etiología y el tratamiento del dolor crónico dentro (a partir) del referencial teórico del psicoanálisis. Discute la reducción del dolor crónico a una manifestación contemporánea de histeria. Considerando el síntoma un modo singular de gozo y la forma de inscripción del sujeto en el lazo (entorno) social, pone de relieve la función del dolor, en acuerdo con la particularidad de cada caso.


Assuntos
Humanos , Dor Crônica/psicologia , Histeria , Psicanálise , Sinais e Sintomas
16.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 15(2): 350-358, jun. 2012.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-639540

RESUMO

Frédéric Dubois d'Amiens foi o vencedor do concurso da Sociedade Real de Medicina de Bordeaux em 1830, graças à apresentação da sua tese intitulada "História filosófica da hipocondria e da histeria". De um ponto de vista existencial, sistemático e por meio de um método histórico-filosófico, ele propõe uma descrição inédita da hipocondria, pois descreve passo a passo a constituição do sujeito afetado, revolucionando assim as concepções médicas e psicopatológicas dessa doença. Apesar das diversas críticas que lhe são apontadas, Dubois d'Amiens reconhece à hipocondria, desde 1830, um sofrimento psíquico e físico específico e vê nela uma forma de pensar, enquanto que Freud a classificará mais tarde como uma neurose atual.


In 1830, Frédéric Dubois d'Amiens won a selection process at the Royal Medical Society of Bordeaux with his thesis entitled "Philosophical history of hypochondriasis and hysteria." From an existential and systematic point of view and based on historical-philosophical methodology, the author presents an unpublished description of hypochondriasis by describing, step-by-step, the constitution of the individual suffering from this affection, thus revolutionizing medical and psychopathological conceptions of the disease. Despite severe criticism of his positions, in 1830 Dubois d'Amiens recognized hypochondriasis as a specific psychological and physical disturbance and described it as a way of thinking. Only much later did Freud classify it as an actual neurosis.


En 1830, Frédéric Dubois d'Amiens remporte le concours de la Société Royale de Médecine de Bordeaux en soutenant son Mémoire intitulé "Histoire Philosophique de l'Hypochondrie et de l'Hystérie". Sous l'angle existentiel et systématique et en s'appuyant sur une méthode historico-philosophique, il propose une description inédite de l'hypocondrie en décrivant pas à pas la constitution de l'individu hypocondriaque, révolutionnant ainsi les conceptions médicales et psychopathologiques de cette affection. Malgré les nombreuses critiques qui lui ont été adressées, Dubois d'Amiens reconnaît à l'hypocondrie dès 1830 une souffrance psychique et physique spécifique et voit en elle une manière de penser, tandis que Freud verra en elle des années plus tard une névrose actuelle.


Frédéric Dubois d'Amiens es el ganador de la competencia de la Real Sociedad de Medicina de Burdeos en 1830, con la presentación de su tesis intitulada "Historia filosófica de la hipocondría y de la histeria". Desde un punto de vista existencial, sistemático y a través un método histórico-filosófico, propone una descripción inédita de la hipocondría, pues describe paso a paso la constitución del individuo afectado, revolucionando así las concepciones médicas y psicopatológicas de esa enfermedad. A pesar de las varias críticas que le son apuntadas, Dubois d'Amiens reconoce la hipocondría desde 1830 como un sufrimiento psíquico y físico específico y la ve como una forma de pensar, mientras que Freud la clasificará mas tarde como una neurosis actual.


Assuntos
Humanos , Hipocondríase/história , Histeria/história , Psiquiatria/história
17.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 15(1): 27-41, mar. 2012.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-624998

RESUMO

OBJECTIVE: To investigate the historical evolution of hysteria and its possible psychopathological ramifications in today’s diagnostic classifications. Method: Clinical and historical problematization contrasting classical and contemporary references on the subject. Conclusion: Higher incidence of certain conditions and decline in the use of the construct of hysteria should be seen as different moments in a continuum.


OBJETIVO: Promover um pensamento investigativo acerca da evolução histórica da histeria e de suas eventuais ramificações psicopatológicas nas classificações diagnósticas atuais. Método: Problematização histórica e clínica a partir do contraponto entre referências clássicas e contemporâneas sobre o assunto. Conclusão: O aumento da incidência de certas condições e o declínio no uso do constructo histeria deveriam ser observados como momentos distintos de um mesmo continuum.


OBJECTTIF: Promouvoir une réflexion sur l'évolution historique de l'hystérie et ses ramifications psychopathologiques possibles dans les classifications diagnostiques actuelles. Méthode: Problématisation historique et clinique opposant les références classiques et contemporaines concernant ce sujet. Conclusion: L'incidence accrue de certaines conditions et la diminution de l'utilisation du construit "hystérie" devrait être considéré comme des moments distincts d'un même continuum.


OBJETIVO: Promover un pensamiento investigador sobre la evolución histórica de la histeria y sus posibles ramificaciones psicopatológicas en las clasificaciones diagnósticas de la actualidad. Método: Problematización clínica e histórica contrastando referencias clásicas y contemporáneas sobre el tema. Conclusión: El aumento en la incidencia de ciertas condiciones y la declinación en el uso del constructo de la histeria deberian ser observadas como momentos distintos del mismo continuum.


Assuntos
Humanos , Classificação , Medicina Psicossomática , Transtornos Somatoformes
18.
Psicol. USP ; 22(4): 879-906, out.-dez. 2011.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-611188

RESUMO

Na intenção de abordar o escorregadio tema da histeria, decidi enfrentá-lo recorrendo às teses e obras de Freud compreendendo o período entre 1886 e 1898. A histeria, desde sempre objeto heteróclito e de múltiplo pertencimento, reclamado pelo natural e pelo sobrenatural, pela razão e pela superstição, demandou uma interrogação se, algumas vezes encerrada tanto no corpo e outras no espírito, seria ou não uma doença. Interessa-me abordar a histeria a partir do tratamento dado por Freud. Quanto às chaves de leitura que orientaram essa pesquisa antecipo algumas para orientação do leitor: a própria apresentação histórica e cronológica do tema e das obras de Freud a respeito da histeria. Em termos conceituais, a articulação entre corpo e mente; a tese da ideogenia na etiologia da histeria; a introdução gradual da sexualidade infantil e finalmente a ultrapassagem da hipótese traumática, apoiada na teoria da sedução, em direção à admissão da fantasia. Tudo isso tendo em vista exercitar uma compreensão da teorização freudiana que reconheça a especificidade de sua produção a partir de uma via alternativa que não leve em consideração nem o fato de uma ruptura nem o de uma continuidade conceitual em sua elaboração.


With the intention of presenting the evasive matter which is the hysteria, I decided to overlook it using the theories and works of Freud, assuming the period between 1886 and 1898. The hysteria, since always an heterogeneous object of multiple belongings, claimed by the natural and the supernatural, by reason and superstition, demanded an inquiry if, so often closed either in the body or in the spirit, would be whether or not a disease. We are interested in the hysteria from the treatment given by Freud. As to the reading keys that guided this research I anticipate some to the guidance of the reader: the very historical and chronological presentation of the theme and the works of Freud about it. Conceptually, the relationship between mind and body, the thesis of ideogenia in the etiology of hysteria, the gradual introduction of infantile sexuality and finally, the overcoming of the traumatic hypothesis, supported by the seduction theory, towards the admission of fantasy. All this, in order to practice an understanding on the Freudian theory which recognizes the specificity of his production from an alternative route, which does not take into account the fact of neither a rupture nor a conceptual continuity in its elaboration.


Avec l'intention d'aborder le sujet glissant de l'hystérie, j’ai décidé de l’envisager en utilisant les théories et les œuvres de Freud pendant la période entre 1886 et 1898. Comme l'hystérie a toujours été un objet hétérogène et de multiple intérêt, revendiqué par le naturel et le surnaturel, par la raison et la superstition, elle a demandé une investigation si, éventuellement incarnée aussi bien dans le corps et dans l'esprit, elle serait ou non une maladie. Je suis intéressé d’approcher l’histérie a partir du traitement donné à elle par Freud. Quant à la stratégie de lecture qui oriente cette recherche, j’anticipe quelques indications au lecteur: la présentation historique et chronologique du thème et les œuvres de Freud sur l’hystérie. Sur le plan conceptuel, l’articulation entre corps et esprit; la thèse de idéogénie dans l'étiologie de l'hystérie; l'introduction progressive de la sexualité infantile et, finalement, le dépassement de l’hypothèse traumatique, appuyée sur la théorie de la séduction, vers l'admission de la fantaisie. Tout ça em pensant à exercer une compréhension de la théorisation freudienne qui reconnaisse la spécificité da sa production à partir d´une vie alternative, que ne prend pás em compte ni le fait d`une rupture, ni celui d´une continuité conceptuelle dans sa élaboration.


Con la intención de abordar el tema resbaladizo de la histeria, me decidí enfrentarlo usando las teorías y las obras de Freud, en el período de 1886 y 1898. La histeria, siempre objeto excéntrico y de múltiples pertenencias, reivindicado por lo natural y lo sobrenatural, por la razón y la superstición, ha exigido una investigación, a veces centrada en el cuerpo y otras en el espíritu, por eso se pregunta si la histeria es una enfermedad o no. En cuanto a las claves de lectura que han guiado esta investigación, anticipo algunas para la orientación del lector: la presentación histórica y cronológica del tema de las obras de Freud sobre la histeria. Conceptualmente, la articulación entre el cuerpo y la mente, la tesis de ideogenia en la etiología de la histeria, la introducción gradual de la sexualidad infantil y, finalmente, la superación de la hipótesis traumática, con el apoyo de la teoría de la seducción, en dirección a la admisión de la fantasía. Todo esto con el fin de llegar a un entendimiento de la teoría freudiana que reconoce la especificidad de su producción, a partir de un camino alternativo que no tiene en cuenta el hecho de una rotura ni una continuidad conceptual en su construcción.


Assuntos
Fantasia , Teoria Freudiana , Histeria/psicologia , Psicanálise
19.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 14(2): 222-236, jun. 2011.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-624990

RESUMO

Busca-se elucidar a leitura proposta por Freud sobre a histeroepilepsia de Dostoiévski, recorrendo-se aos textos, biografia e correspondência do escritor russo. A hipótese de ausência de epilepsia encontra limites, mas verifica-se que a relação de Dostoiévski aos representantes paternos tem papel decisivo em sua neurose, como construção sintomática para lidar com o desamparo.


This paper discusses Freud's reading of Dostoyevsky's hystero-epilepsy, based on this latter's literary production, biography and correspondence. The hypothesis that there was no epilepsy has its limits, but we found that the relationship between Dostoyevsky and father figures did play a crucial role in his neurosis, which served as a symptomatic construction to deal with his helplessness.


Dans cet article, nous cherchons à élucider la lecture proposée par Freud sur l'hystéro-épilepsie de DostoÏevski en nous référant aux écrits, à la biographie et à la correspondance de l'écrivain russe. L'hypothèse de l'absence de l'épilepsie a ses limites, mais nous vérifions que le rapport entre DostoÏevski et les représentants paternels joue un rôle décisif dans sa névrose en tant que construction symptomatique pour faire face à l'impuissance.


El artículo se propone a dilucidar la lectura propuesta por Freud a respecto de la histeroepilepsia de Dostoiesky recurriendo a textos, biografia y correspondência del escritor ruso. La hipótesis de ausencia de epilepsia es limitada, aunque se encuentra que la relación de Dostoiesky com los representantes paternos tienen um papel decisivo em su neurosis, como uma construcción sintomática para hacer frente al desamparo.


Assuntos
Humanos , Epilepsia , Pai , Histeria
20.
Rev. mal-estar subj ; 11(2): 645-667, 2011.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-696754

RESUMO

Muito se diz sobre a mulher desde as brechas deixadas por Freud. É extensa a literatura, assim como as faces e as versões assumidas pelo feminino. Introduzida na psicanálise, desde a sua origem nos estudos sobre a histeria, a busca por uma resposta sobre o tornar-se mulher ganhou um lugar central na teoria e na prática psicanalítica. Seja pelos impasses antes colocados pelo próprio Freud acerca do tema, seja por outros instituídos pelo avançar das investigações pós-freudianas, algo parece insistir na clássica pergunta "o que quer uma mulher?" e um entrever parece acompanhar as produções teóricas elaboradas até aqui. Contudo, desde "o continente negro", de Freud, à lógica do não-todo, de Lacan, uma impossibilidade de saber (dizer) sobre o feminino acompanha todo o entrançar conceitual da psicanálise. Quais os sentidos do feminino na psicanálise? Que relações são traçadas entre esse conceito e o ser mulher? Pretende-se, neste trabalho, percorrer algumas concepções que contornam e compõem o enigma da feminilidade. Um recorte que apresenta o feminino ora como qualificador do ser mulher, ora radicalizado em um novo conceito, no qual a noção de alteridade e de limite o constituem. Assim, um deslocamento de sentido se operou na palavra em questão ao longo do seu curso na psicanálise. Hoje, sua carga semântica é outra. Nesses caminhos, a figura da mulher se multiplica...


Much is said about the woman since the gaps left by Freud. The literature about this subject is vast, as well as the profiles and versions assumed by the feminine. The concept was introduced in psychoanalysis since the beginning of hysteria studies and the search for an answer about how to become a woman won a central role in psychoanalytic theory and its practice. Something seems to insist in the classical question "What does a woman wants?", be it because of the impasses pointed by Freud about the subject, or others that were presented in the development of post-Freudians investigations, and only a glimpse seems to appear in theoretical works developed so far. However, since the Freud's "dark continent" to Lacan's "not-all" logic, an inability to know (or say) about the feminine follows the conceptual interweave of psychoanalysis. What are the meanings of feminine in psychoanalysis? What are the relationships between this notion and to be a woman? The aim of this work is to discuss some concepts that outline and compose the feminine enigma. It is a cutout that introduces the feminine sometimes as a qualifier of being a woman, sometimes as a new concept in which the notions of otherness and limits establish it. Thus, a displacement has occurred in the sense of the word in question throughout its course in psychoanalysis. Today, it has another semantic load. In these ways, the woman figure multiplies...


Muy se dice sobre la mujer desde las brechas dejadas por Freud. Es extensa la literatura, así como las vertientes y las versiones asumidas por lo femenino. Introducido en el Psicoanálisis, desde su origen en los estudios sobre la histeria, la búsqueda de una respuesta sobre lo hacerse mujer ganó un lugar central en la teoría y en la práctica psicoanalíticas. Sea por los impasses antes considerados por el propio Freud acerca del tema, o por otros instituidos por el avance de las investigaciones post-freudianas, algo parece insistir en la clásica pregunta "I qué quiere una mujer?", y cierto vislumbrar parece acompañar a las producciones teóricas elaboradas hasta aquí. Pero, desde "el continente negro", de Freud, a la lógica del no- todo, de Lacan, una imposibilidad de saber (decir) sobre lo femenino acompaña todo el entrelazar conceptual del Psicoanálisis. Cuáles los sentidos de lo femenino en el Psicoanálisis? Qué relaciones son trazadas entre ese concepto y el ser mujer? Se pretende, en ese trabajo, recorrer algunas concepciones que rodean y componen el enigma de la feminidad. Un recorte que presenta lo femenino, bien como calificador del ser mujer, bien radicalizado en un nuevo concepto, en el cual la noción de alteridad y de límite lo constituye. Así, un desplazamiento del sentido se operó en la palabra en cuestión a lo largo de su curso en la Psicoanálisis. Hoy, su carga semántica es otra. En esos caminos, la figura de la mujer se multiplica...


Beaucoup de choses sont dites au sujet de la femme depuis le vide laissé par Freud. La littérature est abondante, ainsi que les côtés et les versions quassument le féminin. Introduite dans la Psychanalyse dès ses débuts par les études sur lhystérie, la recherche d'une réponse sur le devenir-femme a gagné une place centrale dans la théorie et la pratique psychanalytique. Que se soit par les impasses introduites par Freud lui-même sur le sujet ou instituées par dautres dans lavancée des recherchespostfreudiennes, une chosesemble revenir de façon insistante dans la question classique: ®que veut une femme?¼ et un aperçu semble accompagner les productions théoriques élaborées jusquà présent. Toutefois, du ®continent noir¼ de Freud à la logique du ®pas-tout¼ de Lacan, une possibilité de savoir (parler) sur le féminin accompagne toute la trame conceptuelle de la psychanalyse. Quelles sont les significations du féminin dans la psychanalyse? Quels liens sont établis entre ce concept et lêtre femme? Il est prévu dans ce travail de passer en revue certains concepts qui entourent et forment lénigme de la féminilité. Un découpage qui présente le féminin parfois comme un qualificatif de lêtre femme, parfois radicalisé en un nouveau concept intégrant la notion daltérité. Un glissement de sens sest donc produit dans le mot en question au long de son parcours dans la psychanalyse. Actuellement sa charge sémantique est une autre. Au long de ces chemins, Umage de la femme se multiplie...


Assuntos
Humanos , Feminino , Angústia de Castração/psicologia , Estresse Psicológico , Feminilidade , Histeria/psicologia , Psicanálise , Sexualidade
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