Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 3 de 3
Filtrar
1.
Textos contextos (Porto Alegre) ; 22(1): 40185, 2023.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1425906

RESUMO

Este artigo aborda as experiências das catadoras de materiais recicláveis diante das implicações provocadas pela pandemia da COVID-19 em uma associação no Distrito Federal (DF). O objetivo principal foi compreender a situação de vida precária das mulheres catadoras inseridas em uma desigualdade sistêmica e institucional do capitalismo. Para tanto, foi realizada uma etnografia que combinou técnicas de observação, interação e escuta (conversas informais e entrevistas semiestruturadas). Através disso, permitiu-se o acompanhamento do cotidiano de vida dessas mulheres, desde a instauração de uma das maiores crises sanitária da humanidade até o período do retorno às atividades laborais. Os resultados revelaram que as catadoras estão inseridas na lógica de precarização da vida sendo que as condições foram agravadas com a chegada do novo coronavírus quando aumentou a vulnerabilidade relacionada ao vínculo de trabalho informal, a insalubridade e os riscos à saúde inerentes à ocupação e às dificuldades de acesso aos serviços de saúde e assistência social. O contexto mostra uma lida complexa relacionada ao medo do desemprego, às dificuldades e às barreiras do ingresso no mercado de trabalho e de manutenção da própria subsistência. Sobretudo, isso agravou-se de forma mais intensa diante da ausência de políticas e programas voltados para elas: o Estado fez pouco para a redução dos impactos da pandemia em suas vidas. Assim, a crise sanitária instaurada refletiu a fragilidade delas em face ao ciclo da reciclagem. Este fato demonstra a necessidade urgente de ações governamentais que abarquem esse grupo social tanto no momento da pandemia quanto pós-pandemia da COVID-19, visando superar a invisibilidade social


This article addresses the experiences of women waste pickers in the face of the implications caused by the COVID-19 pandemic in an association in the Distrito Federal (DF). The main objective was to understand the precarious life situation of women waste pickers inserted in a systemic and institutional inequality of capitalism. For that, an ethnography was carried out that combined observation and listening techniques (informal conversations and semi-structured interviews). Through this, it was possible to monitor the daily life of these women, from the onset of one of the greatest health crises in humanity until the period of return to work activities. The results revealed that the waste pickers are inserted in the logic of precariousness of life, and the conditions were aggravated with the arrival of the new coronavirus when the vulnerability related to the informal work bond, the unhealthy conditions and health risks inherent to the occupation and the difficulties increased. access to health and social assistance services. The context shows a complex deal related to the fear of unemployment, the difficulties and barriers to entering the labor market and maintaining one's livelihood. Above all, it worsened more intensely in the face of the absence of policies and programs aimed at them, the State did little to reduce the impacts of the pandemic on their lives. Thus, the established health crisis reflected their fragility in the face of the recycling cycle. This fact demonstrates the urgent need for government actions to embrace this social group, both during the pandemic and post-pandemic of COVID-19, aiming to overcome social invisibility


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Riscos Ocupacionais , Catadores , Abastecimento de Alimentos , COVID-19/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Pesquisa Qualitativa , Vulnerabilidade em Saúde , Reciclagem , COVID-19/epidemiologia , Acessibilidade aos Serviços de Saúde
2.
Estud. psicol. (Natal) ; 24(1): 82-89, Jan.-Mar. 2019.
Artigo em Inglês | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1090322

RESUMO

This theoretical paper aims to examine some of the interfaces between rural settings and the field of mental health. First, living conditions in rural regions will be discussed, exploring rurality from a perspective of vulnerability and its impact on psychological health. Next, we will expand this approach by analyzing other analytical perspectives, namely Judith Butler's (2018) essay on the precariousness of life and Mbembe's (2018) necropolitics. Finally, this paper seeks to contribute to research on the living conditions and mental health of rural populations, and to promote territorial practices. Consideration will also be given to the specific lifestyles and needs of this community - without disregarding deteriorating conditions of inequality and insecurity arising from the conservative political discourse underway in our society.


O presente texto, de cunho teórico, objetiva discutir algumas interfaces entre contextos rurais e o campo da saúde mental. Inicialmente problematizamos as condições de vida no meio rural, chamando atenção para as ruralidades, e operando a partir do conceito de vulnerabilidade e seus rebatimentos na saúde mental. Em seguida, ampliamos essa discussão abrindo diálogo com outras perspectivas analíticas, a exemplo da discussão aportada por Judith Butler sobre a precarização da vida e da necropolítica de Mbembe. Por fim, pretendemos contribuir com as investigações que buscam entender as condições de vida e saúde mental das populações rurais e subsidiar práticas de cuidado territorializadas, considerando as especificidades dos modos de vida e necessidades dessas populações e atentando para o agravamento das condições de iniquidade e desproteção decorrentes de um projeto político conservador em curso em nossa sociedade.


El presente texto se propone discutir algunas interfaces entre los contextos rurales y el campo de la salud mental. Inicialmente, problematizamos las condiciones de vida en el medio rural, llamando atención sobre las diferentes ruralidades, y operando a partir del concepto de vulnerabilidad y sus impactos en la salud mental. A continuación, ampliamos esa discusión abriendo el diálogo a otras perspectivas analíticas, por ejemplo la discusión aportada por Judith Butler sobre la precarización de la vida y la necropolítica de Mbembe. Por último, pretendemos contribuir a las investigaciones que buscan entender las condiciones de vida y salud mental de las poblaciones rurales y aportar a prácticas de cuidado territorializadas, considerando las especificidades de los modos de vida y de las necesidades de esas poblaciones, y alertando sobre el agravamiento de las condiciones de inequidad y desprotección que se derivan de un proyecto político conservador en curso en nuestra sociedad.


Assuntos
População Rural , Zona Rural , Saúde Mental , Vulnerabilidade Social , Brasil
3.
RECIIS (Online) ; 10(2): 1-5, abr.-jun.2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-789237

RESUMO

Joselito e Maria Carolina vivem em Esperança, cidade no interior da Paraíba, e são pais de Maria Gabriela,criança nascida com a síndrome congênita do vírus Zika. O casal narra o itinerário de medicalização da vida familiar pela epidemia, e reclama “o direito ao conhecimento” como forma de proteção à vida. Nesta nota, argumentamos que o direito à informação é garantia fundamental para as pessoas afetadas pela epidemia, mas “conhecimento” pressupõe um marco amplo de reconhecimento que inclui o compartilhamento de proteções para uma vida digna...


Joselito and Maria Carolina live in Esperança, a remote municipality of Paraíba, Brazil. They are theparents of Maria Gabriela, a little girl who was born with the syndrome associated with congenital Zikavirus infection. The couple relate the itinerary of medicalization in family life caused by the epidemic, and claim “the right to knowledge” as a way to protect their life. We think that the right to informationis a fundamental right of people affected by the epidemic, but “knowledge” presumes broad frontiers of recognition, including to share protections providing a life with dignity...


Joselito y María Carolina viven en Esperanza, una pequeña ciudad en el interior de Paraíba, Brasil. Ellos sonlos padres de María Gabriela, una niña que nació con el síndrome asociado con la infección congénita porel virus Zika. La pareja relata el itinerario de la medicalización de la vida familiar causada por la epidemia yreclama el “derecho a saber” como una manera de proteger la vida. Pensamos que el derecho a la informaciónes un derecho fundamental de las personas afectadas por la epidemia, pero el “conocimiento” presume un amplio marco de reconocimiento que incluye compartir protecciones para una vida con dignidad...


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Acesso à Informação , Epidemias , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas , Infecção por Zika virus/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Infecção por Zika virus/complicações , Microcefalia/etiologia
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA