RESUMO
En Latinoamérica y El Caribe la presencia de niños, niñas y adolescentes en los flujos migratorios internacionales es creciente. Los efectos que la migración genera sobre la salud de estos grupos han sido poco estudiados. El objetivo de este artículo es indagar en las principales evidencias reportadas respecto al acceso y uso de servicios de salud por parte de niños, niñas y adolescentes migrantes en América Latina y El Caribe. Esto, con la finalidad de reflexionar sobre el rol que cumplen los determinantes sociales de la salud de diverso nivel, en las condiciones de salud de estos grupos. También se busca identificar recomendaciones para su abordaje desde los sistemas de salud y la política pública. Para ello se realizó una revisión narrativa de 52 publicaciones sobre la base de un proceso de búsqueda de literatura científica de la base de datos y Google Académico. Se identificaron cinco temas relevantes: uso de urgencias asociado a falta de acceso a salud, a servicios preventivos y a otros determinantes sociales de la salud; exposición a enfermedades infecciosas prevenibles; salud mental; salud sexual y reproductiva; y vacunaciones y salud dental. Concluimos que la evidencia muestra la necesidad de abordar las inequidades y desventajas que están acumulando estos grupos, desde una óptica de determinantes sociales de la salud y de políticas que consideren la salud como derecho humano independiente de la situación migratoria de los niños, niñas y adolescentes, así como la de sus padres o cuidadores principales.
The presence of children and adolescents in migratory flows is growing in Latin America and the Caribbean. Little is known about migration's effects on these groups' health. This article aims to investigate the evidence available on the access and use of healthcare services by migrant children and adolescents in Latin America and the Caribbean. We seek to explore the role of social determinants of health at different levels in the health conditions of these groups. Also, to identify potential recommendations for healthcare systems and public policy to address them. For this purpose, a narrative review of 52 publications was carried out based on a search of scientific literature in the Web of Science and Google Scholar databases. Five relevant topics were identified: use of emergency care associated with lack of healthcare access, preventive services, and other social determinants of health; exposure to preventable infectious diseases; mental health; sexual and reproductive health; and vaccinations and dental health. We conclude that the evidence shows the need to address the inequities and disadvantages faced by migrant children from a perspective of social determinants of health and policies that consider health as a human right regardless of the migratory status of children and adolescents, as well as that of their parents or primary caregivers.
RESUMO
Objetivo: Determinar la influencia de los determinantes sociales de la salud en la resistencia antibiótica, en los países de América Latina. Metodología: Estudio documental de tipo revisión sistemática, con análisis interpretativo de la información, se incluyeron a artículos publicados entre 2018 y 2023 de las bases de datos: PubMed, ScienceDirect, Cochrane, Dialnet, Google académico, BVS, LilaCs, Scielo, Epistemonikos, CUIDEN, TripDatabase, BASE Search, Jurn, WorldWideScience, Refseek, Redalyc, EbscoHost y CONRICYT; en los idiomas español, inglés y portugués, que tuvieran como población comunidades y países de América Latina; se excluyeron aquellos con enfoque veterinario o agropecuario. Resultados: Se obtuvieron 4,625 en la búsqueda inicial y posterior a la aplicación de criterios de selección, se analizaron 28 artículos analizó la calidad metodológica, la bibliometría y el análisis temático a través de la interpretación de la información contenida. Conclusión: Los determinantes sociales de la salud estructurales asociados con la resistencia antimicrobiana fueron las políticas públicas, el género, los factores macroeconómicos, el nivel socioeconómico familiar, educativo y la gobernanza.
Objective: Determine the influence of social determinants of health on antibiotic resistance in Latin American countries. Methodology: Systematic review type documentary study with interpretive analysis of the information, articles published between 2018 and 2023 from the following databases were included: PubMed, ScienceDirect, Cochrane, Dialnet, Google scholar, BVS, LilaCs, SciELO, Epistemonikos, CUIDEN, TripDatabase, BASE Search, Jurn, WorldWideScience, Refseek, Redalyc, EbscoHost and CONRICYT; in the Spanish, English and Portuguese languages, which had Latin American communities and countries as their population; Those with a veterinary or agricultural focus were excluded. Results: 4,625 were obtained in the initial search and after the application of selection criteria, 28 articles were analyzed that analyzed the methodological quality, bibliometrics and thematic analysis through the interpretation of the information contained. Conclusion: The social determinants of structural health associated with antimicrobial resistance were public policies, gender, macroeconomic factors, family socioeconomic level, education, and governance.
RESUMO
RESUMO A sindemia da covid-19 afetou desproporcionalmente populações mais vulneráveis do ponto de vista social, como pessoas de baixa renda, populações indígenas e ribeirinhas. No estado do Amazonas, onde a geografia única e as disparidades sociais apresentam desafios significativos para o acesso e a equidade em saúde, os Determinantes Sociais da Saúde (DSS) desempenham um papel crucial. Este artigo analisa se e como os DSS foram considerados durante o planejamento de testes para a covid-19 no Amazonas. Para tal análise, realizou-se um estudo de caso qualitativo por meio de análise documental e entrevistas semiestruturadas com atores-chave envolvidos no planejamento e na implementação da testagem. Os documentos oficiais foram sistematizados usando TIDieR-PHP. Os dados foram analisados empregando a ferramenta REFLEX-ISS. Os DSS não foram considerados no planejamento de testes no Amazonas. Não houve consenso entre os entrevistados sobre a importância de considerar os DSS no planejamento da intervenção. Os testes foram restritos a pacientes com sintomas graves e a algumas categorias de trabalhadores em serviços considerados essenciais. Faz-se necessário, aos gestores de políticas de saúde, conhecimento sobre a importância de considerar os DSS no planejamento em intervenções populacionais para realizar uma política equânime.
ABSTRACT The COVID-19 syndemic has disproportionately affected socially vulnerable populations, such as low-income individuals, Indigenous peoples, and riverine communities. Social Determinants of Health (SDH) have played a crucial role in the state of Amazonas, where unique geography and social disparities pose significant challenges to health access and equity. This article examines whether and how SDH were considered during COVID-19 testing planning in Amazonas. For this analysis, we conducted a qualitative case study through document analysis and semi-structured interviews with key stakeholders involved in testing planning and implementation. Official documents were systematized using TIDieR-PHP, and data were analyzed using the REFLEX-ISS tool. SDH were not considered in testing planning in Amazonas. The respondents could not all agree on the importance of considering SDH in intervention planning. Testing was limited to patients with severe symptoms and specific categories of essential workers. Health policymakers need to understand the relevance of considering SDH in planning population interventions to ensure equitable policy implementation.
RESUMO
RESUMO Os estudos sobre itinerários terapêuticos revelam modelos de cuidado e decisões tomadas pelas pessoas em situações de adoecimento e podem contribuir para o planejamento de políticas e serviços de saúde mais efetivos, especialmente em emergências como a pandemia de covid-19. O objetivo desta pesquisa foi descrever os itinerários terapêuticos de pacientes hospitalizados por covid-19 em um hospital público do Distrito Federal e explorar associações com determinantes sociais da saúde. Trata-se de um estudo de caso integrado, com triangulação de evidências quantitativas e qualitativas obtidas a partir da análise do banco de dados de um estudo observacional transversal com 233 adultos internados entre maio/2020 e dezembro/2021. A maioria homens, idosos, pretos ou pardos, com baixo nível de renda e escolaridade e múltiplas comorbidades, que procuraram atendimento na atenção especializada e conseguiram acesso rápido ao sistema de saúde. Os fatores que influenciaram a escolha do primeiro serviço foram: ocupação, região de moradia, classe econômica e escolaridade. Já os determinantes da facilidade de acesso foram: tipo de serviço buscado primeiro, gravidade do caso e contexto socioeconômico. Os resultados confirmam a influência de determinantes sociais nas experiências de adoecimento e podem subsidiar reflexões relacionadas à organização do acesso ao SUS em emergências sanitárias.
ABSTRACT Studies on therapeutic itineraries reveal models of care and decisions taken by people in situations of illness and can contribute to the planning of effective health policies and services, especially in emergencies such as the COVID-19 pandemic. The aim of this research was to describe the itineraries of patients hospitalized for COVID-19 in a public hospital in the Federal District and explore associations with social determinants of health. This is an integrated case study, with triangulation of quantitative and qualitative evidence obtained from the analysis of raw data from a cross-sectional observational study with 233 adults hospitalized between May/2020 and December/2021. The majority were men, elderly, black or brown, with low income and education levels and multiple comorbidities, who sought care in specialized care and obtained quick access to the health system. The factors that influenced the choice of the first service sought were: occupation, region of residence, economic class and education. The determinants of ease of access were: type of service first sought, severity of the case and socioeconomic context. The results confirm the influence of social determinants on illness experiences and can support reflections related to the organization of access to the SUS in health emergencies.
RESUMO
Objetivo: analisar, sob um olhar bioético, a vulnerabilidade social referente à saúde durante o contexto da pandemia de COVID-19. Metodologia: foram incluídas publicações de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2020, revisadas por pares, identificadas nas bases de dados Pubmed, SciELO e LILACS. Foram utilizados para realizar a busca na base Pubmed o termo MESH "COVID-19" conjugado com os termos: "vulnerable population", "population groups", "social determinants of health", "health equity". Os descritores DECS equivalentes em português e em espanhol dos termos MESH foram utilizados na busca nas outras duas bases. Resultados: de um total de 132 artigos, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram identificados 21 artigos elegíveis. Os temas mais abordados na amostra foram: vulnerabilidades referentes a pessoas idosas, raça, minorias étnicas, condições socioeconômicas precárias, gênero feminino, pessoas com deficiência e condições crônicas de saúde. Observou-se artigos abordando mais de uma temática, integrando aspectos diversos de populações vulneráveis. Com base nos dados encontrados foram feitas análise e discussão com foco em vulnerabilidade como conceito bioético, além de conexões com discriminação e determinação social da saúde. Conclusão: os resultados apontam para a violação de direitos explicitados na Declaração Universal de Bioética e Direitos Humanos. Ao aumentar a disparidade da morbimortalidade por COVID-19 de grupos populacionais já impactados pela determinação social da saúde, constata-se uma violação do direito à saúde, indicando que governos e sociedades falham em respeitar a vulnerabilidade de grupos sociais no contexto pandêmico.
Objective: to analyze, from a bioethical perspective, social vulnerability in relation to health during the context of the COVID-19 pandemic. Methods: The study included peer-reviewed publications from January 1st until December 31st 2020, identified in Pubmed, SciELO and LILACS data basis. Mesh terms were utilized for research in Pubmed as follows: "COVID-19" conjugated with the terms: "vulnerable population", "population groups", "social determinants of health", "health equity". Portuguese and Spanish equivalents DECS terms were used for searching in the other two databases. Results: a total of 132 articles were found. After applied inclusion and exclusion criteria, were 21 eligible articles. The most recurrent themes were: racial, ethnic and social-economics, gender, age, disability and chronic health conditions. Articles addressing more than one theme were observed, integrating different aspects of vulnerable populations. A bioethical discussion with focus in vulnerability based in the data retrieved took place and connections with discrimination and social determinants of health were made. Conclusion: results point to the violation of rights explained in the Universal Declaration of Bioethics and Human Rights. By increasing the disparity in morbidity and mortality from COVID-19 of population groups already impacted by the social determination of health, there is a violation of the right to health, indicating that governments and societies fail to respect the vulnerability of social groups in the pandemic context.
Objetivo: analizar desde un punto de vista bioético, la vulnerabilidad social relacionada con la salud durante el contexto de la pandemia de la COVID-19. Metodología: se incluyeron publicaciones revisadas por pares del 1 de enero al 31 de diciembre de 2020, identificadas en las bases de datos Pubmed, SciELO y LILACS. Se utilizó el término MESH "COVID-19" para buscar en la base de datos Pubmed junto con los términos: "población vulnerable", "grupos de población", "determinantes sociales de la salud", "equidad en salud". Los descriptores DECS equivalentes en portugués y español de los términos MESH fueron utilizados en la búsqueda en las otras bases.Resultados: de un total de 132 artículos, tras aplicar los criterios de inclusión y exclusión, se identificaron 21 artículos. Los temas más discutidos fueron: vulnerabilidades relacionadas con los adultos mayores, raza (énfasis en personas negras), minorías étnicas, condiciones socioeconómicas precarias, género femenino, personas con discapacidad y condiciones crónicas de salud. Se observaron artículos que abordaban más de un tema, integrando diferentes aspectos de las poblaciones vulnerables. A partir de los datos encontrados, se realizó análisis y discusión con foco en la vulnerabilidad como concepto bioético, así como las conexiones con la discriminación y la determinación social de la salud. Conclusión: los resultados apuntan a la violación de los derechos explícitos en la Declaración Universal de Bioética y Derechos Humanos. Al aumentar la disparidad en la morbimortalidad por COVID-19 de grupos poblacionales ya impactados por la determinación social de la salud, se vulnera el derecho a la salud, indicando que los gobiernos y las sociedades no respetan la vulnerabilidad de los grupos sociales ante la pandemia.
Assuntos
Direito SanitárioRESUMO
resumen Objetivo: Caracterizar determinantes sociales en salud, problemas y síntomas mentales potencialmente problemáticos en adultos desplazados por conflicto armado interno en Colombia, asentados en Soacha. Métodos: Estudio descriptivo de corte transversal con tamaño muestral de 98 adultos desplazados por conflicto armado. Se aplicó el SelfReport Questionnaire para detección de problemas y síntomas mentales potencialmente problemáticos y un cuestionario estructurado sobre determinantes sociales en salud. Resultados: La mediana de edad fue 38 [intervalo intercuartílico, 28-46] años y predominaron las mujeres (69,39%). La mediana de tiempo desde que fueron desplazados fue 36 [16-48] meses y asentados en Soacha, 24 [5-48] meses. El 86,32% sobrevivía con menos de un salario mínimo mensual y el 93,87% no tenía contrato laboral. Un 42,86% y un 7,14% manifestaron ser propietarios de las viviendas que habitaban antes y después del desplazamiento respectivamente. Al llegar a Soacha, el 79,60% acudió a redes primarias y el 3%, a instituciones. El 16,33% carecían de aseguramiento en salud antes del desplazamiento y el 27,55%, después. Resultaron positivos en problemas mentales por posible trastorno depresivo o ansioso el 57,29%; en posible psicosis, el 36,73% y en síntomas potencialmente problemáticos, el 91,66%, más prevalentes y graves en mujeres (p = 0,0025). Conclusiones: Se identificaron en la población adulta desplazada y asentada en Soacha deterioro en condiciones de vida y una prevalencia de problemas y síntomas mentales potencialmente problemáticos mayor que la reportada en desplazados ubicados en otras regiones del país. Se requiere análisis con perspectivas complementarias para evaluar estas diferencias.
abstract Objective: To characterise social determinants of health, mental health problems and potentially problematic symptoms in the adult population displaced by internal armed conflict in Colombia. Methods: Cross-sectional descriptive study with a random sample of 98 adults forcefully displaced to Soacha, Colombia, due to internal armed conflict. The Self Report Questionnaire to detect potentially problematic mental health problems and symptoms, and a structured questionnaire on social determinants of health were applied. Results: The median age was 38 [interquartile range, 28-46] years, and women predominated (69.39%). The median time since displacement was 36 [16-48] months, and time since settlement in Soacha, 48 [5-48] months. 86.32% survived on less than the minimum wage per month and 93.87% did not have an employment contract. 42.86% and 7.14% reported being owners of their homes before and after displacement, respectively. Upon arriving in Soacha, 79.60% went to primary support networks and 3% to institutions. Before displacement, 16.33% lacked health insurance and 27.55% afterwards. Regarding mental health problems; there were possible depressive or anxious disorders in 57.29%; possible psycho-sis in 36.73%; and potentially problematic symptoms in 91.66%, being more prevalent and serious in women (P =0.0025). Conclusions: A deterioration in living conditions and a higher prevalence of potentially problematic mental health problems and symptoms was reported in displaced adult populations settled in Soacha compared to other regions of the country. Analyses with complementary perspectives are required to evaluate these differences.
RESUMO
INTRODUÇÃO: O consumo de substâncias psicoativas durante a adolescência é um importante problema de saúde pública em todo mundo, devido as suas graves consequências, assim como pela imensa vulnerabilidade desta fase para iniciar esse comportamento. Por isso, não pode ser encarado de forma reducionista ou simplista, pois é um fenômeno social multifacetado, que envolve a complexidade do ser humano e suas relações. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Caracterizar os determinantes sociais da saúde dos adolescentes escolares do município do Rio de Janeiro; Comparar as desigualdades entre os determinantes sociais de escolas públicas e privadas; Conhecer os determinantes sociais do consumo atual do álcool, tabaco e drogas ilícitas por adolescentes escolares. OBJETIVO GERAL: Analisar o uso de substâncias psicoativas por adolescentes escolares do município do Rio de Janeiro, na perspectiva dos Determinantes Sociais da Saúde segundo o modelo de Solar e Irwin (OMS, 2011). Método: Tratou-se de um estudo transversal que fez uso dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019 referentes ao município do Rio de Janeiro, realizado com adolescentes escolares de 13 a 17 anos de idade, cujo n amostral foi 3.158. Os dados foram submetidos à análise descritiva e cálculo da prevalência. A comparação entre as diferenças dos grupos estudados foi mensurada por meio do teste do qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de 5%. As variáveis de exposição do estudo foram organizadas de acordo com o referencial teórico adotado, o modelo de Solar e Irwin (OMS, 2011), organizadas para operacionalização e análise dos dados da pesquisa, comparadas segundo a dependência administrativa da escola. As variáveis de desfecho do presente estudo foram: o consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas. Utilizou-se análise de regressão logística múltipla, calculando-se as OR ajustadas, com seus respectivos IC95%. RESULTADOS: Os determinantes sociais estudados apresentam diferenças significativas em relação ao tipo de escola, além de todas as substâncias estudadas terem apresentado maior prevalência nas escolas públicas. Destacou-se maior chance de consumo de álcool e tabaco por adolescentes do sexo feminino e pelos não brancos, em ambas as escolas. Outro resultado importante e que foi unanimidade nas substâncias estudadas, diz respeito a maior chance em casos de comportamento de risco, como o consumo de outras substâncias, atividade sexual e falta às aulas sem permissão dos pais, além de maior chance de consumo entre os adolescentes mais velhos. CONCLUSÃO: Os dados encontrados reforçam a importância do tipo de escola como um marcador de desigualdades sociais no município do Rio de Janeiro, assim como elevadas prevalências de consumo de substâncias pelos adolescentes escolares e a importância das políticas públicas destacarem seus olhares sobre as questões de gênero e raça no consumo das mesmas. Reforça-se a multidimensionalidade da problemática, cuja prevenção abrange diversos setores da sociedade. Esse olhar poderá contribuir para ampliar o olhar dos profissionais de saúde, especialmente ligados à atenção básica, assim como gestores e pesquisadores sobre a necessidade de abordar o fenômeno de forma abrangente.
INTRODUCTION: The consumption of psychoactive substances during adolescence is an important public health problem worldwide, due to its serious consequences, as well as the immense vulnerability of this phase to initiate this behavior, which is why it cannot be viewed in a reductionist or simplistic way, as it is a multifaceted social phenomenon, which involves the complexity of human beings and their relationships. SPECIFIC OBJECTIVES: Characterize the social determinants of health among school adolescents in the city of Rio de Janeiro; Compare inequalities between social determinants of public and private schools; Know the social determinants of the current consumption of alcohol, tobacco and illicit drugs by school adolescentes. GENERAL OBJECTIVE: To analyze the use of psychoactive substances by school adolescents in the city of Rio de Janeiro, from the perspective of Social Determinants of Health according to the Solar and Irwin model (WHO, 2011). Method: This was a cross-sectional study that used data from the National School Health Survey (PeNSE) 2019 for the city of Rio de Janeiro, carried out with school adolescents aged 13 to 17 years old, whose sample size was 3,158. The data were subjected to descriptive analysis and prevalence calculation, the comparison between the differences between the studied groups was measured by using Pearson's chi-square test, with a significant level of 5%. The study's exposure variables were organized according to the adopted theoretical framework, the Solar and Irwin model (WHO, 2011), organized for operationalization and analysis of research data, according to the administrative dependency of the school. The outcome variables of the present study were: consumption of alcohol, tobacco and illicit drugs. Multiple logistic regression analysis was used, calculating the adjusted ORs, with their respective 95% CI. RESULTS: The social determinants studied present significant differences in relation to the type of school, in addition to all the substances studied having a higher prevalence in public schools. A greater chance of alcohol and tobacco consumption was highlighted by female adolescents and non-whites, in both schools, another important result, which was unanimous in the substances studied, concerns the greater chance in cases of risk behavior, such as consumption of other substances, sexual activity and missing classes without parental permission, in addition to a greater chance of consumption among older adolescents. CONCLUSION: The data found reinforces the importance of the type of school as a marker of social inequalities in the city of Rio de Janeiro, as well as the high prevalence of substance use by school adolescents and the importance of public policies highlighting gender issues and race in their consumption. The multidimensionality of the problem is reinforced, and that its prevention covers different sectors of society. This view may contribute to broadening the perspective of health professionals, especially those linked to primary care, as well as managers and researchers on the need to address the phenomenon in a comprehensive manner.
Assuntos
Serviços de Saúde Escolar , Adolescente , Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias , Determinantes Sociais da Saúde , Fatores Sociológicos , PsicotrópicosRESUMO
Background: The population of India is diverse and heterogeneous, comprising different social groups like castes, religions, languages, and regions. It faces many challenges, such as poverty, illiteracy, malnutrition, lack of access to health care, sanitation, education, and infrastructure. Due to lack of proper knowledge, there is an inadequate health seeking behaviour among the people about the importance of health. This study helps us to know the most prevalent morbid conditions and how health status affects various aspects of life. Methods: A survey was conducted by students of Deccan College of Medical Sciences under the guidance of the department of community medicine. A total of 200 families with 1101 individuals were surveyed on various parameters in quality of life, immunization, literacy and marital status. The data was analysed using descriptive statistics. Results: In this study, 554 were males (50.31%) and 547 females (49.68%). Predominant age group was of 16-45 years (54.58%) and the least belonged to above 60 (3.17%). 12.17% individuals were illiterate while only 6.53% pursued higher education. There were 31 (51.67%) males and 29 (48.33%) females that were fully immunized and 3% females were not immunized. Hypertension exhibited highest prevalence at 41.36%. Majority of the population fell into socioeconomic status class III (41.32%). Conclusions: Community diagnosis is an effective tool in assessing the health status of an area. It can help the health officials and healthcare centres to take appropriate measures suitable to handle the problems prevailing in that area.
RESUMO
At Juntendo University, we offer an elective program for third-year medical students to explore social determinants of health (SDH). Among the topics is ensuring healthcare access for deaf and hard-of-hearing patients. We have implemented role-playing in outpatient clinic scenarios to simulate language barriers. In these role-plays, individuals who are deaf or hard of hearing and use sign language take on the role of healthcare professional, while the students assume the role of patient. This original program was developed by the University of Rochester School of Medicine and Dentistry. Through participation in the program, students learn sign language and deaf culture while having a transformative learning experience that helps them recognize unconscious biases within themselves.
RESUMO
Background: Age, gender and household infrastructure are important social determinants affecting health inequalities. This study aims to assess the ways that age and gender of the household head and household infrastructure intersect to create relative advantage and disadvantage in COVID-19 vulnerability. Methods: Using household primary care survey data from Mamelodi, Gauteng, headed households were sorted into three risk categories for each of the relevant infrastructural determinants of COVID-19. Bivariate ordinal logistic regression was used to determine the odds of households falling into each risk category. The proportion of high-risk (HR) categories and dwelling types was also calculated. Results: Households headed by someone ≥ 65 years were less likely to be in all HR categories and more frequently had formal houses. Male-head households were more likely to be HR for water, sanitation and hygiene infrastructure and indoor pollution; however, female-headed households (FHHs) were at higher risk for crowding. In Mamelodi, households headed by ≥ 65 years olds were relatively infrastructurally protected, likely because of pro-equity housing policy, as were FHHs, except for crowding. The care load on FHHs results in their infrastructural protection benefiting more community members, while simultaneously incurring risk. Conclusion: Infrastructural support based on the household head's age and gender could improve targeting and the effectiveness of health interventions. These results demonstrate the importance of a contextual understanding of gender and age inequalities and tailoring public health support based on this understanding. Contribution: This research describes patterns of health-related infrastructural inequality, identifies ways to improve health interventions, and demonstrates the importance of equity-focused policy in an African context.
Assuntos
Fatores Socioeconômicos , Determinantes Sociais da Saúde , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Características da Família , Fatores EtáriosRESUMO
Resumo O objetivo deste estudo é detectar as áreas de maior risco para óbitos de crianças e adolescentes de 5 a 14 anos no estado de Mato Grosso entre os anos de 2009 e 2020. Estudo ecológico, tipo exploratório, cuja unidade de análise foram os municípios. Considerando dados de mortalidade do SIM e os demográficos do IBGE, o estudo utilizou a estatística multivariada para a identificação dos clusters espaço-temporais de sobrerrisco de mortalidade nesta faixa etária. Dos 5 aos 9 anos, dois clusters de alto risco de mortalidade foram detectados; o mais provável localizado na mesorregião sul (RR: 1,6; LRV: 8,53). Dentre os 5 clusters detectados na faixa etária dos 10 aos 14 anos, o principal foi localizado na mesorregião norte (RR: 2,26; LRV: 7,84). Foi identificada redução das taxas de mortalidade na faixa etária mais jovem e aumento destas taxas na faixa etária mais velha. A identificação destes clusters, cuja análise merece ser replicada a outras partes do território nacional, é a etapa inicial para a investigação de possíveis fatores associados à morbi-mortalidade deste grupo ainda pouco explorado e para o planejamento de intervenções adequadas.
Abstract The study aimed to detect high-risk areas for deaths of children and adolescents 5 to 14 years of age in the state of Mato Grosso, Brazil, from 2009 to 2020. This was an exploratory ecological study with municipalities as the units of analysis. Considering mortality data from the Mortality Information System (SIM) and demographic data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), the study used multivariate statistics to identify space-time clusters of excess mortality risk in this age group. From 5 to 9 years of age, two clusters with high mortality risk were detected; the most likely located in the state's southern mesoregion (RR: 1.6; LRT: 8,53). Among the 5 clusters detected in the 10-14-year age group, the main cluster was in the state's northern mesoregion (RR: 2,26; LRT: 7,84). A reduction in mortality rates was observed in the younger age group and an increase in these rates in the older group. The identification of these clusters, whose analysis merits replication in other parts of Brazil, is the initial stage in the investigation of possible factors associated with morbidity and mortality in this group, still insufficiently explored, and for planning adequate interventions.
RESUMO
ABSTRACT Objectives: to analyze the risk areas for tuberculosis and the influences of social protection on the development of treatment for the disease in the municipality of São Luís, Maranhão. Methods: this is explanatory sequential mixed method research. In the quantitative phase, the data were obtained from the Notifiable Diseases Information System from 2010 to 2019, with georeferencing being carried out to identify areas vulnerable to tuberculosis. In the qualitative phase, semi-structured interviews were carried out with individuals who received social benefits. Results: 7,381 cases were geocoded, and, from the purely spatial scanning analysis, it was possible to identify 13 spatial clusters of risk. As for the interviews, there was a positive relationship between patient improvement and receiving benefits. Conclusions: geographic space and social determinants are relevant for reorienting monitoring actions for the conditions that generate the health-disease process.
RESUMEN Objetivos: analizar las áreas de riesgo para la tuberculosis y las influencias de la protección social en el desarrollo del tratamiento de la enfermedad en el municipio de São Luís, Maranhão. Métodos: se trata de una investigación explicativa de método mixto secuencial. En la fase cuantitativa, los datos se obtuvieron del Sistema de Información de Enfermedades de Declaración Obligatoria del 2010 al 2019, realizándose georreferenciación para identificar áreas vulnerables a la tuberculosis. En la fase cualitativa se realizaron entrevistas semiestructuradas a personas que recibían beneficios sociales. Resultados: se geocodificaron 7.381 casos y, a partir del análisis de escaneo puramente espacial, fue posible identificar 13 grupos espaciales de riesgo. En cuanto a las entrevistas, hubo una relación positiva entre la mejora del paciente y la recepción de beneficios. Conclusiones: el espacio geográfico y los determinantes sociales son relevantes para reorientar las acciones de seguimiento de las condiciones que generan el proceso salud-enfermedad.
RESUMO Objetivos: analisar as áreas de risco para a tuberculose e as influências da proteção social no desenvolvimento do tratamento para a doença no município de São Luís, Maranhão. Métodos: trata-se de pesquisa de método misto sequencial explanatório. Na fase quantitativa, os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação de 2010 a 2019, sendo realizado georreferenciamento para identificação das áreas vulneráveis à tuberculose. Na fase qualitativa, realizaram-se entrevistas semiestruturadas com indivíduos que recebiam benefício social. Resultados: foram geocodificados 7.381 casos, e, a partir da análise de varredura puramente espacial, foi possível identificar 13 aglomerados espaciais de risco. Quanto às entrevistas, verificou-se uma relação positiva entre a melhora dos pacientes e o recebimento de benefícios. Conclusões: o espaço geográfico e os determinantes sociais são relevantes para reorientação das ações de monitoramento das condições geradoras do processo saúde-doença.
RESUMO
ABSTRACT Objective: To assess the social, metabolic, and lifestyle determinants of consumption of fruits, vegetables, and greens (FVG) and ultra-processed food (ULT) in adults from Pernambuco. Methods: Cross-sectional and analytical study, conducted in 2015/2016. In addition to sociodemographic variables, the determinants of lifestyle were level of physical activity, alcohol consumption, tobacco use, and metabolic variables were self-reported hypertension, blood glucose, and Body Mass Index (BMI). Consumption was measured by the Food Frequency Questionnaire, then created the Frequency of Consumption Index (SFI) of the mean intake of ULT and FVG foods. The indices of FVG and ULT consumption were transformed into quartiles and these variables were included in the multinomial logistic regression, considering their determinants when p<0.05. Results: The sample was representative of the state, with 1,067 people being interviewed, whose intake of ULT was higher than that of FVG in the lowest and highest quartile of the consumption index. Consumption of fruit and vegetables was higher in higher consumption of alcoholic beverages (p=0.031) and BMI>25 kg/m2 (p=0.047); and lower in the lowest income (p=0.001). ULT intake was higher in young adults (p=0.005), lower income (p=0.044), and controlled blood glucose (p=0.021). Rural areas were 52% less exposed to medium-high ULT consumption (p<0.006). Conclusion: Higher rate of ULT consumption in relation to fresh foods, with income as a common determinant, inversely associated with ULT intake and directly related to FVG, which demands structuring policies.
RESUMO Objetivo: Avaliar os determinantes sociais, metabólicos e de estilo de vida do consumo de frutas, legumes e verduras (FLV) e ultraprocessados (ULT) em adultos de Pernambuco. Métodos: Estudo transversal e analítico, realizado em 2015/2016. Além de variáveis sociodemográficas, os determinantes do estilo de vida foram nível de atividade física, doses de bebida alcoólica e uso de tabaco e os metabólicos foram hipertensão autorreferida, glicemia e Índice de Massa Corporal (IMC). O consumo foi mensurado por questionário de frequência alimentar, e, em seguida, criou-se Índice da Frequência de Consumo (IFC) da média de ingestão dos alimentos ULT e FVL. Os índices de consumo de FLV e ULT foram transformados em quartis e essas variáveis incluídas na regressão logística multinomial, considerando seus determinantes quando p<0,05. Resultados: A amostra foi representativa do estado, sendo entrevistadas 1.067 pessoas, cuja ingestão de ULT foi superior à de FVL no menor e no maior quartil do índice de consumo. O consumo de FLV foi superior no maior consumo de bebida alcoólica (p=0,031) e IMC>25 kg/m2 (p=0,047); e inferior na menor renda (p=0,001). O consumo de ULT foi maior em adultos jovens (p=0,005), menor renda (p=0,044) e glicemia controlada (p=0,021). A área rural estava 52% menos exposta ao consumo médio-alto de ULT (p<0,006). Conclusão: Maior índice de consumo de ULT em relação aos alimentos in natura, tendo a renda como um determinante comum, inversamente associada à ingestão de ULT e diretamente relacionada a FVL, o que demanda políticas estruturantes.
RESUMO
ABSTRACT Objective. To analyze temporal trends and inequalities in neonatal mortality between 2000 and 2020, and to set neonatal mortality targets for 2025 and 2030 in the Americas. Methods. A descriptive ecological study was conducted using 33 countries of the Americas as units of analysis. Both the percentage change and average annual percentage change in neonatal mortality rates were estimated. Measurements of absolute and relative inequality based on adjusted regression models were used to assess cross-country social inequalities in neonatal mortality. Targets to reduce neonatal mortality and cross-country inequalities were set for 2025 and 2030. Results. The estimated regional neonatal mortality rate was 12.0 per 1 000 live births in 2000-2004 and 7.4 per 1 000 live births in 2020, representing a percentage change of -38.3% and an average annual percentage change of -2.7%. National average annual percentage changes in neonatal mortality rates between 2000-2004 and 2020 ranged from -5.5 to 1.9 and were mostly negative. The estimated excess neonatal mortality in the 20% most socially disadvantaged countries, compared with the 20% least socially disadvantaged countries, was 17.1 and 9.8 deaths per 1 000 live births in 2000-2004 and 2020, respectively. Based on an extrapolation of recent trends, the regional neonatal mortality rate is projected to reach 7.0 and 6.6 neonatal deaths per 1 000 live births by 2025 and 2030, respectively. Conclusions. National and regional health authorities need to strengthen their efforts to reduce persistent social inequalities in neonatal mortality both within and between countries.
RESUMEN Objetivo. Analizar las desigualdades en la mortalidad neonatal y las tendencias en el transcurso del tiempo entre el 2000 y el 2020, y establecer metas en materia de mortalidad neonatal para el 2025 y el 2030 en la Región de las Américas. Métodos. Se realizó un estudio ecológico descriptivo con información de 33 países de la Región de las Américas que se usaron como unidades de análisis. Se calculó tanto la variación porcentual como la variación porcentual anual media de las tasas de mortalidad neonatal. Se utilizaron mediciones de la desigualdad absoluta y relativa basadas en modelos de regresión ajustados, para evaluar las desigualdades sociales en los diversos países en cuanto a la mortalidad neonatal. Se establecieron metas de reducción de la mortalidad neonatal y de las desigualdades en los diversos países para el 2025 y el 2030. Resultados. La tasa de mortalidad neonatal en la Región fue de 12,0 por 1 000 nacidos vivos en el período 2000-2004 y de 7,4 por 1 000 nacidos vivos en el 2020, lo que representa una variación porcentual del -38,3% y una variación porcentual anual media del -2,7%. Las variaciones porcentuales anuales medias de las tasas de mortalidad neonatal a nivel nacional entre el período 2000-2004 y el 2020 oscilaron entre -5,5 y 1,9, y fueron en su mayor parte negativas. El exceso de mortalidad neonatal estimado en el 20% de los países más desfavorecidos socialmente, en comparación con el 20% de los países menos desfavorecidos socialmente, fue de 17,1 muertes por 1 000 nacidos vivos en el período 2000-2004 y de 9,8 muertes por 1 000 nacidos vivos en el 2020. Al extrapolar las tendencias más recientes, se prevé que la tasa de mortalidad neonatal de la Región alcance valores de 7,0 y 6,6 muertes neonatales por 1 000 nacidos vivos en el 2025 y el 2030, respectivamente. Conclusiones. Las autoridades de salud nacionales y regionales deben fortalecer las medidas para reducir las desigualdades sociales que aún persisten en materia de mortalidad neonatal, tanto entre los distintos países como dentro de cada país.
RESUMO Objetivo. Analisar as tendências temporais e desigualdades em mortalidade neonatal entre 2000 e 2020 e estabelecer metas de mortalidade neonatal para 2025 e 2030 na Região das Américas. Métodos. Estudo ecológico descritivo examinando 33 países das Américas como unidades de análise. Foram estimadas a variação percentual e a variação percentual anual média das taxas de mortalidade neonatal. Foram usadas medidas de desigualdade absoluta e relativa baseadas em modelos de regressão ajustados para avaliar desigualdades sociais entre países em termos de mortalidade neonatal. Foram definidas metas de redução da mortalidade neonatal e das desigualdades entre países para 2025 e 2030. Resultados. A taxa regional estimada de mortalidade neonatal foi de 12,0 por mil nascidos vivos em 2000-2004, e de 7,4 por mil nascidos vivos em 2020, representando uma variação percentual de -38,3%, e uma variação percentual anual média de -2,7%. As variações percentuais anuais médias nacionais das taxas de mortalidade neonatal entre 2000-2004 e 2020 variaram entre -5,5 e 1,9 e, em sua maioria, foram negativas. O excesso estimado de mortalidade neonatal nos países que estavam entre os 20% mais desfavorecidos socialmente, em comparação com os países entre os 20% menos desfavorecidos, foi de 17,1 e 9,8 mortes por mil nascidos vivos em 2000-2004 e 2020, respectivamente. Com base em extrapolação das tendências recentes, estima-se que a taxa de mortalidade neonatal regional deve atingir 7,0 e 6,6 mortes neonatais por mil nascidos vivos em 2025 e 2030, respectivamente. Conclusões. As autoridades de saúde nacionais e regionais precisam intensificar seus esforços para reduzir desigualdades sociais persistentes na mortalidade neonatal, tanto dentro dos países quanto entre eles.
RESUMO
RESUMO Este artigo teve como objetivo compreender os Determinantes Sociais da Saúde (DSS), em área periférica de uma capital brasileira, sob a perspectiva de atores sociais e políticos da região. Baseou-se na abordagem qualitativa, com 45 participantes, entre trabalhadores do setor saúde; de sede administrativa regional; vereadores, líderes religiosos e representantes de entidades organizadas do Grande Bom Jardim, Fortaleza (CE). Utilizou-se de análise documental, de grupo focal e de entrevista semiestruturada. Realizou-se análise de conteúdo, englobando as categorias dos DSS e os temas gerais 'dentro e fora de casa', analisados com base nas representações sociais. As mudanças positivas se evidenciaram no tema 'dentro das casas' dos moradores: alimentação, melhorias advindas de benefícios da política de assistência social, aumento do abastecimento de água e de energia elétrica. No tema 'fora das casas', a influência negativa na saúde destacou-se com baixo índice de cobertura de saneamento básico, insuficiência na oferta de transporte público e insegurança. Propõe-se a inclusão de temas sobre segurança, energia elétrica, mobilidade urbana, assistência social e saneamento básico para subsidiar novos estudos sobre determinação social e elaboração de medidas que contribuam para a promoção da saúde e equidade social nos territórios urbanos.
ABSTRACT The aim was to understand the Social Determinants of Health (SDH) in the outskirts of a Brazilian capital, from the perspective of social and political actors in the region. It was based on the qualitative methodological approach, with 45 participants including health workers of the regional administrative headquarter, councilors, religious leaders, and representatives of organized entities from Grande Bom Jardim - Fortaleza (CE). We used document analysis, focus group, and semi-structured interview. The content analysis was carried out, encompassing the SDH categories and the general themes 'inside the household' and 'outside the household', analyzed based on social representations. In the results, the positive changes were evident on the theme 'inside the household' of residents: nourishment, improvements resulting from benefits of social assistance policies, an increase in water and electricity supply. On the theme 'outside the household', the negative influence on health was evidenced by the low level of basic sanitation coverage, insufficient supply of public transport, and insecurity. It is proposed to include the themes of security, electricity, urban mobility, social assistance, and basic sanitation to support new studies on social determination and the development of measures that contribute to the promotion of health and social equity in urban territories.
RESUMO
ABSTRACT Objective: To analyze the relationship between sociodemographic and clinical factors with health literacy in Brazilian adolescents. Method: This is a cross-sectional study with 526 adolescents aged 14 to 19. Data were collected virtually between July and September 2021 using a sociodemographic characterization questionnaire, clinical profile and the Health Literacy Assessment Tool - Portuguese version. The variables were evaluated by multiple linear regression with normal response, with significance p < 0.05. Results: The average age was 16.9 years (±1.6), the average health literacy score was 25.3 (±5.4). Female gender (p = 0.014), university educational level (p = 0.002) and use of medication (p = 0.020) were related to higher levels of health literacy. Adolescents with chronic illnesses had a higher total literacy score, on average 1.51 points, compared to those without chronic illnesses. Conclusion: Male adolescents and those with less education performed worse in health literacy and, therefore, deserve special attention in health promotion actions.
RESUMEN Objetivo: Analizar la relación entre factores sociodemográficos y clínicos con la alfabetización en salud de adolescentes brasileños. Método: Se trata de un estudio transversal llevado con 526 adolescentes entre 14 y 19 años. Los datos se recogieron virtualmente entre julio y septiembre de 2021 mediante un cuestionario de caracterización sociodemográfica, de perfil clínico y de la Health Literacy Assessment Tool - versión en portugués. Las variables se sopesaron por regresión linear múltiple con respuesta normal y significación p < 0,05. Resultados: La edad promedio era de 16,9 años (±1,6) y la puntuación media en alfabetización en salud de 25,3 (±5,4). El sexo femenino (p = 0,014), la mayor escolaridad (p = 0,002) y el uso de medicación (p = 0,020) estaban relacionados con niveles más altos de alfabetización en salud. Los adolescentes con enfermedades crónicas obtuvieron una puntuación total de alfabetización más alta, en media, 1,51 puntos, en comparación con los que no padecían dichas enfermedades. Conclusión: Adolescentes del sexo masculino y aquellos con menos escolaridad presentaron un desempeño pobre en la alfabetización en salud y, por esa razón, necesitan atención especial durante las acciones de promoción de la salud.
RESUMO Objetivo: Analisar a relação entre fatores sociodemográficos e clínicos com o letramento em saúde de adolescentes brasileiros. Método: Trata-se de um estudo transversal com 526 adolescentes de 14 a 19 anos. Os dados foram coletados virtualmente entre julho e setembro de 2021 por meio de questionário de caracterização sociodemográfica, do perfil clínico e do Health Literacy Assessment Tool - versão em português. As variáveis foram avaliadas por regressão linear múltipla com resposta normal, com significância p < 0,05. Resultados: A média de idade foi de 16,9 anos (±1,6), a pontuação média do letramento em saúde foi de 25,3 (±5,4). Sexo feminino (p = 0,014), maior escolaridade (p = 0,002) e uso de medicamentos (p = 0,020) foram relacionados a maiores níveis de letramento em saúde. Adolescentes com doenças crônicas apresentaram pontuação total do letramento superior, em média 1,51 pontos, comparados aos sem doença crônica. Conclusão: Adolescentes do sexo masculino e os com menor escolaridade apresentaram pior desempenho no letramento em saúde e, por isso, merecem especial atenção nas ações de promoção da saúde.
Assuntos
Humanos , Adolescente , Saúde do Adolescente , Promoção da Saúde , Desenvolvimento do Adolescente , Letramento em Saúde , Determinantes Sociais da SaúdeRESUMO
ABSTRACT Objective: To verify the association between social determinants of health and access to health services for COVID-19 patients. Method: Analytical, cross-sectional study, carried out in three states in the Northeast of Brazil (Ceará, Maranhão and Pernambuco), with 968 patients, using questionnaires with sociodemographic data, determinants and the Primary Care Assessment Tool, adapted to the reality of COVID-19, with 58 items, classified as high (score ≥ 6.6) and low (score < 6.6), whose high value reveals better standards of access to health services. The Chi-square test was used for comparative analysis. Results: There was a significant difference (p < 0.05) between the domains of the instrument and the following determinants: age, skin color, body mass index, origin, schooling, employment, services close to home, first service, income and means of transport. Conclusion: Access to health services for people with COVID-19 was associated with various determinants, including individual, behavioural and social ones, correlated with the structural and organizational aspects of the health services offered by the three states of Northeastern Brazil.
RESUMEN Objetivo: Verificar la asociación de los determinantes sociales de la salud con el acceso de los pacientes con COVID-19 a los servicios de salud. Método: Estudio analítico, transversal, realizado en tres estados del Nordeste de Brasil (Ceará, Maranhão y Pernambuco), con 968 pacientes, utilizando cuestionarios con datos sociodemográficos, determinantes y la Herramienta de Evaluación de la Atención Primaria (PCATool), adaptada a la realidad de la COVID-19, con 58 ítems, clasificados en alto (puntuación ≥ 6,6) y bajo (puntuación < 6,6), cuyo valor alto revela mejores estándares de acceso a los servicios de salud. Se utilizó la prueba de chi-cuadrado para analizar las comparaciones. Resultados: Hubo diferencia significativa (p < 0,05) entre los dominios del instrumento y los siguientes determinantes: edad, color de piel, índice de masa corporal, origen, escolaridad, empleo, servicios cercanos al domicilio, primer servicio, ingreso y medio de transporte. Conclusión: El acceso a los servicios de salud de las personas con COVID-19 se asoció a diversos determinantes, entre ellos individuales, comportamentales y sociales, correlacionados con los aspectos estructurales y organizativos de los servicios de salud ofrecidos por los tres estados del nordeste de Brasil.
RESUMO Objetivo: Verificar a associação dos determinantes sociais da saúde com o acesso de pacientes com COVID-19 aos serviços de saúde. Método: Estudo analítico, transversal, desenvolvido em três estados do Nordeste brasileiro (Ceará, Maranhão e Pernambuco), com 968 pacientes, utilizando-se de questionários de dados sociodemográficos, determinantes e do Primary Care Assessment Tool, adaptado para realidade da COVID-19, com 58 itens, classificado em alto (escore ≥ 6,6) e baixo (escore < 6,6), cujo valor alto revela melhores padrões de acesso aos serviços de saúde. Para análise comparativa, empregou-se o teste do Qui-quadrado. Resultados: Verificou-se diferença significativa (p < 0,05) entre os domínios do instrumento e os seguintes determinantes: idade, cor da pele, índice de massa corporal, procedência, escolaridade, vínculo empregatício, serviços próximos à residência, primeiro serviço de atendimento, renda e meios de transporte. Conclusão: O acesso aos serviços de saúde de pessoas com COVID-19 esteve associado aos diversos determinantes, sendo estes individuais, comportamentais, sociais, correlacionados aos aspectos estruturais e organizacionais dos serviços de saúde ofertados pelos três estados do Nordeste brasileiro.
Assuntos
Humanos , COVID-19 , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Determinantes Sociais da Saúde , Utilização de Instalações e ServiçosRESUMO
Abstract The aim of this study was to assess the factors associated with oral health-related quality of life in adolescents (OHRQoL). Individual data on adolescents were collected from a secondary database. OHRQoL was measured using the oral impact on daily performance (OIDP) scale. Individual- and city-level variables were selected to represent the structural and intermediate determinants of health. The individual covariates analyzed were sex, age, skin color, maternal education, household income, number of people per room in the housing unit, dental attendance, self-perception of dental needs, untreated dental caries, and gingival bleeding. The contextual variables included the allocation factor, the Human Development Index (HDI), Gini coefficient, illiteracy, unemployment, income, average number of emergency dental visits per inhabitant, access to a sanitary sewer system, garbage collection, primary health care coverage, oral health team coverage, and number of tooth extractions between selected dental procedures and supervised toothbrushing. Unadjusted and adjusted multilevel Poisson regression analyses were used to evaluate the relationship between contextual and individual variables with overall OIDP scores (STATA version 16.0) - rate ratio (RR) and 95%CI. The mean OIDP score was 0.72 and the prevalence was 31.8%. There was an association between supervised toothbrushing average and the outcome (RR 0.95; 95%CI 0.91-0.99). Moreover, adolescents who lived in municipalities with the highest average number of emergency dental visits per inhabitant showed a higher OIDP. Sex, maternal education, untreated dental caries, and gingival bleeding were associated with OIDP. In addition, intersectoral public policies focusing on the reduction of social inequalities should be on the agenda of policymakers and stakeholders.
RESUMO
Abstract This study aimed to estimate the prevalence of alterations in self-perceived mental health during the COVID-19 pandemic and their associated factors in four Latin American countries. This is a cross-sectional study based on data collected from adults in 2021 through the Collaborative Response COVID-19 Survey by the MacDonnell Academy at Washington University in St. Louis (United States). The sample was composed of 8,125 individuals from Brazil, Colombia, Mexico, and Chile. A generalized linear model for a binary outcome variable with a logistic link and fixed country effects was used. There were 2,336 (28.75%) individuals who considered having suffered alterations in self-perceived mental health. Unemployed individuals (OR = 1.40; 95%CI: 1.24-1.58), those with bad/regular quality of life (OR = 5.03; 95%CI: 4.01-6.31), and those with high socioeconomic status (OR = 1.66; 95%CI: 1.41-1.96) had a higher risk of self-perceived mental health alterations than those with full-time employment, excellent quality, and low socioeconomic status. According to the fixed-effects model, Brazilians living in the country during the pandemic, who disagreed with their government's decisions (OR = 2.05; 95%CI: 1.74-2.42) and lacked trust in their government (OR = 2.10; 95%CI: 1.74-2.42) had a higher risk of having self-perceived mental health alterations. Nearly 30% of respondents indicated that the COVID-19 pandemic altered their self-perceived mental health. This outcome was associated with political, sociodemographic, and health risk factors. These findings should help policymakers develop post-pandemic community interventions.
Resumen Este estudio tuvo como objetivo estimar la prevalencia de alteraciones en la autopercepción de la salud mental durante la pandemia de COVID-19 y sus factores asociados en cuatro países de América Latina. Este es un estudio transversal de datos recopilados de adultos en el 2021 por medio de la investigación Respuesta Colaborativa a COVID-19 de la Academia McDonnell en la Universidad Washington en St. Louis (Estados Unidos). La muestra estuvo compuesta por 8.125 personas de Brasil, Colombia, México y Chile. El estudio utilizó un modelo lineal generalizado para una variable de desenlace binario con un enlace logístico y efectos fijos por país. En total, 2.336 (28,75%) personas consideraron que habían sufrido alteraciones en la autopercepción de la salud mental. Los desempleados (OR = 1,40; IC95%: 1,24-1,58), aquellos con calidad de vida mala/regular (OR = 5,03; IC95%: 4,01-6,31) y aquellos con alto nivel socioeconómico (OR = 1,66; IC95%: 1,41-1,96) presentaron mayor riesgo de alteraciones en la autopercepción de la salud mental que aquellos con empleo a tiempo completo, excelente calidad y bajo nivel socioeconómico. Según el modelo de efectos fijos, los brasileños que vivían en el país durante la pandemia y que no estuvieron de acuerdo con las decisiones del gobierno (OR = 2,05; IC95%: 1,74-2,42) y no confiaban en su gobierno (OR = 2,10; IC95%: 1,74-2,42) presentaron mayor riesgo de alteraciones en la autopercepción de la salud mental. Casi el 30% de los encuestados indicaron que la pandemia de COVID-19 alteró su autopercepción de la salud mental. Este desenlace se asoció con factores políticos, sociodemográficos y de riesgo a la salud. Estos hallazgos deben ayudar a los formuladores de políticas a desarrollar intervenciones comunitarias pospandémicas.
Resumo Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de alterações na autopercepção de saúde mental durante a pandemia de COVID-19 e seus fatores associados em quatro países da América Latina. Este é um estudo transversal de dados coletados de adultos em 2021 por meio da pesquisa Resposta Colaborativa à COVID-19 da Academia McDonnell na Universidade Washington em St. Louis (Estados Unidos). A amostra foi composta por 8.125 pessoas do Brasil, Colômbia, México e Chile. O estudo utilizou um modelo linear generalizado para uma variável de desfecho binário com uma conexão logística e efeitos fixos do país. No total, 2.336 (28,75%) pessoas consideraram ter sofrido alterações na autopercepção de saúde mental. Os desempregados (OR = 1,40; IC95%: 1,24-1,58), aqueles com qualidade de vida ruim/regular (OR = 5,03; IC95%: 4,01-6,31) e aqueles com alto nível socioeconômico (OR = 1,66; IC95%: 1,41-1,96) apresentaram maior risco de alterações na autopercepção de saúde mental do que aqueles com emprego em tempo integral, excelente qualidade e baixo nível socioeconômico. De acordo com o modelo de efeitos fixos, os brasileiros que viviam no país durante a pandemia, que discordavam das decisões do governo (OR = 2,05; IC95%: 1,74-2,42) e não confiavam em seu governo (OR = 2,10; IC95%: 1,74-2,42) apresentaram maior risco de alterações na autopercepção de saúde mental. Quase 30% dos entrevistados indicaram que a pandemia da COVID-19 alterou sua autopercepção de saúde mental. Esse desfecho estava associado a fatores políticos, sociodemográficos e de risco à saúde. Estes achados devem ajudar os formuladores de políticas a desenvolver intervenções comunitárias pós-pandemia.