RESUMO
Modelos etiólogicos e estratégias de tratamento cognitivas e comportamentais para o transtorno do pânico e da agarafobia são revistos. Uma discussão dos problemas epidemiológicos e clínicos associados a uma opção por: (1) um enfoque biológico que enfatiza apenas tratamentos farmacológicos; ou por (2) um enfoque psicológico que valoriza apenas tratamentos psicoterapêuticos é realizada, apontando para a necessidade de uma definição mais precisa da natureza destes transtornos e de seus tratamentos, tendo em vista as implicações de longo prazo, quando se busca uma remissão pura e simples da ansiedade. Defende-se a idéia de que a investigação cinetífica em um ou outro nível é igualmente relevante e irredutível; e que a escolha de uma ou outra estratégia de tratamento se dê por fatores específicos do problema de cada paciente mais do que por uma tendenciosidade adquirida profissionalmente
Assuntos
Humanos , Agorafobia/tratamento farmacológico , Agorafobia/terapia , Alprazolam/uso terapêutico , Ansiolíticos , Ansiolíticos/uso terapêutico , Clonazepam/uso terapêutico , Terapia Cognitivo-Comportamental , Desipramina/uso terapêutico , Inibidores da Monoaminoxidase/uso terapêutico , Nortriptilina/uso terapêutico , Fenelzina/uso terapêutico , Transtorno de Pânico/tratamento farmacológico , Transtorno de Pânico/terapia , Tranilcipromina/uso terapêuticoRESUMO
A fobia social é um transtorno crônico, sem grandes ou significativos períodos de remissao. Na fobia social generalizada a incapacitaçao é muito grande. O paciente fica extremamente limitado, quase nao consegue realizar atos corriqueiros, que envolvam algum contato social. Nesses casos o tratamento farmacológico contínuo deve ser firmemente indicado. Sem se perder de vista a tradicional relaçao risco-benefício. No programa de Ansiedade e Depressao do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, os IMAOs clássicos, fenelzine ou tranilcipromina, sao reservados para casos muitos graves e resistentes a outros tratamentos. Os mais eficazes e de efeito mais rápido sao o clonazepam ou tranilcipromina, apesar de inúmeros efeitos adversos. Para casos com incapacitaçao moderada a leve o caminho mais seguro quanto à tolerância é a moclobemida. Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina - setralina, fluoxetina ou paroxetina - parecem ser boas opçoes para esses casos mais estudos sao necessários
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Clonazepam/uso terapêutico , Fluoxetina/uso terapêutico , Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina/uso terapêutico , Paroxetina/uso terapêutico , Transtornos Fóbicos/tratamento farmacológico , Tranilcipromina/uso terapêuticoRESUMO
A farmacoterapia dos transtornos ansiosos está sendo padronizada atualmente nos serviços psiquiátricos. Este artigo revisa a abordagem clínica da farmacoterapia do transtorno do pânico. Para tanto lança mao de dados da literatura recente edas evidências da experiência clínica, enfatizando importantes elementos de informaçao para o tratamento, reavalia a variedade das classes de psicofármacos e apresenta sugestoes para o tratamento de casos de pacientes resistentes.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Transtorno de Pânico/tratamento farmacológico , Alprazolam/uso terapêutico , Clonazepam/uso terapêutico , Fluoxetina/uso terapêutico , Imipramina/uso terapêutico , Fenelzina/uso terapêutico , Recidiva , Tranilcipromina/uso terapêuticoRESUMO
Os autores do presente artigo discutem, a partir do relato de um caso atendido no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), alterantivas terapêuticas em casos graves e refratários de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). No presente caso, foi utilizado um inibidor da monoaminoxidase (IMAO) - tranilcipromina - no tratamento de um paciente já tratado com farmacoterapia convencional e sem resposta adequada. Por fim, säo descritos dados da literatura sobre os avanços da neuroanatomia funcional deste transtorno
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Tranilcipromina/uso terapêutico , Transtorno Obsessivo-Compulsivo/tratamento farmacológico , Inibidores da Monoaminoxidase/uso terapêuticoRESUMO
Objetivo. A tranilcipromina é uma droga sabidamente eficaz no tratamento dos transtornos do humor e da ansiedade, embora muitas de suas particularidades no uso clínico ainda näo estejam satisfatoriamente esclarecidas. O presente trabalho objetiva descrever a natureza e a frequência dos principais efeitos colaterais da tranilcipromina e avaliar seu impacto no resultado final do tratamento. Pacientes e métodos. Vinte e dois pacientes com transtornos do humor ou de ansiedade foram tratados com tranilcipromina na dose de 5 a 80 mg/dia por um período de 20 dias a 22 meses. Os efeitos terapêuticos e adversos observados durante o tratamento foram descritos e analisados. Resultados. 100 por cento dos pacientes apresentaram efeitos colaterais de maior ou menor intensidade. Os principais efeitos adversos observados foram a sonolência (45 por cento dos pacientes), boca seca (41 por cento), hipotensäo postural (32 por cento), insônia (23 por cento), diminuiçäo da libido (23 por cento ) e disfunçäo erétil (18 por cento). Em apenas 36 por cento dos casos, a tranilcipromina mostrou-se eficiente e bem tolerada. Conclusöes. A tranilcipromina se revelou em nosso estudo uma droga de difícil manejo, com abundantes efeitos colaterais. É possível, contudo, que estes resultados reflitam as características clínicas da populaçäo estudada
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Transtornos de Ansiedade/tratamento farmacológico , Hipotensão , Distúrbios do Início e da Manutenção do Sono , Libido/efeitos dos fármacos , Fases do Sono/efeitos dos fármacos , Transtornos Psicóticos Afetivos/tratamento farmacológico , Tranilcipromina/efeitos adversos , Tranilcipromina/uso terapêutico , XerostomiaRESUMO
A tranilcipromina é uma droga eficaz e segura, uma vez obedecidas as restriçöes dietéticas e medicamentosas, podendo ser utilizada com vantagens nas depressöes bipolares, atípicas e geriátricas. É útil no tratamento das depressöes näo responsivas a antidepressores tricíclicos, associada ou näo ao carbonato de lítio. É eficaz nos ataques de pânico e na fobia social. Pode ser utilizada como alternativa no tratamento de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo, bulimia, personalidade borderline e em crianças com transtorno de déficit de atençäo com hiperatividade. O paciente deve ter bom nível de inteligência, disciplina e bom relacionamento com o médico assistente para que se garanta a aderência ao tratamento
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Tranilcipromina/uso terapêutico , Transtorno da Personalidade Borderline/tratamento farmacológico , Bulimia/tratamento farmacológico , Transtorno Depressivo/tratamento farmacológico , Interações Medicamentosas , Transtorno Obsessivo-Compulsivo/tratamento farmacológico , Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade/tratamento farmacológico , Transtorno de Pânico/tratamento farmacológico , Transtornos Fóbicos/tratamento farmacológico , Tranilcipromina/efeitos adversosRESUMO
Estudos epidemiológicos recentes demonstram que o transtorno obsessivo-compulsivo é muito mais frequente do que se pensava (2,5//). O transtorno é altamente incapacitante. A hipótese de uma etiologia "serotoninérgica", apesar de simplista, está sendo estuda. O diagnóstico é fácil e os sintomas evidentes. Na década de 80 passou-se a demonstrar que o transtorno obsessivo-compulsivo responde bastante bem a certos medicamentos, antidepressores "serotoninérgicos", clomipramina, ou inibidores da monoaminoxidase clássicos, tranilcipromina. Os efeitos terapêuticos maiores säo obtidos com doses altas - 300mg/dia de clomipramina ou 60mg/dia de tranilcipromina. A comprovaçäo da eficácia de medicamentos de 2ª geraçäo (fluoxetina ou moclobemida) ainda demanda maiores estudos. Os medicamentos induzem vários efeitos indesejáveis e as doses devem ser aumentadas lentamente. Estudos sobre o tratamento a longo prazo, com esses medicamentos, estäo em fase inicial, inclusive no Programa de Ansiedade e Depressäo do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Clomipramina/uso terapêutico , Fluoxetina/uso terapêutico , Transtorno Obsessivo-Compulsivo/tratamento farmacológico , Tranilcipromina/uso terapêutico , Clomipramina/administração & dosagem , Clomipramina/efeitos adversos , Planos e Programas de Saúde , Transtorno Obsessivo-Compulsivo/diagnóstico , Transtorno Obsessivo-Compulsivo/epidemiologia , Transtorno Obsessivo-Compulsivo/etiologiaRESUMO
Quinhentos e oito casos de Doenças do Pânico foram estudados. A evitaçäo fóbica está correlacionada freqüentemente aos ataques de pânico. Em apenas 23% dos pacientes, o diagnóstico de depressäo maior, no passado ou presente, foi dado. Em 238 casos, Alprazolam, Clomipramina, Imipramina e Tranilcipromina foram efetivos em doses mais baixas do que as citadas na literatura. Como cada uma das medicaçöes tem alguns inconvenientes específicos, nenhuma foi considerada superior às outras