ABSTRACT
BACKGROUND: Since 1979, we have been studying subtotal splenectomy. This procedure was used in over 200 patients to treat splenic trauma, portal hypertension, myeloid metaplasia due to myelofibrosis, Gaucher disease, chronic lymphocytic leukemia, retarded growth, and sexual development associated with splenomegaly, and disorders of the pancreatic tail. On the basis of our clinic experience with laparoscopic splenectomy with and without splenic autotransplantation, open subtotal splenectomy, and after a training period with laparoscopic conservative splenic operations on animals, this communication presents laparoscopic subtotal splenectomy as a new treatment of severe pain due to ischemia of the spleen. PATIENTS AND METHODS: Two patients with severe splenic pain due to ischemia provoked by vascular obstruction of the spleen were successfully treated by laparoscopic subtotal splenectomy, with preservation of the upper splenic pole supplied only by the gastrosplenic vessels. RESULTS: This procedure was safely conducted with minor bleeding and no technical difficulties or complications. The postoperative follow-up of 5 and 21 months has been uneventful and the pain disappeared since the first postoperative day. CONCLUSIONS: It is feasible and safe to perform subtotal splenectomy by laparoscopy. This procedure seems to be a good treatment for pain due to splenic ischemia.
Subject(s)
Laparoscopy/methods , Spleen/surgery , Splenectomy/methods , Splenic Diseases/surgery , Adult , Feasibility Studies , Humans , Ischemia/complications , Male , Pain/surgery , Risk FactorsABSTRACT
RACIONAL: Desde 1979 este grupo de autores executa esplenectomia conservadora através de esplenectomia sub-total e autotransplante esplênico. Estes procedimentos foram realizados em mais de 300 pacientes para tratar diferentes condições patológicas. OBJETIVO: Apresentar proposta original e inédita em seres humanos de esplenectomia subtotal, preservando apenas o pólo superior do baço por via laparoscópica e esplenectomia total complementada por implante autógeno de tecido esplênico, também pela via laparoscópica, como nova forma de tratamento da dor severa devida à isquemia do baço. MÉTODOS: Três pacientes com intensa dor no hipocôndrio esquerdo foram submetidos a grande número de exames para concluir que sua dor era provocada por isquemia de parte do baço. A dor era resistente a todos os métodos conservadores utilizados. Decidiu-se, então, pelo tratamento cirúrgico por meio da esplenectomia subtotal, preservando o pólo superior do baço suprido pelos vasos esplenogástricos em dois casos, e esplenectomia total complementada por implante no omento maior de 20 fragmentos retirados desse baço, no terceiro caso. As três operações foram realizadas por via laparoscópica. Os três doentes foram acompanhados com exames hematológicos, imunológicos, tomográficos e cintilográficos. RESULTADOS: Esses procedimentos foram conduzidos sem risco para os paciente e com sangramento mínimo. Não houve dificuldade técnica nem complicações per ou pós-operatórias. No seguimento, não foram constatadas anormalidades, comprovando-se a vitalidade e a função dos remanescentes esplênicos. A dor esplênica desapareceu desde o dia da operação e não retornou durante o período de acompanhamento. CONCLUSÃO: A esplenectomia subtotal e os auto-implantes esplênicos são factíveis por via laparoscópica, de maneira segura para os doentes e devem deve ser considerados no tratamento da dor de origem isquêmica do baço.
BACKGROUND: Since 1979 this group of authors is doing conservative splenic surgical procedures by mean of subtotal splenectomy and splenic autotransplantation. These procedures were used in over 300 patients to treat different pathological conditions. AIM: To present for the first time in the world subtotal splenectomy and splenic autotransplantation by laparoscopic means, as a new treatment for severe pain due to ischemic spleen. METHODS: Three patients presented left abdominal severe pain due to diffuse ischemia of the spleen. This symptom was resistant to all conservative treatment. Laparoscopic subtotal splenectomy, with preservation of the upper splenic pole was indicated in two cases because this was the only part of the spleen without signs of ischemia. In a third patient ischemia was diffuse and total splenectomy with 20 implants of the splenic tissue on the greater was carried out. RESULTS: These procedures were safely conducted with minor bleeding and no technical difficulties or complications. The postoperative follow-up has been uneventful and hematological, immunological, tomographic and scintigraphic exams confirmed the vitality and functionality of the splenic remnants. The pain disappeared since the first post-operative day in the three patients. CONCLUSION: It is feasible and safe to perform subtotal splenectomy and splenic autotransplants by laparoscopy and these procedures seem to be a good treatment for pain due to ischemic spleen.
ABSTRACT
OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi determinar a exeqüibilidade, reprodutibilidade e segurança da esplenectomia subtotal por via laparoscópica e suas repercussões morfológicas, hematológicas, imunitárias e de depuração sangüínea, comparando esses dados com os obtidos na esplenectomia laparotómica. MÉTODO: Este estudo experimental foi conduzido de acordo com os princípios éticos de pesquisa experimental, propostos pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da UFMG. Quatorze cães adultos mestiços de ambos os sexos foram distribuídos em dois grupos (n = 7): Grupo 1 - Esplenectomia subtotal laparoscópica, preservando o polo superior suprido exclusivamente pelos vasos esplenogástricos; a secção esplênica e hemostasia foram realizadas utilizando um grampeador linear cortante laparoscópico com carga de 45 mm de extensão. Grupo 2 - Esplenectomia total, realizada por meio de laparotomia mediana. Depois de três meses, foram analisadas as alterações nos exames hematológico, imunitário e cintilográfico em todos os animais. Secções dos remanescentes esplênicos, fígado e linfonodos foram avaliadas histologicamente. RESULTADOS: Todos os procedimentos transcorreram sem complicações, não havendo morte operatória e com perda sangüínea mínima. Todos os animais sobreviveram à operação durante os três meses de acompanhamento. Após esse período, houve redução da contagem de plaquetas (p < 0,05) no Grupo 1. O restante dos exames hematológicos permaneceu normal. Os remanescentes esplênicos apresentaram arquitetura semelhante ao baço normal. Não houve alterações histológicas nos linfonodos e fragmentos hepáticos. CONCLUSÕES: É possível e segura a realização da esplenectomia subtotal por via laparoscópica no cão.
BACKGROUND: The aim of this study is to determine the feasibility, reability and safety of the subtotal splenectomy performed by laparoscopic means, comparing these data with those obtained by mean of laparotomic splenectomy. METHODS: An experimental study was conduced in accordance with the principles of the International Guiding for Biomedical Research Involving Animals. Fourteen adult mongrel dogs of both sexes were divided into two groups (n = 7): Group 1 - Laparoscopic subtotal splenectomy, preserving the upper pole supplied by splenogastric vessels; the splenic section, haemostasis and closure was performed with a 45 mm linear laparoscopic surgical stapler. Group 2 - Total splenectomy was performed through a median laparotomy. After three months, we accomplished haematological, immunological and scintigraphic exams in all animals. Sections of the remnant spleens, livers and lynph nodes were histologically processed. RESULTS: Blood loss was minimal and all animals survived to operation and during the three months follow-up. Reduction (p < 0.005) of the platelets was verified in the Group 1. The rest of the haematological mean values remained normal. The remnant spleen, liver and lymph nodes showed normal histological aspects, with increasing amounts of polymorphonuclear cells observed in both groups. CONCLUSION: Size It is feasible and safe to perform subtotal splenectomy by laparoscopic means in dog.
ABSTRACT
Foram estudados, num período de vinte anos, 215 doentes com megaesôfago, predominando o chagásico, tratados com esofagocardiomioplastia transversal extramucosa mais esofagogastrofundoplicatura parcial, que denominamos técnica de "Girard-Toupet-Lind". Ela foi usada nos pacientes portadores de megaesôfago de graus 2, 3 e 4. Os doentes operados foram 55,6 por cento masculinos e 44,4 por cento femininos. A faixa etária predominante foi entre a idade de 30 a 40 anos. Os autores descrevem pormenorizadamente a sistematização da técnica operatória, salientando sua fácil execução por via abdominal, criando uma ampla passagem na região esofagogástrica através de uma esofagocardiomioplastia transversal extramucosa e a confecção de uma válvula parcial anti-refluxo. Complicações pós-operatórias mediatas e imediatas ocorreram em sete doentes (3,2 por cento), e salientam a baixa morbidez e mortalidade transoperatória nula. Os doentes foram avaliados através de exame clínico, estudos radiográficos, endoscópicos e histopatológicos. Com os resultados clínicos, radiográficos, endoscópicos e histopatológicos, neste estudo, pareceu-nos que a operação realizada trouxe benefícios aos doentes e inclusive aos portadores de megaesôfago grau 4