Esclerose lateral amiotrófica: declínio funcional com o tempo desde o diagnóstico / Amyotrophic lateral sclerosis: functional decay with time since diagnosis

Esclerose lateral amiotrófica (ELA) e uma doença degenerativa ainda incurável que acomete os neurônios motores do cérebro e da medula espinhal. À medida que esses neurônios morrem, a musculatura sofre atrofia progressiva, com a conseqüente redução do controle motor até o ponto da paralisia. Ela tende a acometer pessoas de meia idade entre 55 e 65 anos. Sua incidência é de 1:100 mil por ano, mas tem aumentado. Há escassez de instrumentos para avaliar o grau de severidade e perda de funções. A Escala Funcional de ELA (Cederbaum, 1996) permite avaliar o paciente em dez áreas: fala, salivação, deglutição, escrita, alimentação, higiene e vestir-se, autocuidado noturno, andar, subir escadas, e respirar. Há dez questões, uma por área, e cinco alternativas por questão, uma por nível, com escores de zero (perda total de função) a 4 (função normal). O escore médio global tende a cair de 4,0 a 0,0 à medida que o paciente piora. Para preencher a escala, o cuidador do paciente deve marcar a alternativa que melhor descreve o funcionamento do paciente em cada área. Este estudo apresenta a tradução da escala, bem como dados preliminares de sua validação com 119 pacientes brasileiros, confirmando um declínio como função do decurso do tempo desde o diagnostico. A escala possibilita comparar efeitos e aperfeiçoar procedimentos terapêuticos.(AU)

Amyotrophic lateral sclerosis (ALS) is a still incurable degenerative disease that affects motor neurons in the brain and spinal cord. As the motor neurons gradually die the muscles they innervate suffer progressive atrophy, so that control of voluntary movements becomes increasingly difficult to the point of paralysis. ALS tends to occur in 55-65 year old middle-age adults. Its prevalence is 1: 100 thousand per year, but has increased in recent years. There is a scarcity of instruments for assessing patient's progressive loss of functions. Cederbaum's (1996) ALS Functional Rating Scale (ALSFRS) permits assessing patients' functioning in ten areas: speech, salivation, swallowing, writing, feeding, hygiene and dressing, nocturnal self-care, walking, climbing stairs, and breathing. There are ten questions, one per area, and five alternatives for each question, one per level, with scores varying from zero (total function loss) to 4 (normal functioning). Global average score tends to drop from 4,0 to 0,0 as the patient becomes worse. When filling in ALSFRS, the caretaker is to mark the alternative that best describes the patient's functioning level at each area. The study presents ALSFRS Portuguese translation and preliminary validity data of 119 Brazilian patients, which reveal a decline in overall functioning level as a function of time since diagnosis ALSFRS permits comparing effects of therapeutic procedures.(AU)

Esclerose lateral amiotrófica: declínio funcional com o tempo desde o diagnóstico / Amyotrophic lateral sclerosis: functional decay with time since diagnosis

Esclerose lateral amiotrófica (ELA) e uma doença degenerativa ainda incurável que acomete os neurônios motores do cérebro e da medula espinhal. À medida que esses neurônios morrem, a musculatura sofre atrofia progressiva, com a conseqüente redução do controle motor até o ponto da paralisia. Ela tende a acometer pessoas de meia idade entre 55 e 65 anos. Sua incidência é de 1:100 mil por ano, mas tem aumentado. Há escassez de instrumentos para avaliar o grau de severidade e perda de funções. A Escala Funcional de ELA (Cederbaum, 1996) permite avaliar o paciente em dez áreas: fala, salivação, deglutição, escrita, alimentação, higiene e vestir-se, autocuidado noturno, andar, subir escadas, e respirar. Há dez questões, uma por área, e cinco alternativas por questão, uma por nível, com escores de zero (perda total de função) a 4 (função normal). O escore médio global tende a cair de 4,0 a 0,0 à medida que o paciente piora. Para preencher a escala, o cuidador do paciente deve marcar a alternativa que melhor descreve o funcionamento do paciente em cada área. Este estudo apresenta a tradução da escala, bem como dados preliminares de sua validação com 119 pacientes brasileiros, confirmando um declínio como função do decurso do tempo desde o diagnostico. A escala possibilita comparar efeitos e aperfeiçoar procedimentos terapêuticos.

Amyotrophic lateral sclerosis (ALS) is a still incurable degenerative disease that affects motor neurons in the brain and spinal cord. As the motor neurons gradually die the muscles they innervate suffer progressive atrophy, so that control of voluntary movements becomes increasingly difficult to the point of paralysis. ALS tends to occur in 55-65 year old middle-age adults. Its prevalence is 1: 100 thousand per year, but has increased in recent years. There is a scarcity of instruments for assessing patient's progressive loss of functions. Cederbaum's (1996) ALS Functional Rating Scale (ALSFRS) permits assessing patients' functioning in ten areas: speech, salivation, swallowing, writing, feeding, hygiene and dressing, nocturnal self-care, walking, climbing stairs, and breathing. There are ten questions, one per area, and five alternatives for each question, one per level, with scores varying from zero (total function loss) to 4 (normal functioning). Global average score tends to drop from 4,0 to 0,0 as the patient becomes worse. When filling in ALSFRS, the caretaker is to mark the alternative that best describes the patient's functioning level at each area. The study presents ALSFRS Portuguese translation and preliminary validity data of 119 Brazilian patients, which reveal a decline in overall functioning level as a function of time since diagnosis ALSFRS permits comparing effects of therapeutic procedures.

Adaptaçäo brasileira do International Dyslexia Test: perfil cognitivo de crianças com escrita pobre / Brazilian adaptation of the international dyslexia test: cognitive profile of children with poor writing

O International Dyslexia Test (IDT) avalia diferentes habilidades cognitivas relacionadas à aquisiçäo de leitura e escrita, como consciência fonológica, processamento auditivo, processamento visual, velocidade de processamento, sequenciamento, habilidades motoras, raciocínio e habilidades matemáticas. Ele já foi traduzido para diferentes línguas e é usado como instrumento para o diagnóstico da dislexia em uma série de países. Este estudo preliminar com alunos brasileiros de primeira série de escola pública, teve como objetivo adaptar o teste ao português brasileiro e verificar as habilidades cognitivas em que os bons e maus leitores diferem. Os resultados mostraram que crianças com dificuldades de escritas tiveram desempenhos significativamente inferiores às crianças sem dificuldades de escrita em consciência fonológica, processamento auditivo, sequenciamento e velocidade de processamento. Entretanto seus escores foram semelhantes em habilidades motoras, processamento visual e habilidades aritméticas...

Treino de consciencia fonologica de pre 1 a segunda serie: efeitos sobre habilidades fonologicas, leitura e escrita

A consciencia de que os sons da fala podem ser segmentados e a habilidade em manipular tais segmentos sao centrais a alfabetizacao. Um treino fonologico foi aplicado a 32 criancas de Pre 1 a segunda serie com atrasos fonologicos. As habilidades fonologicas, de leitura e escrita destas aumentaram, do pre ao pos-treino, significativamente mais que as dos colegas nao-treinados, tornando-se equivalentes as dos colegas mais adiantados.

Lingua de sinais ou sistemas de sinais?

O lugar dos Sistemas de Sinais e da filosofia da Comunicacao Total e resgatado e especificado ao lado do lugar das Linguas de Sinais e da filosofia do Bilinguismo. A imersao precoce em Lingua de Sinais possibilita o desenvolvimento intelectual e linguistico da crianca surda no periodo critico de desenvolvimento, o que permite adquirir a lingua falada-escrita com o auxilio de sistemas de sinais. Os Sistemas de Sinais, como as linguas faladas sinalizadas, funcionam como estagio intermediario para facilitar a aprendizagem da sintaxe das linguas faladas-escritas, com as quais os surdos terao que se familiarizar ate que seja criado um sistema de escrita visual e nao-fonico baseado nas linguas de sinais. So isto permitira a consecucao do Bilinguismo pleno. Em suma: ate que os surdos tenham escrita propria visuo-espacial e nao-fonica: 1. sua lingua de sinais sera elusiva, eterea, e iniciatica, e nao poderao ser verdadeiramente bilingues; 2. precisarao de sistemas de sinais como ponte para aprender a morfologia e sintaxe das linguas faladas-escritas. Tendo isto em mente, desenvolvemos o sistema de sinais em multimidia Logofone para uso em redes de computador que permite comunicacao entre surdos, e entre surdos e ouvintes. Contem sinais das linguas brasileira e americana de sinais, bem como palavras correspondentes em Portugues e Ingles nas formas escrita e falada. Os sinais podem ser selecionados para compor frases via telas-sensiveis-ao-toque, detectores de sopro, movimento, direcao do olhar, ou gemidos.

Resolucao de problemas em nomos V31: efeito do grau de dificuldade de educao de regras durante o learning set sobre o desempenho subsequente

Estudou-se o efeito do grau de dificuldade de educao (GDE) de regras durante a formacao do learning set, sobre o desempenho edutivo subsequente na resolucao de problemas via computador. O programa Nomos v31 apresentava 24 problemas, requerendo a educao da regra subjacente a cada um, a partir da observacao de 13 linhas de informacao que tinham determinado comprimento e instancia 'S' ou 'N'. As regras deviam ser eduzidas com base na combinacao entre as instancias e as relacoes de comprimento entre linhas de informacao (L) e linhas referentes: a linha anterior (A) e a linha modelo (M), via operadores relacionais igual, maior, menor, maior-igual, menor-igual, diferente, (e.g., M diferente L maior-igual A). Sequencias de 12 regras cada uma foram planejadas com tres diferentes GDEs: dificil, medio e facil. Cinco universitarios recebiam sequencia de 12 regras dificeis seguida de sequencia de 12 regras medias; outros cinco, sequencia de 12 regras faceis seguida de 12 regras medias. Na sequencia inicial sob GDE facil a nota media foi maior; enquanto o tempo dispendido, a frequencia de linhas observadas e de regras formuladas foram menores que sob GDE dificil. Para tempo e frequencia de linhas houve declinio da sequencia inicial a final, mas nao interacao. Ja para notas e frequencia de regras houve interacao entre GDE e ordem: a mudanca de GDE facil para media produziu aumento na frequencia de regras e queda na nota; ja aquela da dificil para media produziu o efeito oposto. Em conclusao, o GDE das regras durante o periodo de formacao do learning set afetou o desempenho edutivo no proprio periodo bem como no periodo subsequente sob condicoes de GDE medio. Nota e frequencia de regras foram os melhores indicadores de GDE. Tempo e frequencia de linhas acusaram apenas efeito de learning set.

Educao de regras em nomos v3: efeito de condicoes de resolucao silenciosa, verbalizada e sob interferencia, sob diferentes graus de dificuldade de educao

Educao de regras com quatro graus de dificuldade de educao (GDE) foi avaliada sob condicoes de testagem silenciosa, verbalizada, e sob interferencia em 68 universitarios expostos ao programa computadorizado Nomos v3. Na verbalizada eles deviam dizer em voz alta tudo o que estivessem pensando enquanto resolviam os problemas. Na de interferencia deviam verbalizar concomitantemente material nao-relacionado a tarefa. Foram registrados efeitos de GDE e de condicao de testagem sobre proporcao de acerto (PA) numa escala de 5 (acerto ao acaso) a 10 (desempenho perfeito). Resultados indicam interacao entre GDE e condicao de testagem na determinacao do desempenho edutivo. Nao houve evidencia de efeitos principais. Na silenciosa, PA diminuiu com o aumento em GDE. Ja na verbalizada, PA foi pouco afetada pelo aumento em GDE, sugerindo que o envolvimento de processos verbais pode ter tornado a resolucao insensivel ao GDE. Na sob interferencia, PA ficou levemente acima da verbalizada, sugerindo que a resolucao de problemas em Nomos v3 envolve mais processos nao-linguisticos (possivelmente imageticos) do que verbais. O desempenho imagetico pode ter sido afetado pelo envolvimento verbal e ter sido deixado desimpedido deste, na condicao de interferencia.