ABSTRACT
No período de janeiro de 1995 a dezembro de 1996, nossa equipe cirúrgica procurou sintematizar a cirurgia de revascularizaçäo completa do miocárdio sem circulaçäo extracorpórea. Foram realizadas 385 operaçöes de revascularizaçäo do miocárdio, das quais 333 (86 por cento) sem o uso de circulaçäo extracorpórea. O objetivo do presente estudo é analisar os resultados imediatos destes 333 pacientes, no que concerne ao tempo de parmanência hospitalar, idade, sexo, número de enxertos e morbimortalidade. Todos os pacientes foram submetidos a cineangiocoronariografia prévia. Realizaram-se pontes para todas as coronárias, inclusive para as marginais da circunflexa. A idade variou de 35 a 86 anos, com média de 61 anos. O sexo masculino foi predominante com 214 (64 por cento) pacientes. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 7 dias. O número total de pontes implantadas foi 625, variando de 1 a 4, com média de 1,9 pontes por paciente. Houve 7 casos de complicaçöes sem óbitos, perfazendo um total de 2 por cento de morbidade. Registraram-se 10 óbitos no pós-operatório imediato, equivalentes a 3 por cento de mortalidade. Em face dos dados obtidos, concluímos que este método pode ser utilizado para a grande maioria dos pacientes a serem submetidos à cirurgia de revascularizaçäo do miocárdio, com baixa morbimortalidade.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Extracorporeal Circulation , Myocardial Revascularization/methods , Aged, 80 and over , Postoperative PeriodABSTRACT
No período de outubro de 1995 a fevereiro de 1996, 16 pacientes selecionados foram submetidos a cirurgia de revascularizaçao do miocárdio através de minitoracotomia ântero-lateral esquerda. Em todos os casos a artéria torácica interna esquerda foi dissecada, para posterior anastomose com o ramo interventricular anterior (RIA) sem a utilizaçao de circulaçao extracorpórea. A idade variou de 43 a 77, com média de 60 anos. Sessenta e dois por cento dos pacientes eram do sexo masculino. Nao houve complicaçoes tais como: hemorragias, acidente vascular cerebral, insuficiência renal aguda, mediastinite ou infarto agudo do miocárdio. Nao houve mortalidade no grupo em questao. Em 4 (25 por cento) pacientes foi realizado estudo hemodinâmico, que demostrou uma normalidade da anastomose da artéria torácica interna para o ramo interventricular anterior. Devido aos excelentes resultados iniciais, acreditamos que este procedimento possa ser empregado com maior freqüência e com a familiarizaçao dos grupos cirúrgicos, e que as artérias diagonais e marginais da circunflexa possam ser beneficiadas com este tipo de procedimento.