ABSTRACT
O propósito deste artigo é revisitar a reflexão sobre as redes como um modo cooperativo de ação nas políticas públicas. Aborda a transposição do modelo das redes para o mundo organizacional; a questão da cooperação nas políticas públicas; os constrangimentos às políticas públicas: visão simplista da questão socioambiental, especialização cega, loteamento das organizações e corrupção; as redes nesse cenário e os desafios do trabalho cooperativo e transformador. O item final redes de paz na saúde aborda a trajetória da Rede Gandhi: saúde, cultura de paz e não-violência.
The aim of this article is to go back to the reflection about networks as a cooperative way of action in the public policies. It reports the transposition of the model of networks for the organizational world; the matter ofcooperation in the public policies; the constraints of public policies: a simple look to the socio-environment matter, blind specialization, division of the organizations and corruption; the networks in this scenery and the challenges of the cooperativeand changing work. The final item, networks of peace in health, reports the way of Gandhi network: health, peace and non-violence culture.
Subject(s)
Humans , Public Policy , TrustABSTRACT
O artigo trata da conexão dos seres humanos entre si e com a natureza, processo que dialoga com a promoção da saúde das pessoas, no ambiente e no planeta em que vivemos. A relação sobre as conexões entre as pessoas e com a natureza e a promoção da saúde é o primeiro ponto abordado. Em seguida, focalizam-se o esgarçamento e a reconexão homen-natureza e sua relação com a saúde, com a consciência do pertencimento, o binômio unidade e fluxo e caminhos de reconexão por meio de vivências com a natureza. A dimensão da reconexão coletiva é abordada pelo resgate da solidariedade entre os homens e a proposta de uma nova economia, complementando a visão da teia da vida.
Subject(s)
Environment , Health PromotionSubject(s)
Humans , Delivery of Health Care , Violence , Violence/prevention & control , Violence/trendsABSTRACT
As dificuldades da gestão social nos municípios refletem a inadequação das políticas públicas tradicionais, formuladas para uma pobreza residual e de caráter compensatório, em face das demandas geradas pela crescente desigualdade social, pela ruptura de laços sociais e pela epidemia de violência. É no município, junto às comunidades, onde essa pressão deságua e, também, onde reside a possibilidade e a oportunidade de introdução de novos valores da cultura de paz e não-violência, orientadores de uma nova política social. Para superar as práticas tradicionais - fiadoras da injustiça social, fragmentadas e ineficientes para lidar com situações complexas - é necessário tecer uma forte aliança entre o governo e a sociedade, que coloque na agenda social o compromisso com o sofrimento do outro, a solidariedade, e se assente na resolução pacífica de conflitos. Do ponto de vista do gestor repensar a gestão social a partir desses valores passa por decisões como as de ombrear as políticas social e econômica, estimular a análise transdisciplinar das situações, ampliar a ação cooperativa e intersetorial no governo articular, em redes de compromisso social, as entidades governamentais não-governamentais, garantir a verbalização dos interesses dos grupos mais vulneráveis, e, como base, apostar na formação para a paz e não-violência para que um mundo melhor seja possível.(AU)
Subject(s)
Public Policy , Violence , Socioeconomic Factors , Intersectoral Collaboration , Safety , Community Participation , Organizations , Cooperative Behavior , Community NetworksABSTRACT
As dificuldades da gestão social nos municípios refletem a inadequação das políticas públicas tradicionais, formuladas para uma pobreza residual e de caráter compensatório, em face das demandas geradas pela crescente desigualdade social, pela ruptura de laços sociais e pela epidemia de violência. É no município, junto às comunidades, onde essa pressão deságua e, também, onde reside a possibilidade e a oportunidade de introdução de novos valores da cultura de paz e não-violência, orientadores de uma nova política social. Para superar as práticas tradicionais - fiadoras da injustiça social, fragmentadas e ineficientes para lidar com situações complexas - é necessário tecer uma forte aliança entre o governo e a sociedade, que coloque na agenda social o compromisso com o sofrimento do outro, a solidariedade, e se assente na resolução pacífica de conflitos. Do ponto de vista do gestor repensar a gestão social a partir desses valores passa por decisões como as de ombrear as políticas social e econômica, estimular a análise transdisciplinar das situações, ampliar a ação cooperativa e intersetorial no governo articular, em redes de compromisso social, as entidades governamentais não-governamentais, garantir a verbalização dos interesses dos grupos mais vulneráveis, e, como base, apostar na formação para a paz e não-violência para que um mundo melhor seja possível.
Subject(s)
Intersectoral Collaboration , Socioeconomic Factors , Public Policy , Safety , Violence , Cooperative Behavior , Organizations , Community Participation , Community NetworksABSTRACT
Objetivos: Analisar uma política pública, o Programa Emergencial de Auxílio Desemprego - PEAD, conhecido como Frentes de Trabalho, através da visäo dos seus beneficiários, verificando a consistência entre a proposta do Programa e os resultados percebidos pelos frentistas e expresso em cartas ao Governo do Estado de Säo Paulo. Método: Trabalha a manifestaçäo dos frentistas com a metodologia do discurso do sujeito coletivo e compara esse discurso com a proposta contida nos documentos oficiais sobre o Programa e com as cartas-resposta do governo. Resultados: PEAD focaliza um segmento da populaçäo desempregada em situaçäo de desfiliaçäo, utilizando como estratégia o tripé ocupaçäo/renda/qualificaçäo. Segundo os frentistas, a inserçäo no PEAD foi capaz de provocar uma ruptura na cadeia de perdas que os mantinha na zona de desfiliaçäo e de promover o resgate da sua auto-estima. Näo há evidência de sua eficácia para a reinserçäo do frentista no mercado de trabalho. Consideraçöes finais: A estratégia de PEAD demonstrou potência para conduzir a populaçäo focalizada para a zona de vulnerabilidade assistida. Para evitar seu deslizamento para a situaçäo de desfiliaçäo é necessária a articulaçäo de outros programas de proteçäo à vida dessa populaçäo.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Employment , Public Policy , State Government , Program Evaluation , Health Knowledge, Attitudes, Practice , Perception , Unemployment/trendsABSTRACT
Apresenta e comenta os resultados de uma pesquisa em relatos feitos através de cartas de pessoas desempregadas na Região Metropolitana de São Paulo que, no ano de 2000, participaram das frentes de trabalho do governo do estado de São Paulo. Identifica, nas cartas , elementos de negação da saúde, presentes nas condições de desemprego e de esgarçamento social, e elementos protetores e fomentadores da saúde, gerados por um projeto de promoção da saúde.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Health Promotion , Health Services Accessibility , Suburban Population , Brazil , Health Programs and Plans , Policy Making , Public Policy , Social Conditions , Unemployment , WorkABSTRACT
Trata das redes de comprometimento social como uma alternativa da sociedade para abordar questões sociais complexas, que não tem tido solução quando tratadas isoladamente quer por organizações não-governamentais, quer pela ação setorial do Estado. Propõe uma tipologia de redes. Apresenta a experiência da Rede Adolescente: Interações pela Vida!. Analisa o seu processo de mobilização e de reedição. Trabalha o caráter da participação, a estabilidade e os processos de mobilização e reedição nas redes de compromisso social. (AU)
Subject(s)
Case Reports , Humans , Male , Female , Public Policy , Community Networks , Social Organization , Regional Health Strategies , Local Health Strategies , Social Problems , Social Responsibility , BrazilABSTRACT
Trata das redes de comprometimento social como uma alternativa da sociedade para abordar questões sociais complexas, que não tem tido solução quando tratadas isoladamente quer por organizações não-governamentais, quer pela ação setorial do Estado. Propõe uma tipologia de redes. Apresenta a experiência da Rede Adolescente: Interações pela Vida!. Analisa o seu processo de mobilização e de reedição. Trabalha o caráter da participação, a estabilidade e os processos de mobilização e reedição nas redes de compromisso social.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Community Networks/organization & administration , Public Policy , Social Organization , Brazil , Local Health Strategies , Regional Health Strategies , Social Problems , Social ResponsibilityABSTRACT
Discute a modelagem da organizaçäo do governo para produzir e entregar serviços à sociedade e a mudança do paradigma que informa o atual modelo. Apresenta uma alternativa de configuraçäo do modelo fundamentada na perspectiva da açäo setorial e orientada para a promoçäo do desenvolvimento social. Traz à discussäo seus riscos e potencialidades.
Subject(s)
Organizational Innovation , Public Sector/organization & administration , Intersectoral Collaboration , Brazil , Politics , Government , Models, Organizational , Public PolicyABSTRACT
Discute a modelagem da organização do governo para produzir e entregar serviços à sociedade e a mudança do paradigma que informa o atual modelo. Apresenta uma alternativa de configuração do modelo fundamentada na perspectiva da ação setorial e orientada para a promoção do desenvolvimento social. Traz à discussão seus riscos e potencialidades. (AU)
Subject(s)
Organizational Innovation , Public Sector , Government , Models, Organizational , Intersectoral Collaboration , Public Policy , Politics , BrazilABSTRACT
Analisa a municipalizaçäo da política de saúde no estado de Säo Paulo como estratégia para a reconfiguraçäo progressiva do estado. Trata da descentralizaçäo da açäo governamental. Propöe focos de atuaçäo para o governo estadual, com vistas ao cumprimento de seu papel de instância de coordenaçäo e articulaçäo regional da política de saúde.
Subject(s)
Politics , Health Policy , Health Systems/organization & administration , Brazil , Cities , Unified Health System/organization & administrationABSTRACT
Identifica e aborda o desafio à gestäo pública: a intersetorialidade.
Subject(s)
Intersectoral Collaboration , Public Sector/organization & administration , Local Health Systems , State GovernmentABSTRACT
Na primeira parte, apresenta alguns aspectos do histórico recente da Secretaria da Saúde do Estado, que, enquanto instituiçäo responsável pelo gerenciamento do sistema estadual de saúde em Säo Paulo, vem respondendo às mudanças na política nacional da área e à releitura do modelo no Estado. Em seguida, analisa a situaçäo em que se encontra a organizaçäo da Secretaria como rresultado desses processos. Formula, finalmente, algumas sugestöes que têm como referência a necessidade de implementar o Sistema Unico de Saúde no Estado de Säo Paulo como uma das estratégias para melhorar a qualidade de vida da sua populaçäo
Subject(s)
State Health Planning and Development Agencies/organization & administration , Health Systems/organization & administration , Brazil , Organizational InnovationABSTRACT
Discute a questäo da qualidade na prestaçäo de serviços públicos, através da análise do caso do processo de mudança de uma organizaçäo hospitalar, de saúde mental, pertencente à rede pública do Sistema Unico de Saúde, em Säo Paulo
Subject(s)
Public Health Administration/organization & administration , Quality of Health Care/organization & administration , Mental Health Services/organization & administration , Hospitals, Psychiatric/organization & administration , Hospitals, State/organization & administration , Organizational InnovationABSTRACT
É apresentado, primeiro, o perfil epidemiológico do Estado de Säo Paulo na década de 80 e, em seguida, säo delineados a capacidade instalada da rede de serviços e o modelo de atençäo à saúde do Estado de Säo Paulo.Neste item é contemplada a gestäo do sistema de saúde do Estado, para configurar sua açäo programática.Finalmente, säo consideradas as mudanças necessárias ao sistema de atençäo, visualizando através da projeçäo das necessidades de assistência à populaçäo um plano estratégico para a década. A partir da projeçäo da demanda potencial, seräo aferidos os custos de investimento e custeio para implantar as mudanças e superar, pelo menos em parte, os problemas de saúde da populaçäo paulista na década dos 90.