ABSTRACT
The cattle tick Rhipicephalus (Boophilus) microplus (Canestrini, 1887) (Ixodida, Ixodidae) is responsible for significant economic losses in bovine production in tropical and subtropical regions worldwide. Control of this tick predominantly involves the use of chemical acaricides; however, their indiscriminate use has led to the selection of resistant populations. A survey on tick populations was conducted in the state of Rio Grande do Sul, in Brazil, to assess the prevalence of multiple resistance to acaricides in cattle farms. Additionally, questionnaires were administered to identify potential risk factors associated with multiple resistance to acaricides. In total, 176 farms with a bovine population of ≥40 cattle were randomly assigned for tick sampling. The resistance to six acaricidal compounds was investigated by bioassays. A larval packet test was performed for amitraz, chlorpyrifos, cypermethrin, fipronil and ivermectin. Fluazuron was screened using an adult immersion test. Multiple resistance to acaricides (i.e., resistance to three or more compounds) was detected in 173 samples, representing 98% of the total samples. Among these samples, 125 (71%) showed resistance to all six compounds tested. Additionally, we classified the resistance intensity into four levels (I to IV) based on the quartile distribution of the bioassay data. Ten samples (6%) showed high and very high levels (III and IV) of resistance to all six compounds tested. Three variables were significantly associated with multiple resistance to the six acaricides tested: (i) use of injectable acaricides to control ticks, (ii) application of more than five acaricide treatments per year, and (iii) farms with larger herds (≥232 animals). These results regarding widespread resistance and the emergence of multiple resistance to acaricides ticks are alarming and highlight the significant challenge of tick control in southern Brazil.
O carrapato bovino Rhipicephalus (Boophilus) microplus (Canestrini, 1887) (Ixodida, Ixodidae) é responsável por significativas perdas econômicas na bovinocultura nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. O controle deste carrapato é predominantemente realizado através do uso de carrapaticidas químicos; entretanto, o uso indiscriminado tem selecionado populações resistentes. Um inquérito em populações de carrapato foi conduzido no Rio Grande do Sul, Brasil, para identificar a prevalência de multirresistência a carrapaticidas em propriedades rurais. Além disso, questionários foram aplicados para determinar os potenciais fatores de risco associados à multirresistência a carrapaticidas. No total, 176 propriedades rurais com mais de ≥40 bovinos foram amostradas aleatoriamente. A resistência a seis classes de carrapaticidas foi investigada por bioensaios. O teste de pacote de larvas foi realizado para amitraz, clorpirifós, cipermetrina, fipronil e ivermectina. Fluazuron foi testado usando Teste de Imersão de carrapatos adultos. Multirresistência a carrapaticidas (resistência a três ou mais carrapaticidas) foi detectada em 173 amostras, representando 98% do total de amostras. Entre essas amostras, 125 (71%) apresentaram resistência aos seis carrapaticidas testados. Ademais, a intensidade de resistência foi classificada em quatro níveis (I a IV) baseada na distribuição de quartis dos dados dos bioensaios. Dez amostras (6%) apresentaram alto e muito alto nível de resistência (III e IV) aos seis carrapaticidas testados. Três variáveis foram significativamente associadas à multirresistência aos seis carrapaticidas testados: (i) uso de formulações injetáveis para controle de carrapato, (ii) aplicação de mais de cinco tratamentos carrapaticidas ao ano e (iii) propriedades com grande número de animais (≥232 bovinos). Esses resultados evidenciam que a disseminação da resistência e a emergência de populações de carrapatos multirresistentes é alarmante e destaca o desafio do controle de carrapatos no sul do Brasil.
ABSTRACT
OBJECTIVE: to analyze the frequency and associated risk factors for COVID-19 infection and the availability of Personal Protective Equipment used by primary healthcare workers. METHOD: a cross-sectional study was conducted over six months in Rio Grande do Sul. Descriptive analysis was performed, with the comparison of independent samples using Pearson's Chi-square test and Fisher's Exact test (p<.05). RESULTS: the study included 206 (27%) healthcare workers who presented COVID-19 symptoms. There was a statistical association for the following variables: availability of surgical masks (p=.003), seeking information on the correct use of personal protective equipment (p=.045), having attended people with flu-like syndrome (p=.024), and believing that the highest risk of contamination is when attending a patient positive for coronavirus disease (p=.001). CONCLUSION: the availability of personal protective equipment is indispensable for COVID-19 prevention, with special emphasis on the use of surgical masks. Furthermore, the study highlighted the importance of providing Personal Protective Equipment in conjunction with guidance on its use. HIGHLIGHTS: (1) Highlighted impacts on the distribution of PPE necessary for worker safety.(2) Emphasized the need for training and education regarding the use of PPE.(3) Found significance regarding the availability of surgical masks.(4) Identified the need for further research on health safety topics.(5) Revealed a high incidence of symptomatic workers and positive cases of COVID-19.
Subject(s)
COVID-19 , Health Personnel , Personal Protective Equipment , Primary Health Care , Humans , COVID-19/prevention & control , COVID-19/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Personal Protective Equipment/statistics & numerical data , Personal Protective Equipment/supply & distribution , Female , Male , Adult , Health Personnel/statistics & numerical data , Primary Health Care/statistics & numerical data , Middle Aged , Brazil/epidemiology , Risk Factors , Pandemics , Young Adult , Infectious Disease Transmission, Patient-to-Professional/prevention & control , Infectious Disease Transmission, Patient-to-Professional/statistics & numerical data , SARS-CoV-2ABSTRACT
Abstract Objective: to analyze the frequency and associated risk factors for COVID-19 infection and the availability of Personal Protective Equipment used by primary healthcare workers. Method: a cross-sectional study was conducted over six months in Rio Grande do Sul. Descriptive analysis was performed, with the comparison of independent samples using Pearson's Chi-square test and Fisher's Exact test (p<.05). Results: the study included 206 (27%) healthcare workers who presented COVID-19 symptoms. There was a statistical association for the following variables: availability of surgical masks (p=.003), seeking information on the correct use of personal protective equipment (p=.045), having attended people with flu-like syndrome (p=.024), and believing that the highest risk of contamination is when attending a patient positive for coronavirus disease (p=.001). Conclusion: the availability of personal protective equipment is indispensable for COVID-19 prevention, with special emphasis on the use of surgical masks. Furthermore, the study highlighted the importance of providing Personal Protective Equipment in conjunction with guidance on its use.
Resumo Objetivo: analisar a frequência e os fatores de risco associados à infecção por COVID-19 e a disponibilidade de Equipamentos de Proteção Individual utilizados por trabalhadores da atenção primária à saúde. Método: estudo transversal, com duração de seis meses, realizado no Rio Grande do Sul. Para a análise, realizou-se a análise descritiva, com comparação de amostras independentes pelo teste de Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher (p<0,05). Resultados: participaram do estudo 206 (27%) trabalhadores da saúde que apresentaram sintomas de COVID-19. Verificou-se associação estatística para as variáveis disponibilidade da máscara cirúrgica (p=0,003), buscar informações sobre o uso correto dos equipamentos de proteção individual (p=0,045), ter atendido pessoas com síndrome gripal (p=0,024) e acreditar que o maior risco para contaminação é atender um paciente positivo para coronavirus disease (p=0,001). Conclusão: a disponibilidade de equipamentos de proteção individual é indispensável para prevenção contra a COVID-19, com especial ênfase na utilização da máscara cirúrgica. Além disso, o estudo apontou a importância de fornecer os Equipamentos de Proteção Individual de forma articulada com a orientação assistencial para o seu uso.
Resumen Objetivo: analizar la frecuencia y los factores de riesgo asociados a la infección por COVID-19 y la disponibilidad de Equipos de Protección Individual utilizados por los trabajadores de la atención primaria de salud. Método: estudio transversal, con duración de seis meses, realizado en Rio Grande do Sul. Para el análisis, se realizó análisis descriptivo, con comparación de muestras independientes mediante la prueba de Chi-cuadrado de Pearson y la prueba Exacta de Fisher (p<0,05). Resultados: participaron del estudio 206 (27%) trabajadores de la salud que presentaron síntomas de COVID-19. Se verificó asociación estadística para las variables disponibilidad de mascarilla quirúrgica (p=0,003), buscar información sobre el uso correcto del equipo de protección individual (p=0,045), haber atendido a personas con síndrome gripal (p=0,024) y creer que el mayor riesgo de contaminación es al atender a un paciente positivo a la enfermedad por coronavirus (p=0,001). Conclusión: la disponibilidad de equipos de protección individual es fundamental para prevenir la COVID-19, con especial énfasis en el uso de la mascarilla quirúrgica. Además, el estudio señaló la importancia de proporcionar Equipos de Protección Individual junto con orientaciones de cuidado para su uso.
Subject(s)
Humans , Primary Health Care , Personal Protective Equipment , COVID-19/prevention & control , Insurance, HealthABSTRACT
Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é considerada uma das zoonoses mais relevantes das Américas devido à acentuada magnitude, à ampla distribuição geográfica e à alta taxa de letalidade. Objetivo: Avaliar a percepção dos profissionais de saúde quanto à ocorrência da LV em Uruguaiana (Rio Grande do Sul). Método: Estudo observacional transversal empregando um questionário autoaplicável durante o período de dezembro de 2016 a janeiro de 2017. Resultados: Participaram 183 profissionais de saúde, sendo 136 integrantes da Estratégia Saúde da Família, 20 agentes de controle de endemias e 27 veterinários. Identificaram-se deficiências de percepção dos profissionais de saúde a respeito da epidemiologia e da sintomatologia da doença. Conclusões: Fragilidades na percepção dos profissionais de saúde quanto à epidemiologia e à sintomatologia da LV ficaram evidenciadas, o que poderá impactar na detecção precoce de casos da doença e, consequentemente, na execução das ações preconizadas para o controle e prevenção da doença. É necessário investir em estratégias de capacitação sobre a LV, visando corrigir lacunas no conhecimento e fomentar discussões que englobem a complexidade do tema.
Introduction: Visceral leishmaniasis (VL) is considered one of the most relevant zoonoses in the Americas due to its high magnitude, wide geographic distribution, and high fatality rate. Objective: Evaluate the perception of health professionals regarding the occurrence of VL in Uruguaiana (RS). Method: A cross-sectional observational study was carried out using a self-administered questionnaire from December 2016 to January 2017. Results: One hundred eighty-three health professionals participated in the study (one hundred thirty-six members of the Family Health Strategy, twenty endemic control agents and twenty-seven veterinarians). Health professionals' perception deficiencies were identified regarding the epidemiology and symptomatology of the disease. Conclusions: This study showed weaknesses in the knowledge of health professionals about the epidemiology and symptoms of VL, which may impact the early detection of cases and, consequently, their favorable resolution. It is necessary to invest in training strategies on VL, aiming to correct gaps in knowledge and foster discussion on the subject.
ABSTRACT
BACKGROUND: This study aims to investigate inequalities in leisure-time physical activity (PA) practice amid the COVID-19 pandemic in a southern Brazilian city. METHODS: Four repeated population-based surveys were carried out. PA was collected using a questionnaire proposed by the authors and an adapted version of the leisure-time section of the International Physical Activity Questionnaire. The sociodemographic variables were sex, age, skin color, and education level. The participants also answered questions regarding social distancing measures compliance. Descriptive analyses based on proportions and their respective P values for categorical variables were presented. The chi-square test for heterogeneity and linear trend was used. RESULTS: The sample is composed of 1556 individuals (66.1% female). Overall, between rounds 1 and 2, PA prevalence declined, followed by a gradual increase thereafter. PA practice during the pandemic was higher among men, individuals with higher education level, and individuals with white skin color in all rounds. In rounds 2, 3, and 4, PA was lower among individuals who were practicing more social distancing. CONCLUSION: To tackle the PA inequalities, policymakers and stakeholders need to confront disparities, defending greater availability of public policies that are attentive to inequalities, especially regarding gender, skin color, and educational level, to promote PA as a human right.
Subject(s)
COVID-19 , Pandemics , Brazil/epidemiology , Exercise , Female , Humans , Male , SARS-CoV-2 , Surveys and QuestionnairesABSTRACT
OBJECTIVE: To assess the association between household food insecurity (FI) and major depressive episodes (MDE) amid Covid-19 pandemic in Brazil. DESIGN: Cross-sectional study carried out with data from four consecutive population-based studies. SETTING: The study was conducted between May and June 2020, in Bagé, a Brazilian southern city. Household FI was measured using the short-form version of the Brazilian Food Insecurity Scale. Utilising the Patient Health Questionnaire-9, we used two different approaches to define MDE: the cut-off point of ≥ 9 and the diagnostic criteria proposed by the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV-TR). Association between FI and MDE was analysed using crude and adjusted Poisson regression models. PARTICIPANTS: 1550 adults (≥ 20 years old). RESULTS: The prevalence of household FI was 29·4 % (95 % CI 25·0, 34·4). MDE prevalence varied from 4·4 % (95 % CI 3·1, 6·0), when we used the DSM-IV-TR criteria to define this condition, to 9·6 % (95 % CI 7·3, 12·5) of the sample, when we used the cut-off point of ≥ 9 as definition. The prevalence of MDE was more than two times higher in those individuals living with FI, independent of the criteria adopted to define the outcome. Adjustment for potential confounders did not change the association's magnitude. CONCLUSIONS: Household FI has been positively associated with MDE amid Covid-19 pandemic, independent of socio-demographic characteristics of participants. Actions are needed to warrant basic living conditions to avoid FI and hunger and its consequences for the Brazilian population, especially those consequences linked to mental health disorders.
Subject(s)
COVID-19 , Depressive Disorder, Major , Adult , Brazil/epidemiology , COVID-19/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Depressive Disorder, Major/epidemiology , Food Insecurity , Food Supply , Humans , Pandemics , Prevalence , Young AdultABSTRACT
The objective was to analyze trends and inequalities in the prevalence of food insecurity during the COVID-19 pandemic according to sociodemographic factors and social distancing measures. We analyzed data from four serial epidemiological surveys on COVID-19 in May and June 2020, with adults and elderly living in Bagé, Rio Grande do Sul State, Brazil. Food insecurity was assessed with the short version of the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA), with the recall period adapted to the beginning of the social distancing period in the city. Sociodemographic characteristics and the adoption of social distancing measures were analyzed, and their associations with food insecurity were assessed with chi-square test. The temporal trend in food insecurity according to these characteristics was assessed via linear regression. Inequalities in food insecurity were assessed with the angular inequality index and concentration index. Of the 1,550 individuals studied, 29.4% (95%CI: 25.0; 34.4) presented food insecurity. Analysis of inequality showed higher concentration of food insecurity among the younger and less educated and those living with five or more residents in the same household. Over the course of the four surveys, prevalence of food insecurity decreased most sharply among the younger, those living in households with up to two residents, and those with two or more workers. There was a strong association between food insecurity and sociodemographic factors, which may indicate the pandemic´s potential economic impact on households' food situation.
O objetivo foi analisar tendências e desigualdades na prevalência de insegurança alimentar na pandemia de COVID-19, de acordo com fatores sociodemográficos e com medidas de distanciamento social. Dados de quatro inquéritos epidemiológicos seriados sobre a COVID-19 desenvolvidos entre maio e junho de 2020, com adultos e idosos residentes na cidade de Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil. Insegurança alimentar foi avaliada por meio da versão curta da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), com o período recordatório adaptado ao início das medidas de distanciamento social no município. As características sociodemográficas e a adoção de medidas de distanciamento social foram analisadas, e suas associações com a insegurança alimentar foram avaliadas utilizando-se o teste de qui-quadrado. A tendência temporal da insegurança alimentar de acordo com tais características foi avaliada usando-se regressão linear. As desigualdades na insegurança alimentar foram avaliadas utilizando-se o índice angular de desigualdade e o índice de concentração. Dos 1.550 indivíduos estudados, 29,4% (IC95%: 25,0; 34,4) apresentaram insegurança alimentar. A análise de desigualdade mostrou maior concentração da insegurança alimentar entre os mais jovens, os menos escolarizados e os que residiam em domicílios com cinco moradores ou mais. Ao longo dos quatro inquéritos, a prevalência de insegurança alimentar reduziu mais acentuadamente entre os mais jovens, naqueles que residiam em domicílios com até dois moradores e com dois ou mais trabalhadores. Evidenciou-se forte associação da insegurança alimentar com os aspectos sociodemográficos dos entrevistados, o que pode indicar o potencial impacto econômico da pandemia na situação alimentar dos domicílios.
El objetivo fue analizar tendencias y desigualdades en la prevalencia de inseguridad alimentaria durante la pandemia de COVID-19, de acuerdo con factores sociodemográficos, así como con las medidas de distanciamiento social. Se analizaron datos de cuatro encuestas epidemiológicas seriadas sobre la COVID-19, desarrolladas entre mayo y junio de 2020, con adultos y ancianos residentes en la ciudad de Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil. La inseguridad alimentaria se evaluó a través de la versión corta de la Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria (EBIA), con un período recordatorio, adaptado al inicio de las medidas de distanciamiento social en el municipio. Fueron analizadas características sociodemográficas y la adopción de medidas de distanciamiento social, así como sus asociaciones con la inseguridad alimentaria, utilizándose un test de chi-cuadrado. Se evaluó la tendencia temporal de la inseguridad alimentaria de acuerdo con tales características, utilizándose la regresión lineal. Se evaluaron desigualdades en la inseguridad alimentaria, mediante el índice angular de desigualdad y el índice de concentración. De los 1.550 individuos estudiados, un 29,4% (IC95%: 25,0; 34,4) presentaron inseguridad alimentaria. El análisis de desigualdad mostró una mayor concentración de inseguridad alimentaria entre los más jóvenes, los menos escolarizados, y quienes residían en domicilios con cinco residentes o más. A lo largo de las cuatro encuestas, la prevalencia de inseguridad alimentaria se redujo más acentuadamente entre los más jóvenes, en quienes residían en domicilios con hasta dos residentes y con dos o más trabajadores. Se evidenció una fuerte asociación de la inseguridad alimentaria con aspectos sociodemográficos de los entrevistados, lo que puede indicar el potencial impacto económico de la pandemia en la situación alimentaria de los domicilios.
Subject(s)
COVID-19 , Pandemics , Adult , Aged , Brazil/epidemiology , Cities , Cross-Sectional Studies , Food Insecurity , Food Supply , Humans , SARS-CoV-2 , Socioeconomic Factors , Surveys and QuestionnairesABSTRACT
O objetivo foi analisar tendências e desigualdades na prevalência de insegurança alimentar na pandemia de COVID-19, de acordo com fatores sociodemográficos e com medidas de distanciamento social. Dados de quatro inquéritos epidemiológicos seriados sobre a COVID-19 desenvolvidos entre maio e junho de 2020, com adultos e idosos residentes na cidade de Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil. Insegurança alimentar foi avaliada por meio da versão curta da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), com o período recordatório adaptado ao início das medidas de distanciamento social no município. As características sociodemográficas e a adoção de medidas de distanciamento social foram analisadas, e suas associações com a insegurança alimentar foram avaliadas utilizando-se o teste de qui-quadrado. A tendência temporal da insegurança alimentar de acordo com tais características foi avaliada usando-se regressão linear. As desigualdades na insegurança alimentar foram avaliadas utilizando-se o índice angular de desigualdade e o índice de concentração. Dos 1.550 indivíduos estudados, 29,4% (IC95%: 25,0; 34,4) apresentaram insegurança alimentar. A análise de desigualdade mostrou maior concentração da insegurança alimentar entre os mais jovens, os menos escolarizados e os que residiam em domicílios com cinco moradores ou mais. Ao longo dos quatro inquéritos, a prevalência de insegurança alimentar reduziu mais acentuadamente entre os mais jovens, naqueles que residiam em domicílios com até dois moradores e com dois ou mais trabalhadores. Evidenciou-se forte associação da insegurança alimentar com os aspectos sociodemográficos dos entrevistados, o que pode indicar o potencial impacto econômico da pandemia na situação alimentar dos domicílios.
The objective was to analyze trends and inequalities in the prevalence of food insecurity during the COVID-19 pandemic according to sociodemographic factors and social distancing measures. We analyzed data from four serial epidemiological surveys on COVID-19 in May and June 2020, with adults and elderly living in Bagé, Rio Grande do Sul State, Brazil. Food insecurity was assessed with the short version of the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA), with the recall period adapted to the beginning of the social distancing period in the city. Sociodemographic characteristics and the adoption of social distancing measures were analyzed, and their associations with food insecurity were assessed with chi-square test. The temporal trend in food insecurity according to these characteristics was assessed via linear regression. Inequalities in food insecurity were assessed with the angular inequality index and concentration index. Of the 1,550 individuals studied, 29.4% (95%CI: 25.0; 34.4) presented food insecurity. Analysis of inequality showed higher concentration of food insecurity among the younger and less educated and those living with five or more residents in the same household. Over the course of the four surveys, prevalence of food insecurity decreased most sharply among the younger, those living in households with up to two residents, and those with two or more workers. There was a strong association between food insecurity and sociodemographic factors, which may indicate the pandemic´s potential economic impact on households' food situation.
El objetivo fue analizar tendencias y desigualdades en la prevalencia de inseguridad alimentaria durante la pandemia de COVID-19, de acuerdo con factores sociodemográficos, así como con las medidas de distanciamiento social. Se analizaron datos de cuatro encuestas epidemiológicas seriadas sobre la COVID-19, desarrolladas entre mayo y junio de 2020, con adultos y ancianos residentes en la ciudad de Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil. La inseguridad alimentaria se evaluó a través de la versión corta de la Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria (EBIA), con un período recordatorio, adaptado al inicio de las medidas de distanciamiento social en el municipio. Fueron analizadas características sociodemográficas y la adopción de medidas de distanciamiento social, así como sus asociaciones con la inseguridad alimentaria, utilizándose un test de chi-cuadrado. Se evaluó la tendencia temporal de la inseguridad alimentaria de acuerdo con tales características, utilizándose la regresión lineal. Se evaluaron desigualdades en la inseguridad alimentaria, mediante el índice angular de desigualdad y el índice de concentración. De los 1.550 individuos estudiados, un 29,4% (IC95%: 25,0; 34,4) presentaron inseguridad alimentaria. El análisis de desigualdad mostró una mayor concentración de inseguridad alimentaria entre los más jóvenes, los menos escolarizados, y quienes residían en domicilios con cinco residentes o más. A lo largo de las cuatro encuestas, la prevalencia de inseguridad alimentaria se redujo más acentuadamente entre los más jóvenes, en quienes residían en domicilios con hasta dos residentes y con dos o más trabajadores. Se evidenció una fuerte asociación de la inseguridad alimentaria con aspectos sociodemográficos de los entrevistados, lo que puede indicar el potencial impacto económico de la pandemia en la situación alimentaria de los domicilios.
Subject(s)
Humans , Adult , Aged , Pandemics , COVID-19 , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Surveys and Questionnaires , Cities , Food Supply , SARS-CoV-2 , Food InsecurityABSTRACT
This study aimed to describe leisure-time physical activity (LPA) during the COVID-19 pandemic in a municipality of Rio Grande do Sul state, southern Brazil, according to gender, level of education, and adherence to social distancing. A population-based and cross-sectional descriptive study was carried out in Bagé (RS), Brazil. LPA during the pandemic, place of activity, and Physical Education professional's supervision, were described. The sample included 377 adults, and 24.4% reported LPA during the pandemic. Marked inequalities were observed. LPA prevalence among men was 20 percentage points (pp) higher than women and 40 pp higher among those with higher schooling than those with lower schooling. Among those reporting LPA, 53.5% practiced at home, and 64.8% did not report Physical Education professional supervision. No differences were observed between LPA and level of social distancing. Besides the recurrent discourse that people should include physical activity in the pandemic context, in the light of the marked inequalities observed, this study addressed sociocultural aspects and emphasized that LPA promotion initiatives require humanized approaches that consider the unequal living conditions of Brazilians.
O objetivo deste estudo foi descrever a prática de atividade física de lazer (AFL) em meio a pandemia do COVID-19 em cidade do Rio Grande do Sul, avaliando desigualdades entre os sexos e grupos de escolaridade e diferenças de acordo com o nível de distanciamento social. Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal e base populacional com adultos no município de Bagé. Foram descritas a prática de AFL durante a pandemia, local de prática e orientação profissional. Na amostra de 377 adultos, 24,4% relataram prática de AFL durante a pandemia. Foram observadas marcantes desigualdades; a prevalência de AFL entre homens foi 20 pontos percentuais (pp) maior do que entre as mulheres, e 40 pp maior no grupo de maior escolaridade comparado ao grupo de menor escolaridade. Entre os que praticaram AFL durante a pandemia, 53,5% relataram a prática em casa e 64,8% não teve auxílio de um profissional de Educação Física. Não houve diferença na AFL de acordo com níveis de distanciamento social. Para além da reprodução do discurso de que as pessoas devam praticar atividade física no contexto da pandemia, este estudo buscou discutir aspectos socioculturais, enfatizando, à luz das desigualdades observadas, que a promoção de AFL necessita de olhar humanizado e atento à vida desigual das pessoas no Brasil.
Subject(s)
Betacoronavirus , Coronavirus Infections/epidemiology , Exercise , Physical Education and Training/statistics & numerical data , Pneumonia, Viral/epidemiology , Activities of Daily Living , Adult , Brazil/epidemiology , COVID-19 , Cities/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Educational Status , Female , Humans , Leisure Activities , Male , Pandemics , Quarantine , SARS-CoV-2 , Sex Factors , Surveys and Questionnaires/statistics & numerical data , Time FactorsABSTRACT
Resumo O objetivo deste estudo foi descrever a prática de atividade física de lazer (AFL) em meio a pandemia do COVID-19 em cidade do Rio Grande do Sul, avaliando desigualdades entre os sexos e grupos de escolaridade e diferenças de acordo com o nível de distanciamento social. Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal e base populacional com adultos no município de Bagé. Foram descritas a prática de AFL durante a pandemia, local de prática e orientação profissional. Na amostra de 377 adultos, 24,4% relataram prática de AFL durante a pandemia. Foram observadas marcantes desigualdades; a prevalência de AFL entre homens foi 20 pontos percentuais (pp) maior do que entre as mulheres, e 40 pp maior no grupo de maior escolaridade comparado ao grupo de menor escolaridade. Entre os que praticaram AFL durante a pandemia, 53,5% relataram a prática em casa e 64,8% não teve auxílio de um profissional de Educação Física. Não houve diferença na AFL de acordo com níveis de distanciamento social. Para além da reprodução do discurso de que as pessoas devam praticar atividade física no contexto da pandemia, este estudo buscou discutir aspectos socioculturais, enfatizando, à luz das desigualdades observadas, que a promoção de AFL necessita de olhar humanizado e atento à vida desigual das pessoas no Brasil.
Abstract This study aimed to describe leisure-time physical activity (LPA) during the COVID-19 pandemic in a municipality of Rio Grande do Sul state, southern Brazil, according to gender, level of education, and adherence to social distancing. A population-based and cross-sectional descriptive study was carried out in Bagé (RS), Brazil. LPA during the pandemic, place of activity, and Physical Education professional's supervision, were described. The sample included 377 adults, and 24.4% reported LPA during the pandemic. Marked inequalities were observed. LPA prevalence among men was 20 percentage points (pp) higher than women and 40 pp higher among those with higher schooling than those with lower schooling. Among those reporting LPA, 53.5% practiced at home, and 64.8% did not report Physical Education professional supervision. No differences were observed between LPA and level of social distancing. Besides the recurrent discourse that people should include physical activity in the pandemic context, in the light of the marked inequalities observed, this study addressed sociocultural aspects and emphasized that LPA promotion initiatives require humanized approaches that consider the unequal living conditions of Brazilians.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Physical Education and Training/statistics & numerical data , Pneumonia, Viral/epidemiology , Exercise , Coronavirus Infections/epidemiology , Betacoronavirus , Time Factors , Brazil/epidemiology , Activities of Daily Living , Quarantine , Sex Factors , Cross-Sectional Studies , Surveys and Questionnaires/statistics & numerical data , Cities/epidemiology , Educational Status , Pandemics , SARS-CoV-2 , COVID-19 , Leisure ActivitiesABSTRACT
This study aimed to characterize the outbreaks of equine infectious anemia (EIA) identified, between the years 2009 and 2015, in the western region of the state of Rio Grande do Sul, Brazil. We identified 26 positive horses on 24 properties. Each positive property was considered an outbreak of the disease. The diagnoses were made using the agar gel immunodiffusion (AGID) test as a part of the sanitary checks conducted during animal transportation or certification of the horse´s sanitary status. The positive properties included farms or horse barns, and the infected animals were used for ranch work, sports, or reproduction. One outbreak was identified in animals that were being illegally transported from Argentina to Brazil. Fifteen outbreaks occurred on properties that were not registered with the Official Veterinary Service (OVS). Eleven outbreaks were identified in urban areas and 13 in rural areas. Twelve of the 24 outbreaks were diagnosed in 2015 alone, nine of which occurred in São Borja county. On two properties, a diagnosis could not be confirmed with a retest; therefore, these outbreaks were discharged. During sanitation checks on three properties, 12 additional positive animals were identified among a population of 1,108 susceptible animals. Based on these findings, we concluded that a subclinical form of the infection is present in that area, which is linked to properties that are not registered with the OVS, and that animals which are transported illegally across international borders represent a potential risk.(AU)
O objetivo do estudo foi caracterizar os focos de EIA identificados, entre 2009 e 2015, na região oeste do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Inicialmente foram identificados 26 equinos positivos em 24 propriedades, sendo que cada propriedade foi considerada um foco. Os diagnósticos foram realizados por imunodifusão em gel de ágar (AGID) na ocasião do transporte ou como medidas sanitárias, em casos de vínculo com animais infectados ou para fim de certificação do status sanitário. Um foco foi identificado em animais transportados ilegalmente da Argentina para o Brasil. Os estabelecimentos positivos eram fazendas ou estábulos e os animais infectados utilizados para trabalho, esporte ou reprodução. Quinze focos ocorreram em propriedades não cadastradas no SVO. Onze focos localizaram-se na zona urbana e 13 em propriedades rurais. Somente no ano de 2015 foram diagnosticados 12 dos 24 focos, sendo que no munícipio de São Borja ocorreram nove surtos neste período. Em duas propriedades o resultado inicial não foi confirmado no reteste, fazendo com que estes focos fossem encerrados imediatamente. Em três propriedades, durante o saneamento, identificou-se outros 12 animais positivos em três propriedades, de uma população de 1.108 susceptíveis. Assim sendo, pode-se concluir que a infecção que está presente na região, ocorre de maneira subclínica, associada a propriedades não cadastradas no SVO e animais transportados de forma ilegal, inclusive transporte internacional ilegal.(AU)
Subject(s)
Animals , Equine Infectious Anemia/epidemiology , Equine Infectious Anemia/prevention & control , Equine Infectious Anemia/transmission , Horses , Brazil , Immunodiffusion/veterinaryABSTRACT
ABSTRACT: This study aimed to characterize the outbreaks of equine infectious anemia (EIA) identified, between the years 2009 and 2015, in the western region of the state of Rio Grande do Sul, Brazil. We identified 26 positive horses on 24 properties. Each positive property was considered an outbreak of the disease. The diagnoses were made using the agar gel immunodiffusion (AGID) test as a part of the sanitary checks conducted during animal transportation or certification of the horse´s sanitary status. The positive properties included farms or horse barns, and the infected animals were used for ranch work, sports, or reproduction. One outbreak was identified in animals that were being illegally transported from Argentina to Brazil. Fifteen outbreaks occurred on properties that were not registered with the Official Veterinary Service (OVS). Eleven outbreaks were identified in urban areas and 13 in rural areas. Twelve of the 24 outbreaks were diagnosed in 2015 alone, nine of which occurred in São Borja county. On two properties, a diagnosis could not be confirmed with a retest; therefore, these outbreaks were discharged. During sanitation checks on three properties, 12 additional positive animals were identified among a population of 1,108 susceptible animals. Based on these findings, we concluded that a subclinical form of the infection is present in that area, which is linked to properties that are not registered with the OVS, and that animals which are transported illegally across international borders represent a potential risk.
RESUMO: O objetivo do estudo foi caracterizar os focos de EIA identificados, entre 2009 e 2015, na região oeste do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Inicialmente foram identificados 26 equinos positivos em 24 propriedades, sendo que cada propriedade foi considerada um foco. Os diagnósticos foram realizados por imunodifusão em gel de ágar (AGID) na ocasião do transporte ou como medidas sanitárias, em casos de vínculo com animais infectados ou para fim de certificação do status sanitário. Um foco foi identificado em animais transportados ilegalmente da Argentina para o Brasil. Os estabelecimentos positivos eram fazendas ou estábulos e os animais infectados utilizados para trabalho, esporte ou reprodução. Quinze focos ocorreram em propriedades não cadastradas no SVO. Onze focos localizaram-se na zona urbana e 13 em propriedades rurais. Somente no ano de 2015 foram diagnosticados 12 dos 24 focos, sendo que no munícipio de São Borja ocorreram nove surtos neste período. Em duas propriedades o resultado inicial não foi confirmado no reteste, fazendo com que estes focos fossem encerrados imediatamente. Em três propriedades, durante o saneamento, identificou-se outros 12 animais positivos em três propriedades, de uma população de 1.108 susceptíveis. Assim sendo, pode-se concluir que a infecção que está presente na região, ocorre de maneira subclínica, associada a propriedades não cadastradas no SVO e animais transportados de forma ilegal, inclusive transporte internacional ilegal.
ABSTRACT
Brazil currently ranks as one of the world leaders in food production and exportation. This scenario encourages the development of animal and plant health programs to ensure the production of safe food, helping the country to become an international provider of food for excellence. However, some health problems in dairy production, such as mastitis, have garnered increasing concern. This study aimed to estimate the prevalence of bovine mastitis in select properties located in the western Santa Catarina region, to assess the susceptibility profile to antimicrobial agents used for treatment and to check for the presence of genes (icaA and icaD) associated with biofilm formation in Staphylococcus aureus. In 148 milk samples collected, 72.97% had bacterial growth (n = 108). Among the isolated microorganisms, 21.62% (n = 32) were classified as Staphylococcus aureus, 18.91% (n = 28) as Staphylococcus sp. coagulase negative, 7.43% (n = 11) as Corynebacterium sp., 6.76% (n = 10) as Staphylococcus sp. coagulase positive, 5.41% (n = 8) as Nocardia sp. and 12.83% (n = 19) classified in different bacterial genera. Among the isolates submitted for antimicrobial susceptibility testing, it was observed that 8.95% (n = 6/67) had resistance to amoxicillin, 8.04% (n = 7/87) to ampicillin, 5.88% (n = 5/85) to cephalothin, 3.40% (n = 3/88) to ceftiofur and enrofloxacin, 20.45% (n = 18/88) to strep...(AU)
O Brasil situa-se hoje como um dos líderes mundiais em produção e exportação de alimentos. Este cenário incita a elaboração de programas de sanidade animal e vegetal que garantam a produção de alimentos seguros, contribuindo para que o país se torne um fornecedor internacional de alimentos por excelência. Entretanto, alguns problemas sanitários na produção leiteira, como a mastite, têm acarretado crescentes preocupações. O presente estudo teve como objetivo estimar a prevalência de mastite bovina em algumas propriedades localizadas na região Oeste de Santa Catarina, avaliar o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos empregados para tratamento e verificar a presença de genes (icaA e icaD) associados à formação de biofilmes em Staphylococcus aureus. Em 148 amostras de leite coletadas, 72,97% apresentaram crescimento bacteriano (n=108). Dentre os micro-organismos isolados, 21,62% (n=32) foram classificados como Staphylococcus aureus, 18,91% (n=28) como Staphylococcus sp. coagulase negativa, 7,43% (n=11) como Corynebacterium sp., 6,76% (n=10) como Staphylococcus sp. coagulase positiva, 5,41% (n=8) como Nocardia sp. e 12,83% (n=19) classificados em diferentes gêneros bacterianos. Dentre os isolados submetidos ao teste de suscetibilidade aos antimicrobianos, observou-se 8,95% (n=6/67) de resistência à Amoxicilina, 8,04% (n=7/87) à Ampicilina, 5,88% (n=5/85) à Cefalotina, 3,40%...(AU)
Subject(s)
Animals , Cattle , Mastitis, Bovine/diagnosis , Mastitis, Bovine/immunology , Mastitis, Bovine/microbiology , Anti-Infective Agents , Biofilms , Staphylococcus aureusABSTRACT
Brazil currently ranks as one of the world leaders in food production and exportation. This scenario encourages the development of animal and plant health programs to ensure the production of safe food, helping the country to become an international provider of food for excellence. However, some health problems in dairy production, such as mastitis, have garnered increasing concern. This study aimed to estimate the prevalence of bovine mastitis in select properties located in the western Santa Catarina region, to assess the susceptibility profile to antimicrobial agents used for treatment and to check for the presence of genes (icaA and icaD) associated with biofilm formation in Staphylococcus aureus. In 148 milk samples collected, 72.97% had bacterial growth (n = 108). Among the isolated microorganisms, 21.62% (n = 32) were classified as Staphylococcus aureus, 18.91% (n = 28) as Staphylococcus sp. coagulase negative, 7.43% (n = 11) as Corynebacterium sp., 6.76% (n = 10) as Staphylococcus sp. coagulase positive, 5.41% (n = 8) as Nocardia sp. and 12.83% (n = 19) classified in different bacterial genera. Among the isolates submitted for antimicrobial susceptibility testing, it was observed that 8.95% (n = 6/67) had resistance to amoxicillin, 8.04% (n = 7/87) to ampicillin, 5.88% (n = 5/85) to cephalothin, 3.40% (n = 3/88) to ceftiofur and enrofloxacin, 20.45% (n = 18/88) to strep...
O Brasil situa-se hoje como um dos líderes mundiais em produção e exportação de alimentos. Este cenário incita a elaboração de programas de sanidade animal e vegetal que garantam a produção de alimentos seguros, contribuindo para que o país se torne um fornecedor internacional de alimentos por excelência. Entretanto, alguns problemas sanitários na produção leiteira, como a mastite, têm acarretado crescentes preocupações. O presente estudo teve como objetivo estimar a prevalência de mastite bovina em algumas propriedades localizadas na região Oeste de Santa Catarina, avaliar o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos empregados para tratamento e verificar a presença de genes (icaA e icaD) associados à formação de biofilmes em Staphylococcus aureus. Em 148 amostras de leite coletadas, 72,97% apresentaram crescimento bacteriano (n=108). Dentre os micro-organismos isolados, 21,62% (n=32) foram classificados como Staphylococcus aureus, 18,91% (n=28) como Staphylococcus sp. coagulase negativa, 7,43% (n=11) como Corynebacterium sp., 6,76% (n=10) como Staphylococcus sp. coagulase positiva, 5,41% (n=8) como Nocardia sp. e 12,83% (n=19) classificados em diferentes gêneros bacterianos. Dentre os isolados submetidos ao teste de suscetibilidade aos antimicrobianos, observou-se 8,95% (n=6/67) de resistência à Amoxicilina, 8,04% (n=7/87) à Ampicilina, 5,88% (n=5/85) à Cefalotina, 3,40%...
Subject(s)
Animals , Cattle , Anti-Infective Agents , Biofilms , Mastitis, Bovine/diagnosis , Mastitis, Bovine/immunology , Mastitis, Bovine/microbiology , Staphylococcus aureusABSTRACT
Rhodococcus equi é um micro-organismo intracelular facultativo, agente etiológico da rodococose, uma importante enfermidade que acomete principalmente potros com menos de seis meses de idade, causando a morte geralmente em decorrência de lesões pulmonares. Este agente também tem potencial zoonótico e emergiu como um patógeno oportunista no mundo, acometendo humanos imunocomprometidos, especialmente os transplantados e infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Entretanto, infecções por R. equi em hospedeiros hígidos tem sido relatadas, principalmente em crianças e idosos. Estudos tem mostrado um nível crescente na resistência de isolados de R. equi em relação aos antimicrobianos comumente utilizados no tratamento de animais e seres humanos infectados por este agente. A virulência deste pode estar associada a fatores como a cápsula de polissacarídeo, fosfolipase C e à enzima colesterol oxidase (fator equi). No entanto, uma proteína localizada em um plasmídeo, designada vapA, é essencial para a sobrevivência e replicação do agente em macrófagos. Com isso, os objetivos deste estudo foram avaliar o perfil de suscetibilidade de isolados de R. equi de diferentes fontes em relação aos antimicrobianos mais comumente utilizados na terapêutica animal e humana, bem como verificar a associação entre a presença do gene vapA e o índice de resistência múltipla aos antimicrobianos (IRMA). Neste estudo, 67 isolados brasileiros de R. qui de diferentes fontes foram analisados: 30 provenientes de amostras clínicas de equinos, sete de humanos e 30 ambientais (seis do solo e 24 de fezes de equinos). Para avaliar o perfil de suscetibilidade dos isolados utilizou-se o método de disco difusão, sendo testadas 16 drogas de diferentes classes de antimicrobianos. As amostras clínicas de equinos apresentaram as maiores taxas de resistência à penicilina (86,7%) e lincomicina (30%). Além disso, foram também resistentes a macrolídeos (azitromicina a 6,7%, eritromicina a 6% e ... (AU)
Rhodococcus equi is a facultative intracellular bacterium and etiological agent of rodococosis, an important disease that affects specially foals under six months old and leading the death generally due to pulmonary lesions. R. equi also has zoonotic potential, and it has emerged as an opportunistic pathogen in the world, specially infecting solid organ transplant recipients and immunocompromised human patients, mainly those infected by human immunodeficiency virus (HIV). Additionally, R. equi infections by healthy hosts have been reported principally in children and elderly individuals. Studies have shown an increasing level of resistance of isolates of R. equi against antibiotics commonly used to treat affected animals and humans. The virulence of this agent is associated with a protein located on a plasmid, designated vapA, it is essential for survival and replication of R. equi within macrophages. The present study evaluated the susceptibility profile of R.equi isolates from different sources against the antimicrobials most commonly used to treat animals and humans, as well as the occurrence and association of vapA gene and the antimicrobial multiple resistance index (AMRI). Sixty-seven Brazilian isolates of R. equi from different sources were analyzed: 30 clinical samples of horses, seven of human and 30 of environmental (six from soil and 24 from horse feces). To evaluate the susceptibility profile of R. equi isolates, the Kirby Bauer method was performed by using 16 drugs of 11 distinct antimicrobials classes. Additionally, those samples were also resistant to macrolides (azithromycin 6.7%, erythromycin 6% and clarithromycin 3.3%) as well as rifamycin (13%). All human and environmental samples were sensitive to macrolides and rifamycin. However, environmental isolates demonstrated high levels of resistance to penicillin and chloramphenicol. Similarly, human isolates had high level of resistance to ceftiofur, lincomycin and sulfazotrim. AMRI...(AU)
Subject(s)
Animals , Disease Susceptibility/microbiology , Disease Susceptibility/veterinary , Rhodococcus equi , Drug Resistance, Bacterial , ErythromycinABSTRACT
Rhodococcus equi é um micro-organismo intracelular facultativo, agente etiológico da rodococose, uma importante enfermidade que acomete principalmente potros com menos de seis meses de idade, causando a morte geralmente em decorrência de lesões pulmonares. Este agente também tem potencial zoonótico e emergiu como um patógeno oportunista no mundo, acometendo humanos imunocomprometidos, especialmente os transplantados e infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Entretanto, infecções por R. equi em hospedeiros hígidos tem sido relatadas, principalmente em crianças e idosos. Estudos tem mostrado um nível crescente na resistência de isolados de R. equi em relação aos antimicrobianos comumente utilizados no tratamento de animais e seres humanos infectados por este agente. A virulência deste pode estar associada a fatores como a cápsula de polissacarídeo, fosfolipase C e à enzima colesterol oxidase (fator equi). No entanto, uma proteína localizada em um plasmídeo, designada vapA, é essencial para a sobrevivência e replicação do agente em macrófagos. Com isso, os objetivos deste estudo foram avaliar o perfil de suscetibilidade de isolados de R. equi de diferentes fontes em relação aos antimicrobianos mais comumente utilizados na terapêutica animal e humana, bem como verificar a associação entre a presença do gene vapA e o índice de resistência múltipla aos antimicrobianos (IRMA). Neste estudo, 67 isolados brasileiros de R. qui de diferentes fontes foram analisados: 30 provenientes de amostras clínicas de equinos, sete de humanos e 30 ambientais (seis do solo e 24 de fezes de equinos). Para avaliar o perfil de suscetibilidade dos isolados utilizou-se o método de disco difusão, sendo testadas 16 drogas de diferentes classes de antimicrobianos. As amostras clínicas de equinos apresentaram as maiores taxas de resistência à penicilina (86,7%) e lincomicina (30%). Além disso, foram também resistentes a macrolídeos (azitromicina a 6,7%, eritromicina a 6% e ...
Rhodococcus equi is a facultative intracellular bacterium and etiological agent of rodococosis, an important disease that affects specially foals under six months old and leading the death generally due to pulmonary lesions. R. equi also has zoonotic potential, and it has emerged as an opportunistic pathogen in the world, specially infecting solid organ transplant recipients and immunocompromised human patients, mainly those infected by human immunodeficiency virus (HIV). Additionally, R. equi infections by healthy hosts have been reported principally in children and elderly individuals. Studies have shown an increasing level of resistance of isolates of R. equi against antibiotics commonly used to treat affected animals and humans. The virulence of this agent is associated with a protein located on a plasmid, designated vapA, it is essential for survival and replication of R. equi within macrophages. The present study evaluated the susceptibility profile of R.equi isolates from different sources against the antimicrobials most commonly used to treat animals and humans, as well as the occurrence and association of vapA gene and the antimicrobial multiple resistance index (AMRI). Sixty-seven Brazilian isolates of R. equi from different sources were analyzed: 30 clinical samples of horses, seven of human and 30 of environmental (six from soil and 24 from horse feces). To evaluate the susceptibility profile of R. equi isolates, the Kirby Bauer method was performed by using 16 drugs of 11 distinct antimicrobials classes. Additionally, those samples were also resistant to macrolides (azithromycin 6.7%, erythromycin 6% and clarithromycin 3.3%) as well as rifamycin (13%). All human and environmental samples were sensitive to macrolides and rifamycin. However, environmental isolates demonstrated high levels of resistance to penicillin and chloramphenicol. Similarly, human isolates had high level of resistance to ceftiofur, lincomycin and sulfazotrim. AMRI...
Subject(s)
Animals , Disease Susceptibility/microbiology , Disease Susceptibility/veterinary , Drug Resistance, Bacterial , Erythromycin , Rhodococcus equiABSTRACT
Leptospirosis, one of the most widely disseminated zoonoses in the world, is endemic in Brazil and is characterized by outbreaks during seasons with the greatest rainfall. In 1996 the city of Rio de Janeiro experienced one of the largest urban epidemics in the country, shortly after heavy rainstorms in the month of February, with 1,732 reported cases and 51 deaths. The objective of this work was to describe the spatial distribution of leptospirosis in the city of Rio de Janeiro during the period 1996-1999. Data were from the National Information System for Reportable Diseases. The kernel ratio for cases and population generated a smoothed surface, which estimates the intensity of the leptospirosis incidence rate. In the resulting maps over the course of the study period, the sites with the highest leptospirosis intensity were not repeated, and the sites normally considered as having the highest risk -- slum areas and flooded areas -- were not always the most heavily affected. The techniques used can represent an important methodological acquisition for establishing territory-based surveillance.
Subject(s)
Endemic Diseases/statistics & numerical data , Leptospirosis/epidemiology , Animals , Brazil/epidemiology , Cities/epidemiology , Demography , Humans , Incidence , Leptospirosis/transmission , Risk Assessment , Socioeconomic FactorsABSTRACT
A leptospirose, uma das zoonoses mais difundidas no mundo, é endêmica no Brasil, sendo caracterizada principalmente pelo aparecimento de surtosnas épocas de maior precipitação pluviométrica. O Município do Rio de Janeiro apresentou, em 1996, uma das maiores epidemias urbanas, logo após a ocorrência de fortes temporais no mês de fevereiro, com 1.732 casos notificados e 51 óbitos. O objetivo deste trabalho foi descrever a distribuição espacial da leptospirose na cidade do Rio de Janeiro ao longo dos anos 1996-1999. Os dados foram provenientes do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). A razão da suavização espacial, baseada em função Kernel, de casos e de população permitiu gerar uma superfície suavizada, que é um estimador da intensidade da incidência da leptospirose. Nos mapas resultantes, ao longo do período considerado, os locais de maior intensidade de ocorrência da leptospirose não se repetem, e, surpreendentemente, os locais usualmente considerados de maior risco - áreas faveladas e sujeitas a inundações - não foram sempre as mais atingidas. As técnicas utilizadas são uma importante aquisição metodológica na construção de vigilância de base territorial.
Subject(s)
Residence Characteristics , Leptospirosis , Disease NotificationABSTRACT
A leptospirose, uma das zoonoses mais difundidas no mundo, é endêmica no Brasil, sendo caracterizada principalmente pelo aparecimento de surtos nas épocas de maior precipitação pluviométrica. O município do Rio de Janeiro apresentou em 1996 uma das maiores epidemias urbanas logo após ter sido assolada por fortes temporais no mês de fevereiro, com 1792 casos notificados e 51 óbitos. Estes dados refletem a grande importância desta patologia reemergente como problema de Saúde Pública no Rio de Janeiro. Com base neste contexto, o objetivo deste trabalho foi descrever o padrão espaço-temporal da leptospirose, avaliando uma proposta metodológica para a detecção de aglomerados de casos e delimitação de superfícies de risco, visando auxiliar no desenvolvimento da vigilância ambiental de base territorial. Os métodos utilizados para a análise foram: kernel de intensidade e a estatística de varredura. No primeiro método foram delimitadas áreas ôde riscoö utilizando variáveis consideradas relevantes para o estudo como: população, densidade populacional por bairro, distribuição das favelas e os limites das áreas sujeitas a inundações; e também realizada a sobreposição dos mapas de incidência nos momentos epidêmico e pós epidêmico da doença. O segundo método consistiu em detectar e localizar aglomerados espaço-temporais utilizando a estatística de varredura do programa SaTScan. No primeiro artigo verificou-se que as maiores taxas de incidência não foram observadas na região considerada de ômaior riscoö.No segundo artigo somente foram detectados aglomerados no ano de 1996. Destes, o aglomerado principal localizou-se em Jacarepaguá. Para verificar as diferenças dos casos presentes nos aglomerados em relação aos demais casos, foi utilizado o teste de qui-quadrado (2) em algumas variáveis. Somente as variáveis composta gravidade e sexo foram estatisticamente significativas. A gravidade foi maior nos casos não aglomerados. Foi observado também que o número absoluto de casos nas mulheres aumentou significativamente nos períodos epidêmicos.