ABSTRACT
Foi avaliada a atuação da matriz óssea homóloga desmineralizada (MOD) na união dorsolaterallombar, aplicada bilateralmente sobre os processos transversos de L5-L6, após sua descorticação, em 24 coelhos (grupo 1). Outros nove coelhos (grupo 2) foram submetidos apenas à descorticação dos processos transversos. Oito animais do grupo 1 e três do grupo 2 foram sacrificados às cinco, sete e nove semanas após a cirurgia e submetidos a avaliações radiográfica, histológica e por palpação. Os animais do grupo 1 tiveram a área de enxertia submetida a testes bio-mecânicos. No grupo 1, às cinco semanas, 37,5 por cento dos animais apresentaram união à palpação, que estava presente em 50por cento nas semanas seguintes. As análises radiográficas demonstraram índice de união de 25 por cento às cinco semanas, seguido por um índice de 100 por cento de pseudartrose às sete semanas e 33,4 por cento de união às nove semanas. A avaliação histológica demonstrou, predominantemente, a fragmentação seguida pela reabsorção da MOD, que foi substituída em quase sua totalidade por tecido conjuntivo fibroso. Quando houve união vertebral, a formação óssea endocondral se deu a partir dos processos transversos descoticados. No grupo 2, na avaliação radiográfica foi observada pequena reação periosteal local, não apresentando qualquer sinal de união nas demais análises. As evidências histológicas demonstraram que a MOD comportou-se como agente osteocondutor. O teste de tração demonstrou diferença significativa, referente à força e rigidez, entre os seg- mentos operados e os adjacentes. Evidências radiográficas, mecânicas e histológicas demonstraram que a matriz óssea homóloga desmineralizada de coelhos é ineficaz, quando utilizada isoladamente, na determinação de união vertebral dorsolaterallombar estável em coelhos
Subject(s)
Rabbits , Bone Demineralization Technique , Bone Matrix , Bone Transplantation , Spinal FracturesABSTRACT
Foi realizada artrodese dorsolateral das vértebras lombares L5-L6 de coelhos, avaliando-se a eficácia do autoenxerto da crista ilíaca na promoção de união vertebral. Foram utilizados 33 coelhos da raça Nova Zelândia Branco, distribuídos em dois grupos, com nove indivíduos no grupo 1 (G1), submetidos a descorticação bilateral dos processos transversos; e vinte e quatro indivíduos no grupo 2 (G2), que receberam 2g de autoenxerto da crista ilíaca sobre a área de descorticação. Três coelhos do G1 e oito do G2 foram submetidos à eutanásia as cinco, sete e nove semanas após o ato operatório e à avaliações por palpação, radiográfica e histológica no local do procedimento. Testes biomecânicos para avaliação de força e rigidez da união foram realizados somente nos animais do G2 e as vértebras adjacentes não operadas, serviram de controle. Os animais do G1 apresentaram mobilidade normal à palpação do segmento operado em todos os momentos de avaliação e não apresentaram evidência radiográfica de união. Na avaliação histológica foi observada discreta reação periosteal, sem evidências de formação de ponte óssea. No G2, as avaliações por palpação e radiográficas evidenciaram indícios de união óssea as cinco semanas, intensificando-se ao longo das semanas de avaliação. Na análise histológica foi observada reabsorção de fragmentos ósseos as cinco semanas, predominância de trabéculas ósseas e corações condróides, além de suprimento sanguíneo abundante as sete semanas e osteointegração em todo leito de enxertia as nove semanas, com predomínio de formação óssea endocondral. Os testes biomecânicos evidenciaram aumento da força e rigidez da massa óssea ao longo do tempo de avaliação. Quando foi realizada comparação das vértebras tratadas e não tratadas, os índices de união foram maiores em todos os momentos, no grupo tratado... (AU)
The effectiveness of the iliac crest autograft in dorsolateral spinal fusion promotion of the lumbar vertebral body L5-L6 was evaluated in 33 New Zealand White rabbits, distributed in two groups, with nine animals in group 1 (G1), submitted the bilateral transverse processes decortification; and twenty-four in group 2 (G2), which received 2g of iliac crest autograft on decortificed bilateral transverse processes. Three rabbits of G1 and eight of G2 were killed at 5, 7 and 9 weeks after surgery and submitted to palpation, X-ray and light microscopic evaluations. The fusion site of animals of G2 was submitted to biomechanic tests accomplished for evaluation of force and rigidity. All animals of G1 presented normal mobility of the segment operated in all moments of evaluation and they didn't present fusion evidence in X-ray analysis. In the light microscopic evaluations periosteal discreet reaction was observed, without evidence of bony bridge formation. In G2, evaluation for palpation and x-rays evidenced bone fusion to the 5 weeks, intensifying along the weeks. At 5 weeks, in the light microscopic analysis, reabsorption of bone fragments was observed, presence of trabecular bone and chondroides hearts, besides the abundant irrigation to the 7 weeks and osteointegration in every grafted bed to the 9 weeks, with bone endochondral formation prevailing. Force and rigidity increase of the fusion bone mass along the time of evaluation was observed in the biomechanic test.. When a comparison of the treated vertebrae and no treated was accomplished, the union indexes were larger in all of the moments, in the treated group. A high percentage of vertebral fusion was gotten when iliac crest autograft was used in rabbits. (AU)
Subject(s)
Animals , Rabbits , Transplantation, Autologous , Bone Transplantation/veterinary , Rabbits , Arthrodesis , Lumbar Vertebrae/surgery , Lumbar Vertebrae/transplantationABSTRACT
Foi realizada artrodese dorsolateral das vértebras lombares L5-L6 de coelhos, avaliando-se a eficácia do autoenxerto da crista ilíaca na promoção de união vertebral. Foram utilizados 33 coelhos da raça Nova Zelândia Branco, distribuídos em dois grupos, com nove indivíduos no grupo 1 (G1), submetidos a descorticação bilateral dos processos transversos; e vinte e quatro indivíduos no grupo 2 (G2), que receberam 2g de autoenxerto da crista ilíaca sobre a área de descorticação. Três coelhos do G1 e oito do G2 foram submetidos à eutanásia as cinco, sete e nove semanas após o ato operatório e à avaliações por palpação, radiográfica e histológica no local do procedimento. Testes biomecânicos para avaliação de força e rigidez da união foram realizados somente nos animais do G2 e as vértebras adjacentes não operadas, serviram de controle. Os animais do G1 apresentaram mobilidade normal à palpação do segmento operado em todos os momentos de avaliação e não apresentaram evidência radiográfica de união. Na avaliação histológica foi observada discreta reação periosteal, sem evidências de formação de ponte óssea. No G2, as avaliações por palpação e radiográficas evidenciaram indícios de união óssea as cinco semanas, intensificando-se ao longo das semanas de avaliação. Na análise histológica foi observada reabsorção de fragmentos ósseos as cinco semanas, predominância de trabéculas ósseas e corações condróides, além de suprimento sanguíneo abundante as sete semanas e osteointegração em todo leito de enxertia as nove semanas, com predomínio de formação óssea endocondral. Os testes biomecânicos evidenciaram aumento da força e rigidez da massa óssea ao longo do tempo de avaliação. Quando foi realizada comparação das vértebras tratadas e não tratadas, os índices de união foram maiores em todos os momentos, no grupo tratado. Com os resultados foi possível concluir que alta percentagem de união vertebral foi conseguida quando o osso autógeno da crista ilíaca foi utilizado como material de enxertia em coelhos.