ABSTRACT
O objetivo deste estudo controlado e duplo-cego foi avaliar, em 16 pacientes, os efeitos cardiovasculares induzidos pelo bloqueio pterigomandibular com o anestésico local (AL) mepivacaína 2%, associado à epinefrina, seguido da injeção de hialuronidase 75 UTR ou placebo, antes da regressão do efeito AL, para realização de cirurgia de terceiros molares inferiores bilaterais e simétricos. Os parâmetros cardiovasculares pressões sistólica (PS), diastólica (PD), média (PM) e freqüência cardíaca (FC) foram monitorados pelos métodos oscilométrico e fotopletismográfico, em 12 etapas clínicas. A hialuronidase injetada isoladamente depois do AL não induziu a alterações cardiovasculares significantes (p>0,01), comparado ao placebo. Houve diferença significativa (p<0,01) entre os valores médios da PS, PD e FC durante as etapas clínicas antes do uso da hialuronidase. Conclui-se que as alterações cardiovasculares estão relacionadas com o procedimento cirúrgico. O uso de AL, seguido de hialuronidase injetada isoladamente antes da regressão do efeito anestésico, mostrou-se seguro para essa dose e via de administração.
Subject(s)
Cardiovascular System , Hyaluronoglucosaminidase , Mepivacaine , Anesthesia, Dental , Anesthesia, Local , Blood Circulation , Molar, ThirdABSTRACT
O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de soluçöes hipertônica - NaCl 7,5 por cento (HNaCl) - e hiperoncónticas - Dextrana-70 (D) ou associaçäo NaCl 7,5 por cento + Dextrana-70,6 por cento (HNaCl/Dextrana), sobre a toxicidade cardiovascular da cocaína em cäes anestesiados. Os animais foram divididos em 6 grupos: I-receberam 25mg.kg-1 de cocaína (dose letal) durante 1 min; II-receberam infusäo venosa de 4ml.kg-1 de HNaCl 5 min antes da cocaína (25 mg.kg-1); III-receberam 17 mg.kg-1 de cocaína (dose sub-letal) durante 1 min; IV, V e VI -receberam HNaCl, HNaCl/Dextrana ou D (4 ml.kg-1). As amostras de cocaína haviam sido submetidas à análise cromatográfica e testes biológicos. No grupo I, a cocaína induziu depressäo hemodinâmica levando todos os animais ao colapso cardiovascular. A administraçäo prévia de HNaCl preveniu a dpressäo cardiovascular induzida pela cocaína (G II). A dose sub-letal de cocaína (G III) desencadeou diminuiçäo da pressäo arterial média (PAM) e aumento da frequência cardíaca (FC). Infusäo de HNaCl imediatamente após a cocaína, induziu relaçäo marcada e crítica da PAM seguida de recuperaçäo parcial (G IV). Nos grupos V e VI, a administraçäo de cocaína seguida por infusäo de HNaCl/Dextrana ou D permitiu recuperaçäo da PAM, os valores basais. A frequência cardíaca, contudo, aumentou tanto o tratamento através de HNaCl/Dextrana. Os resultados sugerem que HNaCl potencializa a estimulaçäo simpática pela cocaína enquanto tais efeitos säo menores com a associaçäo HNaCl/Dextrana. De outro lado, a Dextrana isoladamente foi eletiva em melhorar os efeitos hemodinâmicos da sobredose de cocaína.
Subject(s)
Animals , Dogs , Cardiovascular System/drug effects , Cocaine/administration & dosage , Cocaine/adverse effects , Dextrins/administration & dosage , Hemodynamics , Arterial Pressure , Hypertonic Solutions/administration & dosageABSTRACT
Foram estudados os efeitos da soluçäo hipertônica de NaCl a 7,5 por cento (HNaCl)sobre as alteraçöes hemodinâmicas induzidas por doses tóxicas de bupivacaína (B) administradas em cäes. Foram utilizados neste estudo 32 cäes, anestesiados, ventilados artificialmente com ar e divididos em 4 grupos. Todos os animais receberam 6,5 mg.kg elevado a menos um de bupivacaína, i.v., isoladamente (Grupo I), ou associada à infusäo de 4 ml.kg elevado a menos um de HNaCl 5 minutos antes (Grupo II), imediatamente após (Grupo III), ou com vagoplegia prévia mais infusäo de HNaCl (4 ml.kg elevado a menos um) com posterior descongelamento do vago seguido de uma nova infusäo de 4 ml.kg elevado a menos um de HNaCl (Grupo IV). Na dose de 6,5 mg.kg elevado a menos um i.v., durante 30 segundos, a bupivacaína induziu depressäo circulatória em todos os animais do Grupo I, com colapso cardiovascular em 66,66 por cento deles. A utilizaçäo de HNaCl (Grupo II) preveniu o colapso cardiovascular em 100 por cento dos animais estudados (p < 0,05). O tratamento com HNaCl (Grupo III) reverteu as alteraçöes hemodinâmicas, quando infundido imediatamente após a injeçäo de bupivacaína, na maioria dos animais estudados (60 por cento). A vagoplegia por congelamento, realizado previamente à infusäo de HNaCl (Grupo IV), foi ineficaz em atenuar a cardiodepressäo da bupivacaína em 100 por cento dos animais enquanto que após o descongelamento e nova infusäo de HNaCl houve recuperaçäo em 42,85 por cento dos naimais deste grupo. Estes achados sugerem o envolvimento do íon sódio, via reflexo neural, na proteçäo e tratamento da cardiodepressäo induzida pela bupivacaína. Concluímos que a infusäo de soluçäo hipertônica de NaCl se mostrou útil na prevençäo e tratamento da toxicidade cardíaca da bupivacaína
Subject(s)
Animals , Female , Male , Bupivacaine/administration & dosage , Bupivacaine/toxicity , Cardiovascular System/drug effects , Dogs , Saline Solution, Hypertonic/administration & dosage , Pentobarbital/administration & dosageABSTRACT
Estudou-se o efeito cardiodepressor, em marcapasso atrial de rato, do cloridrato de bupivacaína, comercializado no Brasil por diferentes laboratórios. A análise das curvas dose-resposta mostrou que a resposta depressora é dose-dependente sobre o cronotropismo atrial. Evidenciou-se, ainda, que o fármaco comercializado pela Abbott do Brasil apresentou ligeiro desvio à direita embora estatisticamente näo significante, sugerindo provável interferência do NaCI presente em sua formulaçäo. O metilparabeno, empregado como conservante pelos Laboratórios Lepetit S.A., näo interferiu na atividade depressora nem na vida média do produto, mostrando-se ainda equivalente, em todos os ponto da curva, ao medicamento fabricado pela Apsen do Brasil. O ensaio evidenciou que as amostras säo bioequivalentes de acordo com a metodologia de estudo, näo sendo encontradas diferenças estatisticamente significantes nos resultados obtidos. Pequenas diferenças observadas, sem significado estatístico, podem ser atribuídas às diferenças de formulaçäo, como por exemplo a presença do NaCI em um dos produtos
Subject(s)
Rats , Animals , Humans , Bupivacaine , Heart Atria/drug effects , Pacemaker, ArtificialABSTRACT
Foi estudada "in vitro" a interaçäo entre anestésicos locais (bupivacaína e lidocaína) e bloqueadores de entrada de cálcio (verapamil) quanto ao cronotropismo e ao inotropismo cardíacos. A preparaçäo utilizada foi a de átrios direito e esquerdo de cobaia. Os resultados mostraram que o verapamil potencializa, nas condiçöes deste estudo, o efeito cronotrópico negativo tanto da lidocaína como da bupivacaína sobre o coraçäo. Por outro lado, o verapamil potencializava o efeito inotrópico negativo da lidocaína mas näo o da bupivacaína sobre o coraçäo. É discutido o possível mecanismo da interaçäo
Subject(s)
Guinea Pigs , Animals , Male , Female , Bupivacaine , Calcium Channel Blockers , Heart Atria/drug effects , Lidocaine , Drug InteractionsABSTRACT
Foi investigada a potência relativa da bupivacaína comparada à lidocaína no cronotropismo e inotropismo atriais. Curvas concentraçäo-efeito cumulativas (CCE) foram realizadas e estabelecidas as CE50 (concentraçä0 eficaz 50%). Foi ainda investigado o tempo necessário para a reversäo das paradas atriais. Com base nos resultados obtidos pode-se concluir: a) a bupivacaína é mais cardiotóxica que a lidocaína; b) o tempo de reversäo das paradas atriais é quatro vezes maior para a bupivacaína do que para a lidocaína; c) os anestésicos locais estudados nos atrios direito e esquerdo reproduzem o mesmo comportamento que no nervo, quanto à potência e duraçäo de açäo