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1.
Porto Alegre; Editora Rede Unida; jul. 2024. 306 p.
Monography in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1566551

ABSTRACT

As interfaces entre a insegurança alimentar e a crise climática são diversas, imbricadas e, cada vez mais, se posicionam na centralidade dos debates e dos desafios para a Saúde Pública global, especialmente por produzirem impactos mais evidentes em países e regiões onde as desigualdades históricas e estruturais são mais evidentes, como na América Latina. Uma complexa situação que pode ser melhor compreendida através do conceito de sindemia, que se refere à interação entre múltiplas epidemias que afetam uma população, ao mesmo tempo e no mesmo local, alimentando-se, agravando-se e criando um cenário desafiador para os serviços, programas e sistemas de saúde nos níveis local, regional e/ou global. Compreender as interfaces entre as crises alimentar e climática em um quadro sindêmico global centra a atenção na escala e na urgência de enfrentar estes desafios, de forma abrangente e articulada, enfatizando a necessidade de organizar esforços em torno de soluções comuns, contribuindo para o fortalecimento de capacidades locais, comprometidas com a garantia da segurança e da soberania alimentar e regidas pelos princípios inegociáveis da dignidade humana e do respeito às pessoas e a sua sabedoria. Motivados pela necessidade de gerar evidências dessa "crise de crises", com o objetivo de subsidiar estratégias de enfrentamento de suas consequências junto a setores de governo e da sociedade civil organizada, um grupo de especialistas de diversas áreas do saber que, atualmente, conta com 86 pesquisadores, vinculados a 30 instituições acadêmicas com sede em 11 países da América Latina, decidiu se unir para criar o Grupo de Estudos sobre Sistemas Alimentares Latino-americanos no marco da Mudança Global ­ SALA Global. A primeira iniciativa do grupo foi elaborar um panorama das crises alimentar e climática na região, resultando na edição em espanhol do presente livro, lançada em setembro de 2023. A presente edição cumpre o papel de registrar este esforço inicial do Grupo SALA-Global em português, ampliando o acesso às informações, atualizadas e contextualizadas nacional e regionalmente, sobre as distintas implicações da sindemia global na Saúde Pública Latino-americana.


Subject(s)
Humans , Male , Female
2.
Saúde debate ; 48(141): e8373, abr.-jun. 2024. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1565837

ABSTRACT

RESUMO A pandemia de covid-19 reduziu o acesso aos alimentos e aumentou a insegurança alimentar. Objetivouse analisar a prevalência de Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) em adolescentes brasileiros durante a pandemia de covid-19 segundo características sociodemográficas e examinar a associação entre IAN e comportamentos de risco e proteção em adolescentes brasileiros durante esse período. Estudo transversal com dados da 'ConVid Adolescentes - Pesquisa de Comportamentos', realizada entre junho e outubro de 2020, utilizando-se um questionário autoaplicado por meio de celular ou computador. A população foi adolescentes de 12 a 17 anos, totalizando 9.470. Utilizou-se a Razão de Prevalência (RP) e Intervalo de Confiança de 95% (IC95%), por meio da regressão de Poisson com variância robusta. A prevalência de IAN (26,1%) foi mais elevada entre os adolescentes da raça/cor preta e parda e que estudam em escola pública. Os adolescentes que relataram IAN tiveram menor consumo de hortaliças e frutas, menor prática de atividade física e maior uso de cigarros e álcool. A IAN foi mais prevalente em adolescentes com piores condições socioeconômicas, e, adolescentes com IAN apresentaram maior frequência de comportamentos de risco para a saúde evidenciando a importância de políticas públicas intersetoriais para a redução de desigualdades.


ABSTRACT The COVID-19 pandemic has reduced access to food and increased food insecurity. The objectives were to analyse the prevalence of Food and Nutritional Insecurity (FNI) in Brazilian adolescents during the COVID-19 pandemic according to sociodemographic characteristics and to examine the association between FNI and risk and protective behaviours in Brazilian adolescents during the that period. Cross-sectional study with data from the 'ConVid teenagers - Behaviour Survey,' carried out between June and October 2020, using a self-administered questionnaire via mobile phone or computer. The population was made up of teenagers aged 12 to 17, totalling 9,470. The Prevalence Ratio (PR) and 95% Confidence Interval (95% CI) were used, using Poisson regression with robust variance. The prevalence of FNI (26.1%) was higher among adolescents of black and mixed race/colour and who study in public schools. Adolescents who reported FNI had lower consumption of vegetables and fruits, less physical activity, and greater use of cigarettes and alcohol. FNI was more prevalent in adolescents with worse socioeconomic conditions, and adolescents with FNI showed a higher frequency of health risk behaviours, highlighting the importance of intersectoral public policies to reduce inequalities.

3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(5): e00110523, 2024. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557425

ABSTRACT

Abstract: This study aimed to evaluate the association between employment status and mental health, considering food insecurity as a mediator of this relation. A cross-sectional population-based study was conducted with adults (≥ 18 and < 60 years) during the COVID-19 outbreak in two cities from Southern Brazil. Employment status was categorized into working, not working, and lost job. The mental health outcomes evaluated were depressive symptoms, perceived stress, and sadness. Food insecurity was identified by the short-form version of the Brazilian Food Insecurity Scale. Adjusted analyses using Poisson regression were performed to assess the association between employment status and mental health. Mediation analysis was performed to investigate the direct and indirect effects of employment status on mental health outcomes. In total, 1,492 adults were analyzed. The not working status was associated with 53% and 74% higher odds of perceived stress and of sadness, respectively. Being dismissed during the pandemic increased the odds of depressive symptoms, perceived stress, and sadness by 68%, 123%, and 128%, respectively. Mediation analyses showed that food insecurity was an important mediator of the association between employment status and depressive symptoms and sadness, but not of perceived stress. The complexity of these results highlights economic and nutritional aspects involved in mental health outcomes.


Resumo: O objetivo foi avaliar a associação entre situação de trabalho e saúde mental e o papel da insegurança alimentar como mediadora dessa relação. Um estudo transversal de base populacional foi conduzido com adultos (≥ 18 e < 60 anos) durante o surto de COVID-19 em duas cidades do Sul do Brasil. A situação de trabalho foi categorizada em trabalhando, não trabalhando e perda do emprego. Os desfechos de saúde mental avaliados foram sintomas depressivos, percepção de estresse e sentimento de tristeza. A insegurança alimentar foi identificada pela versão reduzida da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Análises ajustadas por regressão de Poisson foram realizadas para avaliar a associação entre situação de trabalho e saúde mental. A análise de mediação foi realizada para investigar os efeitos diretos e indiretos da situação de trabalho sobre os desfechos de saúde mental. No total, foram analisados 1.492 adultos. Não trabalhar associou-se a 53% mais chances de percepção de estresse e 74% maiores de tristeza. A perda do emprego aumentou as chances de sintomas depressivos, estresse percebido e sentimento de tristeza em 68%, 123% e 128%, respectivamente. As análises de mediação mostraram que a insegurança alimentar foi um importante mediador da associação entre situação de trabalho e sintomas depressivos e sentimento de tristeza, mas não para o estresse percebido. A complexidade desses resultados destaca aspectos econômicos e nutricionais envolvidos nos desfechos em saúde mental.


Resumen: El objetivo fue evaluar la asociación entre la situación laboral y la salud mental y el papel de la inseguridad alimentaria como mediador en esta relación. Se realizó un estudio transversal basado en la población con adultos (≥ 18 y < 60 años) durante el brote de COVID-19 en dos ciudades del Sur de Brasil. La situación laboral se clasificó en trabajando, no trabajando y pérdida de empleo. Los resultados de salud mental evaluados fueron síntomas depresivos, percepción de estrés y sensación de tristeza. La inseguridad alimentaria fue identificada por la versión reducida de la Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria. Se realizaron análisis ajustados por regresión de Poisson para evaluar la asociación entre la situación laboral y la salud mental. Se realizó un análisis de mediación para investigar los efectos directos e indirectos de la situación laboral en los resultados de salud mental. En total, se analizaron 1.492 adultos. No trabajar se asoció con un 53% más de probabilidades de percepción de estrés y un 74% más de probabilidades de tristeza. La pérdida del trabajo aumentó las probabilidades de síntomas depresivos, estrés percibido y sentimientos de tristeza en un 68%, 123% y 128%, respectivamente. Los análisis de mediación mostraron que la inseguridad alimentaria era un mediador importante de la asociación entre la situación laboral y los síntomas depresivos y los sentimientos de tristeza, pero no para el estrés percibido. La complejidad de estos resultados destaca los aspectos económicos y nutricionales que intervienen en los resultados de salud mental.

4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(5): e00168823, 2024. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557426

ABSTRACT

Abstract: Although food insecurity presents a decreasing trend worldwide, some regions recently observed an increase in hunger levels. Such was the case in Brazil between 2014 and 2018, during and after the great Brazilian recession, and between 2020 and 2021, during the COVID-19 pandemic. This paper describes the evolution of food insecurity in Brazil between 2004 and 2022 using Brazilian National Household Sample Survey (PNAD), Brazilian Household Budget Survey (POF) and Continuous PNAD. Households were classified in 20 types of arrangements, and the most vulnerable living arrangements between 2004 and 2018 were identified by multinomial logistic models. Overall, households headed by women (single blacks, whites or in couples) with or without children were the most prone to food insecurity. As for the evolution of food insecurity in Brazil between 2018 and 2022, logistic models were applied to estimate moderate and severe food insecurity levels among the 20 household types. Additionally, effects of the emergency aid and idiosyncrasies of the COVID-19 pandemic were estimated.


Resumo: A tendência geral de insegurança alimentar no mundo é decrescente. No entanto, algumas regiões observaram um recente aumento nos níveis de fome. Isso ocorreu no Brasil de 2014 a 2018, durante e após a grande recessão brasileira, e de 2020 a 2021, durante a pandemia da COVID-19. Este artigo descreve a evolução da insegurança alimentar no Brasil de 2004 a 2022 usando dados obtidos através das seguintes pesquisas: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e PNAD Contínua. Os domicílios foram classificados em 20 tipos de arranjo domiciliar. Inicialmente, modelos logísticos multinomiais foram aplicados para identificar os arranjos domiciliares mais vulneráveis de 2004 a 2018. Em geral, os domicílios chefiados por mulheres (negras, brancas ou casais) com ou sem filhos foram os mais propensos à insegurança alimentar. Além disso, foi abordada a evolução da insegurança alimentar no Brasil entre os arranjos domiciliares de 2018 a 2022. Modelos logísticos foram aplicados para estimar os níveis de insegurança alimentar moderada e grave para os 20 tipos de arranjos domiciliar. Além disso, foram estimados os efeitos do auxílio emergencial e as peculiaridades da pandemia da COVID-19.


Resumen: La tendencia general de la inseguridad alimentaria está disminuyendo en el mundo. Sin embargo, algunas regiones han registrado un aumento reciente en los niveles de hambre. Esto había ocurrido en Brasil en el período de 2014 a 2018, durante y después de la gran recesión brasileña, y de 2020 a 2021, durante la pandemia del COVID-19. Este artículo describe la evolución de la inseguridad alimentaria en Brasil de 2004 a 2022 a partir de datos obtenidos de las siguientes encuestas: Encuesta Nacional por Muestra de Domicilios (PNAD), Encuesta de Presupuesto de Familiares (POF) y PNAD Continua. Se clasificaron los hogares en 20 tipos de arreglos domésticos. Inicialmente, se aplicaron modelos logísticos multinomiales para identificar los arreglos domésticos más vulnerables en el período de 2004 a 2018. En general, los hogares que tienen a mujeres (negras, blancas o en pareja) con o sin hijos como jefas del hogar fueron los más propensos a la inseguridad alimentaria. Además, se abordó la evolución de la inseguridad alimentaria en Brasil en los arreglos domésticos para el período de 2018 a 2022. Se aplicaron modelos logísticos para estimar los niveles de inseguridad alimentaria moderada y severa para los 20 tipos de arreglos domésticos. Además, se estimaron los efectos de la ayuda de emergencia y las peculiaridades de la pandemia del COVID-19.

5.
Physis (Rio J.) ; 34: e34018, 2024. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1558685

ABSTRACT

Resumo A pandemia de Covid-19 produziu uma série de agravos sociais, como crescimento exponencial da pobreza e da fome, aumento nas taxas de desemprego, interrupção de atividades de trabalhadores informais, piora das condições de moradia da população de baixa renda e transtornos psíquicos. No Brasil, essa realidade foi enfrentada de forma insuficiente no que se refere às ações minimizadoras do governo, incluindo programas de transferência de renda. Ainda assim, apenas no primeiro ano de pandemia, a concessão dos chamados benefícios eventuais passou de 3 para 7,8 milhões de pessoas. Apesar da existência de muitos estudos estatísticos sobre a piora das condições socioeconômicas da população, ainda são raros os estudos que investigam o problema na perspectiva das pessoas socioeconomicamente mais atingidas. A pesquisa ouviu 27 chefes de família de baixa renda, atendidos em um CRAS do DF, sobre os efeitos da pandemia em suas vidas. Os resultados permitiram compreender, em profundidade, os sofrimentos e dificuldades vividas em aspectos como: trabalho e renda; alimentação; educação de crianças; sofrimentos psíquicos; obtenção e uso de benefícios eventuais e apontam para novas estratégias, programas e políticas capazes de mitigar os efeitos da pandemia que perdurarão ainda por longo tempo.


Abstract The Covid-19 pandemic produced a series of social problems, such as the exponential growth of poverty and hunger, an increase in unemployment rates, interruption of activities of informal workers, worsening of the housing conditions of the low-income population and psychological disorders. In Brazil, this reality has been insufficiently addressed in terms of minimizing government actions, including income transfer programs. Even so, only in the first year of the pandemic, the granting of so-called occasional benefits went from 3 to 7.8 million people. Despite the existence of many statistical studies on the worsening of the socioeconomic conditions of the population, studies that investigate the problem from the perspective of the most socioeconomically affected people are still rare. The research heard 27 low-income family heads, assisted at a CRAS in the DF, Brazil, about the effects of the pandemic on their daily lives. The results made it possible to understand, in depth, the sufferings and difficulties experienced in aspects such as: work and income; food; children's education; psychic sufferings; obtaining and using eventual benefits and point to new strategies, programs and policies capable of mitigating the effects of the pandemic that will last for a long time.Resumo: A pandemia de Covid-19 produziu uma série de agravos sociais, como crescimento exponencial da pobreza e da fome, aumento nas taxas de desemprego, interrupção de atividades de trabalhadores informais, piora das condições de moradia da população de baixa renda e transtornos psíquicos. No Brasil, essa realidade foi enfrentada de forma insuficiente no que se refere às ações minimizadoras do governo, incluindo programas de transferência de renda. Ainda assim, apenas no primeiro ano de pandemia, a concessão dos chamados benefícios eventuais passou de 3 para 7,8 milhões de pessoas. Apesar da existência de muitos estudos estatísticos sobre a piora das condições socioeconômicas da população, ainda são raros os estudos que investigam o problema na perspectiva das pessoas socioeconomicamente mais atingidas. A pesquisa ouviu 27 chefes de família de baixa renda, atendidos em um CRAS do DF, sobre os efeitos da pandemia em suas vidas. Os resultados permitiram compreender, em profundidade, os sofrimentos e dificuldades vividas em aspectos como: trabalho e renda; alimentação; educação de crianças; sofrimentos psíquicos; obtenção e uso de benefícios eventuais e apontam para novas estratégias, programas e políticas capazes de mitigar os efeitos da pandemia que perdurarão ainda por longo tempo.

6.
Rev. panam. salud pública ; 48: e21, 2024. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1560369

ABSTRACT

ABSTRACT Objective. To understand the association of food insecurity with sociodemographic factors in a sample population in Latin America during the COVID-19 pandemic. Methods. This was a multicenter cross-sectional study conducted in 10 countries in Latin America using an online survey through various digital platforms from October 14, 2020 to February 15, 2021. Statistical analysis of data was performed by applying descriptive statistics, chi-square test, and logistic regression analysis. Results. Of a total of 6 357 surveys, 58.2% of respondents experienced food security, 29.3% were slightly food insecure, 9.2% were moderately food insecure, and 3.3% were severely food insecure. Concerning the association food insecurity and sociodemographic variables, there is a significant association in the variables studied, including area of residence, education level, occupation, number of persons in the household, household with children younger than 10 years of age, and socioeconomic level. Conclusions. These findings indicate that sociodemographic factors associated with food insecurity during the COVID-19 pandemic in Latin America were rural residence; complete and incomplete basic and secondary schooling; occupation (homemaker, unemployed, and self-employed); low, medium-low, and medium socioeconomic level; household with more than four persons; and household with children younger than 10 years of age.


RESUMEN Objetivo. Determinar la asociación de la inseguridad alimentaria con factores sociodemográficos en una muestra de población de América Latina durante la pandemia de COVID-19. Métodos. Se llevó a cabo un estudio transversal multicéntrico en diez países de América Latina mediante una encuesta en línea a través de diversas plataformas digitales, entre el 14 de octubre del 2020 y el 15 de febrero del 2021. Se realizó un análisis estadístico de los datos usando procedimientos de estadística descriptiva, la prueba ji al cuadrado y un análisis de regresión logística. Resultados. En un total de 6 357 encuestas, el 58,2% de las personas encuestadas gozaba de seguridad alimentaria, el 29,3% tenía una inseguridad alimentaria leve, el 9,2% una inseguridad alimentaria moderada y el 3,3% una inseguridad alimentaria grave. Por lo que respecta a la asociación entre la inseguridad alimentaria y las variables sociodemográficas, hay una asociación significativa para algunas de las variables estudiadas, como la zona de residencia, el nivel de estudios, la actividad laboral, el número de personas en el hogar, el hogar con menores de 10 años y el nivel socioeconómico. Conclusiones. Estos resultados indican que los factores sociodemográficos asociados a la inseguridad alimentaria durante la pandemia de COVID-19 en América Latina fueron la residencia en zonas rurales; la educación primaria y secundaria completa o no; la actividad laboral (trabajo doméstico, personas desempleadas y trabajadores autónomos); el nivel socioeconómico bajo, medio bajo, y medio; el hogar con más de cuatro personas; y el hogar con menores de 10 años.


RESUMO Objetivo. Compreender a relação entre insegurança alimentar e fatores sociodemográficos em uma amostra populacional da América Latina durante a pandemia de COVID-19. Métodos. Estudo transversal multicêntrico realizado em 10 países da América Latina por meio de uma pesquisa on-line conduzida em diferentes plataformas digitais de 14 de outubro de 2020 a 15 de fevereiro de 2021. A análise estatística dos dados foi realizada por meio da aplicação de estatísticas descritivas, teste qui-quadrado e análise de regressão logística. Resultados. De um total de 6 357 questionários, 58,2% dos entrevistados afirmaram ter segurança alimentar, 29,3% indicaram um nível de insegurança alimentar leve, 9,2% tinham insegurança alimentar moderada e 3,3%, insegurança alimentar grave. No que diz respeito à relação entre insegurança alimentar e variáveis sociodemográficas, há uma relação significativa com as variáveis estudadas, incluindo área de residência, nível de escolaridade, ocupação, número de pessoas no domicílio, domicílio com crianças com menos de 10 anos de idade e nível socioeconômico. Conclusões. Os achados apontam que os fatores sociodemográficos associados à insegurança alimentar durante a pandemia de COVID-19 na América Latina foram residência em zona rural; ensino fundamental e médio completo e incompleto; ocupação (do lar, desempregado(a) e autônomo(a)); nível socioeconômico baixo, médio-baixo e médio; domicílio com mais de quatro pessoas; e domicílio com crianças menores de 10 anos de idade.

7.
Acta Paul. Enferm. (Online) ; 37: eAPE02361, 2024.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, BDENF - Nursing | ID: biblio-1519814

ABSTRACT

Resumo Objetivo Compreender a percepção do acesso e da qualidade da alimentação para a população em situação de rua. Métodos Estudo descritivo qualitativo, realizado em um Centro de Referência da População de Rua na região centro-sul de Belo Horizonte (MG). Utilizou-se roteiro semiestruturado para a realização das entrevistas de 18 participantes. A coleta de dados ocorreu entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. A análise temática do material, proposta por Bardin, possibilitou a elaboração de três categorias empíricas. Resultados O público entrevistado era masculino, com idade média de 43 anos e tempo médio de situação de rua de 44,6 meses. O acesso à alimentação foi proveniente das doações de alimentos, refeições em instituições governamentais e aquisições ao dispor de renda. Foram relatadas dificuldades quanto à quantidade e qualidade dos alimentos, à aquisição das refeições nos fins de semana, aos sentimentos de medo e angústia perante a fome, à falta do alimento e pelo estigma social, agravados pela COVID-19. Conclusão Diante do cenário de iniquidades sociais, o direito ao acesso à alimentação não é garantido, sendo necessária a implementação de políticas públicas de proteção social que garantam os direitos básicos.


Resumen Objetivo Comprender la percepción del acceso y de la calidad de la alimentación según personas en situación de calle. Métodos Estudio descriptivo cualitativo, realizado en un Centro de Referencia de Personas de la Calle en la región centro-sur de Belo Horizonte (Minas Gerais). Se utilizó un guion semiestructurado para realizar entrevistas a 18 participantes. La recopilación de datos se realizó entre diciembre de 2020 y enero de 2021. El análisis temático del material, propuesto por Bardin, permitió la elaboración de tres categorías empíricas. Resultados El público entrevistado era masculino, de 43 años de edad promedio y tiempo promedio de situación de calle de 44,6 meses. El acceso a la alimentación fue proveniente de donaciones de alimentos, comidas en instituciones gubernamentales y adquisiciones al disponer de ingresos. Las personas relataron dificultades con relación a la cantidad y calidad de los alimentos, a la adquisición de comida los fines de semana, a los sentimientos de miedo y angustia ante el hambre, a la falta de alimentos y al estigma social, agravados por el COVID-19. Conclusión Ante el escenario de iniquidades sociales, el derecho al acceso a la alimentación no está garantizado, por lo cual es necesario implementar políticas públicas de protección social que garanticen los derechos básicos.


Abstract Objective To understand the perception of access to food and food quality for the street population. Methods This qualitative descriptive study was performed in a Reference Center for the Homeless Population in the south-central region of Belo Horizonte (MG). A semi-structured script was used to conduct interviews with 18 participants. Data collection occurred between December 2020 and January 2021. The thematic analysis of the material, as proposed by Bardin, made it possible to elaborate three empirical categories. Results The public interviewed was male, with a mean age of 43 years, and a mean time on the streets of 44.6 months. Access to food came from donations, meals at government institutions, and acquisition when income was available. Difficulties were reported regarding the quantity and quality of food, acquisition of meals on weekends, feelings of fear and anguish in the face of hunger, lack of food, and social stigma, which were aggravated by COVID-19. Conclusion As in this scenario of social inequalities the access to food is not guaranteed, implementing public policies of social protection is necessary to guarantee basic rights.

8.
Epidemiol. serv. saúde ; 33: e2023154, 2024. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528592

ABSTRACT

Abstract Objective: To assess the prevalence and factors associated with poor self-rated health according to respondents' sex in Manaus, Brazil. Methods: This was a cross-sectional population-based study with adults in Manaus in 2019. Adjusted prevalence ratios and 95% confidence intervals (95%CI) were calculated using Poisson regression following a hierarchical model. Results: Poor self-rated health occurred in 35.2% (95%CI 33.3;37.2) of the 2,321 participants and was higher in females (PR = 1.27; 95%CI 1.13;1.43). In the general population, among both sexes, poor self-rated health was higher among the oldest, those with moderate and severe food insecurity and with chronic diseases (p-value < 0.05). Among females, poor health was also higher among the evangelical and those with mild food insecurity. Among males, self-rated health was also poorer among the retired and those with education below elementary level (p-value < 0.001). Conclusion: The female sex had the poorest health rating, influenced by morbidity and access to food.


Resumen Objetivo: Analizar la prevalencia y los factores asociados a la mala autoevaluación de salud según sexo en Manaus, Brasil. Métodos: Se trata de un estudio poblacional transversal con adultos residentes en Manaus en 2019. Las razones de prevalencia ajustadas (RP) y los intervalos de confianza del 95% (IC95%) se calcularon mediante regresión jerárquica de Poisson. Resultados: Autoevaluación mala de salud ocurrió en 35,2% (IC95% 33,3;37,2) de los 2.321 participantes y fue mayor en el sexo femenino (RP = 1,27; IC95%1,13;1,43). En la población general, femenina y masculina, la mala autoevaluación de salud fue mayor entre ancianos, con inseguridad alimentaria moderada y grave y con enfermedades crónicas (p-valor < 0,05). En el sexo femenino, la mala salud fue mayor en evangélicas y con inseguridad alimentaria leve. En el sexo masculino, jubilados y con educación inferior al nivel básico también tuvieron una peor autoevaluación (p-valor < 0,001). Conclusión: Personas de sexo femenino tuvieron una peor valoración de salud, influenciada por la morbilidad y el acceso a la alimentación.


Resumo Objetivo: Analisar a prevalência e fatores associados à autoavaliação de saúde ruim segundo o sexo em Manaus. Métodos: Trata-se de estudo transversal de base populacional com adultos residentes em Manaus em 2019. Razões de prevalências (RP) ajustadas e intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculadas por regressão de Poisson hierarquizada. Resultados: Saúde autoavaliada como ruim ocorreu em 35,2% (IC95% 33,3;37,2) dos 2.321 participantes e foi maior no sexo feminino (RP = 1,27; IC95% 1,13;1,43). Na população geral, em ambos os sexos, saúde autoavaliada como ruim foi maior entre os mais velhos, com insegurança alimentar moderada e grave e com presença de doenças crônicas (p-valor < 0,05). No sexo feminino, saúde ruim foi maior em evangélicas e com insegurança alimentar leve. No masculino, aposentados e com nível de ensino inferior ao fundamental também apresentaram pior autoavaliação (p-valor < 0,001). Conclusão: Pessoas do sexo feminino apresentaram pior avaliação de saúde, influenciada por morbidade e acesso a alimentação.

9.
Rev. Nutr. (Online) ; 37: e230129, 2024. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1559145

ABSTRACT

ABSTRACT Objective This survey aims atreviewing the journalistic narratives of the newspaper Folha de São Paulo (digital edition) about hunger in Brazil during the 2020 pandemic period. It is known that journalism plays an important role in keeping the public informed and in helping to contribute to the shaping of society's opinion. Despite hunger being a structural phenomenon in this country, little is published in the mainstream media discussing the magnitude of the problem and the articulation of measures taken in the three government spheres (federal, state and municipal), to ensure access to food to the most vulnerable populations. Method News excerpts addressing hunger as the main topic were selected from Folha de São Paulo daily newspaper and were highlighted based on reading keys (n=11, published between March and December 2020). Results In all the selected articles, the newspaper addressed the cause of hunger from the perspective of the pandemic (passing event and manifestation). Issues linked to the economic and social crisis experienced in the country were not emphasized. This form of covering hunger in news articles can enhance the idea that the poor are the result of the currently spreading fatality. Conclusion Finally, from these first results we could infer that the newspaper, when addressing hunger in Brazil in the first months of the COVID-19 pandemic, sought to construct a biased reality that hunger was derived from the health crisis, at the same time that it presents the hungry people narratives as a discursive strategy to sensitize the reader to Folha de São Paulo intentions.


RESUMO Objetivo A nota tem como objetivo examinar as narrativas jornalísticas do jornal Folha de São Paulo (digital) sobre a fome no Brasil, no período pandêmico de 2020, uma vez que se compreende que as narrativas jornalísticas têm um papel importante na formação de opinião da sociedade. Apesar da fome ser um fenômeno estrutural no país, pouco se vê nos grandes meios de comunicação o debate sobre a magnitude dos problemas e articulação de medidas governamentais nas três esferas de gestão (federal, estadual e municipal), que possam assegurar o acesso à alimentação adequada e saudável dos mais vulneráveis. Método Foram selecionadas notícias na Folha de São Paulo que tratavam da fome como pauta principal, sendo analisadas com base em chaves de leitura (n=11, divulgadas entre março e dezembro de 2020). Resultados Em todas as matérias selecionadas o jornal abordou a causa da fome a partir da perspectiva da pandemia (acontecimento e manifestação passageira). As questões vinculadas à crise econômica e social vivenciada no país não foram enfatizadas. A forma de acionar os famintos nas matérias pode reforçar a ideia de que os pobres são fruto da fatalidade que se propaga. Conclusão Por fim, os resultados iniciais permitem inferir que o jornal ao editar a fome no Brasil, no primeiro ano da pandemia de COVID-19, procurou construir uma realidade enviesada de que a fome é derivada de uma crise sanitária ao mesmo tempo que apresenta as narrativas dos famintos como estratégia discursiva para sensibilizar o leitor em relação às suas intenções.


Subject(s)
Hunger , News , Newspapers as Topic , Brazil , Food Insecurity , COVID-19/complications , Government
10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);29(3): e16672023, 2024. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534184

ABSTRACT

Resumo Este estudo analisou a insegurança alimentar na comunidade quilombola Imbiral Cabeça-Branca, no Maranhão, durante a pandemia da COVID-19. Estudo transversal realizado no último trimestre de 2021, com 25 chefes de família da comunidade. A maioria dos participantes eram mulheres (52,0%), com baixa escolaridade, desempregados (68,0%), e 76,0% recebiam o Auxílio Emergencial federal. A densidade domiciliar média era de quatro pessoas, e as casas eram predominantemente de taipa, sem saneamento básico. A água consumida provinha de poços artesanais, e a maioria das casas tinha acesso à eletricidade. A insegurança alimentar foi identificada em todas as famílias, sendo 12,0% classificadas como Leve, 24,0% Moderada e 64,0% Grave. A forma Grave foi mais comum em lares chefiados por homens solteiros (75%), idosos, pessoas com baixa escolaridade (78,7%) e desempregados (64,7%). A insegurança alimentar na comunidade quilombola, assim como em outras comunidades similares no país, é resultado das condições precárias de vida, desemprego, privação de alimentos e falta de titulação de terras. Esses fatores também contribuem para a perpetuação do racismo institucional e ambiental enfrentado por essas comunidades.


Abstract This study examined food insecurity in the Quilombola community of Imbiral Cabeça-Branca, in Maranhão, Brazil, during the COVID-19 pandemic. A cross-sectional study was conducted in the last quarter of 2021 with 25 household heads from the community. Most participants were women (52.0%) with low schooling and were unemployed (68.0%), and 76.0% received a Federal Emergency Aid. The mean household density was four people, and houses were predominantly made of rammed earth, lacking basic sanitation. The consumed water came from artesian wells, and most houses had electricity. Food insecurity was identified in all households, with 12.0% classified as mild, 24.0% as moderate, and 64.0% as severe. The severe form was more common in households headed by single men (75%), older adults, less-educated individuals (78.7%), and the unemployed (64.7%). Food insecurity in the Quilombola community and other similar communities in the country results from substandard living conditions, unemployment, food deprivation, and lack of land titling. These factors also contribute to the perpetuation of institutional and environmental racism faced by these communities.

11.
Rev. Nutr. (Online) ; 37: e230058, 2024. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1575837

ABSTRACT

ABSTRACT Objective This study aimed to evaluate the spatial distribution of commercial food establishments in the state of Tocantins, in order to identify the presence of food deserts and swamps and its relationship with sociodemographic characteristics. Methods The present study is an ecological (observational) study of secondary state data. Sociodemographic and stablishment data were extracted from open government databases. After extracting the data, establishments were filtered according to CNAE, and a total of 4.202 establishments were distributed in 139 municipalities in the state of Tocantins. Each establishment was classified as unprocessed, mixed or ultra-processed. Since there is a high number of small-sized I municipalities, the density data of both types of establishments, associated relationships were calculated per 1000 inhabitants and then divided into quartiles. Lastly, maps were constructed for included establishments, using the QGIS software. Results In the north of the state, a tendency towards spatial clustering of municipalities in the first quartile of the distribution of healthy establishments was observed, indicating food deserts. Food deserts are spread across the whole territory of Tocantins, but food swamps are absent. Conclusion This study suggests that food deserts are present in Tocantins and food swamps could not be found, despite unhealthy stablishments being concentrated along BR highway 153.


RESUMO Objetivo Este estudo teve como objetivo avaliar a distribuição espacial dos estabelecimentos comerciais de alimentação no estado do Tocantins, a fim de identificar a presença de desertos alimentares e pântanos e sua relação com características sociodemográficas. Métodos O presente estudo é um estudo ecológico (observacional) de dados secundários do estado. Os dados sociodemográficos e dos estabelecimentos foram extraídos de bancos de dados abertos do governo. Após a extração dos dados, os estabelecimentos foram filtrados conforme CNAE, e foram distribuídos um total de 4.202 estabelecimentos em 139 municípios do estado do Tocantins. Cada estabelecimento foi classificado como in natura, misto ou ultraprocessado. Visto que há muitos municípios de pequeno porte, os dados de densidade de ambos os tipos de estabelecimentos e relações associadas foram calculados por 1000 habitantes e depois divididos em quartis. Por fim, foram construídos mapas dos estabelecimentos incluídos, utilizando o software QGIS. Resultados No norte do estado, observou-se tendência à aglomeração espacial dos municípios no primeiro quartil da distribuição dos estabelecimentos saudáveis, indicando desertos alimentares. Os desertos alimentares estão espalhados por todo o território do Tocantins, mas os pântanos alimentares estão ausentes. Conclusão Este estudo sugere que desertos alimentares estão presentes no Tocantins e que não foram encontrados pântanos alimentares, apesar dos estabelecimentos insalubres estarem concentrados ao longo da rodovia BR 153.

12.
Rev. bras. estud. popul ; 41: e0264, 2024. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1576075

ABSTRACT

Resumo Este estudo teve como objetivo avaliar a coexistência entre insegurança alimentar (IA) e acesso irregular à água potável no Brasil, bem como sua relação com características sociodemográficas e econômicas no primeiro ano da pandemia de Covid-19. Estudo transversal, com dados do I Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no contexto da pandemia de Covid-19 no Brasil, realizado em 2.180 domicílios de 128 municípios de todos os estados brasileiros, em 2020. A IA foi avaliada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. O acesso à água potável foi classificado em diário e não diário/irregular. As prevalências isoladas e combinadas destas condições foram calculadas, com investigação dos fatores associados a partir dos testes qui-quadrado e regressão logística múltipla (p<0,05). Cerca de 16% da população estava em situação concomitante de IA e acesso não diário à água potável. Agricultores familiares e produtores rurais, chefes de família de baixa renda e aqueles que residiam no Norte e Nordeste apresentaram as maiores magnitudes de coexistência. Foi preocupante a prevalência da coocorrência das duas condições de escassez avaliadas, acometendo desigualmente localidades e segmentos populacionais, com destaque para as áreas rurais, os lares com piores condições socioeconômicas e as regiões Norte e Nordeste.


Abstract The present study aims to evaluate the coexistence of Food Insecurity (FI) and irregular access to drinking water in Brazil, and its relationship with sociodemographic and economic characteristics in the first year of the Covid-19 pandemic. It's a cross-sectional study, with data from the I National Survey on Food Insecurity in the context of the Covid-19 pandemic in Brazil, carried out in 2,180 households in 128 municipalities in all Brazilian states, in 2020, which used the Brazilian Food Insecurity Scale. Access to drinking water was classified as daily and non-daily/irregular. The prevalence of FI and non-daily access to drinking water and their concomitance were calculated, and factors associated with FI and coexistence with non-daily access to drinking water were analyzed using the Chi-Square and Multiple Logistic Regression tests (p<0.05). About 16.0% of the population was in a situation of FI and non-daily access to drinking water. Family farmers and rural producers, heads of low-income families and those residing in the North and Northeast had the highest magnitudes of coexistence. The prevalence of the coexistence of both scarcities was worrying, unequally affecting localities and population segments, with emphasis on rural areas, in households with worse socioeconomic conditions and the North and Northeast regions.


Resumen Este estudio busca evaluar la coexistencia de la inseguridad alimentaria (IA) y el acceso irregular al agua potable en Brasil durante el primer año de la pandemia de COVID-19 y su relación con factores sociodemográficos y económicos. Se hizo un estudio transversal con datos de la Primera Encuesta Nacional sobre Inseguridad Alimentaria en el contexto de la pandemia de COVID-19 en 2020, que abarcó 2180 hogares en 128 municipios de Brasil. Se utilizó la Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria para medir la IA, y se clasificó el acceso al agua potable como diario o no diario/irregular. Se calculó la prevalencia de la IA y el acceso no diario al agua potable, y se analizaron los factores asociados mediante pruebas de chi-cuadrado y regresión logística múltiple (p < 0,05). Así, surge que 16 % de la población enfrentaba IA y acceso no diario al agua potable, con mayor prevalencia entre agricultores familiares, jefes de familias de bajos ingresos y residentes del Norte y Noreste de Brasil. Esta preocupante coexistencia afectó desigualmente a varias áreas y grupos poblacionales, entre los que se destacan en zonas rurales, hogares con peores condiciones socioeconómicas y en las regiones del norte y noreste del país.

13.
Rev. bras. estud. popul ; 41: e0265, 2024. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1576076

ABSTRACT

Abstract The great Brazilian recession was the most marked drop in economic activity in Brazil between the end of the Second World War and the Covid-19 pandemics. This economic crisis may have long lasting and non-anticipated negative consequences on Food Insecurity (FI) and on Subjective Well-Being (SWB). In addition, SWB is increasing linked to the use of Social Networking Services (SNS). The paper used data from World Value Survey (WVS) and logistic and ordered logistic models to empirically test a few hypotheses. The empirical results showed that: FI is negatively correlated with life satisfaction, but not with happiness; FI is unrelated to SNS use as still few people use them and the population groups that suffer from FI insecurity poorly overlap with the one that use SNS daily; SWB had positive relationships with SNS when the use was not very widespread; Associations between SWB and SNS use became negative as SNS use became more widespread.


Resumo A grande recessão brasileira foi a queda mais acentuada na atividade econômica no Brasil entre o final da Segunda Guerra Mundial e a pandemia de Covid-19. Esta crise econômica pode ter consequências negativas duradouras e não antecipadas sobre a insegurança alimentar (IA) e o bem-estar subjetivo (BES). Além disso, o BES está cada vez mais ligado ao uso de serviços de redes sociais (SRS). O artigo utilizou dados da Pesquisa Mundial de Valores (WVS) e modelos logísticos e logísticos ordenados para testar empiricamente algumas hipóteses. Os resultados empíricos mostraram que: IA está negativamente correlacionada com a satisfação com a vida, mas não com a felicidade; IA não está relacionada ao uso de SRS, pois ainda poucas pessoas os utilizam e os grupos populacionais que sofrem de IA pouco se sobrepõem aos que usam SRS diariamente; BES teve relações positivas com SRS quando o uso não era muito disseminado; as associações entre BES e o uso de SRS tornaram-se negativas à medida que o uso de SRS se tornou mais disseminado.


Resumen La gran recesión brasileña fue la más marcada caída de la actividad económica en Brasil entre el final de la Segunda Guerra Mundial y la pandemia de COVID-19. Esta crisis económica puede tener consecuencias negativas a largo plazo e imprevistas sobre la inseguridad alimentaria (IA) y el bienestar subjetivo (BES). Además, BES está cada vez más ligado a la popularización de las redes sociales. Con datos de la World Value Survey (WVS) y modelos logísticos y logísticos ordenados se usaron en este artículo para corroborar empíricamente algunas hipótesis. Los resultados mostraron que la IA estaba más asociada a la satisfacción con la vida que a la felicidad, y se correlacionaba de manera negativa con la satisfacción con la vida, pero no con la felicidad. A su vez, la IA no se relacionaba con el uso de redes sociales, ya que la población que sufre de IA se superponen poco con quienes las usan. Por su parte, el BES mostró relaciones positivas con el uso de las redes sociales cuando su uso aún no estaba generalizado, pero las asociaciones entre el BES y el uso de las redes sociales se volvieron negativas a medida que su uso se generalizó.

14.
Rev. Nutr. (Online) ; 37: e230113, 2024. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1559156

ABSTRACT

ABSTRACT Objective Evaluate short stature as a possible explanation for obesity, and identify if consumption of energy, protein, carbohydrate, and lipids were associated to higher risk for obesity in Brazilian adults (20-59 y) living in household food insecurity. Methods Cross-sectional study from 2017/2018 Household Budget Survey (N=28,112). Food insecurity was measured with the Brazilian Household Food Insecurity Measurement Scale. Short stature was used as an indicator of malnutrition at the beginning of life, which characterizes metabolic alterations resulting from the presence of food insecurity (cuts off women ≤149cm; men ≤160cm). Body mass index (kg/m2) was estimated from self-reported weight and body height. The average food intake was estimated from a 24-hr recall. The weighted means and standard error of the food security/insecurity categories were assessed according to height, mean energy intake and protein(g), carbohydrate(g) and lipids(g) intake, stratified by gender and nutritional status. Results Both men and women with obesity and food insecurity had significantly lower average height in comparison with those in food security status (p-value <0.01). The prevalence of obesity 1 (BMI 30-34.9kg/m2) increased significantly with the food insecurity among women. There was a trend towards short stature among obese women from families with food insecurity, as well as lower intake of energy. Among both men and women, the lowest intakes of protein and the highest intake of carbohydrates were observed in the underweight group (BMI <18.5kg/m2). Conclusion In women, the risk of obesity may depend on the metabolic background, since who presents food insecurity and develop obesity have low stature and lower energy intake.


RESUMO Objetivo Avaliar a baixa estatura como possível explicação para a obesidade, e identificar se o consumo de energia, proteína, carboidrato e lipídios esteve associado ao maior risco de obesidade em adultos brasileiros (20-59 anos) que vivem em domicílios em insegurança alimentar domiciliar. Métodos Estudo transversal realizado com dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017/2018 (N=28.112). A Insegurança alimentar domiciliar foi medida pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. A baixa estatura (mulheres ≤149cm; homens ≤160cm) foi utilizada como indicador de alterações metabólicas decorrentes da presença de insegurança alimentar. O índice de massa corporal (kg/m2) foi estimado a partir do peso e altura autorreferidos. A média de ingestão alimentar foi estimada a partir do recordatório de 24 horas. As médias ponderadas e o erro padrão das categorias de segurança/insegurança alimentar foram avaliadas segundo estatura, médias de ingestão energéticas e de proteínas(g), carboidratos(g) e lipídios(g), estratificado por sexo e estado nutricional. Resultados Homens e mulheres com obesidade e insegurança alimentar apresentaram a média de estatura significativamente menor em comparação aqueles com segurança alimentar (p-valor <0,01). A prevalência de obesidade 1 (índice de massa corporal 30-34,9Kg/m2) aumentou significativamente com a insegurança alimentar entre as mulheres. Houve tendência de baixa estatura entre mulheres obesas de famílias com insegurança alimentar, bem como menor ingestão de energia. Entre homens e mulheres, a menor ingestão de proteína e a maior ingestão de carboidratos foram observadas no grupo de baixo peso (índice de massa corporal <18,5Kg/m2). Conclusão Nas mulheres, o risco de obesidade pode depender do metabolismo, pois quem apresenta insegurança alimentar e desenvolve obesidade possui baixa estatura e menor ingestão energética.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Young Adult , Body Height/physiology , Food Insecurity , Obesity/epidemiology , Energy Intake , Dietary Carbohydrates , Proteins , Body Mass Index , Cross-Sectional Studies/methods , Adult , Eating , Food Supply , Lipids
15.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; Ciênc. Saúde Colet. (Impr.);29(11): e04722023, 2024. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1574705

ABSTRACT

Resumo O estudo visa identificar e analisar fatores associados à insegurança alimentar (IA), as tendências e a distribuição espacial para estratos geográficos. Investigou-se a hipótese de piora do desfecho de IA grave nos domicílios, medido pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), como efeito da crise e/ou da política de austeridade. O artigo envolve estudos com desenho transversal para análises seccionais e ecológico misto de tendências espaço-temporais, a partir de quatro inquéritos nacionais do IBGE. Adotou-se procedimento de calibração dos pesos segundo distribuição por sexo e faixa etária e métodos de estimação e modelagem que incorporam efeitos do desenho amostral. A regressão de Poisson com estimação robusta de variância foi empregada para estimar razões de prevalências de IA grave em nível etiológico. Para o nível ecológico, empregou-se duas abordagens de modelagem multinível para medidas repetidas de estratos: regressão múltipla log-log para associações; e modelagem de splines para estimação de tendências. Os achados apontam impactos da austeridade adotada, com mudanças de tendências no Programa Bolsa Família e reflexos sobre o aumento da IA grave. Projeta-se o aumento da IA e afastamento do alcance do objetivo nº 2 dos ODS em 2030 pelo Brasil, a despeito do sucesso obtido em 2014 para o ODM nº 1.


Resumen Este estudio tiene como objetivo identificar y analizar factores asociados a la inseguridad alimentaria (IA), tendencias y distribución espacial por estratos geográficos. Se investigó la hipótesis de un deterioro del resultado de IA grave en los hogares, medido por la Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria (EBIA), como efecto de la crisis o de la política de austeridad. El artículo involucra estudios con diseño transversal para análisis ecológicos transversales y mixtos de tendencias espacio-temporales, basados ​​en cuatro encuestas nacionales del IBGE. Se adoptó un procedimiento de calibración de los pesos según distribución por sexo y grupo de edad y métodos de estimación y modelación que incorporan efectos del diseño muestral. Se utilizó la regresión de Poisson con estimación robusta de la varianza para estimar los índices de prevalencia de IA grave a nivel etiológico. Para el nivel ecológico, se utilizaron dos enfoques de modelado multinivel para mediciones repetidas de estratos: regresión múltiple log-log para asociaciones y modelado Splines para estimación de tendencias. Los hallazgos apuntan a los impactos de la austeridad adoptada, con cambios en las tendencias del Programa Bolsa Familia e impactos en el aumento de la IA severa. Se proyecta que Brasil aumentará la IA y se alejará de alcanzar el objetivo N°2 de los ODS en 2030, a pesar del éxito alcanzado en 2014 para el ODM nº1.


Abstract This study aims to identify and analyse factors associated with food insecurity (FI), trends and spatial distributions for geographical strata. The hypothesis of worsening of the outcome of severe FI, measured by the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA) in households, as an effect of the crisis and/or the austerity policy, was investigated. The article involves studies with cross-sectional design and mixed ecological for spatio-temporal trends, based on 4 national IBGE surveys. A weight calibration procedure to match population distribution by gender and age group was adopted, as well as estimation and modelling methods that incorporate effects of the sample design. Poisson regression with robust estimation of variance was used to estimate prevalence ratios of severe FI at the etiological level. For the ecological level, two multilevel modelling approaches were employed for repeated measurements of strata: multiple log-log regression for associations; and modelling of splines for trend estimation. The findings point to impacts of the austerity policy adopted, with changes in trends in the Programa Bolsa Família - PBF (Family Benefit Programme - FBP) and on the increase in severe FI. It is projected that there will be an increase in FI and a shortfall in relation to achievement of the SDG no. 2 in 2030 by Brazil, despite the success obtained in 2014 for MDG no. 1.

16.
Rev. bras. epidemiol ; Rev. bras. epidemiol;27: e240041, 2024. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1569707

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To analyze the association of food insecurity (FI) with chronic noncommunicable diseases (NCDs) in the Brazilian context. Methods: The review protocol was registered with the International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO). The searches were conducted in LILACS and PubMed databases (September/2022). Observational studies carried out in the Brazilian population published since 2003 were included, in which: (1) the association of FI with NCDs was analyzed; and (2) the Brazilian Food Insecurity Scale was used. Studies on pregnant women and those that associated FI with cancer, sexually transmitted infections, and musculoskeletal and respiratory diseases were excluded. The studies were subjected to methodological quality assessment. Results: A total of 27 cross-sectional studies were included; nine used secondary data from national surveys, and the others used primary data. An association between FI and overweight and obesity in different age groups was verified in the studies. Conclusion: The included articles did not produce evidence on other NCDs of interest to health in Brazil such as diabetes and high blood pressure. However, they corroborate the already-known relationship between obesity and FI. Studies on the topic, with a longitudinal design, should be encouraged.


RESUMO Objetivo: Analisar a associação da insegurança alimentar (IA) com as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) no contexto brasileiro. Métodos: O protocolo da revisão foi registrado no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO). As buscas foram realizadas na LILACS e na PubMed (setembro/2022). Foram incluídos estudos observacionais realizados com a população brasileira, publicados a partir de 2003, que: (1) analisam a associação da IA com DCNTs; e (2) utilizam a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Foram excluídos estudos com gestantes e que associam a IA com câncer, infecções sexualmente transmissíveis e doenças musculoesqueléticas e respiratórias. Os estudos foram submetidos à avaliação da qualidade metodológica. Resultados: Foram incluídos 27 estudos transversais, dentre os quais 9 utilizaram dados secundários de inquéritos nacionais e os demais utilizaram dados primários. Os estudos revelaram associação da IA com sobrepeso e obesidade em diferentes faixas etárias. Conclusão: Os artigos incluídos não produziram evidências sobre outras DCNTs de interesse para a saúde no Brasil, como a diabetes e a hipertensão arterial. No entanto, contribuem para corroborar a relação já conhecida entre obesidade e IA. Estudos sobre a temática, com desenho longitudinal, devem ser incentivados.

17.
Rev. Nutr. (Online) ; 37: e230112, 2024. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1559153

ABSTRACT

ABSTRACT Objective To review the demographic and socioeconomic profile of the Homeless Workers Movement's Solidarity Kitchen project users in the Sol Nascente Community, Federal District, Brazil. Methods Descriptive cross-sectional study. The interviews were conducted with adults, users of the solidarity kitchen, in August 2022, using a standardized questionnaire containing demographic, socioeconomic, housing and food consumption information. The outcome of the study was Frequent Use (picking up food at the solidarity kitchen five days/week). General and gender descriptive analyses were conducted, as well as a bivariate analysis based on the chi-square test (p<0.05). Results The sample was composed of 83 dark complexion women with a mean age of 39.6 years (SD=14.6). A total of 35 women (42.2%) had attended the first year of high school or over, and approximately 65.0% had a job and were paid up to one minimum wage. Most received social benefits and 81.9% were unemployed at the time of the survey. More than half of the respondents owned their own home and among those who did not, 64.0% paid rent. A total of 46.3% respondents had up to two daily meals. The prevalence of users who were considered Frequent Users was 61.0%. Women reported lower family income, greater dependence on aid, more unemployment, in addition to living with a greater number of people and having more people in the house who took food from the solidarity kitchen, all statistically significant differences. Conclusion The project Solidarity Kitchen essentially caters to dark complexion women with lower family income, who enhance the inequalities and inequities conditions in food security in the country.


RESUMO Objetivo Analisar o perfil demográfico e socioeconômico dos usuários do projeto Cozinha Solidária do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto no Sol Nascente, Distrito Federal, Brasil. Métodos Estudo descritivo do tipo transversal. As entrevistas foram realizadas com adultos, usuários da cozinha solidária, em agosto de 2022, a partir de um questionário padronizado contendo informações demográficas e socioeconômicas, sobre moradia e alimentação. O desfecho do estudo foi considerado Consumo Frequente (pegar comida na cozinha solidária nos cinco dias da semana: sim/não). Foram conduzidas as análises descritivas geral e por sexo, e bivariadas a partir do Teste qui-quadrado (p<0,05). Resultados A amostra de 83 indivíduos foi composta predominantemente por mulheres, pretas e pardas, com idade média de 39,6 anos (DP=14,6). Onde 42,2% cursaram o 1º ano do ensino médio ou mais e aproximadamente 65% recebiam até um salário-mínimo. A maioria recebia benefício social e 81,9% estava desempregada no momento da entrevista. Mais da metade dos entrevistados possuíam casa própria e, entre os que não tinham, 64,0% pagavam aluguel. O número de refeições diárias foi de até duas para 46,3% dos entrevistados. A prevalência de usuários que tinham Consumo Frequente foi 61%. As mulheres relataram menor renda familiar, maior dependência de auxílios, maior desemprego, além de residirem com mais pessoas, os quais pegavam mais comida da cozinha solidária, sendo todas diferenças estatisticamente significativas. Conclusão O projeto atende essencialmente mulheres, pretas e com menor renda familiar, corroborando o panorama das desigualdades e iniquidades no acesso à alimentação no país.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Residence Characteristics , Cross-Sectional Studies , Surveys and Questionnaires , Meals/ethnology , Food Insecurity , Social Vulnerability
18.
Natal; s.n; 2024. 181 p. ilus, graf, maps, tab.
Thesis in Portuguese | LILACS, BBO - Dentistry | ID: biblio-1567150

ABSTRACT

Introdução: Alcançar a segurança alimentar e nutricional e a melhoria da nutrição são metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e para tanto é fundamental a compreensão das interações entre saúde coletiva, meio ambiente e os determinantes sociais no planejamento de ações eficazes no enfrentamento da Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) e na promoção de territórios saudáveis e sustentáveis. Na perspectiva de identificação da situação da alimentação nos territórios, destacam-se os ambientes alimentares que são influenciados por uma variedade de fatores (disponibilidade, acessibilidade, conveniência, promoção, qualidade dos alimentos e bebidas), incluindo a sustentabilidade dos ecossistemas nos quais estão inseridos. Nesse contexto, este estudo pode fornecer informações valiosas ao identificar e descrever áreas críticas de desigualdades espaciais acerca da adesão às dietas sustentáveis, as quais podem corroborar para o desenvolvimento de políticas públicas focalizadas nas áreas mais vulneráveis do município de Natal. Objetivo: Avaliar a adesão às dietas sustentáveis, desertos alimentares e associações de saúde, aspectos socioeconômicos e espaciais em adultos e idosos do estudo BRAZUCA-Natal. Métodos: Trata-se de um estudo que aborda métodos mistos: 1) Revisão de escopo que buscou compreender as características dos índices de adesão às dietas sustentáveis que foram desenvolvidos com base no relatório da Comissão EAT-Lancet e verificar as principais lacunas de conhecimento destas ferramentas. Essa revisão foi realizada a partir de uma busca sistemática na literatura nas bases de dados PubMed, Embase, Scopus, Web of Science, e Science Direct de 01 de junho a 01 de agosto janeiro de 2022. 2) Estudo transversal que se decompõe, a partir das variáveis independentes, em três artigos científicos que avaliaram 399 adultos e idosos, por meio de entrevistas domiciliares contendo questões sociodemográficas, de estilo de vida, dados clínicos, antropométricos e dietéticos orientado pelo software Globodiet® por meio do Recordatório alimentar de 24h (R24h). A adesão às dietas sustentáveis foi mensurada pelo Planet Health Diet Index (PHDI). No primeiro artigo, avaliamos a adesão às recomendações do EAT-Lancet para dietas saudáveis e sustentáveis em adultos e idosos do estudo Brazuca-Natal. O segundo artigo, buscou avaliar a associação entre a adesão à dieta EAT-Lancet com fatores de risco cardiometabólicos (glicose, triglicerídeos, colesterol total, HDL-c, LDL-c, mensuração da pressão arterial sistólica e diastólica, utilizamos a regressão linear múltipla para avaliar a relação entre o PHDI e variáveis independentes. O terceiro, buscou associar a adesão à dieta sustentável com variáveis individuais e de contexto com foco nos desertos alimentares, IAN e infraestrutura urbana. Essa pesquisa se baseou nos setores censitários da cidade de Natal-RN, a partir da identificação dos estabelecimentos de aquisição de alimentos, agrupados nas categorias de in natura ou minimamente processados, ultraprocessados ou mistos. Os desertos alimentares foram calculados pela densidade de estabelecimentos saudáveis ponderados pela renda dividido por 10 mil habitantes e classificados menor ou igual ao percentil 25. Utilizamos dados socioeconômicos do Censo 2010. Regressão múltipla com seleção Backward foi utilizada para observar a relação entre a adesão às dietas sustentáveis com as variáveis independentes. Resultados: Na revisão de escopo foram recuperados um total de 1.458 artigos, 14 dos quais foram incluídos na revisão. Identificamos sete índices que mensuram dietas sustentáveis, como se segue: EAT-Lancet diet score (ELD-I), New EAT-Lancet diet score (EAT), Planetary Health Diet Index (PHDI), Sustainable Diet Index (SDI), Sustainable-HEalthy-Diet (SHED), novel Nutrient-Based EAT index (NB-EAT) e World Index for Sustainability and Health (WISH). No artigo 2 (transversal), verificamos que o escore total médio de adesão ao PHDI foi de 29,4 pontos (IC 95% 28,04-30,81), em um escore que pode variar de 0 a 150 pontos. As maiores pontuações foram para frutas, leguminosas e vegetais e as menores para gordura animal e carne vermelha. Esse estudo mostrou que a adesão à dieta sustentável está diretamente relacionada a ser do sexo masculino e não consumir álcool e inversamente relacionada a ter 1 a 9 anos de estudos (comparado a quem tem ensino superior) e estar em insegurança alimentar. No artigo 3 (transversal), o PHDI apresentou associação significativa (p <0,05) com a presença de diabetes e dislipidemia, com a pressão arterial sistólica, colesterol total e LDL-c alterados, assim como com um índice que avalia saúde cardiovascular aos seus componentes (de forma positiva com frutas, vegetais e leguminosas e de forma negativa com os alimentos ultraprocessados). No artigo 4 (ecológico transversal) encontramos uma maior adesão à dieta sustentável na região Sul de Natal-RN, em indivíduos com maior renda per capita, em segurança alimentar, moradores de áreas com melhor infraestrutura e que não são desertos alimentares. Identificamos que a ocorrência de desertos alimentares coincide com as áreas em que há uma menor adesão à dieta sustentável, que são as regiões Norte e Oeste da cidade. A adesão à dieta sustentável reduz quando associada à infraestrutura urbana desfavorável e a IAN. Conclusões: Concluímos na revisão de escopo que há a utilização de diferentes métricas que avaliam a adesão às dietas sustentáveis, dificultando a comparação entre os índices e a tendência a negligenciar aspectos sociais. No artigo 2, que a adesão às dietas sustentáveis está distante das recomendações do EAT-Lancet e que essa adesão foi menor em mulheres, com baixa escolaridade, nas classes sociais menos favorecidas, com menor renda per capita e que se encontravam em IAN. No artigo 3, que associação com o padrão alimentar sustentável também sugeriu um menor risco cardiometabólico. E no artigo 4, verificamos no mapeamento de desertos alimentares que a distribuição dos estabelecimentos que comercializam alimentos sustentáveis sofre iniquidades territoriais na cidade de Natal-RN. Apesar de não estarem associados à adesão às dietas sustentáveis nesse estudo, os desertos alimentares ressaltam questões relacionadas às escolhas de alimentos sustentáveis que podem ir além da disponibilidade e acessibilidade. Contudo, são necessários novos estudos que explorem questões relacionadas aos hábitos e poder de compra dessas famílias (AU).


Introduction: Achieving food security and improving nutrition are goals set by the UN's Sustainable Development Goals (SDGs). To this end, it is essential to understand the interactions between public health, the environment and social determinants in order to plan effective actions to tackle Food and Nutrition Insecurity (FNI) and promote healthy and sustainable territories. From the perspective of identifying the food situation in the territories, food environments stand out, which are influenced by a variety of factors (availability, accessibility, convenience, promotion, quality of food and drink), including the sustainability of the ecosystems in which they are inserted. In this context, this study can provide valuable information by identifying and describing critical areas of spatial inequalities regarding adherence to sustainable diets, favoring the development of public policies focused on the most vulnerable areas. Objective: To evaluate adherence to sustainable diets, food deserts and health associations, socioeconomic and spatial aspects in adults and elderly people from the BRAZUCA-Natal study. Methods: This is a multi-method study. 1) A scoping review that sought to understand the characteristics of the sustainable diet adherence indices that were developed on the basis of the EATLancet Commission report and to verify the main knowledge gaps in these tools. This review was carried out through a systematic literature search in the PubMed, Embase, Scopus, Web of Science, and Science Direct databases from June 1 to August 1, 2022. 2) A cross-sectional study that was broken down, based on the independent variables, into two scientific articles that assessed 399 adults and elderly people, through home interviews containing sociodemographic, lifestyle, clinical, anthropometric and dietary questions, guided by the Globodiet® software using the 24-hour dietary recall (R24h). Adherence to sustainable diets was measured using the Planet Health Diet Index (PHDI). In the first article, we assessed adherence to the EAT-Lancet recommendations for healthy and sustainable diets in adults and the elderly in the Brazuca-Natal study. The second article sought to assess the association between adherence to the EAT-Lancet diet and cardiometabolic risk factors (glucose, triglycerides, total cholesterol, HDL-c, LDL-c, measurement of systolic and diastolic blood pressure, we used multiple linear regression to assess the relationship between the PHDI and independent variables. 3) A transversal ecological study that sought to associate adherence to a sustainable diet with individual and contextual variables, focusing on food deserts, FNI and urban infrastructure. This research was based on the census sectors of the city of Natal-RN, based on the identification of food purchasing establishments, grouped into the categories of in-natura or minimally processed, ultra-processed or mixed. Food deserts were calculated by the density of healthy establishments weighted by income divided by 10,000 inhabitants and classified as less than or equal to the 25th percentile. We used socioeconomic data from the 2010 Census. Multiple regression with Backward selection was used to observe the relationship between total of 1,458 articles, 14 of which were included in the review. We identified seven indices that measure sustainable diets, as follows: EAT-Lancet diet score (ELD-I), New EAT-Lancet diet score (EAT), Planetary Health Diet Index (PHDI), Sustainable Diet Index (SDI), Sustainable-HEalthy-Diet (SHED), novel Nutrient-Based EAT index (NB-EAT) and World Index for Sustainability and Health (WISH). In article 2 (cross-sectional), we found that the average total score for adherence to the PHDI was 29.4 points (95% CI 28.04-30.81), out of a score that can vary from 0 to 150 points. The highest scores were for fruit, pulses and vegetables and the lowest for animal fat and red meat. This study showed that adherence to a sustainable diet is directly related to being male and not consuming alcohol, and inversely related to having 1 to 9 years of schooling and being food insecure. In article 3 (cross-sectional), the PHDI showed a significant association (p <0.05) with the presence of diabetes and dyslipidemia, with systolic blood pressure, total cholesterol and LDL-c, as well as with an index that assesses cardiovascular health and its components (positively with fruits, vegetables and legumes and negatively with ultra-processed foods). In article 4 (transversal ecological) we found greater adherence to the sustainable diet in the southern region of Natal-RN, in individuals with higher per capita income, food security, living in areas with better infrastructure and which are not food deserts. We found that the occurrence of food deserts coincides with the areas where there is less adherence to the sustainable diet, which are the North and West regions of the city. Adherence to a sustainable diet decreases when associated with unfavorable urban infrastructure and FNI. Conclusions: The scoping review observed the use of different metrics that assess adherence to sustainable diets, making it difficult to compare the indices and the tendency to neglect social aspects. In article 2, we concluded that adherence to sustainable diets is far from the EAT-Lancet recommendations and that this adherence was lower in women, with low education, in less favored social classes, with lower per capita income and who were in the IAN. In article 3, the association with a sustainable dietary pattern also suggested a lower cardiometabolic risk. And in article 4, we verified in the mapping of food deserts that the distribution of establishments that sell healthy and sustainable food suffers territorial inequities in the city of Natal-RN, concentrated in the South and East regions. Despite not being associated with adherence to sustainable diets in this study, food deserts highlight issues related to sustainable food choices that may go beyond availability and accessibility. However, new studies are needed that explore issues related to the habits and purchasing power of these families (AU).


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Eating , Environment and Public Health , Food Deserts , Food Insecurity , Access to Healthy Foods , Socioeconomic Factors , Cross-Sectional Studies/methods , Social Determinants of Health
19.
Entramado ; 19(2)dic. 2023.
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534427

ABSTRACT

The importance of food (in)security has been one of the United Nations Sustainable Development's main goals. Over 828 million people worldwide cannot acquire enough food to meet the minimum daily dietary energy requirements (undernourished). Therefore, the present study examines the factors that affect the number of undernourished people in Colombia by assessing macroeconomic data for the period 2000-2021 including gross domestic product (GDP) per capita, unemployment, and inflation rates. A quantitative, empirical, correlation design was used to examine and describe the relationship among the variables. The findings showed that the proposed variables presented the correct signs, were statistically significant, and were in line with the economic theory Thus, the study concluded that although income shocks brought on by inflation and unemployment undoubtedly impact household food (in)security, other factors must also be considered for policy and practice to effectively reduce food insecurity for households.


La importancia de la (in)seguridad alimentaria ha sido uno de los principales objetivos del Desarrollo Sostenible de las Naciones Unidas y más de 820 millones de personas en el mundo no pueden adquirir suficientes alimentos para satisfacer los requerimientos mínimos diarios de energía dietética (subalimentadas). Por lo tanto, el presente estudio examina los factores que afectan el número de personas subalimentadas en Colombia mediante la evaluación de datos macroeconómicos para el período 2000-2021, incluido el producto interno bruto (PIB) per cápita, el desempleo y las tasas de inflación. Se utilizó un diseño cuantitativo, empírico y correlacional, para examinar y describir la relación entre las variables. Los hallazgos mostraron que las variables propuestas presentaron los signos correctos, fueron estadísticamente significativas y de acuerdo con el propuesto por la teoría económica. Por lo tanto, el estudio concluyó que, si bien los impactos en los ingresos causados por la inflación y el desempleo indudablemente afectan la inseguridad alimentaria de los hogares, también es importante considerar otros factores en los esfuerzos de políticas y prácticas para mitigar la inseguridad alimentaria de los hogares.


A importância da (in)segurança alimentar tem sido um dos principais objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e mais de 820 milhões de pessoas no mundo não podem adquirir alimentos suficientes para atender às necessidades energéticas diárias mínimas (subalimentadas). Por tanto o presente estudo examina os fatores que afetam o número de pessoas subalimentadas na Colômbia, avaliando dados macroeconômicos para o período 2000-2021, incluindo produto interno bruto (PIB) per capita, desemprego e taxas de inflação. Um desenho quantitativo, empírico e de correlação foi usado para examinar e descrever a relação entre as variáveis. Os achados mostraram que as variáveis propostas apresentaram os sinais corretos, foram estatisticamente significativas e em consonância com a teoria econômica. Assim, o estudo concluiu que, embora os choques de renda causados pela inflação e pelo desemprego indubitavelmente afetem a insegurança alimentar das famílias, outros fatores também são importantes a serem considerados nos esforços de políticas e práticas para mitigar a insegurança alimentar das famílias.

20.
Porto Alegre; Editora Rede Unida; set. 2023. 311 p.
Monography in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1515953

ABSTRACT

As interfaces entre a insegurança alimentar e a crise climática são diversas, imbricadas e, cada vez mais, se posicionam na centralidade dos debates e dos desafios para a Saúde Pública global, especialmente por produzirem impactos mais evidentes em países e regiões onde as desigualdades históricas e estruturais são mais evidentes, como na América Latina. Uma complexa situação que pode ser melhor compreendida através do conceito de sindemia, que se refere à interação entre múltiplas epidemias que afetam uma população, ao mesmo tempo e no mesmo local, alimentando-se, agravando-se e criando um cenário desafiador para os serviços, programas e sistemas de saúde nos níveis local, regional e/ou global. Compreender as interfaces entre as crises alimentar e climática em um quadro sindêmico global centra a atenção na escala e na urgência de enfrentar estes desafios, de forma abrangente e articulada, enfatizando a necessidade de organizar esforços em torno de soluções comuns, contribuindo para o fortalecimento de capacidades locais, comprometidas com a garantia da segurança e da soberania alimentar e regidas pelos princípios inegociáveis da dignidade humana e do respeito às pessoas e a sua sabedoria. Motivados pela necessidade de gerar evidências dessa "crise de crises", com o objetivo de subsidiar estratégias de enfrentamento de suas consequências junto a setores de governo e da sociedade civil organizada, um grupo de aproximadamente 80 destacados pesquisadores, vinculados a 24 instituições acadêmicas com sede em 11 países da América Latina, decidiu se unir para criar o Grupo de Estudos sobre Sistemas Alimentares Latino-americanos no marco da Mudança Global ­ SALA Global, cuja primeira iniciativa foi elaborar um panorama das crises alimentar e climática na região, resultando no presente livro.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Young Adult , Climate Change
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