RESUMO
A perda maciça de osso da tíbia depois de trauma ou da remoçäo de tumor representa problema imensurável. As técnicas reconstrutivas estäo associadas a morbidez do membro ou do local doador e frequentemente resultam em amputaçäo. Os autores apresentam outra técnica que usa a fíbula e o aparelho de Ilizarov. O aparelho de Ilizarov é fixado à tíbia remanescente, ocasionalmente incluindo fêmur distal ou pé e tornozelo. Uma corticotomia completa distal e proximal da fíbula foi acompanhada de distraçäo da fíbula ipsilateral para o defeito tibial. Enxerto ósseo foi adicionado ao local da falha óssea. Após a consolidaçäo o fixador foi substituído por gesso e finalmente por órtese. Esse procedimento foi realizado em 5 pacientes masculinos, de idade entre 13 e 53 anos, com perda maciça de osso tibial. Um paciente doi submetido a remoçäo de 2/3 da tíbia proximal por causa de um tumor; 3 pacientes, a reconstruçäo de tíbia após trauma agudo; e um paciente, a remoçäo de parte da tíbia por infecçäo crônica.Quatro pacientes obtiveram resultados de bom a excelente. Esses pacientes voltaram às atividades normais e até aos esportes. O tratamento näo foi eficaz em um paciente. A transferência da fíbula e a estabilizaçäo esquelética pelo aparelho de Ilizarov apresentam muitas vantagens sobre os métodos tradicionais de tratamento para perda óssea da tíbia após fratura ou remoçäo de tumor. A construçäo de aparelho de Ilizarov é estável e permite a possibilidade de carga. A fixaçäo interna é evitada. A tranferência horizontal é feita com procedimento cirúrgico menor. Näo há morbidade local e o paciente pode colocar carga constante no membro afetado
Assuntos
Humanos , Masculino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Doenças Ósseas/cirurgia , Fraturas da Tíbia/cirurgia , Técnica de Ilizarov , Fíbula/cirurgia , Tíbia/lesões , Fixadores Externos , Transplante Ósseo/métodosRESUMO
O fixador externo de Ilizarov combinado com locais de alongamento de dois níveis foi usado para tratar 26 pacientes com pseudartrose da tíbia; seis ainda estao em tratamento e 20 já o terminaram (15 homens e cinco mulheres), com média de idade de 31,3 anos (18-71). A média do período de acompanhamento foi de 35,5 meses (13-72). Catorze pacientes apresentavam infecçao, 19 casos eram conseqüentes a trauma e um devido a tumor ressecado previamente. Média de 1,85 operaçoes precedeu o tratamento "trifocal", o qual consistiu da ressecçao de osso inviável com corticotomias em dois diferentes sítios da tíbia. A maioria dos casos incluiu um segundo procedimento, chamado de revisao ou docking, o qual foi realizado quando as pontas do osso estavam aproximadas após o transporte ósseo suficiente. Enxerto ósseo córtico-esponjoso foi introduzido no local da pseudartrose em dois casos e em locais de alongamento em outros dois. Houve consolidaçao em 19 dos 20 casos. Uma paciente necessitou de amputaçao do pé devido a severa infecçao. Dezenove pacientes chegaram à equalizaçao ou apresentaram menos que 2cm de discrepância na perna. Média de 9,9cm (4-22) de alongamento ósseo total foi alcançada. Alongamento ósseo externo foi obtido em nove pacientes, em média de 3,37 cm (1-8cm). Três dos 14 (21 por cento) casos infectados continuaram a drenar mesmo depois que a consolidaçao foi conseguida. Outras complicaçoes incluíram um caso de refratura após remoçao do aparelho e outros três de desvio angular de poucos graus. Os resultados radiográficos foram excelentes em 14, bons em quatro, razoáveis em dois e precários em dois. Os resultados funcionais foram excelentes em 12, bons em seis, razoável em um e precário em um. O método de Ilizarov para o tratamento das pseudartroses tibiais proporciona resultados satisfatórios. O uso concomitante de alongamento em dois níveis melhora o resultado da correçao de falhas em ossos longos e das consolidaçoes prematuras, em relaçao a sítio de corticotomia simples. Este método oferece tratamento curto com menor quantidade de tecido a ser atravessado pela fixaçao enquanto nao aumenta a morbidade ou dificuldades técnicas do procedimento.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Alongamento Ósseo/métodos , Doenças Ósseas/cirurgia , Técnica de Ilizarov , Pseudoartrose/cirurgia , Tíbia/cirurgia , SeguimentosRESUMO
Os autores apresentam o estudo prospectivo de 25 pacientes portadores de psudoartrose congênita da tíbia, tratados pelo método de Ilizarov. A classificaçao adotada foi a de Ilizarov (1972), modificada por Catagni (1986), preconizando para cada tipo de pseudartrose um tipo de montagem específica. Ressaltam a maior incidência de lesao no terço distal da tíbia (84 por cento). A idade média dos pacientes era de 8,1 anos. A grande maioria apresentava pseudartrose atrófica dos tipos A1 e B2 (80 por cento), cujo tempo médio de consolidaçao foi de 14,5 meses. As pseudartroses hipertróficas de tipos A2, A2D e A3 apresentaram consolidaçao em média de 8,8 meses. O tempo médio geral de consolidaçao foi de 12,4 meses. Encontrou-se como doença associada a neurofibromatose, com incidência de 76 por cento. Relatam como caso raro, sem qualquer citaçao na literatura, associaçao com hemimelia paraxial fibular total. Registram como resultado 92 por cento de consolidaçao, correçao da discrepância de suas medidas em mais de 50 por cento e correçao das deformidades em 70 por cento. Discutem as complicaçoes do método e concluem pela validade deste tipo de tratamento.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Criança , Técnica de Ilizarov , Pseudoartrose/congênito , Pseudoartrose/cirurgia , Tíbia/cirurgia , Seguimentos , Estudos Prospectivos , Resultado do TratamentoRESUMO
Os autores apresentam os resultados obtidos em 47 pacientes tratados de psudartroses umerais com o fixador externo de Ilizarov e comentam seus princípios biomecânicos, montagem básica e remoçao do aparelho. Sao discutidas as indicaçoes cirúrgicas para fraturas agudas do úmero e o tratamento clássico para as pseudartroses umerais estabelecidas.
Assuntos
Humanos , Técnica de Ilizarov , Pseudoartrose/cirurgia , Úmero/cirurgia , Fenômenos Biomecânicos , Estudos Retrospectivos , Resultado do TratamentoRESUMO
A fratura distal da tíbia é pouco freqüente em relaçao às demais do membro inferior e, atualmente, vem-se apresentando como resultado de traumatismos de alta energia. Neste estudo foram avaliados 30 pacientes com fratura em pilao tratados com utilizaçao de fixador externo circular do tipo Ilizarov - 25 homens e cinco mulheres - operados entre 1981 e 1989, no Hospital Geral de Lecco, Itália. Entre esses pacientes, nove apresentaram fratura exposta e sete, comprometimento articular. Em oito casos foi necessária a inclusao do pé na montagem do aparelho. O tempo médio de utilizaçao do aparelho variou de 45 a 165 dias, com média de 97 dias de uso. A consolidaçao ocorreu em 100 por cento dos casos. Pelo critério de avaliaçao, foram encontrados apenas 6,6 por cento de resultados insatisfatórios. Nao houve caso de infecçao na fratura nem de lesao vasculonervosa. Apenas 10 por cento dos casos apresentaram infecçao superficial nos fios.