RESUMO
Introdução: A criança portadora de asma pode ter retardo de crescimento pela própria doença, a idade de seu início, sua gravidade, o uso de corticóides inalatórios ou orais, o estado nutricional infecções e hipoxemia. A atividade física, especificamente, a natação é recomendada como um fator de saúde de maneira geral e também aos portadores de várias doenças, dentre elas a asma. Objetivo: Verificar o comportamento de variáveis antropométricas (peso em kg, estatura em cm. perímetros torácicos máximos inspiratório e expiratório em cm) após um programa de natação aplicado a crianças portadoras de asma. Métodos: A casuística compreendeu o estudo de 33 crianças, com idade de 6 a 10 anos de ambos os sexos, divididas em dois grupos: grupo asmático (GA) com 21 crianças e o grupo controle (GC) com 12. As aulas de natação foram ministradas duas vezes por semana nos meses de abril, maio, junho, agosto, setembro, outubro e novembro de 2000, nas dependências da Faculdade de Educação Física da Universidade de Santo Amaro (UNISA). Para a análise dos resultados, foram utilizados testes paramétricos e testes não-paramétricos: Teste de Wilcoxon; Mann- Whitney e Friedman. Os valores significantes foram assinalados com asterisco para p menor que 0.05. Resultados: Os valores iniciais de todas as variáveis avaliadas foram menores no grupo asmático que no controle. Após o programa de natação, o ganho percentual das variáveis antropométricas estudadas foi superior de GA que no GC, em ambos os sexos. Conclusão: As crianças do grupo asmático tiveram um aumento percentual superior dos valores variáveis estudadas que no grupo controle
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Antropometria , Asma/patologia , Asma/terapia , Natação , Análise de Variância , Estatísticas não ParamétricasRESUMO
Objetivo: Verificar o comportamento do Pico do Fluxo Expiratório (PFE) em L/min antes e após um programa de natação aplicado a crianças portadoras de asma. Métodos: A casuística compreendeu o estudo de 93 crianças, com idade de 6 a 16 anos de mabos os sexos, divididas em dois grupos etários: 6 a 10 anos e 11 a 16 anos. O grupo asmático (GA) com 69 crianças e o grupo controle (CG) com 24. As aulas de natação foram ministradas duas vezes por semana nos meses de abril, maio, junho, agosto, setembro, outubro e novembro de 2000, nas dependências da Faculdade de Educação Física da Universidade de Santo Amaro - UNISA. Para a análise dos resultados, foram utilizados testes paramétricos e testes não paramétricos: Teste de Wilcoxon; Mann-Whitney e Friedman. Os valores significantes foram assinalados com asterisco para p menor que 0,05. Resultados: As crianças portadoras de asma apresentaram os valores do PFE antes do programa de natação inferiores aos dos controles. Os dados do nosso estudo apontam para resultado positivo para as crianças portadoras de asma, nos dois grupos etários 6 a 10 e 11 a 16 anos e também nos sexos feminino e masculino que superaram os do grupo controle. A evolução dos percentuais mensais e sequenciais do pico do fluxo expiratório foi maior no grupo asmático que no controle, os quais, quando comparados entre si, revelaram diferenças significantes em alguns meses; sendo que no final do programa os deltas percentuais apresentaram valores muito próximos. Essa ocorrência, a nosso ver, pode ser interpretada como uma vantagem que o grupo asmático obteve em relação ao grupo controle, isto é, os valores do teste de função pulmonar daquele grupo, que estavam proporcionalmente inferiores ao do controle, ficaram próximos as desse grupo. Conclusão: A variação percentual dos valores do PFE foi maoir no grupo asmático que aquela verficada no grupo controle após o programa de natação
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Asma , Atividade Motora , Fluxo Expiratório MáximoRESUMO
OBJETIVO: Avaliar a o estado nutricional de mulheres em pós-menopausa e relacionar o índice de massa corporal (IMC) com o perfil lipídico e consumo alimentar. MATERIAL e MÉTODOS: Em um estudo observacional de corte transversal, foram avaliadas 105 pacientes matriculadas na Unidade Básica de Saúde Jardim Clíper, na cidade de São Paulo, com idade média de 57,7 anos. As variáveis analisadas foram IMC, porcentagem de gordura corporal, consumo de macronutrientes, fibras e colesterol e perfil lipídico. Foram consideradas informações de idade, etnia, escolaridade, renda familiar, estado civil, profissão, número de gestações, atividade física e antecedentes pessoais e familiares de obesidade. Na análise estatística utilizaram-se os testes de Kruskal-Wallis, com técnica da diferença mínima significante (DMS), e teste qui-quadrado com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Constataram-se percentuais de gordura corporal elevados, estatisticamente significante, tanto para as participantes eutróficas (valor mediano: 33%) quanto para aquelas com sobrepeso (37%) e com obesidade (41%). As médias dos valores de consumo energético total, carboidratos, proteínas, lipídios, fibras e colesterol foram respectivamente 1 367 kcal, 190 g, 64 g, 39 g, 13 g e 159 mg para eutróficas; 1 424 kcal, 179 g, 69 g, 48 g, 16 g e 168 mg para as com sobrepeso; 1 388 kcal, 164 g, 75 g, 48 16 g 124 mg para as obesas. CONCLUSÃO: As pacientes eutróficas, com sobrepeso e obesas apresentaram valores elevados de índice de massa corporal, distribuição de gordura corporal na região central, perfil lipídico alterado e consumo elevado de alimentos ricos principalmente em gorduras saturadas e proteínas, com precedência da quantidade dos alimentos ingeridos sobre a qualidade destes.
Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso de 80 Anos ou mais , Índice de Massa Corporal , Ingestão de Alimentos , Estado Nutricional , Obesidade/epidemiologia , Pós-MenopausaRESUMO
OBJETIVO: comparar os resultados de ciclos de reprodução assistida em mulheres doadoras de oócitos no ciclo de tratamento com o de mulheres não doadoras. MÉTODOS: foram avaliadas, retrospectivamente, as taxas de gravidez, implantação e abortamento de 50 pacientes que doaram oócitos durante o ciclo de reprodução assistida (grupo de doadoras) e de 50 pacientes que não doaram oócitos (grupo de não-doadoras), em clínica privada de reprodução assistida em São Paulo, entre os anos de 2001 e 2003. Os critérios de inclusão no estudo foram os seguintes: idade menor que 35 anos; ciclos menstruais regulares; dosagem basal de FSH<10 mUI/mL; pacientes submetidas à primeira tentativa de fertilização assistida; recuperação de mais de seis oócitos maduros após a aspiração folicular. Os resultados foram analisados estatisticamente por meio do teste do chi2. RESULTADOS: ambos os grupos eram comparáveis em termos de idade, indicação e duração da infertilidade. A média de idade no grupo de doadoras foi de 30,6 anos e no grupo de não doadoras, 31,1 anos. Todas as pacientes tiveram mais do que seis oócitos aspirados e identificados. No grupo de doadoras foram recuperados 590 oócitos e 215 oócitos foram doados para receptoras (36,5 por cento), levando à transferência de 152 embriões. Foram obtidas 15 gestações (30 por cento por transferência), com 2 abortamentos (13,3 por cento), sendo que a taxa de implantação foi de 11,2 por cento. No grupo de não-doadoras, recuperaram-se 545 oócitos e foram transferidos 153 embriões. Foram obtidas 17 gravidezes (34 por cento por transferência) e houve três abortamentos (17,6 por cento). A taxa de implantação foi de 14,3 por cento. Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos no que se refere às taxas de gravidez, implantação e abortamento (p>0,05). CONCLUSAO: em pacientes que recuperam mais de seis oócitos, a doação de oócitos no ciclo de tratamento não prejudica os resultados dos ciclos de reprodução assistida e não eleva as taxas de abortamento.
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Feminino , Adulto , Humanos , Aborto Induzido , Taxa de Fecundidade , Doação de Oócitos , Técnicas de Reprodução AssistidaRESUMO
O homem do século XV, com uma expectativa de vida de cerca de 45 anos e atemorizado com as grandes epidemias de doenças infectocontagiosas, como a peste bubônica, dificilmente poderia imaginar que seus descendentes do século XXI, após controlar ou mesmo erradicar algumas das infecções mais devastadoras, estariam diante de novos agravos, resultantes da mudança radical de seu padrão de vida e de comportamento...
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Humanos , Terapia ComportamentalRESUMO
Foram estudados 59 adolescentes, sendo 37 do sexo feminino e 22 do sexo masculino, que procuraram atendimento no Centro de Saúde Escola da Universidade de Santo Amaro. O objetivo foi verificar se o programa de orientação desenvolvido com adolescentes promoveu conhecimento sobre as questões abordadas durante a realização do referido programa (sexualidade, doenças sexualmente transmissíveis, Aids, drogas). Antes da realização do programa, os adolescentes responderam a um questionário avaliativo contendo questões com temas específicos dessa fase da vida. No final do processo, o questionário foi novamente respondido. O confronto entre as respostas pré e pós-programa serviu como aferição do conhecimento adquirido pelos adolescentes. Os resultados mostraram aumento significativo de conhecimento após o programa desenvolvido por uma equipe multidisciplinar e que os sexos não diferiram significantemente em relação aos conhecimentos adquiridos.
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Sexualidade , Equipe de Assistência ao Paciente , Planos e Programas de Saúde , Serviços de Saúde do AdolescenteRESUMO
Objetivo: Conhecer a atual situação do aleitamento materno na Região Sul do município de São Paulo, onde a Universidade de Santo Amaro está inserida. Métodos: Estudo de corte transversal, realizado na Campanha Nacional de Multivacinação de 2001, na Região Sul do município de São Paulo, nos postos de vacinação de Cidade Dutra, Socorro, Grajaú, Marsilac e Parelheiros. Foram entrevistadas mães de crianças com idade até 7 meses completos, por meio de um questionário de perguntas fechadas, contendo: unidade de saúde, idade da criança e da mãe, trabalho materno fora do lar, se estava amamentando, se amamentou alguma vez e por quanto tempo, se oferecia outros tipos de alimentos além do leite materno, bem como a idade de introdução e se recebeu algum tipo de orientação sobre amamentação. Os dados obtidos foram digitados e analisados no programa EPINFO-6. Resultados: Foram entrevistadas 2.055 mães; 70,9 por cento estavam amamentando e, destas, 24,7 por cento em aleitamento materno exclusivo. A idade mediana do desmame: 2 meses de idade. O chá foi o primeiro líquido oferecido aos lactentes além do leite materno, com idade mediana de introdução de 1 mês de vida; 19,4 por cento das mães trabalhavam fora do lar e, destas, 64,32 por cento mantiveram a amamentação. Receberam algum tipo de orientação ao aleitamento materno 88,9 por cento das mães. Conclusões: O desmame precoce está ocorrendo a partir do primeiro mês de vida, com a introdução do chá, seguido da água e outro leite, demonstrando que as mães, apesar de iniciarem a amamentação, não têm recebido o apoio necessário para solucionar as dificuldades iniciais da lactação. São necessários programas de incentivo e apoio à manutenção da amamentação.
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Humanos , Recém-Nascido , Lactente , Desmame , Aleitamento MaternoRESUMO
Objetivo: Estudar o perfil de morbidade e sua relação com estado nutricional de crianças até 2 anos de idade matriculadas em creches do Município de São Paulo. Métodos: Em um grupo de 8 creches, foram estudadas prospectivamente 130 crianças de até 2 anos de idade, nestas realizou-se antropometria individual em 3 tempos com intervalo de 6 meses entre cada medição e, para avaliação do estado nutricional, utilizou-se o Z-escore, para o indicador peso/idade. Relacionou-se o diagnóstico nutricional encontrado com o perfil de morbidade da população estudada. Aplicou-se o teste do quiquadrado para avaliar a associação entre variáveis, fixou-se em 0,05 por cento ou 5 por cento o nível de rejeição da hipótese de nulidade. Resultados: As doenças respiratórias foram a primeira causa de "adoecimento", seguidas das doenças diarréicas. Os dados de morbidade associados ao estado nutricional da criança mostraram que aquelas em risco de desnutrição apresentaram maior freqüência de episódios do que as que se encontravam eutróficas ou com sobrepeso (p < 0,05). Observou-se uma razão de risco associada a "déficit" nutricional de 4,32 para doença respiratória e de 3,75 para doença diarréica. Conclusões: A associação entre deficiência nutricional e doença respiratória em crianças freqüentadoras de creche nos remete à necessidade de intervenções mais dinâmicas e sistematizadas, baseadas em diagnósticos de saúde desta realidade institucional, buscando maior equilíbrio entre as ações individuais e coletivas, bem como, maior integração entre o projeto pedagógico e o de saúde.
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Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Creches , Estado Nutricional , Fatores de Risco , MorbidadeRESUMO
O crescimento de crianças asmáticas pode ser influenciado pela presença de numerosos fatores como hipóxia crônica, tratamento sistêmico prolongado com corticoesteróides, condição socioeconômica, nutrição, infecções pulmonares de repetição. Com a finalidade de avaliar esta situação foram constituídos dois grupos de crianças: asmáticas (30), acompanhadas pelo grupo DRI (Doenças Respiratórias na Infância) do Centro de Saúde Escola da Universidade de Santo Amaro (Unisa) e controles (30), acompanhados no ambulatório de pediatria do mesmo Centro de Saúde. Os asmáticos foram classificados em leve, moderado e grave, de acordo com o I Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, e a ausência de asma nos controles foi estabelecida pela aplicação verbal do questionário ISAAC. Estas crianças foram emparelhadas de acordo com o sexo, idade e condição socioeconômica, utilizando-se para tal o critério de Graffar modificado. Procedeu-se ao inquérito recordatório de 24 horas com a finalidade de comparar a ingestão em Kcal nos dois grupos. Para o cálculo da ingestão alimentar utilizou-se o programa computadorizado NUTRI - versão 2.5. Encontrou-se alteração no estado nutricional dos pacientes asmáticos com inadequação P/I e E/I, segundo do critério da OMS. A intensidade da asma influenciou o estado nutricional expresso pelos indicadores P/I e P/E, segundo escore Z. As crianças asmáticas apresentaram ingestão calórica estatisticamente significante menor que o grupo controle, porém a intensidade da asma não condicionou diferenças significantes. Quanto à condição socioeconômica, não encontramos diferenças significantes, porém ambos os grupos apresentaram ingestão abaixo do esperado para a idade, conforme recomendações do RDA.
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Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Asma , Estado Nutricional , Grupos Controle , Ingestão de EnergiaRESUMO
Este estudo sobre a evolução nutricional e a morbidade em lactentes atendidos por creche diferenciada, procurou contribuir para o entendimento da questão da criança institucionalizada. O objetivo geral foi o de avaliar as condições de saúde e nutrição das crianças com idade igual ou inferior a 24 meses que freqüentaram o Centro de Convivência Infantil do Hospital Dante Pazzanese de Cardiologia, no período de janeiro de 1987 à janeiro de 1995, utilizando as informações dos primeiros 12 meses de freqüência. As variáveis levantadas foram: escolaridade dos pais; situação marital; freqüência à creche; peso; idade; sexo; peso ao nascer; freqüência de infecções respiratórias agudas (IRAs) e febre; uso de antibióticos; diarréia e recusa alimentar. Os resultados mostraram bom estado nutricional, na entrada e na evolução da criança na creche, independentemente de escolaridade dos pais e de outras variáveis de confundimento; observou-se elevada prevalência de IRA e baixa incidência de diarréia. A presença de febre e o uso de antibióticos guardaram certa semelhança no acompanhamento. Pôde-se concluir que: l - a desnutrição não foi observada na matrícula da criança e a utilização das análises de regressão logística confirmaram que não houve mudanças nos perfis nutricionais durante o tempo de acompanhamento das crianças na creche, mesmo afastando os possíveis fatores de confundimento: escolaridade dos pais, situação marital, peso ao nascimento, sexo, idade na matrícula, Z escore P/I de admissão, freqüência à creche, IRA, febre, uso de antibiótico, diarréia e recusa alimentar.; 2- a estratificação por escolaridade dos pais não mostrou diferença no comportamento do estado nutricional dos lactentes, bem como na morbidade, particularmente da IRA; 3 - a morbidade que apareceu com maior freqüência foi IRA principalmente na primeira metade do período de freqüência à creche, sendo que em 113 delas foi acompanhada pelo sinal febre e uso de antibiótico; 4- a supervisão de um profissional de nível superior em saúde e treinamento do pessoal de apoio para o controle das condições de higiene, tanto no ambiente físico como no preparo das refeições, contribuíram para a baixa ocorrência de diarréia; 5 - a concomitância da ocorrência de febre e do uso criterioso de antibióticos indicou um atendimento satisfatório da criança em situação de doença; 6 - a adaptação da criança à creche pôde ser indicada pela presença de recusa alimentar e da ocorrência de febre ...(au)