RESUMO
A dor neuropática (DN) é definida como a resultante de lesão primária ou disfunção do sistema nervoso, central e periférico. Todavia, tais alterações vão determinar manifestações de caráter doloroso e/ou parestésico, cuja diversidade permite a denominação de síndrome dolorosa neuropática em lugar do simples rótulo de dor neuropática, o qual mantivemos, no entanto, pelo uso consagrado. A complexidade e a interação de mecanismos centrais e periféricos, a exuberância da sintomatologia e as limitações do tratamento atual tornam a DN objeto de intensa pesquisa e de múltiplas intervenções, cirúrgicas e clínicas, medicamentosas e não-medicamentosas. Disto decorre, freqüentemente, a exigência de avaliação interdisciplinar e de multimodalidade terapêutica. Recentemente, observa-se forte inclinação para se basear a terapêutica da DN mais na fisiopatogenia dos sintomas do que na consideração estritamente etiológica ou mesmo no tipo de lesão anatômica. A justificativa desta orientação reside na própria diversidade de sintomas dentro de um mesmo quadro clínico ou na presença de sintomas idênticos em doenças diferentes. Procuramos acompanhar esta tendência ao contemplá-la em múltiplas ocasiões no decorrer do texto e pela própria estrutura do livro, ao dividi-lo em duas partes: Parte I, em que foram estudados os vários fundamentos da DN, e Parte II, quando foram apreciadas as afecções clínicas mais representativas
Assuntos
Humanos , Dor/patologia , Neurologia , Doenças do Sistema Nervoso PeriféricoRESUMO
O tratamento da dor aguda ainda e insuficiente ou mesmo inadequado. A criacao de uma Clinica de Dor Aguda (C.D.A.), dentro do proprio servico de Anestesiologia de um Hospital Geral, tem sido proposta recentemente, como uma maneira de se resolver a questao. Sao discutidos os aspectos administrativos da C.D.A.. O anestesiologista deve assumir esta atividade, com o especialista mais apto a faze-lo, procurando dar-lhe conotacao interdisciplinar.
Assuntos
Humanos , Dor/terapia , Cuidados Paliativos/normas , Cuidados Paliativos/estatística & dados numéricosRESUMO
A assistencia ao politraumatizado ocorre em tres etapas: no local do acidente, durante o transporte e no hospital. No entanto , em nosso pais, as duas primeiras fases somente acontecem de modo eventual ou entao em situacoes regionais da excecao, que se revestem de carater pioneiro. Assim, na quase totalidade dos casos, o atendimento inicial e feito no Servico de Emergencia, cuja organizacao e funcionamento sao analisados pelos autores. A fisiopatologia do trauma e delineada e os principios basicos assistenciais sao descritos em tres etapas: avaliacao secundaria e diagnostico definitivo...
Assuntos
Humanos , Cuidados Críticos , Serviço Hospitalar de Emergência/organização & administração , Traumatismo Múltiplo/terapia , Serviço Hospitalar de Emergência , Traumatismo Múltiplo/diagnóstico , Traumatismo Múltiplo/fisiopatologiaRESUMO
Revisao dos aspectos neuro-fisiologicos da dor, divididos em quatro processos distintos: transducao, transmissao, modulacao e percepcao/reacao. E enfatizado o enfoque interdisciplinar do problema. A dor e definida como"uma experiencia sensorial e emocional desagradavel, associada a dano tecidual presente ou em potencial ou descrita em termos de semelhante dano" e seu tratamento exige, alem de conhecimentos cientificos precisos, a comunicacao e a empatia de um autentico relacionamento medico/paciente