RESUMO
The aim of this study was to determine the ochratoxin A (OTA) contamination of instant coffee samples collected in the market of the city of São Paulo, Brazil from August to December, 2004. The EN 14133/2003 method, originally developed to quantify OTA in wine, grape juice and beer samples, was evaluated and approved for analyzing OTA in instant coffee samples. OTA was isolated in an immunoaffinity column and quantified by HPLC with fluorescence detection. The established detection and quantification limits were 0.16 and 0.52 ng/g, respectively. The recoveries from spiked samples were 92.6 ± 1.7, 83.7 ± 0.8, and 91.0 ± 1.2 percent at levels of 3.0, 5.0, and 8.0 ng/g, respectively. Of a total of 82 samples analised, 81 (98.8 percent) contained OTA at levels ranging from 0.17 to 6.29 ng/g. The high frequency of OTA occurrence in the instant coffee samples demonstrates the importance of an effective control of this product by governmental authorities and industries. The rapid methodology for OTA analysis in instant coffee used in this study was defined and validated, permitting it´s use for quality control of this product.
O objetivo do presente estudo foi determinar a contaminação por OTA em amostras de café solúvel comercializadas na cidade de São Paulo, Brasil no período de agosto a dezembro de 2004. O método EN 14133/2003, originalmente desenvolvido para quantificar OTA em amostras de vinho, suco de uva e cerveja, foi avaliado e aprovado para análise de OTA em amostras de café solúvel. OTA foi isolada em coluna de imunoafinidade e quantificada por CLAE com detecção em fluorescência. Os limites de detecção e quantificação do método foram 0,16 e 0,52 ng/g, respectivamente. Os percentuais médios de recuperação foram de 92,6 por cento (3 ng/g), 83,7 por cento (5 ng/g) e 91,0 por cento (8 ng/g), com coeficientes de variação de 1,7 (3 ng/g), 0,8 (5 ng/g) e 1,2 (8 ng/g). A análise das 82 amostras de café solúvel revelou a presença de ocratoxina A em 81 amostras (98,8 por cento), com concentrações variando de 0,17 a 6,29 ng/g. A elevada ocorrência de OTA nas amostras analisadas indica a importância de um controle efetivo desse produto por parte das autoridades governamentais e das indústrias alimentícias. A metodologia rápida utilizada nesse estudo para análise de OTA em amostras de café solúvel foi definida e validada, podendo ser utilizada no controle de qualidade deste produto.
RESUMO
During the summer of 2005, a total of 101 samples of wines and grape juices purchased from supermarkets and retail stores in São Paulo city were analysed for the presence of Ochratoxin A (OTA). OTA was evaluated in 29 red wines and 38 grape juices produced in Brazil and in 34 imported red wines (from Argentina, Chile, Uruguay, France, Italy, Portugal, Spain and South Africa). OTA was extracted in an immunoaffinity column and detected by HPLC with fluorescence detection, according to EN 14133/2003. The detection and quantification limits established were 0.01 and 0.03 ng/mL, respectively. The recoveries for wine samples were 94.1, 82.5, 86.1 percent and the relative standard deviation were 6.10, 1.03, 4.11 percent at levels of 0.03, 2.0, 5.0 ng/mL, respectively. For grape juice, the recovery was 86.2 percent and the RSD was 2.01 percent at a level of 0.4 ng/mL. OTA contamination was found in nine of the 29 Brazilian red wines with levels ranging from 0.10 to 1.33 ng/mL and in 18 of the 34 imported red wines with levels ranging from 0.03 to 0.32 ng/mL. OTA was not detected in any of the grape juice samples analysed. Although the results from the wine samples analysed for the presence of OTA were below to the limits established by EC 123/2005 (2.0 ng/mL), low and continuous exposure to this mycotoxin could be a risk to human health.
Durante o verão de 2005, um total de 101 amostras de vinho tinto e suco de uva, compradas em supermercados e lojas especializadas na cidade de São Paulo, foram analisadas para a presença de Ocratoxina A (OTA). OTA foi pesquisada em 29 amostras de vinho tinto e 38 de suco de uva produzidos no Brasil e em 34 amostras importadas de vinho tinto (provenientes da Argentina, Chile, Uruguai, França, Itália, Portugal, Espanha e Africa do Sul). OTA foi extraída em coluna de imunoafinidade e detectada por CLAE com detector de fluorescência, de acordo com EN 14133/2003. Os limites de detecção e quantificação estabelecidos foram 0,01 e 0,03 ng/mL, respectivamente. Os percentuais médios de recuperação das amostras de vinho tinto foram de 94,1; 82,5; 86,1 por cento com coeficientes de variação de 6,10; 1,03; 4,11 por cento para os níveis de 0,03; 2,0; 5,0 ng/mL, respectivamente. Para suco de uva, o percentual médio de recuperação foi de 86,2 por cento, com coeficiente de variação de 2.01 por cento para o nível 0.4 ng/mL. Os resultados de análise demonstraram uma contaminação por OTA em 9 das 29 amostras de vinho tinto provenientes do Brasil, com níveis de contaminação variando de 0,10 a 1,33 ng/mL e em 18 de 34 amostras de vinho tinto importado, com níveis variando de 0,03 a 0,32 ng/mL. OTA não foi detectada em nenhuma amostra de suco de uva analisada. Embora os resultados das amostras de vinho analisadas para a presença de OTA estejam inferiores aos limites máximos estabelecidos pela Comunidade Européia - EC 123/2005 (2,0 ng/mL), uma exposição pequena e contínua por essa micotoxina pode trazer um sério risco à saúde humana.
Assuntos
Fluorescência , Técnicas In Vitro , Ocratoxinas , Vitis , Vinho , Amostras de Alimentos , MétodosAssuntos
Carotenoides , Fatores Biológicos , Padrões de Referência , Plantas , Vitamina A , VitaminasRESUMO
A ausência de vitamina A na alimentação provoca cegueira noturna, baixo crescimento, atrofia dos tecidos dos olhos e epiteliais. Por outro lado, o excesso dessa vitamina tem efeito tóxico. Nos países industrializados a adição de vitaminas e minerais aos produtos alimentícios é prática comum para evitar a deficiência desses micronutrientes. O objetivo deste trabalho foi determinar o teor de vitamina A em leite tipo C fortificado e consumido pela população infantil de comunidades carentes da cidade de São Paulo, para verificar o cumprimento do valor declarado no rótulo das embalagens. Foram analisadas 676 amostras enviadas para análise no Instituto Adolfo Lutz, no período de fevereiro de 2001 a junho de 2004, utilizando a técnica espectrofotométrica. Os teores de vitamina A estavam abaixo do declarado em apenas 20 amostras (3%), de acordo com declarado em 325 (48%) e acima do declarado 331 (49%)
Assuntos
Alimentos Fortificados , Análise de Alimentos , Leite , Vitamina A , EspectrofotometriaRESUMO
A palmeira buriti é uma das mais importantes espécies nativas com potencial econômico na América Latina, porém pouco pesquisada no Brasil. Assim sendo, foi realizado um estudo histológico de frutos de buriti nativo do município de Buritizal, estado de São Paulo, e a determinação da composição química de sua polpa. O estudo morfo-anatômico foi suficiente para identificar a variedade estudada como Mauritia vinifera Mart., distinguindo-a de outras espécies do mesmo gênero devido ao formato estrobiliforme de seus frutos, muito peculiar. Do ponto-de-vista nutricional, destacaram-se os carboidratos (10,6 a 13,2 g/100g). A fração oleosa, apesar do baixo teor lipídico (2,7 a 4,7 g/100g), revelou um significativo conteúdo de ácido oléico (72,6 a 74,6 por cento do total de ácidos graxos), semelhante ao azeite de oliva. Os valores obtidos para a vitamina C e cálcio foram compatíveis com os dados da literatura, enquanto que os de pH os superaram. Sugere-se, então, uma exploração racional dessa palmeira na região de origem, devido ao potencial de seus frutos, em especial da polpa
Assuntos
Arecaceae , Plantas Comestíveis/química , Ácidos Graxos , Produtos AgrícolasRESUMO
Em amostras de milho em gräo e trigo de várias procedências, foi verificada a ocorrência de deoxinivalenol (DON), utilizando a técnica de cromatografia em camada delgada. Das 120 amostras analisadas, apenas duas apresentaram deoxinivalenol com concentraçäo de 183,0mg/kg. O limite de determinaçäo do método foi de 110,0mg/kg on meg. Os testes de recuperaçäo variaram de 80 a 100% para o trigo e de 75 a 100% para o milho com médias de 90 a 85%, respectivamente. O coeficiente de variaçäo foi de 11%, tanto para o trigo como para o milho
Assuntos
Triticum/análise , Cromatografia em Camada Fina , Zea mays/análise , Contaminação de AlimentosRESUMO
Aflatoxina B1 foi identificada e quantificada por cromatografia em camada delgada em 666 amostras de produtos alimentícios e 308 amostras de rações animais expostas ao consumo no Estado de São Paulo e em várias outras regiões do Brasil. Foi detectada aflatoxina B1 em 3,39% do total das amostras analisadas, com concentração superior a 30 mg/kg(ppb), que é o limite tolerado pela legislação brasileira. Os resultados foram expressos em tabelas (AU).
Assuntos
Animais , História do Século XX , Cromatografia em Camada Fina , Aflatoxinas , Análise de AlimentosRESUMO
O consumo crescente de produtos naturais, utilizados como alimentos ou como medicamentos, trouxe-nos a preocupação de verificar a qualidade de alguns desses produtos. Essa verificação foi realizada por cromatografia em fase gasosa, através de análise dos ácidos graxos de 60 amostras de óleo de amêndoas, 33 de óleo de germe de trigo, 16 de óleo de gergelim, 16 de óleo de alho, 14 de óleo de fígado de bacalhau e 8 de óleo de semente de uva. No caso dos óleos de germe de trigo e fígado de bacalhau foi também verificado, por via espectrofotométrica, o teor de vitaminas E e A respectivamente. Das amostras analisadas 79% dos óleos de germe de trigo, 77% dos óleos de amêndoas, 6 (38%) das de gergelim, e 2 (14%) das de fígado de bacalhau estavam falsificadas. Todas as amostras de óleo de semente de uva se apresentavam puras. Concluiu-se que a cromatografia em fase gasosa é um método adequado para a verificação da pureza de todos os óleos analisados (AU).
Assuntos
Controle de Qualidade , Óleos , Cromatografia Gasosa , FraudeRESUMO
A toxina paralisante dos moluscos foi pesquisada em amostras de ostras, mariscos e peixes, colhidas em diferentes praias do litoral paulista. Foram empregados dois procedimentos analíticos: o químico e o bioensaio. Em decorrência do aparecimento de manchas avermelhadas nas águas e mortalidade de peixes na região, no período de agosto a setembro de 1983, suspeitou-se do fenômeno de "maré vermelhra". A toxina não foi detectada em nenhuma das amostras, pelos dois métodos empregados, que permitem segurança dos resultados, considerando que os testes foram realizados com o padrão de saxi toxina (AU).