RESUMO
Objective: Evaluating clinical factors associated with mortality in older patients who underwent surgical correction of hip fractures. Methods: This observational and retrospective study analyzed the medical records of 67 patients (aged older than 60 years), both men and women, who underwent surgical correction of hip fractures from 2019 to 2020 at Hospital São Paulo. The following variables were analyzed: age, sex, presence of comorbidities, affected hip region, and trauma mechanism. Statistical analyses were performed using the SPSS software. Results: The mean age of patients was 78.12 ± 9.80 years and 80.6% of the sample were women. The prevalence of hip fractures on the right side (52.2%), in the transtrochanteric region (53.7%), and due to fall on the same level (88.1%) was higher. Systemic arterial hypertension (77.6%), diabetes mellitus (37.3%), and dementia (16.4%) were frequent comorbidities. The prevalence of death after fracture was 17.9% and it was associated with longer hospital stay after surgery (p = 0.028). Conclusion: The prevalence of mortality of patients with hip fractures who underwent surgery was 17.9%. A longer hospital stay due to pre-existing comorbidities was the main factor related to this outcome. Level of Evidence III, Retrospective Study.
Objetivo: Avaliar os fatores clínicos associados à mortalidade em pacientes idosos submetidos ao tratamento cirúrgico para correção de fraturas do quadril. Métodos: Estudo observacional e retrospectivo de análise de prontuários de 67 pacientes (idade superior a 60 anos). Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, submetidos ao tratamento cirúrgico para correção de fraturas do quadril, entre 2019 e 2020, no Hospital São Paulo. Foram analisadas as variáveis: idade, sexo, presença de comorbidades, região do quadril acometido e mecanismo de trauma. As análises estatísticas foram realizadas pelo software SPSS. Resultados: A idade média dos participantes foi de 78,12 ± 9,80 anos, e 80,6% da amostra era constituída por mulheres. Houve maior prevalência de fraturas do quadril no lado direito (52,2%), na região transtrocantérica (53,7%) e causada por queda sem desnível (88,1%). Hipertensão arterial sistêmica (77,6%), diabetes mellitus (37,3%) e demência (16,4%) foram frequentes. A prevalência de óbito após a fratura foi de 17,9%, sendo associada a maior tempo de internação hospitalar após a cirurgia (p = 0,028). Conclusão: A prevalência de mortalidade dos pacientes com fratura do quadril submetidos à cirurgia foi de 17,9%. O tempo prolongando de internação hospitalar por comorbidades pré-existentes foi o principal fator relacionado a este desfecho. Nível de Evidência III, Estudo Retrospectivo.
RESUMO
ABSTRACT Objective: Evaluating clinical factors associated with mortality in older patients who underwent surgical correction of hip fractures. Methods: This observational and retrospective study analyzed the medical records of 67 patients (aged older than 60 years), both men and women, who underwent surgical correction of hip fractures from 2019 to 2020 at Hospital São Paulo. The following variables were analyzed: age, sex, presence of comorbidities, affected hip region, and trauma mechanism. Statistical analyses were performed using the SPSS software. Results: The mean age of patients was 78.12 ± 9.80 years and 80.6% of the sample were women. The prevalence of hip fractures on the right side (52.2%), in the transtrochanteric region (53.7%), and due to fall on the same level (88.1%) was higher. Systemic arterial hypertension (77.6%), diabetes mellitus (37.3%), and dementia (16.4%) were frequent comorbidities. The prevalence of death after fracture was 17.9% and it was associated with longer hospital stay after surgery (p = 0.028). Conclusion: The prevalence of mortality of patients with hip fractures who underwent surgery was 17.9%. A longer hospital stay due to pre-existing comorbidities was the main factor related to this outcome. Level of Evidence III, Retrospective Study.
RESUMO Objetivo: Avaliar os fatores clínicos associados à mortalidade em pacientes idosos submetidos ao tratamento cirúrgico para correção de fraturas do quadril. Métodos: Estudo observacional e retrospectivo de análise de prontuários de 67 pacientes (idade superior a 60 anos). Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, submetidos ao tratamento cirúrgico para correção de fraturas do quadril, entre 2019 e 2020, no Hospital São Paulo. Foram analisadas as variáveis: idade, sexo, presença de comorbidades, região do quadril acometido e mecanismo de trauma. As análises estatísticas foram realizadas pelo software SPSS. Resultados: A idade média dos participantes foi de 78,12 ± 9,80 anos, e 80,6% da amostra era constituída por mulheres. Houve maior prevalência de fraturas do quadril no lado direito (52,2%), na região transtrocantérica (53,7%) e causada por queda sem desnível (88,1%). Hipertensão arterial sistêmica (77,6%), diabetes mellitus (37,3%) e demência (16,4%) foram frequentes. A prevalência de óbito após a fratura foi de 17,9%, sendo associada a maior tempo de internação hospitalar após a cirurgia (p = 0,028). Conclusão: A prevalência de mortalidade dos pacientes com fratura do quadril submetidos à cirurgia foi de 17,9%. O tempo prolongando de internação hospitalar por comorbidades pré-existentes foi o principal fator relacionado a este desfecho. Nível de Evidência III, Estudo Retrospectivo.
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Objective: To evaluate medial joint space in affected and normal contralateral hips in patients with Legg-Calvé-Perthes disease (LCPD). Methods: To compare joint space, femoral head extrusion (FHE), medial space coefficient (MSC) of the hip, and femoral head width (FHW) in affected and normal hips, using 127 radiographs of patients with unilateral LCPD and considering age groups under and over six years old as well as their disease stage. Results: No statistically significant differences were observed regarding MSC between normal and affected hips regardless of disease staging. However, medial joint distance was significantly greater in affected hips than in normal hips. In the necrosis and fragmentation phase, distance from medial space in affected hips was significantly greater than in contralateral normal hips. Comparing only affected hips, MSC and FHW showed statistically significant differences and the group > 6 yo presented higher values. Among normal hips, the group < 6 yo presented a statistically significant difference considering the MSC and FHW. Conclusions: No statistically significant difference was found between the medial joint space of affected and normal hips, except for early stages of the disease (necrosis and fragmentation). The isolated use of radiographic study is insufficient in LCPD and the lack of complementation with other exams, such as magnetic resonance, can delay diagnosis of and onset of treatment for the disease. Level of Evidence III, Study of Non Consecutive Patients; without Consistently Applied Reference "Gold" Standard.
Objetivo: Avaliar o espaço articular medial entre o quadril afetado e o contralateral normal em pacientes com doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP). Métodos: Comparação do espaço articular, da extrusão da cabeça femoral (ECF), do coeficiente do espaço medial do quadril (CEM) e da largura da cabeça femoral (LCF) entre quadris afetados e normais a partir de 127 radiografias de pacientes com DLCP unilateral. Foram consideradas faixas etárias maiores e menores de 6 anos e o estágio evolutivo da doença. Resultados: Na comparação dos lados normal e afetado, independentemente da fase da doença, não se observou diferença estatisticamente significativa quanto ao CEM. Contudo, a distância articular medial no quadril afetado foi significantemente maior que a do quadril normal. Na fase de necrose e fragmentação, a distância do espaço medial dos quadris afetados foi significativamente maior em comparação aos contralaterais. Entre os quadris afetados, o CEM e a LCF apresentaram diferenças estatisticamente significantes, sendo que o grupo com idade > 6 anos apresentou valores maiores. Nos quadris normais, observou-se diferença estatisticamente significante do CEM e da LCF no grupo com idade < 6 anos. Conclusões: Não foi observada diferença estatisticamente significante quanto ao espaço articular medial entre quadril afetado e quadril normal, exceto nas fases iniciais da doença (necrose e fragmentação). O uso isolado do estudo radiográfico mostra-se insuficiente na DLCP, de forma que a falta de complementação com outros instrumentos, como a ressonância magnética, pode retardar o diagnóstico e, consequentemente, o início do tratamento. Nível de Evidência III, Estudo de Pacientes Não Consecutivos; sem Padrão de Referência "Ouro" Aplicado Uniformemente.
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ABSTRACT Objective: To evaluate medial joint space in affected and normal contralateral hips in patients with Legg-Calvé-Perthes disease (LCPD). Methods: To compare joint space, femoral head extrusion (FHE), medial space coefficient (MSC) of the hip, and femoral head width (FHW) in affected and normal hips, using 127 radiographs of patients with unilateral LCPD and considering age groups under and over six years old as well as their disease stage. Results: No statistically significant differences were observed regarding MSC between normal and affected hips regardless of disease staging. However, medial joint distance was significantly greater in affected hips than in normal hips. In the necrosis and fragmentation phase, distance from medial space in affected hips was significantly greater than in contralateral normal hips. Comparing only affected hips, MSC and FHW showed statistically significant differences and the group > 6 yo presented higher values. Among normal hips, the group < 6 yo presented a statistically significant difference considering the MSC and FHW. Conclusions: No statistically significant difference was found between the medial joint space of affected and normal hips, except for early stages of the disease (necrosis and fragmentation). The isolated use of radiographic study is insufficient in LCPD and the lack of complementation with other exams, such as magnetic resonance, can delay diagnosis of and onset of treatment for the disease. Level of Evidence III, Study of Non Consecutive Patients; without Consistently Applied Reference "Gold" Standard.
RESUMO Objetivo: Avaliar o espaço articular medial entre o quadril afetado e o contralateral normal em pacientes com doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP). Métodos: Comparação do espaço articular, da extrusão da cabeça femoral (ECF), do coeficiente do espaço medial do quadril (CEM) e da largura da cabeça femoral (LCF) entre quadris afetados e normais a partir de 127 radiografias de pacientes com DLCP unilateral. Foram consideradas faixas etárias maiores e menores de 6 anos e o estágio evolutivo da doença. Resultados: Na comparação dos lados normal e afetado, independentemente da fase da doença, não se observou diferença estatisticamente significativa quanto ao CEM. Contudo, a distância articular medial no quadril afetado foi significantemente maior que a do quadril normal. Na fase de necrose e fragmentação, a distância do espaço medial dos quadris afetados foi significativamente maior em comparação aos contralaterais. Entre os quadris afetados, o CEM e a LCF apresentaram diferenças estatisticamente significantes, sendo que o grupo com idade > 6 anos apresentou valores maiores. Nos quadris normais, observou-se diferença estatisticamente significante do CEM e da LCF no grupo com idade < 6 anos. Conclusões: Não foi observada diferença estatisticamente significante quanto ao espaço articular medial entre quadril afetado e quadril normal, exceto nas fases iniciais da doença (necrose e fragmentação). O uso isolado do estudo radiográfico mostra-se insuficiente na DLCP, de forma que a falta de complementação com outros instrumentos, como a ressonância magnética, pode retardar o diagnóstico e, consequentemente, o início do tratamento. Nível de Evidência III, Estudo de Pacientes Não Consecutivos; sem Padrão de Referência "Ouro" Aplicado Uniformemente.
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ABSTRACT Objective: To evaluate the conduct of Brazilian orthopedists regarding preventive treatment after fragility fracture surgery. Methods: A questionnaire was applied to Brazilian orthopedists. Statistical analyses were performed using the SPSS 16.0 program. Results: 257 participants were analyzed. Most participants, 90.7% (n = 233), reported that they cared for patients with fractures and 62.3% (n = 160) treated them. The most indicated treatments were vitamin D (22.6%; n = 134) and calcium supplementation (21.4%; n = 127). According to the experience of the physicians - experienced (n = 184) and residents (n = 73) - fragility fractures were more common in the routine of residents (98.6%; n = 72) than experienced physicians (87.5%; n = 161), p = 0.0115. While treatment conduction was more reported by experienced physicians (63.6%; n = 117) than residents (58.9%; n = 43), p = 0.004. More experienced orthopedists (21.4%; n = 97) indicated treatment with bisphosphates than residents (14.2%; n = 20), p = 0.0266. Conclusion: Although most professionals prescribe treatment after fragility fracture surgery, about 40% of professionals still do not treat it, with differences in relation to experience. In this sense, we reinforce the importance of secondary prevention in the management of fragility fractures. Level of Evidence II, Prospective comparative study.
RESUMO Objetivo: Avaliar a conduta adotada por ortopedistas brasileiros em relação ao tratamento adjuvante após a cirurgia de fraturas de fragilidade. Métodos: Foi aplicado um questionário aos ortopedistas brasileiros. A estatística foi realizada no programa SPSS 16.0. Resultados: Foram analisados 257 participantes. A maioria dos participantes 90,7% (n = 233) relataram atender os pacientes com fraturas e 62,3% (n = 160) relataram tratar. Os tratamentos mais indicados foram a suplementação de vitamina D (22,6%; n = 134) e de cálcio (21,4%; n = 127). De acordo com a comparação médicos experientes (n = 184) versus médicos residentes (n = 73), a rotina de fraturas de fragilidade foi mais observada por médicos residentes (98,6%; n = 72) que por médicos experientes (87,5%; n = 161), p = 0,0115. Enquanto a conduta de tratamento foi mais relatada por médicos experientes (63,6%; n = 117) versus médicos residentes (58,9%; n = 43), p = 0,004. A maior proporção de médicos experientes (21,4%; n = 97) indicaram o tratamento com bifosfatos versus médicos residentes (14,2%; n = 20), p = 0,0266. Conclusão: Apesar da maioria dos profissionais prescreverem um tratamento após a cirurgia de fraturas de fragilidade, cerca de 40% dos profissionais ainda não tratam, sendo observadas diferenças em relação à experiência. Neste contexto, reforçamos a importância da prevenção secundária na conduta de fraturas de fragilidade. Nível de Evidência II, Estudo prospectivo comparativo.
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OBJECTIVE: To evaluate the conduct of Brazilian orthopedists regarding preventive treatment after fragility fracture surgery. METHODS: A questionnaire was applied to Brazilian orthopedists. Statistical analyses were performed using the SPSS 16.0 program. RESULTS: 257 participants were analyzed. Most participants, 90.7% (n = 233), reported that they cared for patients with fractures and 62.3% (n = 160) treated them. The most indicated treatments were vitamin D (22.6%; n = 134) and calcium supplementation (21.4%; n = 127). According to the experience of the physicians - experienced (n = 184) and residents (n = 73) - fragility fractures were more common in the routine of residents (98.6%; n = 72) than experienced physicians (87.5%; n = 161), p = 0.0115. While treatment conduction was more reported by experienced physicians (63.6%; n = 117) than residents (58.9%; n = 43), p = 0.004. More experienced orthopedists (21.4%; n = 97) indicated treatment with bisphosphates than residents (14.2%; n = 20), p = 0.0266. CONCLUSION: Although most professionals prescribe treatment after fragility fracture surgery, about 40% of professionals still do not treat it, with differences in relation to experience. In this sense, we reinforce the importance of secondary prevention in the management of fragility fractures. Level of Evidence II, Prospective comparative study.
OBJETIVO: Avaliar a conduta adotada por ortopedistas brasileiros em relação ao tratamento adjuvante após a cirurgia de fraturas de fragilidade. MÉTODOS: Foi aplicado um questionário aos ortopedistas brasileiros. A estatística foi realizada no programa SPSS 16.0. RESULTADOS: Foram analisados 257 participantes. A maioria dos participantes 90,7% (n = 233) relataram atender os pacientes com fraturas e 62,3% (n = 160) relataram tratar. Os tratamentos mais indicados foram a suplementação de vitamina D (22,6%; n = 134) e de cálcio (21,4%; n = 127). De acordo com a comparação médicos experientes (n = 184) versus médicos residentes (n = 73), a rotina de fraturas de fragilidade foi mais observada por médicos residentes (98,6%; n = 72) que por médicos experientes (87,5%; n = 161), p = 0,0115. Enquanto a conduta de tratamento foi mais relatada por médicos experientes (63,6%; n = 117) versus médicos residentes (58,9%; n = 43), p = 0,004. A maior proporção de médicos experientes (21,4%; n = 97) indicaram o tratamento com bifosfatos versus médicos residentes (14,2%; n = 20), p = 0,0266. CONCLUSÃO: Apesar da maioria dos profissionais prescreverem um tratamento após a cirurgia de fraturas de fragilidade, cerca de 40% dos profissionais ainda não tratam, sendo observadas diferenças em relação à experiência. Neste contexto, reforçamos a importância da prevenção secundária na conduta de fraturas de fragilidade. Nível de Evidência II, Estudo prospectivo comparativo.