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1.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 23(4): 1618-1632, dez. 2023.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1538290

RESUMO

Abordamos o problema da língua na psicanálise, apontando como esta lida com os limites nos quais esbarra em seu exercício linguageiro. Mostramos a relação entre letra, lugar e as fronteiras da língua. A partir da abordagem do exílio e do desarraigamento no campo da arte e da literatura, problematizamos o monolinguismo e situamos a importância do ato de recepção do testemunho em psicanálise. Como escutar o que escapa à representação? Apontamos a dimensão política da prática d'alíngua como via de reabitar a língua, recurso cuja escrita viabiliza novas leituras do mundo. A psicanálise encontra, assim, o desafio de fazer surgir/emergir aquilo que foi apagado/silenciado, contribuindo para a produção de novos territórios linguísticos que sejam respeitosos com a diferença e viabilizem o trânsito entre línguas. Ler com o translinguístico é uma maneira de grifar o movimento daqueles que estão à margem e fornece pistas para a reinvenção necessária do lugar de escuta.


We address the problem of language in psychoanalysis, pointing out how it deals with the limits it encounters in its language exercise. We show the relationship between letter, place, and language borders. From the approach of exile and uprooting in the field of art and literature, we problematize monolingualism and place the importance of the act of receiving testimony in psychoanalysis. How to listen to what escapes representation? We point out the political dimension of the practice of lalangue as a way to reinhabit the language, a resource whose writing enables new readings of the world. Psychoanalysis thus faces the challenge of bringing to light/emerging what has been erased/silenced, contributing to the production of new linguistic territories that are respectful of difference and make transit between languages possible. Reading with the translinguistic is a way of highlighting the movement of those who are on the margins and provides clues for the necessary reinvention of the place of listening.


Abordamos el problema de la lengua en psicoanálisis, señalando cómo lidia con los límites que encuentra en su ejercicio del lenguaje. Mostramos la relación entre letra, lugar y fronteras de la lengua. Desde el enfoque del exilio y del desarraigo en el campo del arte y la literatura, problematizamos el monolingüismo y ubicamos la importancia del acto de recibir testimonio en el psicoanálisis. ¿Cómo escuchar lo que escapa a la representación? Señalamos la dimensión política de la práctica del lenguaje como forma de rehabitar la lengua, recurso cuya escritura posibilita nuevas lecturas del mundo. El psicoanálisis enfrenta así el desafío de sacar a la luz/emerger lo borrado/silenciado, contribuyendo a la producción de nuevos territorios lingüísticos respetuosos de las diferencias y posibilitando el tránsito entre lenguas. Leer con el translingüístico es una forma de evidenciar el movimiento de los que están en los márgenes y da pistas para la necesaria reinvención del lugar de la escucha.


Assuntos
Psicanálise , Interpretação Psicanalítica , Idioma , Barreiras de Comunicação
2.
Psicol. ciênc. prof ; 41: e220412, 2021.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1340430

RESUMO

Resumo O depoimento especial de crianças e adolescentes e a Lei 13.431/2017 questionam a interface entre a psicologia e a justiça. Essa lei tem em suas fontes a Resolução 20/2005, do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, que traça diretrizes para a justiça em casos de crianças vítimas ou testemunhas de crime. Realizou-se pesquisa qualitativa, baseada em levantamento bibliográfico e documental, tendo por eixo as legislações mencionadas e os procedimentos e papéis profissionais nelas previstos. Avalia-se a dissonância entre os dois documentos e suas consequências, bem como as definições de vitimização secundária, revitimização, pessoa de apoio e intermediário, não adotadas na Lei 13.431/2017. Algumas práticas estrangeiras alinhadas à Resolução 20/2005 são descritas e comentadas, mostrando diferenças significativas em relação ao que é realizado no Brasil. Conclui-se que uma dessas diferenças entre um e outro documento é o aspecto da proteção, que perde sua força e revela o limite do funcionamento do judiciário no acolhimento daquele que demanda cuidado.(AU)


Abstract The special testimony of children and adolescents and the Law 13431/17 question the interface between psychology and justice. This law results from the Resolution 20/2005 of the Economic and Social Council of the United Nations, which outlines guidelines for justice in matters involving child victims or witnesses of crime. Considering the aforementioned legislation and their provisions for procedures and professional roles, a qualitative research based on bibliographic and documentary surveys was conducted to evaluate the dissonances between the two documents and their consequences, as well as the definitions of secondary victimization, revictimization, support person, and mediator - not provided in the Law 13431/17. This paper describes and comments some foreign practices aligned with the Resolution 20/2005, showing significant differences with the practices employed in the Brazilian scenario. The results indicate that the protection aspect loses its strength between one document and the other, revealing the limit of the judiciary functioning in hosting those who demand care.(AU)


Resumen La declaración especial de niños y adolescentes y la Ley 13.431/2017 cuestionan la relación entre psicología y justicia. Esta ley tiene en sus fuentes la Resolución 20/2005, del Consejo Económico y Social de las Naciones Unidas, relativa a directrices sobre la justicia para los niños víctimas o testigos de delitos. Se realizó una investigación cualitativa, basada en levantamiento bibliográfico y documental, cuyos ejes fueron las mencionadas legislaciones y los procedimientos y roles profesionales previstos en ellas. Se evalúa la disonancia entre los dos documentos y sus consecuencias, así como las definiciones de victimización secundaria, re-victimización, persona de apoyo e intermediario, no adoptadas en la Ley 13.431/2017. Algunas prácticas extranjeras acorde a la Resolución 20/2005 se describen y comentan, subrayando diferencias significativas con lo que se realiza en Brasil. Se concluye que una de estas diferencias es la protección que pierde su fuerza y evidencia el límite del funcionamiento del sistema judicial en la protección de quien demanda cuidado.(AU)


Assuntos
Humanos , Criança , Defesa da Criança e do Adolescente/legislação & jurisprudência , Vítimas de Crime/legislação & jurisprudência , Sistema de Justiça , Poder Judiciário , Psicologia Forense , Abuso Sexual na Infância , Pesquisa Qualitativa
3.
Stylus (Rio J.) ; 36: 53-73, jul. 2018.
Artigo em Espanhol, Português | Index Psicologia - Periódicos | ID: psi-71579

RESUMO

O artigo discute o dispositivo do passe e sua transmissão na Escola. O término de uma análise tem a ver com uma decisão. Mas quem decide? Não é o analista, nem o analisando, é uma decisão acéfala, não depende da vontade. É um momento de concluir, típico de um processo analítico, que “toma” tanto o analisando quanto o analista. Leva-nos a pensar sobre a complexa questão da autorização: na demanda do passe à Escola, o analisante já não se autoriza de seu analista, mas toma para si a tarefa de dar conta do Outro, já não sustenta o par analisante-analista, mas o par analista-Escola. O passe é um convite ao analisante para oferecer sua experiência de transmissão. Já não aparece a coaptação dos superiores, mas dos iguais, os passantes, que são também psicanalisantes e fazem parte do processo. O passe é a possibilidade de transmitir o que descobriu em sua análise a outros e comprometer-se com uma nova experiência no coletivo, a Escola. (AU)


The article discusses the device of the pass and its transmission in the School. The termination of an analysis has to do with a decision. But who decides? It is not the analyst, nor the analysand, it is an acephalous decision, it does not depend on the will. It is a moment to conclude, typical of an analytical process that “takes” both the analysand and the analyst. It leads us to think about the complex issue of authorization: In the demand of the pass to the School, the analysand no longer authorizes themselves by the analyst, but rather takes on the task of accounting for the Other, no longer supports the analysand-analyst pair, but instead the analyst-School pair. The pass is an invitation to the analyst to offer their transmis-sion experience. It no longer appears the coaptation of superiors, but of equals, passers, who are also psychoanalysands and are part of the process. The pass is the ability to convey what you discovered in your analysis to others and commit to a new experience in the collective, the School. (AU)


El artículo discute el dispositivo del pase y su transmisión en la Escuela. El dar por terminado un análisis tiene que ver con una decisión. Pero ¿quién decide? No es el analista, tampoco el analizante, es una decisión acéfala, no depende de la voluntad. Es un momento conclusivo, propio de un proceso analítico que “toma” tanto al analizante como al analista. Nos lleva a pensar el complejo tema de la autorización. En la demanda del pase a la escuela el analizante ya no se autoriza de su analista, sino que toma a su cargo la tarea de dar cuenta a Otro, que ya no es el analista, ya no anuda la pareja analizante-analista, sino analista-Escuela. El pase es una invitación al analizante para que ofrezca su experiencia de transmisión. Ya no aparece la coaptación de los superiores, sino de los iguales, los pasadores, que son también psicoanalizantes y que forman parte del proceso. El pase es la posibilidad de transmitir lo que descubrió en su análisis a otros y comprometerse con una nueva experiencia en el colectivo, la Escuela. (AU)


Cet article a pour but de mettre en lumière le dispositif de la passe et sa trans-mission à l’École. Le terme d’une analyse relève d’une décision. Mais qui décide ? Ce n’est ni l’analyste, ni l’analysant non plus, mais une décision acéphale (cela n’a rien à voir avec la volonté). Il s’agit d’un moment de conclure, caractéristique d’un processus analytique qui comprend à la fois l’analysant et l’analyste. Cela nous fait penser à la question complexe de l’autorisation : dans la demande de la passe à l’École, l’analysant ne s’autorise plus de son analyste, mais prend la charge de rendre compte de l’Autre, il ne supporte plus le couple analysant-analyste, mais le couple analyste-École. La passe l’invite à témoigner de son expérience de transmission. On n’y trouve plus la cooptation des supérieurs, mais celle des égaux, les passants, qui sont tout aussi des psychanalysants et font partie du processus. La passe est la pos-sibilité de transmettre à d’autres ce qu’on a découvert dans sa propre analyse, et de s’engager dans une nouvelle expérience dans le collectif, soit dans l’École. (AU)

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