RESUMO
A COVID-19 continua a sobrecarregar os sistemas de saúde. No auge da pandemia, os serviços de hemodinâmica do mundo todo tiveram redução significativa no volume de procedimentos devido a vários motivos, incluindo redistribuição de recursos médicos, alocação dos cardiologistas intervencionistas em alas da COVID-19 e preocupações dos médicos e pacientes com a transmissão viral. Em especial, as intervenções para doença cardíaca estrutural tiveram queda importante de mais de 90% do volume. Para enfrentar esses desafios, os sistemas de saúde empregaram novas medidas de segurança e protocolos, incluindo pré-teste com reação em cadeia da polimerase para COVID-19, Equipamentos de Proteção Individuais e exigência de vacinação para garantir a segurança de pacientes e trabalhadores da saúde. Embora tais medidas tenham abordado parcialmente as questões de segurança, o diagnóstico e o tratamento da injúria miocárdica aguda permaneceram desafiadores durante a pandemia. Enquanto os mecanismos fisiopatológicos que causam injúria miocárdica não estão completamente elucidados, a maioria dos estudos sugere que a COVID-19 seja uma doença pró-inflamatória, associada a um estado de hipercoagulabilidade. Os estudos randomizados em andamento avaliam a eficácia de regimes antitrombóticos mais agressivos na COVID-19. Além disso, a apresentação de síndrome coronariana aguda junto da COVID-19 é variável, mais provavelmente atípica, tardia e está associada a altas taxas de eventos cardiovasculares adversos e óbito. É necessário implementar protocolos para agilizar diagnóstico, triagem e tratamento de pacientes com síndrome coronariana aguda, e também minimizar o risco de transmissão viral para os funcionários do hospital. A intervenção coronariana percutânea robótica oferece uma solução em potencial para as diversas questões de segurança enfrentadas pelos cardiologistas intervencionistas na era da COVID-19. Porém, ela também se apresenta com seu conjunto de limitações.
COVID-19 continues to overwhelm healthcare systems. During the peak of the pandemic, cardiac catheterization labs across the world observed a significant decrease in procedure volumes due to several reasons, including reallocation of medical resources, deployment of interventional cardiologists to the COVID-19 wards, and physician and patient concerns about viral transmission. In particular, structural heart disease interventions experienced a significant reduction in volume by more than 90%. To address these challenges, healthcare systems employed new safety measures and protocols, including COVID-19 rapid polymerase chain reaction pretesting, Personal Protective Equipment, and vaccination mandates to ensure safety of patients and healthcare workers. Although these measures partly addressed safety concerns, diagnosis and management of acute myocardial injury remained challenging throughout the pandemic. While the pathophysiological mechanisms leading to myocardial injury is not fully elucidated, most studies have suggested COVID-19 is a pro-inflammatory disease associated with a hypercoagulable state. Ongoing randomized studies are evaluating the efficacy of more aggressive antithrombic regimens in COVID-19. In addition, the presentation of acute coronary syndrome with concomitant COVID-19 infection is variable, more likely atypical, delayed, and is associated with higher rates of adverse cardiovascular events and death. It was necessary to implement protocols to expedite diagnosis, triage and management of patients with acute coronary syndrome, while minimizing the risk of viral transmission to hospital staff. Robotic percutaneous coronary intervention may offer in the future a potential solution to many of the safety concerns faced by interventional cardiologists during the COVID-19 era; however, it has its own set of limitations.
RESUMO
The current study aimed to evaluate the safety of different sliced meat products marketed in the city of Rio de Janeiro in June 2011 and check if the shelf life determined by supermarkets ensures the bacteriological quality of these products. For this purpose, on the day of slicing and on the last day of the shelf life, the following bacteriological evaluations were done: enumeration of total coliforms and Escherichia coli, coagulase-positive staphylococci count, sulphite reducing clostridia count and Salmonella spp. Thirty two samples were collected from four supermarkets, they were: pork ham, chicken "tubelle", turkey "blanquet", bologna, smoked bologna, smoked chicken breast and smoked pork loin. Samples' shelf life ranged from four to fourteen days. Sulphite reducing clostridia was not detected. Salmonella spp. was confirmed by positive serology in seven (21.87%) samples. In relation to total coliforms, 30 (93.75%) samples were contaminated with an average of 2.6 x 1rY MPN/g on the day of slicing and 2.8 x 1()4 MPN/g on the last day of the shelf life. Twenty (62.5%) samples were already considered unfit for consumption in the slicing dayand, at the end of the shelf life, this number increased to 27 (84.4%). The analysed sliced meat products revealed unsatisfactory hygienic conditions then they can. (...)(AU)
Com este estudo, objetivou-se avaliar a inocuidade de diversos produtos cárneos fatiados comercializados no município do Rio de Janeiro em junho de 2011 e verificar se a validade comercial determinada pelos estabelecimentos fracionadores garante a qualidade bacteriológica destes produtos. Para tal, realizou-se, no dia do fatiamento e no último dia da validade comercial, as seguintes análises bacteriológicas: enumeração de coliformes totais e de Escherichia coli, contagem de estafilococos coagulase positiva, contagem de clostrídeos sulfito redutores e pesquisa de Salmonella spp. Foram avaliadas 32 amostras obtidas de quatro supermercados, sendo estas de presunto cozido, tubelle de frango, blanquet de peru, mortadela, mortadela defumada, peito de frango defumado e lombo canadense. A validade comercial dos alimentos analisados variou entre quatro e quatorze dias. Não foi detectado clostrídeos sulfito redutores. A presença de Salmonella spp. foi confirmada por sorologia positiva em sete (21,87%) amostras. Em relação aos coliformes totais, 30 (93,75%) amostras apresentaram- -se contaminadas, com média de 2,6 x 103 NMP/g no dia do fatiamento e 2,8 x 104 NMP/g no último dia da validade comercial. No dia em que foram fatiadas e comercializadas, 20 (62,5%) amostras já se encontravam em condições bacteriológicas consideradas impróprias para o consumo e no final do prazo comercial este valor aumentou para 27 (84,4%). Os produtos cárneos fatiados apresen taram condições higiênicas insatisfatórias, então, são capazes de oferecer sérios riscos à saúde pública. Verifica-se necessidade de aperfeiçoamento no controle de qualidade dos supermercados a fim de evitar erros de manipulação e minimizar a contaminação. (...) (AU)