Impacto da esplenectomia, ligadura da veia gástrica esquerda na microvasculatura gástrica de portadores jovens de esquistossomose mansônica hepatoesplênica: estudo histomorfométrico / Impact of splenectomy and ligature of the left gastric vein in the stomach of young patients with hepatoesplenic schistosomiais mansonic: Histomorphometric digital analysis

O presente estudo teve como objetivo investigar o impacto da esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda na microvasculatura gástrica de pacientes jovens portadores de esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica, utilizando-se análise histomorfométrica computadorizada. Foram incluídos cinco pacientes no pré-operatório e 28 em diferentes períodos de seguimento pós-operatório: 5 até 2 anos; 13 entre 2 e 6 e 10 acima de 6 anos. Foram obtidas biópsias endoscópicas da mucosa do antro e corpo gástrico, que foram submetidas à rotina histológica. Confeccionaram-se lâminas histológicas que foram usadas para análise histomorfométrica dos seguintes parâmentros: número médio de vasos por campo,diâmetro médio e espessura da parede dos vasos. Os resultados evidenciaram uma diminuição significante da densidade e do diâmetro dos vasos a partir dos dois anos de pós-operatório até o período superior a 6 anos. Os dados dão suporte ao conceito de que a esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda atenuam, em longo prazo, os distúrbios vasculares específicos d hipertensão porta na parede do estômago

Prevalência de helicobacter pylori em jovens portadores de esquisstossomose mansônica na forma hepatoesplênica / Helicobacter pylori prevalence in young patients with hepatosplenic chistosomiasis mansoni

O H. pylori coloniza, habitualmente, a mucosa gastrica humana, induzindo inflamaçäo e resposta imune local. Sua importância na doença ulcerosa, péptica, no câncer gástrico e limfoma "Malt" näo é mais questionada. Pesquisadores têm chamado atençäo para as repercussões gástricas da associaçäo entre a cirrose hepática e a infecçäo por essa bactéria gram-negativa. Considerando que o paciente portador de esquistossomose é suscetível a infecçäo peo H. pylori, foi objetivo do presente estudo avaliar a prevalência do H.pylori em jovens esquistossomóticos submetidos, quando crianças, a esplenectomia, ligadura da veia gástrica esquerda e auto implante de tecido esplênico no omento maior. Trinta e três pacientes portadores de esquistossomose mansônica na forma hepato-esplênica, operada com idades entre 7 e 15 anos, foram incluidos no presente estudo. Todos os pacientes receberam antibioticoterapia prolongada no pós-operatorio imediato. O seguimento pós-operatório médio é de 60 meses. Em todos os pacientes foi realizada endoscopia digestiva alta com biópsia gástrica para pesquisa de H. pylori, nos seguintes tempos pós-operatórios: t1 até 1 ano; t2 - entre 1 e 3 anos; t3 - entre 3 e 6 anos; e t4 - acima de 6 anos. Pós-operatório - no período t1 - 3por cento dos pacientes apresentaram infecçäo gástrica pelo H. pylori; t2 - 9,1 por cento; t3 - 12.1por cento e t4 - 27,3por cento.[Teste de Cochran (p=0,043)]. A prevalência de H. pylori aumentou, no seguimento, em longo prazo, nos pacientes submetidos a esplenectomia e ligaddura da veia gástrica esquerda com auto-implante de tecido esplenico no omento maior. Pode-se especular que esses pacientes tenham sido curados da infecçäo por H.pylori no pós-operatório imediato e que esse aumento de prevalência de infecçäo gástrica possa representar a história natural de nova re-infecçäo

Esquistossomose hepatoesolênica em jovens submetidos a esplenectomia e ligadura da veia gastrica esquerda: estudo prospectivos das varizes esofageanas / Surgical schistosomiasis in young patients who underwent splenectomy and ligature of the left gastric vein: a prospective study of the esophageal varices

Sangramento digestivo alto é o sintoma mais importante dos pacientes portadores de esquistossomose mansônica hepatoesplênica associada a varizes de esôfago. O presente estudo teve por objetivo avaliar, de forma prospectiva, as varizes esofagianas de jovens submetidos, quando crianças, a esplenectomia, ligadura da veia gástrica esquerda e auto-implante de tecido esplênico. Trinta e três portadores de esquistossomose hepatoesplênica cirúrgica operada com idades entre 7 e 15 anos anos foram incuídos. O seguimento pós-operatório médio é de 60 meses. Os tempos incluídos no estudo foram: t0 - Pré-operatório e Pós-operatório - t1 - até 1 ano; t2 - entre 1 e 3 anos; t3- entre 3 e seis anos e t4 - acima de 6 anos. Pré-operatório -t0- 74,2por cento com varizes de fino calibre; e 51,6por cento de médio calibre e 35,5por cento de grosso calibre. t1-64,5por cento com varizes de fino calibre; 54,8por cento de médio calibre; t2- 61,3 por cento com varizes de fino calibre; 35,5 de médio calibre; e 16,1 por cento de grosso calibre. t3 - 45,2por cento com varizes de fino calibare; 29,0 por cento de médio calibre; e 9,7 por cento de grosso calibre; t4- 29,0por cento com varizes de fino calibre; 22,6por cento de médio calibre; e 6,5 de grosso calibre. Os achados däo suporte ao conceito de que a esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda reduzem as varizes esofagianas de grosso calibre, em longo prazo (Teste de Cochranp,0,0173). A conduta cirurgica de esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda se associam, no seguimento a longo prazo, na diminuiçäo da frequencia das varizes esofagianas de grosso calibre, encontradas antes do tratamento cirúrgico