Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 14 de 14
Filter
1.
Rev. bras. psicanál ; 50(1): 239-260, mar. 2016. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1251433

ABSTRACT

O trabalho tenta rastrear os processos intersubjetivos que podem estar na base da ocorrência de determinados estados emocionais do analista. É dada ênfase à ocorrência de identificações projetivas por parte dos pacientes, o que poderia explicar ditos estados. A recorrência frequente ao conceito de identificação projetiva como fator explicativo não só ampliou seu campo de abrangência como também alterou o significado original (uma fantasia) que Melanie Klein lhe atribuiu. Dada essa indevida e enganosa ampliação do poder explicativo do conceito, surge a necessidade de investigar outros processos cuja presença seria responsável por algumas reações emocionais ou, mesmo, atuações do analista. Algumas vias alternativas, já investigadas na literatura psicanalítica, são discutidas. O valor de uma discussão desse tipo reside na importância de se prover o campo da análise de instrumentos conceituais aptos a abordar os processos clínicos na sua dinâmica, evitando-se, assim, meras explicações fenomenológicas que, sem profundidade, acabam conferindo ao acontecer da sessão um aspecto mágico, até esotérico. A atenção a esses aspectos interacionais na análise recoloca em pauta, inevitavelmente, o confronto entre as concepções que privilegiam o plano intersubjetivo na situação analítica. Este encaminhamento da questão mostra que, se lidamos com um determinado enfoque e com seus conceitos correlatos, temos de alinhá-los, de forma coerente, a outros conjuntos de conceitos que fazem parte da trama teórica com a qual nos identificamos. Sem esse cuidado, nos arriscamos a transformar a teoria e o método psicanalíticos num quebra-cabeça cujas peças jamais se encaixam.


This paper attempts to keep track of the intersubjective processes which may support certain analyst’s emotional states. The author emphasizes the occurrence of projective identifications by the patient, which could explain those states. Often invoking the concept of projective identification as an explaining factor has not only enhanced its range, but also changed the original meaning - a fantasy - which was attributed to it by Melanie Klein. Due to that inappropriate and misleading enhancement of the explaining power of the concept, other processes whose presence would be responsible for some emotional reactions, or even some analyst’s actions, must be investigated. Some alternative ways, which have already been investigated in the psychoanalytic literature, are discussed. The value of this kind of discussion is found in the importance of providing conceptual apparatus to the psychoanalytic field; conceptual apparatus which are able to approach clinical processes in their dynamics. In this way, we avoid simple phenomenological explanations which end up providing a magical (or even esoteric) aspect to the session. The attention to these interactional aspects in the analysis unavoidably brings in the confrontation among the conceptions which favor the intersubjective plan in the psychoanalytic situation. Conducting the matter in this way demonstrates that, if we handle certain approach and its correlative concepts, we must coherently conform them to other set of concepts which belong to the theoretical plot with which we identify. Without being aware of this, we risk to transform psychoanalytic theory and method into a puzzle whose pieces will never form a coherent picture.


El trabajo intenta rastrear los procesos intersubjetivos que pueden estar en la base de la aparición de determinados estados emocionales del analista. Se enfatiza la aparición de identificaciones proyectivas por parte de los pacientes, lo que podría explicar dichos estados. La recurrencia frecuente al concepto de identificación proyectiva como factor explicativo no solo amplió su campo de alcance, sino que también alteró el significado original (una fantasía) que le atribuyó Melanie Klein. Dada esta ampliación indebida y engañosa del poder explicativo del concepto, surge la necesidad de investigar otros procesos cuya presencia sería responsable por algunas reacciones emocionales o, incluso, actuaciones del analista. Algunas vías alternativas, ya investigadas en la literatura psicoanalítica, son discutidas. El valor de una discusión de este tipo está en la importancia de proveer el campo de análisis de instrumentos conceptuales aptos para abordar los procesos clínicos en su dinámica, evitando meras explicaciones fenomenológicas que, sin profundidad, acaban concediendo a la sesión un aspecto mágico, incluso esotérico. La atención a estos aspectos interactivos en el análisis vuelve a sacar a la luz, inevitablemente, el enfrentamiento entre las concepciones que dan privilegio al plano intersubjetivo en la situación analítica. Esta presentación del tema muestra que, si lidiamos con un enfoque determinado y con sus conceptos relacionados, tenemos que alinearlos, de forma coherente, con los otros conjuntos de conceptos que forman parte de la trama teórica con la cual nos identificamos. Sin ese cuidado, nos arriesgamos a transformar la teoría y el método psicoanalíticos en un rompecabezas cuyas piezas nunca se encajan.

3.
Rev. bras. psicanál ; 43(2): 183-192, jun. 2009.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-529051

ABSTRACT

O tema deste trabalho é a Felicidade. Tema abordado diretamente por Freud, mas que, na atualidade, parece ter desaparecido da literatura psicanalítica e das preocupações dos pensadores em geral. A questão da Felicidade tem correspondido a noções diferentes através dos tempos e reflete a cultura vigente em cada época. O presente trabalho é iniciado com um rastreamento das várias visões que a cultura nos tem legado sobre o tema, da Grécia antiga até os nossos tempos. Na contemporaneidade, a ideia de Felicidade é marcada por noções hedonistas que consideram que o desconforto, o sofrimento, devem ser banidos em nome de uma Felicidade a ser alcançada a qualquer preço. Sofremos porque não conseguimos ser felizes de acordo com o que se propaga ser a verdadeira felicidade. O que antes era um projeto do Id, hoje se torna um projeto do Superego. Como decorrência, surgem esforços para engajar a psicanálise na luta pela ausência do sofrimento. Uma proposta hedonista de trabalho se oferece como desafio para o método psicanalítico. Corre-se, então, o risco de desnaturar a psicanálise e transformá-la num objeto de consumo para alcançar uma Felicidade utópica baseada na analgesia.


El tema de este trabajo es la Felicidad. Se trata de un asunto abordado directamente por Freud, pero que en la actualidad parece haber desaparecido de la literatura psicoanalítica y de las preocupaciones de los pensadores de manera general. La cuestión de la Felicidad ha correspondido a nociones diferentes a través de los tiempos. Asimismo, ha reflejado la cultura vigente en cada época. El presente trabajo se inicia con un rastreo de las varias visiones que la cultura nos ha legado sobre el tema, desde la Grecia antigua hasta nuestros días. Contemporáneamente, la idea de Felicidad está marcada por nociones hedonistas, que consideran que la incomodidad y el sufrimiento deben proscribirse para alcanzar una Felicidad a cualquier costo. Sufrimos porque no logramos ser felices de acuerdo a lo que se propaga como verdadera felicidad. Lo que antes era un proyecto del Id hoy en día se ha tornado un proyecto del Superego. Como consecuencia, surgen esfuerzos para comprometer al psicoanálisis en la lucha por la ausencia de sufrimiento. Como reto para el método psicoanalítico, se ofrece una propuesta hedonista de trabajo. Esto conlleva el riesgo de que el psicoanálisis se desnaturalice y que se transforme en un objeto de consumo para alcanzar una Felicidad utópica basada en la analgesia.


The subject of this work is Happiness. This subject has already approached by Freud. However, nowadays, it seems to have vanish from psychoanalytical literature and from the concern of thinkers, in general. Many different notions have been attributed to the question of Happiness through the years and they reflect the culture of the times. At the present time, the idea of Happiness carries hedonist notions that end up by considering that uneasiness and suffering must be banished in the name of Happiness to be attained at any cost. Consequently, new efforts appear to engage psychoanalysis in the fight for the banishment of suffering. Therefore, we are at risk of disqualifying psychoanalysis and transforming it in consumer's goods.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Stress, Psychological/psychology , Happiness , Philosophy , Psychoanalysis
4.
Vínculo ; 5(1): 16-25, jun. 2008.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-504237

ABSTRACT

O autor propõe que certas manifestações em Psicoterapia Analítica de Grupo não parecem relacionadas, nem a história pessoal que seus membros relatam, nem a história do grupo a que eles pertencem. A hipótese levantada e que tais manifestações correspondem a vestígios de condições muito primitivas, pré-natais, pre-verbais; portanto, que não se pode dizer que sejam inconscientes, porque nem sequer chegaram a se constituir como tal. Permanecem como registros de uma área indiferenciada, assim chamada protomental. Não estando disponíveis para representação, passam a integrar o espaço grupal, manifestando-se mediante actings. Por seu caráter repetitivo, podem constituir bloqueio ao desenvolvimento grupal e a sua passagem para Grupo de Trabalho. Integrando-se ao plano da transferência, essas manifestações têm possibilidade de serem detectadas e transformadas em elementos psíquicos por meio da interpretação. Essa o transcrição psiquica o envolve problemas que serão discutidos. O texto fornece uma ilustração clínica desse processo.


The author suggests that certain manifestations in Group Psychoanalytical Therapy that, assume a repetitive and blocking characteristic in the evolution of the work, are vestiges of proto- mental traumatic situations lived by the group. One cannot say that these situations are unconscious because they were never constituted as such. They were not available for representation. The same way as the Beta Elements (Bion), they integrate the group space, manifesting themselves through actings. When they integrate the transfer level, they can be detected and transformed into psychic elements through interpretation. The psychic inscription will allow the passage of the Basic Assumption Group to the Work Group. Some clinical illustrations of this process will be presented.


El autor propone que algunas manifestaciones en Psicoterapia Analitica de Grupo no parezcan relacionadas, ni en la historia personal que sus miembros relatan, ni en la del grupo al que pertenecen. La hipotesis levantada es que tales manifestaciones corresponden a los vestigios de condiciones muy primitivas, pre-natales, pre-verbales, por lo tanto, no se puede decir que sean inconscientes, ya que no llegan a constituirse como tales. Permanecen como registros de un area indiferente, llamada protomental. No estan disponibles para representacion, pasan a integrar el espacio grupal, manifestandose mediante actuaciones. Por su caracter repetitivo, pueden bloquear el desarrollo grupal y su pase para el Grupo de Trabajo. Integrandose al plan de transferencia, dichas manifestaciones tienen la posibilidad de que sean detectadas y transformadas en elementos psiquicos por medio de la interpretacion. Esa "inscripcion psiquica", envuelve problemas que seran discutidos. El texto nos proporciona una ilustracion clinica de dicho proceso.


Subject(s)
Humans , Mental Processes , Psychotherapy, Group
5.
Rev. bras. psicanál ; 39(4): 89-112, 2005.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-439211

ABSTRACT

O presente estudo trata do crescimento notável da quantidade de menções sobre a assim chamada intersubjetividade, na literatura psicanalítica. Este fato permite caracterizar a intersubjetividade como tendência atual no movimento psicanalítico. Nosso ponto de partida é examinar a noção, interação analista-paciente . Esta noção subjaz à abordagem intersubjetivista. Os autores formulam três questões: (I) existe alguma consistência epistemológica no conceito de interação? Se existe, qual é? Pois ela é colocada com freqüência como um fato dado, concreto, a priori, sem exame epistemológico; (II) será aquilo que os autores intersubjetivistas definem como interação, contingência do processo analítico, ou será um fundamento do processo analítico? Os autores intersubjetivistas parece que optam pela última alternativa, sem argumentação fundamentada. Como conseqüência de (I) e (II): será o movimento intersubjetivista, desenvolvimento e prolongamento da formulação de Freud para a psicanálise, ou será uma ruptura? Inclui-se uma revisão das contribuições que podem ser consideradas como precursoras da intersubjetividade. O estudo é ainda uma pesquisa sobre as raízes epistemológicas do intersubjetivismo/interationismo. Sugerem-se duas visões integrativas que tentam sobrepujar o conflito intra versus inter que subjaz ao conflito entre duas tendências aparentemente diversas em psicanálise. Os pontos levantados por este estudo provêm uma oportunidade de ponderar sobre as epistemes subjacentes à nossa disciplina, psicanálise. Portanto, os autores não fazem uma crítica à importância de um novo ponto de vista no movimento psicanalítico, mas tentam uma análise de suas bases epistemológicas.


Subject(s)
Countertransference , Knowledge , Psychoanalysis , Transference, Psychology
6.
Rev. bras. psicanál ; 37(4): 1157-1166, 2003.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-392013

ABSTRACT

O chamado à psicanálise para um pensar interdisciplinar envolve questões complexas que vão desde esforços autênticos para consolidação do saber, até distorções geradas por apelos com fundo de onisciência, rivalidade, busca de prestígio e moda. Diante desse quadro, este relato se propões a conceituar a interdisciplinaridade, compreender os limites desse esforço e situar a psicanálise nesse contexto. O tema se torna oportunidade para uma reflexão sobre a natureza da psicanálise, focalizada a partir de seu método e objeto, ressaltando, ao mesmo tempo, sua singularidade na interface com outras disciplinas. A idéia proposta é que, sem consenso razoável entre nós a esse respeito, nossos esforços interdisciplinares se arriscam a não promover desenvolvimento próprio e um diálogo consistente com outras disciplinas.


Subject(s)
Humans , Knowledge , Psychoanalysis , Psychoanalytic Theory , Truth Disclosure
7.
Rev. bras. psicanál ; 29(4): 859-72, 1995.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-169013

ABSTRACT

As colocaçoes psicanalíticas sobre a experiência religio sa, via de regra, constituem uma repetiçao das idéias de Freud, formuladas ao longo de sua obra. De maneira geral, como resultado de saturaçao do conceito psicanalítico, permanece inexplorada a rica complexidade da dinâmica do processo que constitui esse tipo de experiência. O autor sugere que as tendências religiosas de nossos analisandos devem ser abordadas, nao apenas à luz de suas determi naçoes infantis, mas como resultado de processo de ressignificaçao que sao contínuos e evolutivos. A relaçao estabelecida entre a imagem paterna e a imagem de Deus (como sustentava Freud) apenas dá conta parcialmente das relaçoes objetais envolvidas no fenômeno da crença. A compreensao psicanalítica nao pode ser apre sentada como um fator que reduzirá as crenças religiosas às fantasias que parti ciparam de sua estrutura inicial, mas deve tornar possível a reorganizaçao e no va apresentaçao da imagem de Deus no mundo interno do analisando. O caráter "ilusório" de uma crença (vista à luz da experiência transicional), nao significa que ela seja tratada como delírio, como algo em contradiçao com as demandas da realidade. Quando o psicanalista, em vez de se referir às representaçoes de Deus que ele encontra na realidade psíquica, vai mais além, afirmando que nao há realidade para a crença do paciente, ele extrapola seu campo de observaçao


Subject(s)
Humans , Psychoanalysis , Religion
8.
Rev. bras. psicanál ; 28(2): 309-28, 1994.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-169102

ABSTRACT

Este artigo trata das transformaçoes psíquicas no analis ta, decorrentes de seu trabalho. Habitualmente, as mençoes a esse fato se redu zem a descrever os processos denominados contratransferenciais, mas estes nao dao conta de abranger uma série de transformaçoes duradouras na mente do analis ta. O autor propoe situar essas mudanças num contexto nao acidental, mas como decorrentes de uma posiçao no campo que resulta de exercício de uma "neutralidade ativa". Isso implica em rediscutir esse conceito de neutralidade, o qual, desde que foi formulado por Freud, vem sofrendo compreensao inadequada. Numa relaçao analítica estabelecida de forma que a neutralidade signifique "disponibilidade para o novo", todos os valores e a própria identidade do analista se colocam em risco, ou seja, passíveis de mudança. O processo analítico é entao levado a uma condiçao de "simbiose terapêutica", a menos que o analista trabalhe entrincheirado numa couraça defensiva


Subject(s)
Humans , Countertransference , Professional-Patient Relations , Psychoanalysis , Psychoanalytic Therapy
9.
Rev. bras. psicanál ; 25(4): 645-56, 1991.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-126931

ABSTRACT

Este trabalho constitui uma reflexäo sobre algumas situaçöes aparentemente banais, que integram o quotidiano analítico, na tentativa de compreendê-las sob um ângulo novo que ressalta a sua importância dentro do processo. Três questöes säo focalizadas nessa linha: A primeira avalia o fato do "já-conhecido" no discurso dos analisandos. A segunda focaliza o emprego das interpretaçöes metafóricas e os usos e abusos que essa prática pode conter. A terceira faz observaçöes sobre os discursos explicativos, que surgem comumente na fala dos analistas. Todas essas situaçöes säo discutidas sob a perspectiva de poderem encerrar a presença de Transformaçöes em Alucinose cuja funçäo é ocupar o espaço analítico de forma a evitar a turbulência causada pela intimidade, pelo novo, pelo desconhecido. Em sua aparência singela e inofensiva, essas transformaçöes estäo a serviç do näo-desenvolvimento da análise


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Professional Practice , Psychoanalysis , Psychotic Disorders/psychology , Psychoanalytic Interpretation
10.
Rev. bras. psicanál ; 24(1): 29-34, 1990.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-89230

ABSTRACT

Inicialmente o autor coloca a questäo da possibilidade de se "ensinar" Psicanálise. Alinhando-se entre os que däo uma resposta negativa a essa pergunta, indaga a seguir qual é a funçäo dos Institutos de Psicanálise. Menciona o conceito clássico referente chamado tripé que constitui a formaçäo analítica: Análise Didática, Supervisäo e Cursos. Critica o fato de näo ser dado igual valor a esses três elementos, ficando os Cursos numa situaçäo de desvantagem. Säo analisadas várias posturas em relaçäo à formaçäo teórica, indicando que o problema apontado ocorre por conta de uma valorizaçäo ideológica dos segmentos da formaçäo analítica. O grande peso que representa a figura do analista faz com que o setting analítico contamine o clima de relaçäo dos seminários e desvalorize a formaçäo teórica. Conclui que a boa formaçäo se faz à custa do talento do candidato e da existência de professores que realmente valorizam a funçäo docente e se dedicam a ela


Subject(s)
Psychoanalysis/education , Teaching
11.
Rev. bras. psicanál ; 23(3): 25-41, 1989.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-90827

ABSTRACT

Trata-se d eum estudo sobre a participaçäo da linguagem nos processos de "acting" que ocorrem na relaçäo analítica. Säo exploradas situaçöes clínicas nas quais a linguagem tem que ser compreendida como um ato em si mesma e näo através dos seus conteúdos simbólicos ou como simples comunicaçäo de idéias e sentimentos. Säo evocados os conceitos linguísticos relacionados aos "atos de linguagem", que däo conta dessa particularidade da fala. Principalmente quando vigoram ansiedades persecutórias, o analisando pode atuar através de linguagem, e nesse caso, uma escuta convencional dos conteúdos simbólicos do discurso poderá levar o analista a equívocos. Essas situaçöes säo ilustradas através de alguns exemplos clínicos


Subject(s)
Language
12.
Rev. bras. psicanál ; 21(1): 81-94, 1987.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-40883

ABSTRACT

A difusäo intensa Psicanálise no Brasil incorpora-a a nossa cultura. O processo de difusäo da Psicanálise expressa uma relaçäo dinâmica com a cultura que é intrínseca à natureza da Psicanálise como conhecimento e práxis. Uma Psicanálise "pura" em relaçäo à cultura nunca existiu ou poderá existir. A abordagem epistemológica do tema mostra que o objeto da difusäo näo é um mero conjunto de idéias mas um produto cultural enraizado no tempo e no espaço. A difusäo da Psicanálise representa, pois, um movimento que contém ao mesmo tempo características de ida e de volta para o social. A chamada "demanda de Psicanálise" é um dos fatores determinantes dessa difusäo. O psicanalista näo pode alimentar a ilusäo de cultivar uma Psicanálise "pura", sem influência do social, mas deve atentar para as consequências que a difusäo pode acarretar para o campo analítico


Subject(s)
Psychoanalysis/trends , Brazil
13.
Rev. bras. psicanál ; 20(2): 207-25, 1986.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-35388

ABSTRACT

Várias situaçöes que surgem no dia-a-dia analítico, por serem repetitivas, acabam por näo merecer a atençäo devida à sua natureza e estrutura. Säo apresentados exemplos clínicos de vários casos, realizando o autor um exercício de análise que permita compreendê-los na perspectiva, näo do conflito neurótico, mas como resultado da atuaçäo da parte psicótica da personalidade. A tarefa acima é realizada com o auxílio de um referencial particular fornecido pela Teoria das Transformaçöes, de Bion. As situaçöes apresentadas säo consideradas como expressäo de um mesmo estado de mente - o estado de alucinose. Para entrar em contacto com esse estado o analista deve se despojar da saturaçäo da "lógica" que esses discursos aparentam ter e também entrar num estado de mente que lhe permita captar o que está "além das palavras" do paciente. Nesse "outro domínio" o analista encontrará a funçäo da vertente psicótica do discurso do paciente. Säo avaliadas as conseqüências clínicas e teóricas desse tipo de abordagem


Subject(s)
Hallucinations , Psychoanalysis , Psychotic Disorders , Countertransference
14.
Rev. bras. psicanál ; 19(2): 269-80, 1985.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-31107

ABSTRACT

As linhas de poder que "organizam" as estruturas dos Institutos de Psicanálise se ocultam atrás de formulaçöes ideológicas. Estas tentam transmitir a noçäo de que a instituiçäo psicanalítica é "diferente" de todas as outras, justificando assim procedimentos que näo säo fundados nas necessidades da Psicanálise. Enquanto é construída uma estrutura explícita pretensamente simples e despojada de normas objetivas, se mantém uma estrutura implícita em que a linha de poder se institui através da funçäo atribuída aos analistas didatas de "gerar" novos membros para a instituiçäo. A necessidade de se negar essa estrutura implícita (altamente institucionalizada) e à presença simultânea de duas formas opostas de relacionamento entre os membros, os autores atribuem o nome de Paradoxo Institucional Psicananalítico, como característica da instituiçäo psicanalítica, verificável principalmente no plano da formaçäo


Subject(s)
Psychoanalysis/education
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL