Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 14 de 14
Filter
1.
Rev. psicanal ; 25(3): http://revista.sppa.org.br/index.php/RPdaSPPA/article/view/391/432, 2018.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-995574

ABSTRACT

A partir da leitura do livro Desaparecido, da autoria de cinquenta jovens de 11 anos de idade de uma escola de Porto Alegre, o conceito psicanalítico de sexualidade é estudado. O livro conta a busca de um jovem casal, recém-casado, por Diogo Soares, o pai da noiva, desaparecido desde o casamento. Impossível não ler aí uma recriação do mito edípico, sendo a autora psicanalista. O fato de ter sido escrito por cinquenta jovens mentes reforça a noção freudiana de ser este o complexo nuclear do desenvolvimento psicossexual do ser humano. Controvérsias dentro da teoria psicanalítica sobre o conceito são examinadas. A autora propõe que, assim como a resolução do complexo de Édipo impõe a renúncia aos pais e ao eu infantis e um trabalho de luto daí decorrente, precisamos renunciar ao Freud que teria todas as respostas para torná-lo inspiracional, possibilitando o desenvolvimento da psicanálise


Starting from the reading of the book Desaparecido, written by fifty children aged 11 years old from a school in Porto Alegre, the author investigates the psychoanalytic concept of sexuality. The book is about the search ­ conducted by a young and recently married couple ­ for Diogo Soares, the bride's father who had disappeared since the wedding. Considered that the author of this paper is a psychoanalyst, it is impossible not to read in that story the recreation of the Oedipus myth. The fact it was written by fifty young minds reinforces the Freudian notion that this complex is nuclear for the human being's psychosexual development. Controversies regarding that concept are investigated within psychoanalytic theory. Similarly to the way the resolution of the Oedipus complex imposes the renunciation to the parents and to the self from childhood as well as a work of mourning, the author proposes that we should also renounce to the Freud who would have all the answers so as to transform him into an inspiration and allow psychoanalysis to develop


A partir de la lectura del libro Desaparecido, de autoría de cincuenta jóvenes de 11 años de edad de una escuela de Porto Alegre, es estudiado el concepto psicoanalítico de sexualidad. El libro relata la búsqueda de una joven pareja, recién casada, por Diogo Soares, el padre de la novia, desaparecido desde el casamiento. Imposible no leer ahí una recreación del mito edípico, la autora siendo psicoanalista. El hecho de haber sido escrito por cincuenta jóvenes mentes refuerza la noción freudiana de ser este el complejo nuclear del desarrollo psicosexual del ser humano. Controversias dentro de la teoría psicoanalítica sobre el concepto son examinadas. La autora propone que, así como la resolución del complejo de Edipo impone la renuncia a los padres y al yo infantil y un trabajo de luto decurrente de eso, necesitamos renunciar al Freud que tendría todas las respuestas para hacerle inspiracional, posibilitando el desarrollo del psicoanálisis


Subject(s)
Humans , Sexuality , Adolescent , Oedipus Complex
2.
Rev. psicanal ; 20(3): 635-652, dez. 2013.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-719609

ABSTRACT

A proposta deste trabalho é organizar parte dos estudos sobre o tema representação, dando continuidade ao projeto do Grupo de Estudos de Epistemologia Psicanalítica da SPPA de refletir sobre conceitos fundamentais da psicanálise à luz da mudança das ciências no sentido do paradigma da complexidade e a forma como o pensamento psicanalítico se insere nesta perspectiva. Partindo de uma breve revisão de autores psicanalíticos, passando por contribuições da semiótica e das ciências cognitivas, procura discutir problemas quanto à utilização do conceito na atualidade e propor modelos possíveis para seguir pensando acerca de representação. Assim, são apresentados os dois modos de pensar sobre representação e não representação que surgiram das discussões: num deles, se proporia um espectro representacional, abolindo a noção de não representação no psiquismo; noutro, se manteria um campo do não representado como uma forma de conhecer. Apesar das diferenças, ambos têm em comum o fato de tentarem se desvincular da noção cartesiana de representação, na qual há um mundo externo pronto a ser representado, buscando um modelo em que o mundo que conhecemos é visto como resultado da enação do sujeito que conhece, com sua estrutura particular e em congruência com seu meio. O trabalho de representação é fundamental para a organização do conhecimento, mas o que procuramos ressaltar é a centralidade, na sessão analítica, do conhecimento ainda desconhecido, construído momento a momento entre analista e paciente. Uma noção mais fácil de assimilar na teoria do que na prática clínica, já que nos afasta da segurança do conhecido e organizado, mas que é essencial para a criatividade do trabalho analítico


This paper organizes part of the studies on the topic representation, in order to continue the Project of the SPPA Psychoanalytic Epistemology Study Group. It reflects on the fundamental psychoanalytical concepts, considering the changes that took part in sciences, especially the complexity paradigm and the way psychoanalytical thinking fits in this perspective. Starting from a brief review on psychoanalytical authors, and continuing through contributions of semiotics and cognitive sciences, it discusses issues regarding the current use of the concept representation and proposes possible ways to keep studying it. Therefore there are present two ways that emerged from the discussions regarding representation and non-representation. In the first one, a representational spectrum is proposed, abolishing the notion of non-representations in the psyche. In the other one, it is considered that it is possible to get knowledge through some field of the nonrepresented. Despite their differences, both ways have in common the fact that they try to avoid a cartesian notion of representation which considers that there is an external world ready to be represented. They seek for a model in which the world we know is seen as a result of the individual’s enaction with his particular structure and congruently with his environment. The work of representation is fundamental to the organization of knowledge; however it is emphasized the centrality of the still unknown knowledge constructed moment by moment among analyst and patient in the analytic session. It is an easier concept to grasp in theory than in the clinical practice, since it keeps us away from the safety of what is known and organized, but it is an essential notion to the creativity of the analytical work


La propuesta de este trabajo es organizar parte de los estudios sobre el tema de la representación, dando continuidad al proyecto del Grupo de Estudios de Epistemología Psicoanalítica de la SPPA de reflexionar acerca de los conceptos fundamentales del psicoanálisis a la luz del cambio de las ciencias en el sentido del paradigma de la complejidad y la manera como el pensamiento psicoanalítico se inserta en esa perspectiva. Partiendo de una breve revisión de autores psicoanalíticos, pasando por contribuciones de la semiótica y de las ciencias cognitivas, busca discutir problemas hacia la utilización del concepto en la actualidad y proponer modelos posibles para seguir pensando acerca de la representación. Así, son presentados los dos modos de pensar sobre representación y no representación que surgieron de las discusiones: en uno de ellos, se propondría un espectro representacional, aboliendo la noción de no representación en el psiquismo; en el otro, se mantendría un campo del no representado como una forma de conocer. A pesar de las diferencias, ambos tienen en común el hecho de intentaren desvincularse de la noción cartesiana de representación, en la que hay un mundo externo listo a ser representado, buscando un modelo en que el mundo que conocemos es visto como resultado de la enacción del sujeto que conoce, con su estructura particular y en congruencia con su entorno. El trabajo de representación es fundamental para la organización del conocimiento, pero lo que buscamos resaltar es la centralidad, en la sesión analítica, del conocimiento todavía desconocido, construido momento a momento entre analista y paciente. Una noción más fácil de asimilar en teoría que en la práctica clínica, ya que nos aleja de la seguridad del conocido y organizado, pero que es esencial para la creatividad del trabajo analítico


Subject(s)
Humans , Male , Female , Cognition , Perception/ethics , Psychoanalysis/ethics , Comprehension/ethics , Concept Formation , Psychoanalysis/methods
3.
Rev. Bras. Psicoter. (Online) ; 15(3): 18-27, 2013.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-847702

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: Nossas convicções teóricas e técnicas influenciarão, estejamos conscientes disso ou não, nosso parecer sobre a pessoa que busca nosso atendimento. Sendo assim, estarmos atentos às possibilidades, mas também aos limites inevitavelmente impostos pela posição a partir da qual pensamos nossos pacientes, pode contribuir para uma aproximação mais abrangente de seu sofrimento. Essa constatação levou a autora a pensar em como conhecer ou conhecer melhor o modelo de mente, o paradigma a partir do qual escutamos os pacientes. OBJETIVOS: Conhecer o modelo de mente com que nos aproximamos dos pacientes em nosso meio. A autora acredita que, conhecendo melhor nosso paradigma estruturante, estaremos mais alertas para possíveis erros em nossa escuta. MATERIAL E MÉTODO: Foi encaminhada a 28 psiquiatras uma questão, via e-mail: "qual é sua concepção de mente em psiquiatria?". RESULTADO/CONCLUSÕES: Na maioria dos textos dos colegas, de qualquer formação e momento do desenvolvimento profissional, há referência à necessidade de escutar o paciente e atendê-lo buscando aliviar seu sofrimento, levando em conta a complexidade do encontro com esse ser humano que nos busca. Evidencia-se uma concordância quanto à centralidade da questão mente/cérebro na aproximação do tema. Nas respostas verifica-se o predomínio de uma noção de modelo "plural", "complexo", "múltiplo", "da relação mente/cérebro", "não excludente". Encontram-se divergências e invariâncias nos posicionamentos dos sujeitos. As invariâncias dizem respeito à interação, multiplicidade, desenvolvimento, incompletude como inevitáveis em nossa prática e teorizações a partir desta.(AU)


INTRODUCTION: Our theories and techniques theoretical and technical convictions will structure our evaluation of the person who comes for help. This will happen whether we are being us aware of it or not. So it is important to try to be as much aware as possible of these inner factors. as possible. OBJECTIVES: To understand the mind model model of mind by with which we approach the patients in our environment. The author believes that the more aware we are of our structuring paradigm the more capable we are of perceiving possible errors in our listening to the patient. MATERIAL AND METHODS: A question was sent via email to 28 psychiatrists, "what is your model of mind model in psychiatry?". RESULTS/CONCLUSIONS In all the answers, whatever the colleague's formation or moment of professional development, there is a reference to the necessity of listening to the patient and treating him for the relief of his suffering, taking into consideration the complexity of the meeting with this human being that is searching seeking for us. In the answers there is an agreement about the centrality of the issue mind/brain in approaching the theme. In the answers prevails a notion of a "plural", "complex", "multiple", "of the mind/brain relation", "not excluding" model. Divergences and invariables appear in the ideas of the subjects. The invariables points to the interaction, multiplicity, development, uncompleted, as inevitable in our practice and theorization from that practice.


Subject(s)
Psychotherapy/ethics , Theory of Mind
4.
Rev. Bras. Psicoter. (Online) ; 15(3): 99-108, 2013.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-847752

ABSTRACT

O que o paciente conta é a versão do fato vivenciado que lhe é acessível, a resultante da complexa vivência de um acontecimento e das emoções desencadeadas por essa vivência, inevitavelmente tecidas de acordo com as características de personalidade do paciente, sua história pessoal e o momento em que o fato é contado. A partir dessa concepção, a autora procura refletir sobre a difícil questão da realidade ("fática") na história do indivíduo e na prática da clínica psicanalítica e psicoterápica de orientação psicanalítica. A autora buscou publicações da produção local sobre o tema. Os conceitos relativos à "história" são examinados à luz de noções do historiador Ignacio Lewkowicz. A autora utiliza algumas situações de sua prática clínica como eixos organizadores de seu pensamento. O que é estudado aqui não são aspectos específicos de cada paciente, mas acontecimentos do campo psicoterápico que permitem pensar a questão do objetivo/subjetivo em tratamentos psicodinâmicos. Aspecto essencial do "fato" em psicoterapia de orientação analítica e em psicanálise diz respeito ao que acontece no encontro, no campo, na relação paciente/terapeuta. Do entretecer e articular dos "fatos" vai sendo construída a história do indivíduo. O tratamento psicodinamicamente orientado visa a ampliar a capacidade do indivíduo de perceber suas limitações em relação a essas possibilidades infinitas de articulações que o tornam um ser único, com uma história própria. É nesse encontro terapêutico que as versões imobilizadoras, resultantes de versões únicas, excludentes, podem ser reconhecidas e questionadas. O trabalho psicodinâmico pode se constituir em um segundo momento, compartilhado, que age sobre as versões impeditivas, abrindo possibilidades de pensar de outra maneira os "fatos" antes inquestionáveis para, com isso, construir a possibilidade de acontecer história onde acontecia repetição.(AU)


What the patient tells is the version of the fact lived through, accessible to him, the result of the complex experience of an event and the emotions triggered by this experience, inevitably woven according to the characteristics of the patient's personality, his personal history and the moment the fact is told. Based on this concept, the author seeks to reflect on the difficult question of reality ("factual") of the history of the individual and the practice of psychoanalytic clinic and psychoanalytically oriented psychotherapy. The author sough for publications of the local production on the topic. The concepts relating to "history" are examined in the light of notions of the historian Ignacio Lewkowicz. The author uses some situations of her clinical practice as organizer axes of her thought. What is studied here are not specific aspects of each patient, but events of the psychotherapeutic field for considering the question of the objective / subjective in psychodynamic treatments. Essential aspect of the "fact" in psychoanalytic psychotherapy and psychoanalysis with regard to what happens at the meeting, in the field, in the patient / therapist relationship. From the interweaving and articulating of the "facts" the history of the individual begins to be constructed. The psycho-dynamically oriented approach aims to increase the individual's ability to perceive his limitations in relation to those infinite possibilities of articulation that make him an unique being with his own history. It is in this therapeutic encounter that the immobilizing versions, resulting from single, excluding versions, can be recognized and challenged. The psychodynamic work may constitute, in a second stage, shared, that acts on impeditive versions, opening up possibilities for thinking in another way "facts", that before were unquestionable, to thereby construct the possibility of history taking place, where repetition took place.(AU)


Subject(s)
History , Psychoanalytic Interpretation , Psychotherapy
5.
Rev. psicanal ; 19(3): 567-583, dez. 2012.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-836456

ABSTRACT

Cada processo psicanalítico é, em si mesmo, uma história. Que tem a peculiaridade de dedicar-se a encontrar, com o paciente, a história deste desde seu próprio ponto de vista. Na história de cada psicanálise de criança existem algumas peculiaridades, especificidades técnicas impostas pelas condições da faixa etária. Como se constrói na mente do analista a escuta geradora de sentido? Certamente essa é uma questão sem resposta absoluta ou última. Neste trabalho procuro refletir sobre alguns aspectos dessa construção. Sugiro que vivências oriundas das múltiplas fontes do campo da psicanálise de crianças podem ser utilizadas na busca de entendimento da construção dessa escuta tão específica. A partir de vivências clínicas com três crianças busco pensar a escuta psicanalítica que constrói meu entendimento e o que comunico – verbalmente ou não - a meus pacientes. Uma peculiaridade do tratamento de crianças é que trabalhamos com os outros de nossos pacientes não apenas como objetos internos, como é comum na análise de adultos, mas também como objetos presentes no campo. Neste trabalho sugiro que, respeitados os inevitáveis limites de nossa competência, a complexidade de encontros na psicanálise de crianças pode ser inspiradora, contribuindo para a compreensão do paciente, enriquecendo a história do próprio processo, ampliando as interpretações possíveis e podendo nos ensinar sobre a especificidade da escuta que estrutura nosso encontro psicanalítico com os pacientes, seja qual for sua idade.


Each psychoanalytical process is, in itself, a story. Story which has the peculiarity of dedicating itself to find, along with the patient, his/her own story from his/her vantage point. In the story of each child’s psychoanalysis, there are some peculiarities, technical specificities, imposed by the conditions of the age group. How is the listening which generates sense constructed in the mind of the analyst? This is certainly a question with no absolute, ultimate answer. In this paper the author intends to reflect upon some aspects of this construction. The author suggests that experiences from many sources of the field of child psychoanalysis may be used in the search to understand the construction of this listening, which is so peculiar. Using clinical experiences with three children, the author intends to think further the psychoanalytical listening which constructs her understanding and what she communicates – orally or not – to her patients. A peculiarity in treating children is that we work with our patients others not only as internal objects, common in adults analysis, but also as objects present in the field. In this paper, the author suggests that, respected the unavoidable thresholds of our competence, the complexity of encounters in child psychoanalysis may be inspiring, contributing for the understanding of the patient, enriching the story of the process itself, broadening the possible interpretations, and teaching us about the specificity of listening which structures our psychoanalytical encounter with the patients, no matter what age they are.


Cada proceso psicoanalítico es, en sí mismo, una historia. Que tiene la peculiaridad de dedicarse a encontrar, con el paciente, su historia desde su propio punto de vista. En la historia de cada psicoanálisis de niño existen algunas peculiaridades, especificidades técnicas impuestas por las condiciones de la faja de edad. ¿Cómo se construye en la mente del analista la escucha generadora de sentido? Seguramente esa es una pregunta sin respuesta absoluta o última. En este trabajo, busco reflexionar acerca de algunos aspectos de esa construcción. Sugiero que vivencias oriundas de las múltiples fuentes del campo del psicoanálisis de niños se puedan utilizar en la búsqueda de entendimiento de la construcción de esa escucha tan específica. A partir de vivencias clínicas con tres niños, busco pensar la escucha psicoanalítica que construye mi entendimiento y lo que comunico – verbalmente o no – a mis pacientes. Una peculiaridad del tratamiento de niños es que trabajamos con los otros de nuestros pacientes no apenas como objetos internos, como es común en el análisis de adultos, sino como objetos presentes en el campo. En este trabajo sugiero que, respetados los inevitables límites de nuestra competencia, la complejidad de encuentros en el psicoanálisis de niños puede ser inspiradora, contribuyendo a la comprensión del paciente, enriqueciendo la historia del proceso, ampliando las interpretaciones posibles y pudiendo enseñarnos acerca de la especificidad de la escucha que estructura nuestro encuentro psicoanalítico con los pacientes, sea cual fuere su edad.


Subject(s)
Child, Preschool , Child , Countertransference , Narration , Psychoanalytic Therapy
6.
Rev. psicanal ; 18(2): 397-416, ago. 2011.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-685710

ABSTRACT

O contato com o inconsciente, com a dor, não é fácil com nenhum paciente e, muitas vezes, usamos medidas defensivas contra o encontro psicanalítico, tão sofrido. Com crianças, talvez, isso se manifeste em certa dificuldade de acreditar na força do inconsciente na determinação de suas ações, das interações, do sentido atribuído a suas vivências. Escutar uma criança desde o vértice psicanalítico impõe o reconhecimento dessa força com que são capazes de nos atingir, ao mesmo tempo em que é essa comunicação entre inconscientes que possibilita acreditar nas possibilidades do instrumento analítico com esses pacientes. Recursos técnicos diversificados são necessários para que as formas de comunicação possíveis às crianças se tornem acessíveis à escuta analítica. A autora postula ser essa escuta o que constrói e possibilita o trabalho psicanalítico, também, com esses pacientes específicos. Neste artigo estuda-se o tema através do processo analítico com uma menina que iniciou sua psicanálise com menos de seis anos e que desencadeava intensos sentimentos de ódio, de desespero e de obstaculização


Defensive manoeuvres against the painful psychoanalytic encounter are often used because of the difficulties in contacting the unconscious of any patient. With children, this may be expressed in some resistance to believe the unconscious strength in the determination of their acts, interactions, meaning attributed to their existence. Listening to a child from the psychoanalytic vertex entails the recognition of the strength with which they can reach us, but it is this unconscious communication that allows us to believe in the possibilities of the analytic instruments with these patients. Different technical resources are necessary to make children’s ways of communication accessible to the psychoanalytic listening. The author postulates that it is this listening that builds and makes possible the psychoanalytic work even with these specific patients. This paper studies the theme through the analytic process of a little girl who initiated her analysis when she was less than six years old and was capable of provoking intense feelings of hate, despair and hindering on the analyst


El contacto con el inconsciente, con el dolor, no es fácil con ningún paciente y muchas veces usamos medidas defensivas contra el encuentro psicoanalítico, tan sufrido. Con niños, tal vez esto se manifieste en determinada dificultad para creer en la fuerza del inconsciente en la determinación de sus acciones, interacciones, del sentido atribuido a sus vivencias. Escuchar a un niño desde el vértice psicoanalítico impone el reconocimiento de esa fuerza con que son capaces de afectarnos, al mismo tiempo que es esa comunicación entre inconscientes que posibilita creer en las posibilidades del instrumento analítico con esos pacientes. Recursos técnicos diversificados son necesarios para que las formas de comunicación posibles a los niños se vuelvan accesibles a la escucha analítica. La autora postula ser esa escucha lo que construye y posibilita el trabajo psicoanalítico también con esos pacientes específicos. En este artículo estudia el tema a través del proceso analítico con una niña que inició su psicoanálisis con menos de seis años y que desencadenaba intensos sentimientos de odio, desesperación y obstaculización


Subject(s)
Humans , Child , Psychoanalysis , Countertransference , Drawing , Unconscious, Psychology , Hate , Transference, Psychology
7.
Rev. bras. psicoter ; 12(1): 118-129, 2010.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-661753

ABSTRACT

Os autores apresentam a evolução de um trabalho inovador que um grupo de psicanalistas da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA) está realizando com as Escolas de Educação Infantil Conveniadas da Secretaria Municipal de Educação (SMED). Discutem o modelo de trabalho, com suas principais características , formas de abordagem e a evolução do mesmo ao longo dos quatro anos em que as atividades vêm sendo desenvolvidas. Destacam a construção de um modelo de interação entre psicanalistas e educadores diferente daquele da consultoria escolar tradicional. Portem da hipótese de que intervenção primária na infância pode ser realizada também capacitando os profissionais que se ocupam das crianças nos seus primeiros anos. Tratando-se de comunidades que apresentam alto grau de vulnerabilidade social, tem sido fundamental a discussão permanente com um consultor da área do serviço social com larga experiência no trabalho com estas comunidades. A ênfase tem sido dada na discussão em pequenos grupos para que vivências possam ser compartilhadas com o propósito de criar um espaço de reflexão.


The authors present the evolution of an innovative work which is being developed by a group of psychoanalysts from the Porto Alegre Psychoanalytical Society (SPPA) among the staff of nursery schools associated with the City Department of Education (SMED). The type of work, its main characteristics, approaches and evolution throughout the four years of implementation are discussed. The construction of a different model of interaction between psychoanalysts and educators is emphasized. They start with the assumption that the primary intervention in childhood can be accomplished by training the professionals who deal with children in their first years. Ongoing discussions with Social Service consultant who has long experience in working with communities with high level of social vulnerability have been essential to this process. Discussions in small groups that enable the sharing of experience have been strengthened to make possible the construction of a space for reflection.


Subject(s)
Child , Child Rearing , Faculty , Psychoanalysis
8.
Rev. bras. psicoter ; 12(1): 56-70, 2010.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-661757

ABSTRACT

A autora objetiva, com este trabalho, realizar um leitura psicodinamicamente embasada da obra O Perfume, de Patrick Süskind, utilizando seu personagem principal para evocar diferentes vértices teóricos da psicanálise, em busca de possíveis modos de compreender seu desenvolvimento psíquico, e como este o impulsionou a ser um assassino, partindo da privação materna que vivenciou. Crê que este exercício seja similar ao esforço feito pelo terapeuta em busca da compreensão de seu paciente.


The author aims to perform a psychodinamically oriented reading of the work The Perfume, from Patrick Süskind, using the main character to evocate different theoritical vortexes of psychoanalysis and searching for possible ways to understand his pyschic development and how it pushed him into being a murderer, starting from the maternal deprivation experienced by him. The author believes that this exercise is similar to the effort made by the therapist when seeking to understand his/her patient.


Subject(s)
Humans , Infant, Newborn , Infant , Adult , Maternal Deprivation , Personality Disorders , Psychoanalysis
9.
Rev. bras. psicoter ; 11(2): 196-206, 2009.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-661749

ABSTRACT

A partir da experiência clinica de muitos anos, as autoras procuram refletir sobre o que mudou e o que não mudou em sua forma de trabalhar em psicoterapia de orientação analítica. Procuram descrever como concebem atualmente esse tratamento, levando em conta todos esses anos de trabalho clínico, de estudo, de trocas com colegas e de experiência de ensino. Concluem afirmando que não abririam mão do exercício dessa técnica.


Based on their many years of clinical experience, the authors reflect on what has changed and what has not changed in their way of workin with psychoanalytic psychotherapy. They seek to describe how to conceive this treatment currently, taking into consideration all these years of clinical work, study, exchange with colleagues and also their teaching experience. In their conclusion, the authors assert that they would never forgo making use of this technique.


Subject(s)
Psychotherapy , Psychotherapy/education , Psychotherapy/methods
10.
Rev. bras. psicoter ; 9(1): 94-105, dez. 2007.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-508745

ABSTRACT

A partir do relato de um caso em que a realidade externa invadiu violentamente a vida de um menino, a autora reflete sobre o alcance e os limites da psicoterapia de orientação analítica e da psicanálise nesses casos. O impacto da situação na mente do terapeuta foi de tal intensidade, que possibilitou algum entendimento do que fora vivido pelo menino. Em situações traumáticas como a descrita, a abordagem psicanalítica possibilita uma vivência emocional que cria condições para a mente retomar sua capacidade de gerar significados, de simbolizar, que fora rompida pelo evento traumático. Esse tecer numa rede de significados abre caminho para o paciente dar representação ao que era irrepresentável, restabelecer sua história em constante construção, retomar uma mente que simboliza e, portanto, elaborar e criar constantemente. A autora sugere que o estudo criterioso de casos tão dramáticos como esse nos permitiria entender melhor os alcances e limites do método psicanalítico, ampliando nosso conhecimento dos fatores de mudança psíquica, o que contribuiria para o aprimoramento de nossa capacidade diagnóstica e para as indicações de tratamento


Based on a case report in which external reality has violently invaded a boy’s life, the author reflects on the scope and limits of the psychoanalytic psychotherapy and psychoanalysis in such cases. The impact of this situation on the therapist’s mind was so intense that it was possible for the therapist to have some understanding of what the boy had experienced. In such traumatic situations, the psychoanalytic approach gives the opportunity for the arrival of an emotional experience that gives the mind conditions to recreate its capacity to generate meanings, to symbolize – elements which have been broken due to the traumatic situation. This net of meanings opens a way to the patient and allows him to represent what has once been impossible to represent, to reestablish his story construction in a continuous development, to regain the possibility of a symbolizing mind, therefore, to be able to elaborate and be creative again. The author proposes that the thorough study of such dramatic cases would allow us to understand better the scope and limits of the psychoanalytic method, enhancing our knowledge of the psychic chancing factors, which would contribute to the improvement of our diagnosis capacity and also towards treatment indications


Subject(s)
Countertransference , Psychoanalysis , Psychotherapy
11.
Rev. bras. psicoter ; 3(3): 291-297, set. 2001.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-351066

ABSTRACT

A partir de um caso clínico, a autora examina as múltiplas possibilidades de aproximação de um paciente, dependendo do vértice teórico-técnico do terapeuta. Procura ressaltar a responsabilidade que temos em adequar a indicação às necessidades do paciente e não à instrumentação do terapeuta, destacando a importância de trocas entre colegas de orientações diversas. Enfatiza que a meta do tratamento psicoterápico, mais especificamente o de orientação psicanalítica em que trabalha predominantemente, não deveria ser somente buscar aliviar o paciente de seu sofrimento e limitações, mas também procurar ampliar sua possibilidade de "se ouvir", de ter flexibilidade na utilização de seus próprios recursos e de lidar com a vida cotidiana, em seus prazeres e frustrações, sem perder a capacidade de se encantar, de pensar e de se relacionar


Subject(s)
Humans , Adult , Psychotherapy , Psychoanalytic Therapy/methods
13.
Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul ; 18(3): 321-7, set.-dez. 1996.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-198382

ABSTRACT

A autora ressalta a abrangência da sexualidade ilustrada a partir de um caso de psicoterapia de uma criança e de uma jovem mulher. A seguir considera a centralidade do complexo de Édipo no desenvolvimento psicológico normal e patológico


Subject(s)
Humans , Female , Child , Adult , Sexuality/psychology , Oedipus Complex , Psychoanalytic Therapy/methods
14.
Rev. ABP-APAL ; 10(4): 141-5, out.-dez. 1988.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-81251

ABSTRACT

A autora descreve o atendimento, em psicoterapia, de Ricardo, cinco anos de idade, com um quadro depressivo grave. Apresentava, inclusive, tentativas de suicídio, que passavam despercebidas, consideradas "acidentes". Com base na evoluçäo do menino no tratamento, procura demonstrar características da depressäo na infância e possibilidades de abordagem. A ligaçäo do paciente como a terapeuta e a oportunidade de, por este veículo, fazer um trabalho de reconstruçäo säo fatores decisivos na melhora do menino


Subject(s)
Child, Preschool , Humans , Male , Depressive Disorder/therapy , Professional-Patient Relations , Psychotherapy , Psychology, Child
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL