ABSTRACT
OBJETIVO: avaliar a resposta ovariana de pacientes más respondedoras submetidas ao método da bromocriptina. MÉTODOS: foi realizado estudo prospectivo com 10 pacientes más respondedoras em programa de fertilização in vitro. Pacientes endocrinologicamente normais com menos de 38 anos de idade, que apresentaram ciclos anteriores de má resposta a hiperestimulação ovariana controlada, foram submetidas a 12 ciclos com o método da bromocriptina. O referido método utilizou a bromocriptina, um agonista dopaminérgico, no ciclo precedente com a finalidade de bloquear a produção da prolactina. Ao interromper a medicação no início do ciclo de hiperestimulação ovariana conseguiu-se um efeito rebote da prolactina que otimizou a sua concentração sérica, melhorando a qualidade dos oócitos e embriões. Foram analisadas as concentrações séricas de prolactina e estradiol, o número de folículos produzidos, o número e a qualidade dos oócitos captados e embriões clivados e as taxas de fertilização e gravidez. RESULTADOS: foi observada redução na quantidade de ampolas de gonadotrofinas utilizadas, nos dias de indução, melhora no recrutamento folicular, na captação de oócitos, na morfologia dos embriões e nas taxas de fertilização e gravidez. A taxa de fertilização foi de 77,7 por cento, a taxa de gravidez 44,4 por cento e a taxa de bebê em casa de 25 por cento. CONCLUSÕES: este estudo sugere que o método da bromocriptina melhora o recrutamento folicular e o desenvolvimento embrionário, resultando em aumento da taxa de fertilização e gravidez em pacientes más respondedoras quando comparado com o esquema tradicional de hiperestimulação ovariana. Estudos com maior casuística controlada são necessários para se confirmarem os dados aqui encontrados.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Bromocriptine , Fertilization in Vitro , Infertility, Female , Ovarian Hyperstimulation SyndromeABSTRACT
OBJETIVO: avaliar três sistemas de escore embrionário para embriöes de 3º dia e correlacioná-los com resultados positivos da técnica de fertilizaçäo in vitro. MÉTODO: estudo retrospectivo desenvolvido pelo programa de fertilizaçäo in vitro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeiräo Preto - USP. Foram incluídas 137 pacientes submetidas a fertilizaçäo in vitro e transferência de 439 embriöes. Os principais resultados avaliados foram taxa de gravidez e taxa de implantaçäo. RESULTADOS: nos três métodos observou-se diferença significativa no escore embrionário entre o grupo de grávidas (n=53) e näo grávidas (n=84) (p<0,0001). No escore 1, avaliando-se apenas o número de células, observou-se maior taxa de gravidez (70 por cento) e taxa de implantaçäo (42 por cento) nas transferências de embriöes com média dos blastômeros acima de 8. O escore 2, baseado num escore total de quatro pontos (clivagem, número de blastômeros, fragmentaçäo e simetria), mostrou aumento nas taxas de gravidez (52,8 por cento) e implantaçäo (31 por cento) nos escores acima de 2. No escore 3, baseado no número de células e no grau morfológico, também as taxas de gravidez e de implantaçäo elevaram-se de acordo com o aumento do escore médio dos embriöes transferidos. CONCLUSÄO: Os três sistemas de escore avaliados em embriöes de 3º dia, correlacionaram-se positivamente com taxa de gravidez e taxa de implantaçäo
Subject(s)
Humans , Male , Female , Pregnancy , Adult , Embryonic Structures/cytology , Embryo Transfer , Fertilization in Vitro , Cell Count , PrognosisABSTRACT
O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo comparativo através da análise da sensibilidade e especificidade entre métodos utilizados para avaliar a cavidade uterina. Foi realizado um estudo prospectivo para a investigação da cavidade uterina com a histerossonografia e a histeroscopia (padrão ouro) em 30 pacientes. Todas as pacientes apresentavam suspeita de alterações da cavidade uterina. As principais indicações para a investigação foram: distúrbios do ciclo menstrual sangramento pós-menopausa, e alterações observadas em exames ultra-sonográficos sugestivas de pólipos, miomas, e/ou espessamento endometrial. A sensibilidade da histerossonografia foi de 94,4 por cento e a especificidade 83,3 por cento, quando comparadas à histeroscopia. O valor preditivo positivo foi de 89,4 por cento e o negativo 90,9 por cento. A histerossonografia mostrou ser um bom método alternativo para a avaliação da cavidade uterina permitindo a triagem das pacientes candidatadas a realização de uma histeroscopia diagnóstica ou cirúrgica.
Subject(s)
Hysteroscopy , Ultrasonography , Uterus , Uterus/pathologyABSTRACT
O tumor não trofoblástico placentário encontrado com maior freqüência é o corioangioma, com incidência de aproximadamente 1 por cento. Quando são pequenos, geralmente não levam a alterações fetais, mas quando são grandes, podem levar a restrição de crescimento intra-útero, poliidrâmnio, trabalho de parto prematuro, insuficiência cardíaca congestiva e morte fetal. Os autores relatam um caso de corioangioma em uma paciente de 28 anos, diagnosticado em exame ultra-sonográfico de rotina, com idade gestacional de 32 semanas. O diagnóstico foi confirmado pelo exame anatomopatológico. As avaliações ultra-sonográficas revelaram a presença de sofrimento fetal crônico, que levou à interrupção da gestação com 36 semanas. Os resultados neonatais foram satisfatórios, com Apgar de 9-10 e peso fetal de 2.460 gramas
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Adult , Hemangioma , Placenta , Ultrasonography, Prenatal , Pregnancy ComplicationsABSTRACT
Avaliar os resultados da ICSI em um serviço público universitário no tratamento da infertilidade conjugal. Estudo retrospectivo de 238 ciclos de ICSI de 214 pacientes, realizados de julho de 1998 a julho de 2001. Foram obtidos 1.925 oócitos, destes 1.410 (73,25 por cento) encontrava-se em MII. As perdas oocitárias na ICSI, que no primeiro ano foram de 9,84 por cento (37 oócitos) reduziram-se a 2,05 por cento (18 oócitos) no terceiro ano. As taxas de fertilizaçäo aumentaram significativamente de 20,94 por cento no primeiro ano para 57,49 por cento no terceiro ano (p<0,001). Näo ocorreram mudanças com relaçäo às taxas de implantaçäo, com valores próximos a 13,5 por cento. A porcentagem de ciclos em que näo houve transferência embrionária diminui de 27,08 por cento (13 ciclos) para 8,47 por cento (10 ciclos) no terceiro ano. Dos embriöes que resultaram em gravidez 80 por cento embriöes de boa qualidade. As taxas de gravidez por transferência foram respectivamente de 20 por cento e 24,07 por cento, no primeiro ano e terceiro ano da ICSI. As gestaçöes múltiplas aumentaram de 20 por cento para 46,2 por cento no último ano analisado. A implantaçäo de um programa de ICSI tem dificuldades em seu início, especialmente em um Serviço Público. Entretanto, o aprendizado propiciou um aumento das taxas de fertilizaçäo e as melhorias técnicas da ICSI.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Hospitals, University , Infertility , Sperm Injections, Intracytoplasmic , PregnancyABSTRACT
Objetivo: avaliar a reserva ovariana por meio da dosagem do FSH no 3º dia do ciclo menstrual, comparando-o com o teste do clomifeno, e correlacionar os resultados com a resposta ovariana à hiperestimulação controlada com gonadotrofinas para a fertilização in vitro. Métodos: foram selecionadas 49 pacientes com idade superior a 30 anos que apresentavam quadro clínico de infertilidade há pelo menos 1 ano. Foi realizada avaliação da reserva ovariana destas pacientes pelo teste do citrato de clomifeno. Posteriormente, 26 das 49 pacientes foram submetidas à hiperestimulação ovariana controlada com gonadotrofinas. Destas 26 pacientes, 18 tiveram boa resposta à hiperestimulação ovariana e 8, má resposta. Foram calculadas as médias e os desvios-padrão referentes aos valores do FSH do 3º dia, do 10º dia e do somatório de ambos, no grupo das pacientes que responderam favoravelmente à estimulação ovariana. Posteriormente foi realizada a correlação dos valores obtidos com a resposta ovariana após a estimulação dos ovários com gonadotrofinas. Resultados: empregando-se a dosagem do FSH no 10º dia (média somada a 2 desvios-padräo) com valor >16,1 UI/mL para predizer a má resposta ovariana ao teste do clomifeno, observaram-se sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivo e negativo de 50, 100, 100 e 81,8 por cento, respectivamente. Considerando-se o teste do clomifeno positivo quando o valor do somatório das dosagens do FSH do 3º e do 10º dia somado a dois desvios-padrão foi > 22,6 UI/mL, obtiveram-se sensibilidade de 62,5 por cento, especificidade de 100 por cento, valor preditivo positivo de 100 por cento e valor preditivo negativo de 85,7 por cento . O uso da dosagem única do FSH no 3º dia do ciclo acima de 10 UI/mL para predizer a má resposta ovariana mostrou sensibilidade de 87 por cento, especificidade de 100 por cento, valor preditivo positivo de 100 por cento e valor preditivo negativo de 94,7 por cento. Conclusão: no presente estudo, a dosagem única do FSH no 3º dia do ciclo apresentou maior sensibilidade quando comparada ao teste do clomifeno para a avaliação da reserva ovariana
Subject(s)
Humans , Male , Adult , Infertility , Oocytes , Fertilization in Vitro , Ovulation InductionABSTRACT
Determinar a correlaçäo entre o volume ovariano medido pela ultra-sonografia transvaginal (USTV) com o cancelamento da induçäo da ovulaçäo nos ciclos de fertilizaçäo in vitro (FIV) devido à má resposta. Estudamos a resposta de 117 pacientes submetidas a induçäo da ovulaçäo para FIV. As pacientes foram divididas em dois grupos: Grupo I = volume ovariano < 3cm cubicos e Grupo II = volume ovariano >ò 3cm cubicos. As pacientes do grupo I obtiveram uma maior taxa de cancelamento da induçäo da ovulaçäo devido a má resposta (52 por cento) que as pacientes do grupo II (21 por cento) (p<0,001). As pacientes do grupo I tiveram menor número de folículos recrutados (4,66) que a do grupo II (9,5) (P<0,01). Näo houve diferença estatisticamente significativa entre idade, número de dias de induçäo da ovulaçäo e número de ampolas de gonadotrofinas utilizadas. Nossos resultados sugerem uma importante associaçäo da reserva ovariana com o volume ovariano. Os ovários com dimensöes < 3cm cubicos de volume estäo associados ao maior índice de cancelamento da induçäo da ovulaçäo devido à má resposta.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Fertilization in Vitro/methods , Ovulation Induction/adverse effects , Ovulation Induction/statistics & numerical data , Predictive Value of Tests , Gonadotropins , InfertilityABSTRACT
Na tentativa de mimetizar a foliculogênese, os protocolos de estimulaçäo ovariana para induçäo da ovulaçäo utilizam gonadotrofinas (LH e FSH) a fim de promover super ovulaçäo. Com a introduçäo de preparaçöes farmacológicas isentas de LH, a quantidade e a importância de LH para uma ótima estimulaçäo folicular têm se tornado tópico de debate. O presente trabalho tem por objetivo realizar uma breve revisäo sobre o papel das gonadotrofinas e dos estrogênios na induçäo da ovulaçäo. Säo discutidos estudos que utilizaram preparaçöes com e sem LH para induçäo da ovulaçäo. Conclui-se que säo necessários mais estudos clínicos controlados para uma definiçäo conclusiva do papel do LH na foliculogênese normal e na induçäo farmacológica da ovulaçäo.
Subject(s)
Humans , Female , Estrogens/pharmacology , Ovarian Follicle/physiology , Follicle Stimulating Hormone , Gonadotropins , Ovulation Induction/methods , Luteinizing Hormone , Ovulation/physiology , Kallmann Syndrome , Oocytes , Polycystic Ovary SyndromeABSTRACT
A ocorrencia de prenhez ectópica tem se tornado mais freqüente com desenvolvimento das técnicas de reproduçäo assistida (RA). Tendo como objetivo determinar a incidência de prenhez ectópica após procedimentos de fertilizaçäo in vitro (FIV) e estabelecer uma correlaçäo com os fatores de risco identificados. Foi realizado um estudo retrospectivo de 78 gestaçöes clinicamente estabelicidas, resultantes de procedimentos de FIV, realizados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeiräo Preto durante o período de janeiro de 1995 a agosto de 1999. Os casos de prenhez ectópica foram analisados individualmente, na tentativa de identificar fatores de risco, como: cirurgia tubária, antecedente de doença inflamatória pélvica, hidrossalpinge, prenhez ectópica prévia e aderências pélvicas, entre outros. A incidência de prenhez ectópica no período considerado foi de 7,7 por cento em relaçäo ao total de gravidezes clínicas decorrentes de FIV. As patologias tubárias representaram o principal fator de risco identificado (83,3 por cento), destacando-se a ocorrência de hidrossalpinge (50 por cento), aderências pélvicas (50 por cento), antecedente de cirurgia tubária (50 por cento) e episódio prévio de prenhez ectópica (33,3 por cento). O tratamento das pacientes envolveu a salpingectomia na maioria dos casos (66,6 por cento). Os autores enfatizam que a realizaçäo de salpingectomia bilateral previamente ao ciclo de FIV näo proporciona proteçäo absoluta contra a ocorrência de prenhez ectópica, especialmente as formas raras de prenhez intersticial e cornual.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Pregnancy , Fertilization in Vitro , Pregnancy, Ectopic/epidemiology , Risk Factors , SalpingitisABSTRACT
Objetivo: realizar um estudo comparativo entre os métodos utilizados para avaliar a cavidade uterina por meio da análise da sensibilidade e especificidade da histerografia e da histerossonografia, comparadas com a histeroscopia (padrão ouro). Métodos: foi realizado um estudo prospectivo para a investigação da cavidade uterina com a histerografia, a histerossonografia e a histeroscopia em 18 pacientes. Todas as pacientes apresentavam suspeita de anomalias da cavidade uterina. As principais indicações para a investigação foram: distúrbios do ciclo menstrual, sangramento pós-menopausa e alterações observadas em exames ultra-sonográficos sugestivas de pólipos, miomas e/ou espessamento endometrial. Resultados: a sensibilidade da histerossonografia foi de 90 por cento e a especificidade 87,5 por cento, quando comparadas à histeroscopia. O valor preditivo positivo foi de 90 por cento e o negativo 87,5 por cento. A histerografia, por sua vez, apresentou sensibilidade de 70 por cento, especificidade de 75 por cento, valor preditivo positivo de 77,7 por cento e valor preditivo negativo de 75 por cento. Conclusão: a histerossonografia parece ser um bom método alternativo para a avaliação da cavidade uterina, identificando algumas lesões não observadas à ultra-sonografia convencional ou à histerografia, e permitindo a triagem das pacientes candidatas à realização de uma histeroscopia diagnóstica ou cirúrgica. A histerografia apresentou resultados inferiores à histerossonografia, e não parece ser de utilidade na triagem das pacientes.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Middle Aged , Diagnostic Techniques, Obstetrical and Gynecological , UterusABSTRACT
INTRODUÇäO: Ainda hoje näo há uma definiçäo universalmente aceita para o conceito de pacientes más respondedoras nas técnicas de reproduçäo assistida. A maioria dos autores concorda que säo pacientes que apresentam uma pequena produçäo de folículos com níveis séricos baixos de estradiol após serem submetidas a um ciclo de estimulaçäo ovariana controlada com gonadotrofinas. MATERIAL E MÉTODOS: Foram selecionadas retrospectivamente no período de janeiro de 1994 a junho de 1998, 47 pacientes que realizaram 59 ciclos de estimulaçäo ovariana controlada com gonadotrofinas e que foram classificadas como más respondedoras, no Setor de Reproduçäo Humana do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeiräo Preto da Universidade de Säo Paulo e avaliado o perfil destas pacientes segundo as características relacionadas ao fenômeno da má resposta. RESULTADOS: A incidência de má resposta em 293 pacientes no período foi de 16 por cento. A média de idade das pacientes foi de 33,34 anos (ñ3,89). O número de tentativas realizadas variou de 1 a 4. O número de ampolas com 75 UI de gonadotrofinas variou de 20 a 51 com média de 27,4 (ñ7,3). A duraçäo da induçäo foi de 5 a 14 dias com média de 7,7 (ñ2,1). Entre os fatores de infertilidade feminina encontramos o fator tubário em 32 casos (68,1 por cento), o peritoneal em 12 casos (25,6 por cento), esterilidade sem causa aparente (ESCA) em 2 casos (4,2 por cento) e outros em 1 caso (2,1 por cento). CONCLUSäO: A incidência de ciclos de má resposta encontrada no ambulatório de infertilidade está de acordo com a descrita na literatura, que varia de 5 a 18 por cento. A diversidade no conceito da paciente má respondedora é uma das responsáveis por essa variaçäo, sendo que com os critérios mais rigorosos em relaçäo a idade, dias de induçäo, número de unidades de gonadotrofinas usadas, e número de folículos produzidos, temos as menores incidências. É preciso tentar prever o fenômeno da má resposta para evitar o desgaste emocional e financeiro destas pacientes e oferecer novos esquemas de estimulaçäo ovariana com melhores resultados.
Subject(s)
Humans , Female , Fertilization in Vitro , Infertility/therapy , Ovulation Induction , Treatment OutcomeABSTRACT
Os procedimentos envolvidos na reproduçäo assistida têm apresentado uma rápida evoluçäo, pois o insucesso destas açöes ocasiona frustraçäo aos casais que apresentam alta expectativa quanto a este tipo de tratamento. Na década passada, a introduçäo dos agonistas de GnRH nos protocolos de estimulaçäo da ovulaçäo para a realizaçäo de FIV constituiu um grande avanço, o que se refletiu em melhores taxas de gravidez. Apesar deste benefício, os agonistas de GnRH podem apresentar alguns efeitos adversos, como a formaçäo de cistos ovarianos funcionais. Isto se deve basicamente ao efeito flare-up que acontece no momento da administraçäo dos agonistas. Tem-se verificado que estes cistos influenciam negativamente a reproduçäo assistida, por isso, nos últimos anos muito trabalho tem sido empreendido na tentavia de prevenir o seu surgimento. A utilizaçäo de progestogênios, por aspiraçäo transvaginal destas estruturas, tem surgido num esforço para contornar este efeito. Desta forma, uma adequada compreensäo de como estes cistos se formam e dos aspectos relativos a prevençäo e tratamento deste problema é útil na utilizaçäo destes medicamentos na reproduçäo assistida.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Fertilization in Vitro , Gonadotropins/agonists , Ovulation Induction/adverse effects , Ovarian Cysts/epidemiology , Ovarian Cysts/etiology , Ovarian Cysts/prevention & controlABSTRACT
OBJETIVO: Comparar a eficácia do FSH puro (Metrodin©) com FSH recombinante (Puregon©). CASUíSTICA E METODOLOGIA: Sete pacientes atendidas no Ambulatório de Esterilidade Conjugal do HCFMRP-USP entre 29 e 39 anos foram submetidas a dois ciclos de induçäo da ovulaçäo (com FSH puro e com FSH recombinante, näo necessariamente nesta ordem, na dose de 200 a 250 UI/dia), onde a própria paciente foi controle dela mesma. Foram avaliados além do custo de cada tratamento, o número de dias de induçäo da ovulaçäo, unidades internacionais (UI) de FSH utilizadas, folículos puncionados (maior ou igual 12 mm), oócitos captados e oócitos fertilizados. RESULTADOS: Näo houve diferença no número de dias da ovulaçäo, no número de folículos puncionados e oócitos captados. Entretanto, quando se utilizou FSH recombinante, uma menor quantidade de mediçäo foi necessária em relaçäo ao FSH puro (1464 UI ñ 284 UI/ciclo e 2014 UI ñ 407 UI/ciclo, respectivamente -p < 0,05) e houve um maior número de oócitos fertilizados (5,14ñ2,2 e 2,28ñ2,16 respectivamente -p < 0,05). CONCLUSöES: Apesar do maior custo do FSH recombinante (FSH recombinante=US$0.85/UI e FSH puro=US$0.55/UI), näo houve diferença entre o custo total dos tratamentos, já que foi necessária uma quantidade menor de medicaçäo para se obter a ovulaçäo quando se usou o FSH recombinante. O achado de um maior número de oócitos fertilizados com o FSH recombinante sugere que ele foi mais eficaz no tratamento da infertilidade conjugal, embora a casuística seja ainda limitada.
Subject(s)
Humans , Female , Embryo Transfer , Fertilization in Vitro , Follicle Stimulating Hormone/administration & dosage , Follicle Stimulating Hormone/therapeutic use , Follicle Stimulating Hormone/urine , Gonadotropins/analysis , Health Care Costs , In Vitro Techniques , Infertility/therapy , Ovulation InductionABSTRACT
Existe um grupo especial de pacientes dentro da fertilizaçäo assistida chamadas de más respondedoras, que apresentam uma resposta diminuída à estimulaçäo ovariana controlada com gonadotrofinas, juntamente com uma baixa taxa de gravidez nestes ciclos. Além do elevado custo financeiro, os resultados desapontadores provocam um desgaste físico e emocional acentuados. Neste trabalho os autores procuram definir esse grupo de pacientes de acordo com a literatura médica mundial, bem como expor os métodos para se tentar prever uma má resposta e as alternativas de tratamento para essas pacientes.
Subject(s)
Humans , Female , Fertilization in Vitro/methods , Gonadotropins/therapeutic use , In Vitro Techniques , Ovulation Induction/methods , Infertility, Female/diagnosis , Infertility, Female/drug therapy , Clomiphene/blood , Estradiol/blood , Follicle Stimulating Hormone/blood , Predictive Value of TestsABSTRACT
RETROSPECTIVA: diversos estudos têm atribuído ao IGF-I a atividade gonadotrófica sobre as células foliculares, exercendo um efeito parácrino na regulaçäo da esteroidogênese. Entretanto, a verdadeira origem do IGF-I encontrado no fluido folicular ovariano permanece obscura. OBJETIVOS: determinar a relaçäo entre as concentraçöes de IGF-I folicular e sérico em 22 pacientes submetidas a fertilizaçäo in vitro. METODOLOGIA: foram avaliadas as concentraçöes de IGF-I no plasma e no fluido folicular de 22 mulheres submetidas a fertilizaçäo in vitro. As amostras foram obtidas na ocasiäo da captaçäo de oócitos e dois dias antes, na ocasiäo da administraçäo de HCG. O IGF-I foi dosado em cada uma das amostras pelo método imunorradiométrico. RESULTADOS: houve correlaçäo dos níveis de IGF-I entre o plasma e o fluido folicular, sugerindo um provável equilíbrio dessa proteína entre os dois compartimentos. CONCLUSöES: esses achados säo condizentes com relatos prévios da literatura e sugerem que a maior parte do IGF-I presente no fluido folicular seja derivado de difusäo a partir do plasma e que a produçäo local desse fator de crescimento no interior do ovário seja pouco expressiva.
Subject(s)
Humans , Female , Fertilization in Vitro/adverse effects , In Vitro Techniques , Insulin-Like Growth Factor I/analysis , Follicular Fluid , Plasma/chemistry , Plasma/drug effects , Chorionic Gonadotropin , Follicular Fluid/chemistry , Oocytes/drug effectsABSTRACT
Objetivo: o objetivo do presente trabalho é apresentar um perfil das pacientes com endometriose, estadio e resultados do tratamento entre as pacientes atentidas no nosso Serviço. Métodos: foram revistos 155 prontuários médicos de pacientes portadoras de endometriose atendidas no período de 1991 a 1996 segundo um protocolo preestabelecido. Resultados: a média de idade das pacientes foi de 31 anos, sendo que a maioria era branca e com ciclos menstruais regulares. Os sintomas mais observados foram dismenorréia, dor pélvica e infertilidade, sendo esses sinais e sintomas de grau leve na maioria dos casos. Os métodos diagnósticos utilizados foram a laparoscopia ou ultra-sonografia. Houve concordância entre a ultra-sonografia e a laparoscopia em 96 por cento das vezes. Em 28 por cento dos casos houve necessidade de realizaçäo de laparotomia para elucidaçäo diagnóstica e/ou tratamento. O achado de endometrioma ocorreu em 37 por cento das vezes e em apenas 74 por cento das biópsias das lesöes houve a confirmaçäo de endometriose pelo estudo anatomopatológico. Houve melhora significativa com o tratamento clínico independente da droga utilizada, com melhora dos sintomas em cerca de 50 por cento delas. Foram realizadas técnicas de fertilizaçäo assistida em 34 pacientes, das quais 80 por cento foram fertilizaçäo in vitro (FIV), com taxa de 27 por cento de gravidez/paciente. Conclusöes: o método diagnóstico de escolha deve ser a laparoscopia, embora a ultra-sonografia apresente um alto índice de concordância. O estudo anatomopatológico das lesöes deve ser utilizado como método auxiliar no diagnóstico, pois ele näo é positivo em todos os casos. O tratamento clínico com reproduçäo assistida é uma boa opçäo retapêutica, principalmente com o uso de FIV.
Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Adult , Middle Aged , Endometriosis , Fertilization in Vitro , Gonadotropin-Releasing Hormone , LaparoscopyABSTRACT
Objetivos: avaliar aspectos clínicos e ultra-sonográficos de tumores pélvicos na pós-menopausa e correlacioná-los com o diagnóstico final. Pacientes e métodos: foram seguidas prospectivamente 36 mulheres menopausadas com diagnóstico de tumor pélvico com avaliaçäo clínica e ultra-sonografia endovaginal. Foi definida conduta de observaçäo com tumores císticos anecóicos e/ou com septo fino único e volume inferior a 50 cmü. Foi realizada a punçäo em tumores com as mesmas características e volume entre 50 e 100 cmü e laparotomia exploradora para os demais casos. O diagnóstico final definiu dois grupos de pacientes: patologia benigma (28) e maligna (8). Resultados: tumores císticos anecóicos com septo fino único säo indicativos de benignidade (p=0,0091), ao passo que a presença de tumor com áreas sólidas (mistos) é indicativa de malignidade (p=0,0024). Ascite correlaciou-se com tumores malignos (p=0,0278). Heterogeidade do tumor, espessamento de cápsula, septaçäo grosseira e vegetaçäo prevalecem nos casos malignos mas sem significância (p>0,05). O volume tumoral é parâmetro indicativo de malignidade com mediana de 82,2 cmü em benignos e 425,5 cmü em malignos (p=0,0048), estabelecendo-se corte em 295 cmü (sensibilidade = 83,3 por cento e especificidade = 85,2 por cento). Com estes critérios todas pacientes com tumores malignos foram submetidas à laparotomia e 11 pacientes com tumores benignos foram tratadas de forma conservadora (39,3 por cento dos casos benignos). Conclusäo: a conduta conservadora é adequada a mulheres com tumores pélvicos de pequeno volume, anecóitos ou com septo fino, sem ascite. A direnciaçäo de tumores complexos e/ou volumosos benignos e malignos necessita de investigaçäo complementar.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Middle Aged , Pelvic Neoplasms , Ovarian Neoplasms , ClimactericABSTRACT
RETROSPECTIVA e OBJETIVOS: a motilidade espermática é um dos pré-requisitos para a obtençäo da fecundaçäo. Este estudo teve a finalidade de avaliar se a adiçäo de pentoxifilina em amostras seminais de indivíduos com oligoastenozoospermia e astenozoospermia apresentam elevaçäo no percentual de espermatozóides com motilidade progressiva e na concentraçäo espermática. CASUISTICA E METODOLOGIA: um total de 15 amostras seminais de indivíduos com oligoastenozoospermia e 25 amostras seminais de indivíduos com astenozoospermia foram submetidas a um Gradiente Descontínuo de Percoll. Ao término do mesmo uma alíquota sofreu adiçäo de meio GPM (Gamete Preparation Medium) puro e outra a adiçäo de meio GPM com pentoxifilina na concentraçäo de 1mg/ml. Foram avaliados os parâmetros, concentraçäo e motilidade progressiva nos tempos zero, 30, 60 e 120 min na Câmara de Makler. RESULTADOS: näo houve diferença em relaçäo às concentraçöes de espermatozóides em ambos os grupos estudados (controle e Pentoxifilina) para os tempos zero, 30, 60 e 120 min tanto nas amostras com Oligoastenozoospermia como nas com Astenozoospermia. Em relaçäo ao percentual de espermatozóides com motilidade progressiva observamos aumento nos tempos 30, 60 e 120 min quando comparamos o controle com a pentoxifilina tanto nas amostras com Oligoastenozoospermia e Astenozoospermia. Com relaçäo aos espermatozóides hiperativados somente as amostras com Astenozoospermia apresentaram aumento significativo quando comparado o controle à pentoxifilina. CONCLUSÖES: a adiçäo de pentoxifilina melhora o percentual de espermatozóides com motilidade progressiva nos indivíduos com Oligoastenozoospermia e Astenozoospermia, enquanto que somente as amostras com Astenozoospermia apresentam incremento com relaçäo aos espermatozóides hiperativados. Näo há alteraçöes das concentraçöes de espermatozóides após a adiçäo da droga nas amostras seminais de ambos os grupos.
Subject(s)
Humans , Male , Adult , Infertility, Male/therapy , Sperm Motility , Pentoxifylline/pharmacology , Analysis of Variance , Oligospermia , Pentoxifylline/therapeutic use , Spermatozoa/drug effects , Reproductive Techniques , Time FactorsABSTRACT
OBJETIVOS: Analisar a evoluçäo a longo prazo de pacientes hiperprolactinêmicas quanto às manifestaçöes clínicas e ao comportamento dos níveis plasmáticos de PRL. CASUISTICA E MÉTODOS: O estudo foi retrospectivo constituído por 50 mulheres portadoras de hiperprolactinemia. As pacientes foram avaliadas através da história clínica, dosagens hormonais, ultra-som e exames radiológicos. O tratamento clínico, quando utilizado, era realizado com agonistas dopaminérgicos. A idade média foi de 30,1 anos e a duraçäo média de seguimento de 43,3 meses. RESULTADOS: Dez pacientes tiveram gravidez durante o seguimento. Quarenta e duas receberam tratamento e 08 näo utilizaram tratamento. Trinta apresentavam hiperprolactinemia funcional e 20 microadenomas no início do estudo. Os níveis de PRL diminuíram significantemente nas pacientes que receberam tratamento. Nestas, duas pacientes apresentaram reduçäo do volume hipofisário, 05 apresentaram normalizaçäo na tomografia computadorizada e 14 estavam sem sintomatologia ao final da pesquisa. NÒo houve diminuiçäo significativa da PRL naquelas que näo receberam tratamento. Destas pacientes, 04 estavam sem sintomatologia ao final do estudo e apenas 01 apresentou aumento da hipófise na última tomografia. A queda da PRL também foi significativa naquelas que tiveram pelo menos uma gravidez. Deste grupo 01 apresentou normalizaçäo na última tomografia e 05 delas estavam sem sintomas ao final do estudo. CONCLUSÖES: A hiperprolactinemia parece ser auto - limitada em significante número de pacientes, raramente progredindo para prolactinomas. A gravidez e o uso de agonistas dopaminérgicos podem ser fatores que ajudam a retornar a funçäo lactotrófica ao normal, com efeitos inclusive permanentes sobre a remissäo dos níveis de PRL.