RESUMO
Aim: Atherosclerotic renal artery stenosis is one of the main causes of secondary hypertension and results in a progressive loss of renal function. This case reports recurrent hypertensive pulmonary edema and worsening renal function successfully treated with multiple percutaneous renal interventions. Presentation of the Case: A 62-year-old female patient was admitted for carotid endarterectomy. She had uncontrolled blood pressure and worsened renal function. Bilateral renal artery stenosis was diagnosed and endovascular procedure plus stent was performed in both renal arteries. She was discharged with an improvement in renal function and blood pressure. Three months later, she presented a sudden onset of pulmonary hypertensive edema. Renal arteriography confirmed bilateral in-stent restenosis and a new bilateral angioplasty plus stent was fulfilled. Six months later, new worsening of dyspnea, severe renal dysfunction, and new hospitalization were indicated renal replacement therapy. Renal arteriography showed again bilateral renal artery in-stent restenosis and bilateral balloon catheter angioplasty with no stent was performed. She was discharged, with no need for hemodialysis, improved blood pressure and proposal for further discussion about surgical revascularization. Discussion: When severe reduction of glomerular filtration rate occurs in hypertensive patients with high risk for atherosclerotic disease, it seems prudent to examine renal arteries. Once a diagnosis is made, if blood pressure control cannot be achieved, mainly associated with progressive renal dysfunction, it is recommended restoration of renovascular supply. Conclusion: Percutaneous renal intervention with no-stenting in bilateral in-stent restenosis and recent onset of hemodialysis may contribute to reversion of renal dysfunction even in patients undergoing to previous interventions.
Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso , Estenose da Valva Pulmonar/cirurgia , Cateterismo Cardíaco/instrumentação , Estenose da Valva Pulmonar/fisiopatologia , Estenose da Valva Pulmonar/diagnóstico por imagem , Angiografia/métodos , Cateterismo Cardíaco/métodos , Radiografia Torácica , Resultado do Tratamento , Disfunção Ventricular Direita/cirurgia , Disfunção Ventricular Direita/fisiopatologia , EletrocardiografiaRESUMO
OBJECTIVE: The purpose of this study was to evaluate the association between the presence of clinical symptoms of peripheral artery disease and severe renal artery stenosis in patients referred for renal angiography. METHOD: We included 82 patients with clinical suspicion of renovascular hypertension and performed an imaging investigation (renal Doppler ultrasound and/or renal scintigraphy) for possible renal artery stenosis. All patients underwent renal arteriography and were examined for peripheral artery disease based on the presence of intermittent claudication and ankle-brachial index test results. Severe renal artery stenosis was defined as a lesion causing 70% obstruction. RESULTS: Severe renal artery stenosis was present in 32 of 82 (39%) patients. Patients with severe renal artery stenosis were older (63±12 vs 56±12 years, p=0.006), had more intermittent claudication (55 vs 45%, p=0.027), and had a greater prevalence of an ankle-brachial index <0.9 (44% vs 20%, p=0.021) than patients without severe renal artery stenosis. Multivariate logistic regression analysis showed that the presence of intermittent claudication was independently associated with renal artery stenosis ≥70% (OR: 3.33; 95% CI 1.03-10.82, p=0.04), unlike the ankle-brachial index, which showed no association (OR: 1.44; 95% CI 0.37-5.66, p=0.60). CONCLUSION: Intermittent claudication is independently associated with severe renal artery stenosis (≥70%) in patients clinically suspected of having renovascular hypertension.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Hipertensão Renovascular/complicações , Claudicação Intermitente/complicações , Obstrução da Artéria Renal/complicações , Artéria Renal/diagnóstico por imagem , Angiografia , Hipertensão Renovascular/diagnóstico por imagem , Claudicação Intermitente/diagnóstico por imagem , Cintilografia , Obstrução da Artéria Renal/diagnóstico por imagem , Índice de Gravidade de Doença , Ultrassonografia DopplerRESUMO
Background:Advantages and disadvantages of ad hoc percutaneous coronary intervention have been described. However little is known about the radiation exposure of that procedure as compared with the staged intervention.Objective:To compare the radiation dose of the ad hoc percutaneous coronary intervention with that of the staged procedureMethods:The dose-area product and total Kerma were measured, and the doses of the diagnostic and therapeutic procedures were added. In addition, total fluoroscopic time and number of acquisitions were evaluated.Results:A total of 568 consecutive patients were treated with ad hoc percutaneous coronary intervention (n = 320) or staged percutaneous coronary intervention (n = 248). On admission, the ad hoc group had less hypertension (74.1% vs 81.9%; p = 0.035), dyslipidemia (57.8% vs. 67.7%; p = 0.02) and three-vessel disease (38.8% vs. 50.4%; p = 0.015). The ad hoc group was exposed to significantly lower radiation doses, even after baseline characteristic adjustment between both groups. The ad hoc group was exposed to a total dose-area product of 119.7 ± 70.7 Gycm2, while the staged group, to 139.2 ± 75.3 Gycm2 (p < 0.001).Conclusion:Ad hoc percutaneous coronary intervention reduced radiation exposure as compared with diagnostic and therapeutic procedures performed at two separate times.
Fundamento:Uma série de vantagens e desvantagens tem sido descrita para a intervenção coronária percutânea ad hoc, como a realizada ao mesmo tempo que o cateterismo diagnóstico, porém pouco se sabe sobre a exposição radiológica desse procedimento, comparado com a intervenção estadiada, ou seja, em dois momentos.Objetivo:Comparar a dose de radiação utilizada na angioplastia ad hoc com a angioplastia estadiada.Métodos:O produto de dose por área e o Kerma total foram mensurados, somando-se ambas as fases de diagnóstico e terapêutica. Além disso, foram computados o tempo total de fluoroscopia e o número de filmagens.Resultados:Um total de 568 pacientes consecutivos foram tratados com intervenção coronária percutânea ad hoc (n = 320) ou estadiada (n = 248). À admissão, o grupo do ad hoc apresentava menos hipertensão (74,1% vs. 81,9%; p = 0,035), dislipidemia (57,8% vs. 67,7%; p = 0,02) e doença triarterial (38,8% vs. 50,4%; p = 0,015). O grupo ad hoc foi exposto a doses significativamente menores de radiação, mesmo após ajuste para as diferenças basais entre os grupos. O grupo ad hoc foi exposto a uma dose de produto de dose por área total de 119,7 ± 70,7 Gycm2 enquanto que os pacientes estadiados foram expostos a uma dose de 139,2 ± 75,3 Gycm2 (p < 0,001).Conclusão:A intervenção coronária percutânea ad hoc reduziu a exposição radiológica, em comparação com procedimentos diagnósticos e terapêuticos realizados em tempos separados.
Assuntos
Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Intervenção Coronária Percutânea/métodos , Doses de Radiação , Exposição à Radiação/prevenção & controle , Angiografia Coronária , Cateterismo Cardíaco/métodos , Stents Farmacológicos , Fluoroscopia/métodos , Estudos Prospectivos , Monitoramento de Radiação , Fatores de Risco , Estatísticas não Paramétricas , Fatores de TempoRESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de acurácia, precisão, correlação e concordância entre as medidas realizadas por um software de angiografia coronária quantitativa (QCA) online de calibração automática. Métodos: Estudo piloto que analisou imagens angiográficas de dez pacientes com um software de QCA online nas calibrações automáticas Auto ISO (calibração automática do isocentro) e Auto TOD (Table-to Object Distance). Foi realizada a medida do calibre do cateter pelos dois métodos, e o diâmetro de referência foi computado. Essas medidas foram comparadas com a medida do diâmetro do cateter quanto à acurácia, precisão e concordância. Resultados: O diâmetro médio real dos cateteres era de 1,75 ± 0,32 mm (variando entre 1,33 e 2,67 mm). A aferição dos cateteres pela QCA TOD e pela QCA ISO resultou em diâmetros médios de 1,78 ± 0,37 mm e 1,88 ± 0,38 mm, respectivamente. A acurácia/precisão da QCA TOD e da QCA ISO foi 0,03 m/0,21 mm e 0,12 mm/0,20 mm, respectivamente. As medidas da QCA TOD e da QCA ISO estiveram entre os limites de concordância em 96,3 e 94,7% dos casos, respectivamente. As medidas da QCA TOD e da QCA ISO correlacionaram-se significativamente (rs = 0,93; p < 0,01). No entanto, apesar da pequena diferença entre os métodos (0,10 ± 0,10 mm), as medidas da QCA ISO foram estatisticamente maiores que aquelas obtidas com a QCA TOD (p < 0,01). Conclusões: A QCA online com calibração automática apresentou boa acurácia, precisão e correlação,podendo representar uma ferramenta promissora no laboratório de hemodinâmica...
The objective of this study was to evaluate the degree of accuracy, precision, correlation, andagreement between the measurements performed by online Quantitative Coronary Angiography (QCA)software with automatic calibration.Methods: Pilot study that analyzed angiographic images of ten patients through online QCA softwareusing Auto ISO (automatic calibration isocenter) and Auto TOD (Table-to-Object Distance) automatic calibration. Catheter size was measured by both methods and the reference diameter was computed. These measurements were compared with the measurement of catheter diameter regarding accuracy, precision,and agreement. Results: The actual average of the catheter diameter was 1.75 ± 0.32 mm (range 1.33 to 2.67 mm). The measurement of catheters by TOD QCA and ISO QCA resulted in mean diameters of 1.78 ± 0.37 mm and 1.88± 0.38 mm, respectively. The accuracy/precision of the TOD QCA and the ISO QCA was 0.03 mm/0.21 mmand 0.12 mm/0.20 mm, respectively. The TOD QCA and ISO QCA measures were among the limits ofagreement in 96.3 and 94.7% of cases, respectively, and were significantly correlated (rs = 0.93, p < 0.01). However, despite the small difference between the methods (0.10 ± 0.10 mm), the ISO QCA measures were significantly higher than those obtained by the TOD QCA (p < 0.01). Conclusions: Online QCA with automatic calibration has good accuracy, precision, and correlation, which may represent a promising tool in the catheterization laboratory...
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Angiografia Coronária/métodos , Doença das Coronárias/diagnóstico , Doença das Coronárias/terapia , Precisão da Medição Dimensional , Interpretação Estatística de Dados , Catéteres , Projetos Piloto , StentsRESUMO
Background: The hemodynamic effects of noninvasive ventilation with positive pressure in patients with pulmonary hypertension without left ventricular dysfunction are not clearly established. Objectives: Analyze the impact of increasing airway pressure with continuous positive airway pressure on hemodynamic parameters and, in particular, on cardiac output in patients with variable degrees of pulmonary hypertension. Methods: The study included 38 patients with pulmonary hypertension caused by mitral stenosis without left ventricular dysfunction or other significant valvulopathy. The hemodynamic state of these patients was analyzed in three conditions: baseline, after continuous positive pressure of 7 cmH2O and, finally, after pressure of 14 cmH2O. Results: The population was composed of predominantly young and female individuals with significant elevation in pulmonary arterial pressure (mean systolic pressure of 57 mmHg). Of all variables analyzed, only the right atrial pressure changed across the analyzed moments (from the baseline condition to the pressure of 14 cmH2O there was a change from 8 ± 4 mmHg to 11 ± 3 mmHg, respectively, p = 0.031). Even though there was no variation in mean cardiac output, increased values in pulmonary artery pressure were associated with increased cardiac output. There was no harmful effect or other clinical instability associated with use application of airway pressure. Conclusion: In patients with venocapillary pulmonary hypertension without left ventricular dysfunction, cardiac output response was directly associated with the degree of pulmonary hypertension. The application of noninvasive ventilation did not cause complications directly related to the ventilation systems. .
Fundamento: Os efeitos hemodinâmicos da ventilação não invasiva com pressão positiva em pacientes com hipertensão pulmonar sem disfunção ventricular esquerda não estão bem estabelecidos. Objetivos: Analisar o impacto da pressurização aérea crescente através da pressão positiva contínua das vias aéreas nos parâmetros hemodinâmicos e, principalmente, no débito cardíaco de pacientes com graus variáveis de hipertensão pulmonar. Métodos: Foram incluídos 38 pacientes com hipertensão pulmonar causada por estenose mitral sem disfunção ventricular esquerda ou outra valvopatia significativa. O estado hemodinâmico deses pacientes foi estudado em três condições: basal, após uso de pressão positiva contínua de 7 cmH2O e , finalmente, após pressão de 14 cmH2O. Resultados: A população foi composta por indivíduos predominantemente jovens, do sexo feminino e com elevação significativa da pressão arterial pulmonar (pressão sistólica média de 57 mmHg). De todas as variáveis analisadas, apenas a pressão de átrio direito apresentou variação ao longo dos momentos estudados (da condição basal para a de pressão de 14 cmH2O houve aumento de 8 ± 4 mmHg para 11 ± 3 mmHg, respectivamente, p = 0,031). Apesar de não ter havido variação do valor médio do débito cardíaco, valores mais elevados de pressões na artéria pulmonar estiveram associados ao aumento do débito cardíaco. Não houve efeito deletério ou qualquer instabilidade clínica associada ao uso da pressurização das vias aéreas. Conclusão: Em pacientes com hipertensão venocapilar pulmonar sem disfunção ventricular esquerda, a resposta ...
RESUMO
Introdução: O tratamento percutâneo da coarctação da aorta é método de escolha em crianças acima de 6 meses de idade e sem hipoplasia do arco aórtico. No entanto, nos pacientes com menos de 25 kg, a via de acesso clássica (femoral) pode representar um problema, principalmente nos implantes de stents, devido ao tamanho dos introdutores. O objetivo deste estudo foi relatar a experiência com a punção da artéria axilar como via de acesso para o tratamento percutâneo de pacientes com coarctação da aorta e peso < 25 kg. Métodos: A punção foi realizada com agulha 21 G, com o braço abduzido em 90º, sendo introduzido fio-guia 0,014 polegada, posicionado na aorta descendente. Um introdutor 5 F pediátrico de 7 cm foi inicialmente utilizado para realização do procedimento, sendo substituído, quando necessário, por um introdutor maior. Após a intervenção, foi realizada compressão hemostática manual. Resultados: Foram tratadas dez crianças, sendo oito com recoarctação póscirúrgica e duas com coactação nativa, com idades de 51,1 ± 30,8 meses e peso de 15,8 ± 5,8 kg. A punção foi realizada em todos os casos sem dificuldade técnica, e a mediana do calibre do introdutor foi de 7 F. Em oito pacientes, foram implantados oito stents e, em dois, foi realizada apenas angioplastia com balão. Houve sucesso técnico em todos os ...
Background: Percutaneous treatment of aortic coarctation is the method of choice in children over 6 months of age and without aortic arch hypoplasia. However in patients less than 25 kg the classical access route (femoral) may pose a problem, especially in cases of stenting, due to the size of the size of the introducers. The objective of this study was to report our experience with the axillary artery approach for the percutaneous treatmentof patients with aortic coarctation weighing less than 25 kg. Methods: The arterial puncture was performed with a 21 G needle, with the arm abducted at 90º, and a 0.014 inch guidewire was positioned in the descending aorta. A 5 F × 7 cm pediatric introducer was initially used for the procedure and whenever required, it was replaced in a larger one. Manual-compression hemostasis was performed after the intervention. Results: Ten children were treated, eight with residual and two with native coarctation, mean age was 51.1 ± 30.8 months and weight 15.8 ± 5.8 kg. Puncture was performed in all cases without technical difficulty and the median introducer size was 7 F. Eight stents were implanted in eight patients and two patients were only treated by balloon angioplasty. Technical success was observed in all patients. After removal of the introducer, there was no permanent pulse loss and one patient had a small local hematoma. Conclusions: In our experience the axillary artery approach for percutaneous ...
RESUMO
Introdução: Avaliamos a segurança e eficácia do uso de protamina, guiada pelo tempo de coagulação ativado, para a remoção imediata do introdutor arterial femoral em pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea com heparina não fracionada, com o objetivo de propor um algoritmo para a prática clínica. Métodos: Estudo prospectivo, com pacientes consecutivos, com angina estável ou com síndrome coronariana aguda de baixo ou moderado risco. Comparamos os pacientes com a retirada precoce do introdutor arterial àqueles nos quais o introdutor foi retirado de acordo com o protocolo convencional. A decisão pela remoção precoce ou convencional do introdutor foi deixada a critério do operador. Resultados: O grupo de remoção precoce (n = 149) apresentou menor tempo de manuseio do sítio de punção que o grupo de remoção convencional (58,3 ± 21,4 minutos vs. 355 ± 62,9 minutos; p < 0,01), principalmente devido à redução do tempo até a retirada do introdutor (42,3 ± 21,1 minutos vs. 338,6 ± 61,5 minutos; p < 0,01), sem impacto sobre a duração da compressão femoral (16,0 ± 3,6 minutos vs. 16,4 ± 5,1 minutos; p = 0,49). Não houve trombose hospitalar de stent e nem diferença significativa na incidência de eventos vasculares ou hemorrágicos. A incidência de outras hemorragias, que levaram à hospitalização prolongada, foi menor no grupo de remoção precoce (1,3% vs. 5,1%; p = 0,05). Conclusões: O uso seletivo de uma abordagem, para a remoção imediata do introdutor femoral guiada pelo tempo de coagulação ativado e a administração de protamina, é seguro e eficaz em pacientes submetidos à intervenção coronária...
Introduction: We evaluated the safety and efficacy of protamine administration, guided by activated clotting time, for the immediate femoral arterial sheath removal in patients undergoing percutaneous coronary intervention with unfractionated heparin in order to propose an algorithm for clinical practice. Methods: Prospective study with consecutive patients with stable angina or low-to-moderate risk acute coronary syndrome. We compared patients with an early removal of the arterial sheath to those whose sheath removal was based on a standard protocol. Results: The early removal group (n = 149) had lower access manipulation time than the conventional group (58.3 ± 21.4 minutes vs. 355.0 ± 62.9 minutes; p < 0.01), mainly due to a reduced time to sheath removal (42.3 ± 21.1 minutes vs. 338.6 ± 61.5 minutes; p < 0.01), with no impact on the duration of femoral compression (16.0 ± 3.6 minutes vs. 16.4 ± 5.1 minutes; p = 0.49). There was no stent thrombosis during hospitalization and no significant differences in the incidence of major vascular or bleeding events. The incidence of other bleeding events leading to a prolonged in-hospital length of stay was lower in the early removal group (1.3% vs. 5.1%; p = 0.05). Conclusions: The selective use of an approach for immediate femoral sheath removal, based on activated clotting time guidance and protamine administration, is a safe and effective option in patients undergoing percutaneous coronary intervention by femoral access...
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Dispositivos de Acesso Vascular/efeitos adversos , Avaliação de Eficácia-Efetividade de Intervenções , Artéria Femoral , Intervenção Coronária Percutânea/métodos , Anticoagulantes/administração & dosagem , Heparina/administração & dosagem , Protaminas/administração & dosagem , Fatores de Risco , Viés de Seleção , Interpretação Estatística de Dados , StentsRESUMO
INTRODUÇÃO: A valvuloplastia aórtica por cateter balão (VAB) é utilizada como estratégia paliativa em pacientes inelegíveis tanto para troca valvar cirúrgica quanto para implante valvar aórtico transcateter, ou como ponte para essas modalidades de tratamento. Não se sabe o impacto terapêutico da VAB quando realizada como medida de salvamento para pacientes em condições clínicas extremas (in extremis). MÉTODOS: Foram analisados pacientes com estenose aórtica grave de etiologia degenerativa submetidos à VAB entre julho de 2008 e janeiro de 2013. Os pacientes foram divididos entre o grupo in extremis (definido pela presença de duas ou mais das seguintes disfunções orgânicas: ventilação mecânica, instabilidade hemodinâmica, terapia renal dialítica, coagulopatia ou disfunção hepática graves) e o grupo controle, que incluiu os demais pacientes. RESULTADOS: Um total de 19 pacientes realizaram VAB no período. A condição clínica in extremis esteve presente em 42,1%. Os pacientes do grupo in extremis tiveram EUROSCORE II mais elevado (41,1 ± 24,7 vs. 15,9 ± 14,0; P = 0,01) e fração de ejeção do VE mais baixa que o grupo controle (33,9 ± 17,3% vs. 49,0 ± 12,5%; P = 0,04). Nenhum paciente do grupo in extremis sobreviveu ao período intra-hospitalar, enquanto que, no grupo controle, a mortalidade foi de 27,3% (P < 0,01). CONCLUSÕES: Para o tratamento de pacientes com estenose aórtica grave de etiologia degenerativa, a VAB tem resultado desfavorável quando indicada para pacientes com duas ou mais disfunções orgânicas, ou seja, em condição clínica in extremis.
BACKGROUND: Balloon aortic valvuloplasty (BAV) is used as a palliative strategy in patients who are not eligible for valve replacement surgery, transcatheter aortic valve implantation, or as a bridge to these treatment modalities. The impact of BAV as a salvage procedure for patients in extreme clinical conditions (in extremis) is unknown. METHODS: Patients with severe degenerative aortic stenosis undergoing BAV between July 2008 and January 2013 were evaluated. Patients were divided into the in-extremis group (defined by the presence of two or more of the following organ dysfunctions: mechanical ventilation, hemodynamic instability, dialysis, coagulopathy or severe hepatic dysfunction) and the control group, which included the remaining patients. RESULTS: A total of 19 patients underwent BAV. The clinical condition in-extremis was present in 42.1% of them. Patients from the in-extremis group had a higher EUROSCORE II (41.1 ± 24.7 vs. 15.9 ± 14.0; P = 0.001) and LV ejection fraction lower than the control group (33.9 ± 17.3% vs. 49.0 ± 12.5; P = 0.04). None of the patients in the in-extremis group survived past the hospitalization period, whereas the control group mortality was 27.3% (P < 0.01). CONCLUSIONS: BAV has an unfavorable result in patients with severe degenerative aortic stenosis with two or more organ dysfunctions, that is, patients in extremis.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Estenose da Valva Aórtica/complicações , Estenose da Valva Aórtica/mortalidade , Implante de Prótese de Valva Cardíaca , Valvuloplastia com Balão/instrumentação , Análise de Dados/análise , Ecocardiografia/métodos , Fatores de RiscoRESUMO
Introdução: Atualmente são ainda desconhecidas as implicaçõesprognósticas tardias da doença arterial coronária (DAC) estável em pacientes jovens. O objetivo deste trabalho foiavaliar o prognóstico de pacientes adultos jovens com diagnóstico de DAC estável, tratados por meio de intervenção coronária percutânea (ICP) e acompanhados por até 10 anos.Métodos: A população do estudo foi constituída por pacientes jovens (idade abaixo do 10o percentil) de um grupo de 1.394 pacientes consecutivos tratados para DAC estável por via percutânea.As características dos pacientes foram coletadas prospectivamente. Após o procedimento foi realizado seguimentoambulatorial, com análise do prontuário hospitalar eletrônico e contato telefônico, quando necessário. O desfecho primário foi a mortalidade geral e o desfecho secundário, a mortalidade cardiovascular. Resultados: Foram selecionados 140 pacientes, com média de idade de 43,7 ± 4 anos (mínimo de 26 anos e máximo de 48 anos), predominantemente do sexo masculino (76,4%). Diabetes melito estava presente em aproximadamenteum quinto dos pacientes e metade apresentava infarto prévio. Os pacientes foram seguidos por uma média de 94,6 ±36,2 meses e a mortalidade geral no seguimento de 10 anos foi de 6%, com mortalidade cardíaca de 5,3%. Todos ospacientes que morreram obtiveram sucesso no procedimento inicial e apenas um dos casos não apresentava infarto prévio. Conclusões: Em nossa prática clínica, pacientes jovens com coronariopatia crônica tratados com ICP mostraram ter bom prognóstico tardio.
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Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Angioplastia/métodos , Angioplastia , Doença das Coronárias/complicações , Doença das Coronárias/diagnóstico , Fatores de Risco , PrognósticoRESUMO
Introdução: A segurança e a eficácia do uso de stent farmacológico para o tratamento de lesões em ponte de veia safena (PVS) ainda é motivo de controvérsia. Este estudo avaliou a evolução tardia de pacientes com lesões em PVS tratados com stent farmacológico. Métodos: Registro unicêntrico que incluiu todos os pacientes submetidos a intervenção em PVS com stent farmacológico (n = 82), sem restrições clínicas ou angiográficas, no período de 2003 a 2009. Foram avaliadas as taxas de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM), óbito, infarto agudo do miocárdio (IAM), revascularização do vaso-alvo (RVA) e trombose de stent. Resultados: A média de idade foi de 67,8 + 10,2 anos, a maioria era do sexo masculino (85,4%), 40,2% eram diabéticos e 52,4% eram portadores de angina estável. Foi utilizado 1,45 + 0,5 stent por paciente, empregando-se ostent CypherTM na maioria (61%) dos casos. O diâmetro dos stents foi de 3,22 + 0,39 mm e o comprimento, de 20,1 +7,3 mm. A taxa de sucesso angiográfico foi de 96,3%. No seguimento de 4,1 anos, a taxa de ECAM foi de 28%, com 6% de óbito, 19,5% de IAM e 18,2% de RVA. Nesse período ocorreram dois casos de trombose de stent definitiva ou provável (2,4%). Conclusões: Os resultados demonstraram, em seguimento muito tardio, altas taxas de ECAM em pacientes com lesões de PVS tratados com stent farmacológico, provavelmente pelo aspecto mais agressivo da doença vascular em enxertos venosos.
Background: The safety and efficacy of drug-eluting stents in the treatment of saphenous vein graft (SVG) lesions remains controversial. This study assessed the late follow-up of patients with SVG lesions treated with drug-eluting stents. Methods: Single center registry including patients undergoingSVG interventions using drug-eluting stents (n = 82), without clinical or angiographic exclusion criteria, from 2003 to 2009. The rates of major adverse cardiac events (MACE), death, acute myocardial infarction (AMI), target vessel revascularization (TVR) and stent thrombosis were evaluated. Results: Mean age was 67.8 + 10.2 years, most of them were male (85.4%), 40.2% were diabetic and 52.4% had stable angina. An average of 1.45 + 0.5 stents per patient were implanted and CypherTM was the stent used in most ofthe cases (61%). Stent diameter was 3.22 + 0.39 mm and stent length was 20.1 + 7.3 mm. Angiographic success rate was 96.3%. In the 4.1-year follow-up, the rate of MACE was 28%, death 6%, AMI 19.5% and TVR 18.2%. Therewere two cases of definitive or probable stent thrombosis (2.4%) within the follow-up period. Conclusions: Longtermfollow-up showed high MACE rates in patients with SVG lesions treated with drug-eluting stents, probably due tothe accelerated atherosclerosis that develops within the grafted vein conduits.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Angioplastia/métodos , Angioplastia , Stents Farmacológicos , Veia Safena/cirurgia , Infarto do Miocárdio/complicações , TransplantesRESUMO
Introdução: O implante transcateter de prótese valvular aórtica (ITVA) tem sido utilizado em nosso meio e em diversos países do mundo como alternativa ao tratamento conservador em pacientes com estenose aórtica grave e elevado risco cirúrgico. Objetivou-se descrever o perfil clínico basal e a mortalidade a curto e médio prazos de uma série consecutiva de casos tratados com ITVA em dois centros localizados, respectivamente, na Itália e no Brasil. Métodos: A população de estudo foi composta pelos primeiros 75 pacientes consecutivos com estenose valvar aórtica grave tratados com a prótese Medtronic CoreValve TM Revalving System (MCV Medtronic, Minneapolis, Estados Unidos). Tipicamente, a indicação para o ITVA foi motivada pelo alto risco cirúrgico. A média de idade era de 82 anos, 55% eram mulheres, um terço apresentava doença pulmonar grave e 95% apresentavam insuficiência cardíaca sintomática. Resultados: Após o ITVA, houve redução significativa do gradiente transvalvar aórtico máximo (basal: 95,8 + 32,3 mmHg; pós-procedimento: 18,5 + 6,1 mmHg) e médio (basal: 45,9 + 16,9 mmHg; pós-procedimento: 10,4 + 5,2 mmHg) (P < 0,01 para ambos). Insuficiência aórtica moderada ou acentuada foi evidenciada em 7% dos casos após ITVA. A taxa de sobrevida global aos 30 dias foi de 91,6% e aos 12 meses, de 79%. Conclusões: O ITVA surge como um método terapêutico de grande relevância para portadores de estenose aórtica de alto risco cirúrgico. As taxas de sobrevida precoce e a médio prazo indicam o benefício potencial do novo procedimento também para pacientes tratados no chamado mundo real.
Background: Transcatheter aortic valve implantation (TAVI) has been used in our country and in several differentcountries worldwide as an alternative to conservative treatment for patients with severe aortic stenosis and high surgicalrisk. This paper aimed at describing the baseline clinical profile and the short and medium-term mortality of a consecutive series of cases treated with TAVI in two centers in Italy and Brazil, respectively. Methods: The study population included the first 75 consecutive patients with severeaortic stenosis treated with the Medtronic CoreValveTM Revalving System (MCV Medtronic, Minneapolis, USA). Typically, the indication for TAVI was motivated by high surgical risk. Mean age was 82 years, 55% were females, a third had severe lung disease, and 95% had symptomaticheart failure. Results: TAVI was associated with a significant reduction of peak (baseline: 95.8 + 32.3 mmHg; postprocedure: 18.5 + 6.1 mmHg) and mean (baseline: 45.9 + 16.9 mmHg; post-procedure: 10.4 + 5.2 mmHg) transaortic gradient (P < 0.01 for both). Moderate or severe aortic insufficiencywas observed in 7% of the cases. The overall survival rate at 30 days was 91.6% and at 12 months it was 79%.Conclusions: TAVI emerges as an important therapeutic option for high risk patients with aortic stenosis. The short and mediumterm survival rates suggest that the new procedure might beof benefit for patients treated in the real world context.
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Humanos , Estenose da Valva Aórtica , Implante de Prótese de Valva Cardíaca , Próteses Valvulares Cardíacas , Aspirina/administração & dosagem , Cateterismo , Heparina/administração & dosagemRESUMO
Introdução: Há alguns anos estudos demonstraram que stents de cromo-cobalto, com hastes mais finas, reduziram de forma expressiva a reestenose coronária, comparativamente aos stents convencionais de aço inoxidável disponíveis na época. Desde então, stents com hastes < 100 µm e diferentes ligas metálicas estão disponíveis para uso clínico. O objetivo deste estudo foi avaliar a existência de diferenças nos resultados clínicos de pacientes submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP) com stents de hastes finas e diferentes ligas metálicas. Métodos: Registro unicêntrico, em que foram comparados os resultados de pacientes submetidos a ICP com stent de aço inoxidável (n = 135) vs. stent de cromo-cobalto (n = 181). O desfecho primário foi a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM), definidos pela ocorrência de óbito, infarto agudo do miocárdio (IAM) ou revascularização do vaso-alvo (RVA) no seguimento tardio. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 64 ± 11 anos, com 32,6% de diabéticos e 65,5% com síndrome coronária aguda à admissão, sem diferenças na maioria das características clínicas e angiográficas avaliadas entre os grupos. Na comparação das características do procedimento, a estratégia de implante direto do stent foi mais frequente no grupo cromo-cobalto (30,3% vs. 40,2%; P = 0,04). Ao final de mediana de 500 dias de seguimento, não houve diferenças significativas entre os grupos para a ocorrência de ECAM (15,5% vs. 16,5%; P = 0,6), óbito (4,6% vs. 6,8%; P = 0,29), IAM (2,7% vs. 4,1%; P = 0,41) ou RVA (10,4% vs. 10,1%; P = 0,97). Conclusões: Nessa população do mundo real os stents de cromo-cobalto apresentaram eficácia e segurança semelhantes às dos stents de aço inoxidável, porém com menor necessidade de instrumentação coronária.
Background: Years ago studies demonstrated that the use of cobalt-chromium stents with thinner struts significantly reduced coronary restenosis when compared to conventional stainless steel stents available at the time. Since then, stents with struts < 100 μm and different metal alloys are available for clinicaluse. The objective of this study was to assess differences in the clinical outcomes of patients undergoing percutaneous coronary intervention (PCI) with thin strut stents and differentmetal alloys. Methods: Single center registry comparing the results of patients undergoing PCI with stainless steel stents (n = 135) vs. cobalt-chromium bare metal stents (n = 181).The primary endpoint was the occurrence of major adverse cardiac events (MACE), defined by death, acute myocardial infarction (AMI) or target vessel revascularization (TVR) in thelate follow-up. Results: Mean patient age was 64 ± 11 years, 32.6% were diabetic and 65.5% had acute coronary syndrome at admission, with no differences for most of the clinical andangiographic characteristics assessed between groups. The use of direct stenting was more frequent in the cobalt-chromium group (30.3% vs. 40.2%; P = 0.04). After a median of500 days of follow up, there was no statistically significant difference between groups for the occurrence of MACE (15.5% vs. 16.5%; P = 0.6), death (4.6% vs. 6.8%; P = 0.29),AMI (2.7% vs. 4.1%; P = 0.41) or TVR (10.4% vs. 10.1%; P = 0.97). Conclusions: In this real world population, cobaltchromiumstents had similar efficacy and safety when compared to stainless steel stents, but with less coronary instrumentation.
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Humanos , Masculino , Doença da Artéria Coronariana/diagnóstico , Reestenose Coronária , Stents , Aspirina/administração & dosagemRESUMO
INTRODUÇÃO: Recentemente, a intervenção coronária percutânea (ICP) em tronco de coronária esquerda (TCE) não-protegido tem se mostrado uma alternativa real à cirurgia de revascularização miocárdica. Os resultados clínicos tardios da ICP nesses pacientes são escassos na literatura, especialmente em nosso meio. Método: Registro de um centro terciário de atenção em cardiologia, que avaliou o seguimento clínico de pacientes com contraindicação à revascularização miocárdica cirúrgica submetidos A ICP em TCE, no período de 2002 a 2009. Nosso objetivo foi avaliar a mortalidade ao final de um ano. Resultados: No total, foram incluídos 77 indivíduos nesta análise, com média de idade de 65,4 +- 13,7 anos, dos quais 59,2 por cento eram do sexo masculino, 25 por cento eram diabéticos e 3,9 por cento eram portadores de insuficiência renal crônica dialítica. Com relação às características angiográficas, 79,6 por cento das lesões eram do tipo B2/C, com envolvimento do óstio em 47,4 por cento e da bifurcação distal em 62,3 por cento. Na maioria dos casos, a indicação de ICP foi emergencial (85,5 por cento) e os stents farmacológicos foram utilizados em 17,5 por cento dos pacientes. Suporte hemodinâmico por meio de balão intra-aórtico foi utilizado em 28,2 por cento da população. Ao final de um ano a probabilidade de sobrevivência...
BACKGROUND: Percutaneous coronary intervention (PCI) in unprotected left main coronary artery (LMCA) disease has proven to be an alternative to coronary artery bypass graft surgery (CABG). However, late clinical results of PCI in these patients are scarce in the literature, especially in our country. METHOD: Data from a tertiary cardiology center registry, which included patients with contraindications to CABG undergoing LMCA PCI, from 2002 to 2009, were analyzed. Our objective was to evaluate the 1-year mortality. RESULTS: A total of 77 subjects were included in this analysis, mean age was 65.4 ± 13.7 years, 59.2% were male, 25% were diabetic, and 3.9% had renal failure requiring dialysis. Regarding the angiographic characteristics, 79.6% of lesions were type B2/C, with involvement of the ostium in 47.4% and distal bifurcation in 62.3%. In most cases PCI was performed as an emergency procedure (85.5%) and drug eluting stents were used in 17.5% of the patients. Hemodynamic support using an intraaortic balloon pump was used in 28.2% of the population. At the end of 1 year the probability of overall survival was 69.7% and almost all of the deaths occurred in the first month of follow-up. CONCLUSION: In this highly selected population with unprotected LMCA disease, including high-surgi
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Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Angioplastia Coronária com Balão/métodos , Angioplastia Coronária com Balão , Doenças Cardiovasculares/complicações , Stents , Fatores de Risco , Revascularização Miocárdica/mortalidadeRESUMO
INTRODUÇÃO: Apesar dos grandes vasos alcançados pela cardiologia intervencionista, o fenômeno do no-reflow ainda ocorre durante as intervenções coronárias percutâneas (ICP) e está associada a pior prognóstico. O objetivo deste estudo foi caracterizar os perfis clínico, angiográfico e do procedimento de pacientes com no-reflow, além de avaliar seu impacto clínico tardio. Método: Analisamos, no período de janeiro de 2004 a fevereiro de 2009, todos os pacientes submetidos a ICP no Instituto do Coração (InCor), que em qualquer momento da intervenção apresentaram no-reflow, mesmo que transitoriamente. Os pacientes foram divididos em dois grupos: no-reflow de reperfusão (associado a ICP primária) e no-reflow de intervenção (associado a ICP eletiva) A probabilidade de óbito foi estimada pelo método de Kaplan-Meier e a regressçao de Cox foi utilizada para identificar seus preditores. Resultados: Foram avaliados 132 pacientes consecutivos, 81 no grupo no reflow de reperusão e 51 no grupo no-reflow de intervenção. O sucesso do procedimento foi obtido em 83,5 por cento da população total (80,2 por cento vs. 90,2 por cento, respectivamente; P=0,149). A probabilidade de mortalidade tardia foi estimada em 38,6 por cento, sendo maior...
BACKGROUND: Despite major advances in interventional cardiology in recent years, no-reflow is still observed during percutaneous coronary interventions (PCI), and is associated to a worse prognosis. The objective of this study was to characterize the clinical, angiographic and procedural profile of patients with no-reflow as well as assessing its late clinical impact. METHODS: From January 2004 to February 2009, patients undergoing PCI at the Instituto do Coração (InCor), presenting no-reflow at any time during the intervention, were evaluated. Patients were divided into two groups: reperfusion no-reflow (associated to primary PCI) and interventional no-reflow (associated to elective PCI). The probability of death was estimated by the Kaplan-Meier method and Cox regression was used to identify its predictors. RESULTS: One hundred and thirty-two consecutive patients were evaluated, 81 in the reperfusion no-reflow group and 51 in the interventional no-reflow group. Procedural success was observed in 83.5% of the overall population (80.2% vs. 90.2%, respectively; P = 0.149). The long-term probability of death was estimated at 38.6%, and was higher in the reperfusion no-reflow group (55.8% vs. 11.1%; P = 0.005). In the multivariate analysis, only female gender [hazard ratio (HR) 2.5, 95% confidence interval (95% CI) 1.225.14; P = 0.027) and chronic obstructive pulmonary disease (HR 9.35, CI 95% 1.45-60.14; P = 0.027) were independent predictors of mortality, whereas the prior use of statin was a protective factor (HR 0.15, 95% CI 0.05-0.48; P = 0.002). CONCLUSIONS: The no-reflow phenomenon was associated with high procedural failure rates and long-term mortality, especially when associated to primary angioplasty.
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Humanos , Masculino , Feminino , Angioplastia Coronária com Balão/métodos , Angioplastia Coronária com Balão , Infarto do Miocárdio/complicações , Reperfusão/métodos , EletrocardiografiaRESUMO
INTRODUÇÃO: A técnica de ecocardiografia tridimensional em tempo real (eco-3D) para avaliação da área valvar mitral (AVM) é uma técnica inovadora, que deve ser validada na compração com técnicas de cálculos de AVM já consagrados. O cálculo da AVM pelo método de Gorlin já foi bem estabelecido e correlaciona-se de forma adequada com a verdadeira AVM. Nosso objetivo foi comparar as medidas de AVM obtidas pelos métodos hemodinâmicos e ecocardiográfico, a partir de parâmetros hemodinâmicos invasivos (fórmula de Gorlin) e de eco-3D após valvoplastia mitral percutânea por cateter-balão (VCB). Método: Estudo prospectivo, realizado entre fevereiro de 2009 e fevereiro de 2010, em que foram selecionados 24 indivíduos (dos quais 22 mulheres, na faixa etária de 39 + ou - 12 anos) portadores de estenose mitral sintomática submetidos a VCB. Foi feita análise ecocardiográfica transtorácica bidimensonal e tridimensional antes e após VCB, em que foram aferidos a AVM (eco-3D/medida invasiva) e o gradiente...
BACKGROUND: Real time three-dimensional (3D) echocardiography (Echo) is an innovative technique to assess mitral valve area (MVA) that must be validated in comparison with established MVA calculation techniques. The calculation of valve area by Gorlin's method has been well established and correlates adequately with the true MVA. This study was aimed at comparing MVA obtained by hemodynamic and echocardiographic methods, based on invasive hemodynamic (Gorlin's formula) and 3D Echo parameters after percutaneous balloon mitral valvuloplasty (PBMV). METHODS: Prospective study carried out from February 2009 to February 2010, in 24 individuals (22 women, 39 ± 12 years) with symptomatic mitral stenosis undergoing PBMV. 2D and 3D Echo were compared before and after the PBMV, with MVA (3D Echo/invasive measurement) and mitral gradient (max/mean) measurements. RESULTS: Two patients were excluded (one because of a left atrial thrombus and another due to MVA > 1.5 cm²). Mean MVA obtained by the hemodynamic method was 1.73 cm², whereas the mean value obtained by 3D Echo was 1.72 cm². There was a significant correlation between MVA obtained by Gorlin's formula and 3D Echo pre-valvuloplasty (r: 0.7638; P < 0.001) and post-valvuloplasty (r: 0.6659; P < 0.0019). CONCLUSIONS: 3D Echo is an adequate method for the assessment and calculation of MVA before and after PBMV procedures providing accurate values when compared to the established MVA calculation obtained by Gorlin's formula.
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Humanos , Feminino , Cateterismo , Ecocardiografia Tridimensional/métodos , Ecocardiografia Tridimensional , Ecocardiografia/métodos , Ecocardiografia , Estenose da Valva Mitral/complicações , Estenose da Valva Mitral/diagnósticoRESUMO
Introdução: Embora os stents farmacológicos tenham reduzido de forma inconteste o crescimento neointimal e sua consequência clínica direta, a reestenose, questionamentos acerca de sua segurança a longo prazo têm motivado o desenvolvimento de novas tecnologias. A aplicação sistêmica de fármacos antiproliferativos teria o potencial de solucionar o problema da reestenose e ao mesmo tempo amenizar a questão da segurança tardia inerente aos polímeros sintéticos. Recentemente, estudo investigando a administração intravenosa de uma solução de paclitaxel ligado à albumina (ABI-007) produziu efeito discreto na redução da formação de tecido neointimal. Este trabalho teve como objetivo avaliar, por meio da angiografia e do ultrassom intracoronário (USIC) seriados, a efetividade da aplicação intracoronária do ABI-007 na supressão da hiperplasia neointimal após implante de stents não-farmacológicos. Método: Entre novembro de 2006 e maio de 2007, pacientes portadores de lesões coronárias de novo, com extensão < 18 mm, em vasos nativos de 2,5 mm a 3,5 mm de diâmetro, foram submetidos a intervenção coronária percutânea com implante de stents não-farmacológicos, seguida de injeção intracoronária de 70 mg/m² de ABI-007. Avaliação com angiografia e USIC foi programada para todos os pacientes imediatamente após o procedimento e aos seis meses de seguimento. Desfecho primário era a perda luminal tardia (QCA) e o porcentual de obstrução volumétrica gerado pela hiperplasia neointimal (USIC) aos seis meses...
Background: Transcatheter aortic valve implantation (TAVI) is increasingly reported as a valid alternative therapeutic option for patients with aortic valve stenosis with highsurgical risk. Although effective and relatively safe, TAVI is currently associated to the need of permanent pacemaker in 20% to 30% of the cases, with a number of predictors of this complication already described in the literature. Method: We report a series of 8 consecutive patients with aortic stenosis treated with TAVI (Corevalve Revalving, Medtronic Inc., USA). Results: The study population had ahigh surgical risk (on average, STS Score = 22.9% and EuroSCORE = 27.2%). All cases presented at least onehigh-risk predictor for post-procedure high grade atrioventricular block. The interventional procedure was successfully accomplished in all but one patient who presented a cardiac tamponade and in-hospital death. The transaortic pressure gradient was reduced from 91.3 ± 26.9 mmHg to19.4 ± 6.3 mmHg. After hospital discharge, the follow-up time ranged from 4 weeks to 12 months. During follow-up, there were no deaths and none of the patients had a new 2nd or 3rd degree atrioventricular block and permanent pacemaker was not required in any of the cases. Conclusion: Although the lack of a permanent pacemaker in the study population may have occurred by chance, our initial experience suggests that the need of pacemaker following TAVI is not readily predictable with the currently described high-risk predictors.