RESUMO
Objective: To evaluate frequency and impact of adverse events, mainly the hematological and dermatological ones, on sustained virological response, and compliance to hepatitis C treatment. Methods: Patients were treated according to the guidelines of the Brazilian Ministry of Health. Variables associated with hematological and dermatological adverse events were: age, gender, stage of fibrosis, type of Pegylated interferon, dose reductions, temporary discontinuation and early interruption of treatment. Results: Two hundred and twenty two patients were studied (58% females; age 49±11 years). Dose reductions, temporary interruptions, and early discontinuations were observed in 21%, 8% and 9.5% of patients, respectively. The main adverse events were hematological (anemia, neutropenia and thrombocytopenia) and dermatological (pruritus and alopecia). Anemia (Hemoglobin <10g/dL) was associated with female gender (p<0.001), advanced fibrosis (p=0.047) and dose reductions (p<0.001); neutropenia with advanced fibrosis (p=0.003) and temporary discontinuation (p=0.002); thrombocytopenia with advanced fibrosis (p<0.001) and pegylated interferon α2a (p=0.05). Pruritus and alopecia were associated to female gender (p=0.008 and p=0.02) and treatment interruption (p=0.029 and p=0.02).Conclusion: Hematological and dermatological adverse events are frequent in hepatitis C patients treated with pegylated interferon and ribavirin. However, despite frequent dose reductions and interruptions, these adverse events did not affect the sustained virological response.
Objetivo: Avaliar a frequência e o impacto de eventos adversos, principalmente hematológicos e dermatológicos, na resposta virológica sustentada e na aderência ao tratamento para hepatite C. Métodos: Os pacientes foram tratados de acordo com diretriz do Ministério da Saúde. Variáveis associadas com eventos adversos hematológicos e dermatológicos foram: idade, sexo, grau de fibrose, tipo de interferon peguilado, reduções de dose, descontinuação temporária e interrupção precoce do tratamento. Resultados: Foram estudados 232 pacientes (58% mulheres; idade 49±11 anos). Reduções de dose, interrupções temporárias e descontinuações precoces foram observadas em 21%, 8% e 9,5% dos pacientes, respectivamente. Os principais eventos adversos foram hematológicos (anemia, neutropenia e plaquetopenia) e dermatológicos (prurido e alopecia). Anemia (hemoglobina <10g/dL) se associou a sexo feminino (p<0,001), fibrose avançada (p=0,047) e reduções de doses (p<0,001); neutropenia com fibrose avançada (p=0,003) e interrupção temporária (p=0,002); plaquetopenia com fibrose avançada (p<0,001) e interferon peguilado α2a (p=0,05). Prurido e alopecia se associaram ao sexo feminino (p=0,008 e p=0,02) e interrupção do tratamento (p=0,029 e p=0,02). Conclusão: Eventos adversos hematológicos e dermatológicos foram frequentes em pacientes tratados com interferon peguilado e ribavirina. Entretanto, a despeito de frequentes reduções de dose e interrupções, estes eventos adversos não afetaram a resposta virológica sustentada.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Hepatite C Crônica/tratamento farmacológico , Hepatite C Crônica/terapia , Interferon-alfa/efeitos adversos , Ribavirina/efeitos adversos , Alopecia/induzido quimicamente , Combinação de Medicamentos , Interferon-alfa/uso terapêutico , Neutropenia/induzido quimicamente , Ribavirina/uso terapêuticoRESUMO
ABSTRACT In order to draw evidence-based recommendations concerning the management of autoimmune diseases of the liver, the Brazilian Society of Hepatology has sponsored a single-topic meeting in October 18th, 2014 at São Paulo. An organizing committee comprised of seven investigators was previously elected by the Governing Board to organize the scientific agenda as well as to select twenty panelists to make a systematic review of the literature and to present topics related to the diagnosis and treatment of autoimmune hepatitis, primary sclerosing cholangitis, primary biliary cirrhosis and their overlap syndromes. After the meeting, all panelists gathered together for the discussion of the topics and the elaboration of those recommendations. The text was subsequently submitted for suggestions and approval of all members of the Brazilian Society of Hepatology through its homepage. The present paper is the final version of the reviewed manuscript organized in topics, followed by the recommendations of the Brazilian Society of Hepatology.
RESUMO Para definir as recomendações baseadas em evidências científicas sobre o diagnóstico e tratamento das doenças autoimnus do fígado, a Sociedade Brasileira de Hepatologia organizou em Outubro de 2014, encontro monotemático em São Paulo. Um Comitê organizador de sete investigadores foi selecionado pela Diretoria da Sociedade para organizar a agenda científica, assim como para selecionar vinte debatedores para fazer uma revisão sistemática e apresentar tópicos relacionados à hepatite autoimune, colangite esclerosante primária, cirrose biliar primária e suas síndromes de superposição (overlap). O texto inicial do submetidoo a apreciação e aprovação da Sociedade Brasileira de Hepatologia através de consulta a todos associados através da home page da Sociedade, O trabalho apresentado representa a versão final do trabalho original, devidamente revisado e organizado em tópicos, segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Assuntos
Humanos , Colangite Esclerosante/diagnóstico , Colangite Esclerosante/terapia , Hepatite Autoimune/diagnóstico , Hepatite Autoimune/terapia , Cirrose Hepática Biliar/diagnóstico , Cirrose Hepática Biliar/terapia , Brasil , Sociedades Médicas , SíndromeRESUMO
Background - Different factors are responsible for the progression of hepatic fibrosis in chronic infection with hepatitis C virus, but the role of nutritional factors in the progression of the disease is not clearly defined. This study aimed to evaluate the nutritional status and dietary profile among patients with chronic hepatitis C who were candidates for treatment and its association with histopathological features. Methods - A crossectional study was conducted on treatment-naïve patients with chronic hepatitis C genotype 1, between 2011 and 2013. The following assessments were performed before treatment: liver biopsy, anthropometric measurements and qualitative/quantitative analysis of food intake. Results - Seventy patients were studied. The majority of patients was classified as obese (34%) or overweight (20%) according to body mass index [BMI] and as at risk for cardiovascular diseases by waist circumference (79%). Unhealthy food intake was presented by 59% according to qualitative parameters and several patients showed an insufficient intake of calories (59%), excessive intake of protein (36%) and of saturated fat (63%), according to quantitative analysis. With respect to histology, 68% presented activity grade ≥2, 65% had steatosis and 25% exhibited fibrosis stage >2. Comparative analysis between anthropometric parameters and histological features showed that elevated waist circumference was the only variable associated to hepatic steatosis ( P =0.05). There was no association between qualitative and quantitative food intake parameters with histological findings. Conclusion - In this study, most of the patients with hepatitis C presented inadequate qualitative food intake and excessive consumption of saturated fat; in addition, excess of abdominal fat was associated to hepatic steatosis. Therefore, nutritional guidance should be implemented prior to treatment in patients with chronic hepatitis C, in order to avoid nutritional disorders and negative impact on the management of patients.
Contexto - Diferentes fatores são responsáveis pela progressão da fibrose na infecção crônica pelo vírus da hepatite C, mas o papel dos fatores nutricionais na progressão da doença não está definido. Este estudo teve como objetivo avaliar o estado nutricional e o perfil dietético de pacientes com hepatite C crônica candidatos a tratamento e sua associação com achados histopatológicos. Métodos - Foi conduzido um estudo transversal em pacientes com hepatite C crônica genótipo 1 virgens de tratamento, entre 2011 e 2013. Foram analisados, antes do tratamento, os seguintes aspectos: biópsia hepática, medidas antropométricas e análise qualitativa e quantitativa do consumo alimentar. Resultados - Setenta pacientes foram estudados. A maioria dos pacientes apresentava obesidade (34%) ou sobrepeso (20%) de acordo com índice de massa corporal e risco para doenças cardiovasculares de acordo com a circunferência da cintura elevada (79%). Na análise qualitativa do consumo alimentar, 59% apresentavam uma dieta inadequada. Conforme análise quantitativa, 59% tinham consumo insuficiente de calorias, 36% consumo excessivo de proteínas e 63% consumo excessivo de gorduras saturadas. Com relação à histologia, 68% apresentavam grau de atividade inflamatória ≥2, 65% mostraram esteatose hepática e 25% possuíam grau de fibrose >2. Na análise comparativa entre as medidas antropométricas e achados histológicos, somente a circunferência da cintura elevada mostrou associação com esteatose hepática ( P =0,05). Não houve associação entre consumo alimentar qualitativo e quantitativo com parâmetros histológicos. Conclusão - A maioria dos pacientes apresentava consumo alimentar inadequado de acordo com parâmetros qualitativos e consumo excessivo de gordura saturada, além de excesso de gordura abdominal, que esteve associada à esteatose hepática. Portanto, aconselhamento nutricional deveria ser implementado em pacientes candidatos a tratamento para hepatite C crônica visando evitar distúrbios nutricionais que podem impactar negativamente no manejo dos pacientes.
Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Ingestão de Energia/fisiologia , Comportamento Alimentar/fisiologia , Hepatite C Crônica/complicações , Índice de Massa Corporal , Doença Crônica , Estudos Transversais , Progressão da Doença , Fígado Gorduroso/etiologia , Fígado Gorduroso/fisiopatologia , Genótipo , Hepatite C Crônica/genética , Hepatite C Crônica/fisiopatologia , Cirrose Hepática/etiologia , Cirrose Hepática/fisiopatologia , Obesidade/complicações , Obesidade/fisiopatologia , Fatores de Risco , Índice de Gravidade de DoençaRESUMO
ABSTRACTINTRODUCTION:Since women are frequently the minority among blood donors worldwide, studies evaluating this population usually reflect male features. We assessed the features of female blood donors with positive serology for HBV and compared them with those of men.METHODS The study comprised consecutive blood donors referred to a specialized liver disease center to be evaluated due to HBsAg- and/or anti-HBc-positive tests.RESULTS: The study encompassed 1,273 individuals, 219 (17.2%) of whom were referred due to positive HBsAg test and 1,054 (82.8%) due to reactive anti-HBc test. Subjects' mean age was 36.8±10.9 years, and 28.7% were women. Female blood donors referred for positive HBsAg screening tests demonstrated higher prevalence of healthcare workers (9.3% vs 2.5%) and lower prevalence of sexual risk behaviors (15.1% vs 41.1%) and alcohol abuse (1.9% vs 19.8%) compared to men. Women had lower ALT (0.6 vs 0.8×ULN), AST (0.6 vs 0.8×ULN), direct bilirubin (0.2 vs 0.3mg/dL), and alkaline phosphatase (0.5 vs 0.6×ULN) levels and higher platelet count (223,380±50,293 vs 195,020±53,060/mm3). Women also had a higher prevalence of false-positive results (29.6% vs 17.0%). No differences were observed with respect to liver biopsies. Female blood donors referenced for reactive anti-HBc screening tests presented similar clinical, epidemiological, and biochemical characteristics to those reported for positive HBsAg screening tests and similarly had a higher prevalence of false-reactive results.CONCLUSIONS: Compared to men, female blood donors with positive HBsAg and/or anti-HBc screening tests demonstrated higher prevalence of professional risk and false-positive results and reduced alteration of liver chemistry.
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Doadores de Sangue/estatística & dados numéricos , Hepatite B/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Reações Falso-Positivas , Anticorpos Anti-Hepatite B/sangue , Antígenos do Núcleo do Vírus da Hepatite B/sangue , Antígenos de Superfície da Hepatite B/sangue , Vírus da Hepatite B/imunologia , Hepatite B/diagnóstico , Imunoglobulina M/sangue , Fatores SexuaisRESUMO
Descreve-se aqui um caso de reativação de leishmaniose cutaneomucosa durante o tratamento com alfainterferona 2b (IFN) para hepatite B crônica (HBV). Relato do caso: Paciente masculino, 52 anos, natural da Bahia, procedente de São Paulo onde vivia há 30 anos, encaminhado por HBV. Na história epidemiológica, referiu-se a uma viagem há cinco anos para Porto Seguro-BA, sem apresentar outros fatores de risco. No exame físico para admissão, não havia evidências de doença hepática crônica. Sorologias pré-tratamento: HBsAg e HBeAg positivos, biópsia A0F0 (Metavir). Foi submetido a tratamento com IFN 5 milhões de UI/dia por 24 semanas. No final, apresentava-se HBV DNA detectável, sem soroconversão de HBeAg, porém evoluiu no quarto mês de tratamento com perda ponderal de 10 kg, astenia, sinais e sintomas de sinusite sem melhora clínica após antibioticoterapia. Foi encaminhado para a otorrinolaringologia com rouquidão persistente, destruição de septo nasal, com áreas de crostas, necrose local, alargamento nasal e lesão em palato mole, cuja biópsia mostrou processo inflamatório granulomatoso com necrose caseosa, sugestivo de leishmaniose. Sorologia para leishmaniose IgG 1/80 (IFI) e intradermorreação de Montenegro de 30 mm. Indicado antimoniato de meglumina IV por 30 dias, obteve melhora da rouquidão e das lesões de palato. Conclusão: O quadro clínico sugere reativação da leishmaniose induzida pelo IFN. Acredita-se que este seja o primeiro relato na literatura de reativação de leishmaniose muco-cutânea por uso de IFN, semelhantemente ao que ocorre com a tuberculose. Screening para leishmaniose deve ser realizado em paciente de região endêmica no pré-tratamento com IFN diante da possibilidade de reativação de infecção latente
Assuntos
Hepatite B Crônica , Leishmaniose , Interferon-alfaRESUMO
Introduction: There is scarce information regarding clinical evolution of HBV infection in renal transplant patients. Aims: To evaluate the prevalence of acute exacerbation in HBV-infected renal transplant patients and its association with the time after transplantation, presence of viral replication, clinical evolution, and use of antiviral prophylaxis. Materials and methods: HBV infected renal transplant patients who underwent regular follow-up visits at 6-month intervals were included in the study. The criteria adopted to characterize exacerbation were: ALT >5 × ULN and/or >3 × baseline level. Predictive factors of exacerbation evaluated were age, gender, time on dialysis, type of donor, post-transplant time, ALT, HBeAg, HBV-DNA, HCV-RNA, immunosuppressive therapy, and use of antiviral prophylaxis. Results: 140 HBV-infected renal transplant patients were included (71% males; age 46 ±10 years; post-renal transplant time 8 ±5 years). During follow-up, 25% (35/140) of the patients presented exacerbation within 3.4 ±3 years after renal transplant. Viral replication was observed in all patients with exacerbation. Clinical and/or laboratory signs of hepatic insufficiency were present in 17% (6/35) of the patients. Three patients died as a consequence of liver failure. In univariate analysis variables associated with exacerbation were less frequent use of prophylactic/preemptive lamivudine and of mycophenolate mofetil. Lamivudine use was the only variable independently associated with exacerbation, with a protective effect. Conclusions: Acute exacerbation was a frequent and severe event in HBV-infected renal transplant patients. Prophylactic/preemptive therapy with antiviral drugs should be indicated for all HBsAg-positive renal transplant patients. .
Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Antivirais/administração & dosagem , Hepatite B Crônica/tratamento farmacológico , Transplante de Rim/efeitos adversos , Doença Aguda , Replicação ViralRESUMO
Introduction Six genotypes of the hepatitis C virus (HCV) have been identified thus far, and their distribution is well defined. Genotype 1, which is the most prevalent worldwide, is always compared to genotypes 2 and 3, particularly in terms of treatment response. However, little is known about the differences between genotypes 2 and 3 because these genotypes are analyzed together in most studies. Therefore, the aim of this study was to evaluate differences in the clinical, epidemiological, laboratory, and histological parameters between HCV-2 and HCV-3. Methods Patients with chronic hepatitis C infected with genotypes 2 and 3 were studied retrospectively and compared according to clinical, laboratory, and histological aspects. Hepatitis C virus-ribonucleic acid (HCV-RNA) was analyzed quantitatively by TaqMan® real-time PCR, and the HCV genotype was determined by sequencing the 5′-untranslated region. Results A total of 306 patients with chronic HCV-2 (n=50) and HCV-3 (n = 256) were studied. Subtype 2b (n=17/50) and subtype 3a (n=244/256) were the most prevalent among patients infected with HCV-2 and HCV-3, respectively. The mean age was 47 ± 10 years, and there was a predominance of men in the group studied (61%). Comparative analysis between HCV-2 and HCV-3 showed a younger age (p=0.002), less prevalence of arterial hypertension (p=0.03), higher serum albumin levels (p=0.01), more advanced stage of liver fibrosis (p=0.03), and higher frequency of steatosis in patients with HCV-3 (p=0.001). After multivariate regression analysis, all the variables, except serum albumin, remained as variables associated with HCV-3 in the final model. Conclusions Clinical and histological differences exist between HCV-2 and HVC-3, which suggests the need for separate analyses of these genotypes. .
Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Genótipo , Hepacivirus/genética , Hepatite C Crônica/virologia , RNA Viral/genética , Progressão da Doença , Hepatite C Crônica/patologia , Cirrose Hepática/virologia , Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real , Estudos RetrospectivosRESUMO
INTRODUCTION: Approximately 30% of hepatitis C virus (HCV) monoinfected patients present persistently normal alanine aminotransferase (ALT) levels. Most of these patients have a slow progression of liver fibrosis. Studies have demonstrated the rate of liver fibrosis progression in hepatitis C virus-human immunodeficiency virus (HCV-HIV) coinfected patients is faster than in patients infected only by HCV. Few studies have evaluated the histological features of chronic hepatitis C in HIV-infected patients with normal ALT levels. METHODS: HCV-HIV coinfected patients (HCV-RNA and anti-HIV positive) with known time of HCV infection (intravenous drugs users) were selected. Patients with hepatitis B surface antigen (HBsAg) positive or hepatitis C treatment before liver biopsy were excluded. Patients were considered to have a normal ALT levels if they had at least 3 normal determinations in the previous 6 months prior to liver biopsy. All patients were submitted to liver biopsy and METAVIR scale was used. RESULTS: Of 50 studied patients 40 (80%) were males. All patients were treated with antiretroviral therapy. The ALT levels were normal in 13 (26%) patients. HCV-HIV co-infected patients with normal ALT levels had presented means of the liver fibrosis stages (0.77±0.44 versus 1.86±1.38; p<0.001) periportal inflammatory activity (0.62±0.77 versus 2.24±1.35; p<0.001) and liver fibrosis progression rate (0.058±0.043 fibrosis unit/year versus 0.118±0.102 fibrosis unit/year) significantly lower as compared to those with elevated ALT. CONCLUSIONS: HCV-HIV coinfected patients with persistently normal ALTs showed slower progression of liver fibrosis. In these patients the development of liver cirrhosis is improbable.
INTRODUÇÃO: Aproximadamente, 30% dos portadores de hepatite crônica C apresentam níveis de aminotransferases persistentemente normais (APNL). A maioria destes pacientes tem lenta progressão da fibrose hepática. Em portadores de coinfecção VHC-HIV, estudos têm demonstrado que a progressão da fibrose hepática é mais rápida que a observada em indivíduos infectados somente pelo VHC. Há poucos estudos que verificaram as características histológicas da hepatite crônica C em pacientes coinfectados pelo HIV APNL. MÉTODOS: Portadores de coinfecção VHC-HIV (HCV-RNA e anti-HIV positivos) com tempo de infecção pelo VHC conhecido (uso de drogas intravenosas) foram selecionados. Aqueles com hepatitis B surface antigen (HbsAg) positivo ou que tenham sido submetidos à terapia antiviral para hepatite C antes da biópsia hepática foram excluídos. Pacientes com pelo menos 3 determinações normais da ALT nos últimos 6 meses antes da biópsia hepática foram considerados como tendo APNL. Todos foram submetidos a biópsia hepática que foi classificada de acordo com a escala METAVIR. RESULTADOS: Foram incluídos 50 pacientes, 40 (80%) homens. Todos receberam terapia antirretroviral. Os níveis de ALT foram persistentemente normais em 13 (26%) pacientes. Pacientes coinfectados com APNL apresentaram menor média dos estágiosde fibrose hepática (0,77±0,44 versus 1,86±1,38; p<0,001), dos índices de atividade inflamatória periportal (0,62±0,77 versus 2,24±1,35; p<0,001) e progressão mais lenta da fibrose hepática (0,058±0,043 unidades de fibrose /ano versus 0,118±0,102 unidades de fibrose/ano) quando comparados àqueles com aminotransferases elevadas. CONCLUSÕES: Portadores de coinfecção VHC-HIV com APNL apresentam progressão mais lenta da fibrose hepática. Nesses pacientes o desenvolvimento de cirrose hepática é improvável.
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Alanina Transaminase/sangue , Coinfecção/patologia , Progressão da Doença , Infecções por HIV/patologia , Hepatite C Crônica/patologia , Cirrose Hepática/virologia , Biópsia , Coinfecção/enzimologia , Genótipo , Infecções por HIV/complicações , Infecções por HIV/enzimologia , Hepatite C Crônica/complicações , Hepatite C Crônica/enzimologia , Cirrose Hepática/enzimologia , Cirrose Hepática/patologia , Valores de Referência , Carga ViralRESUMO
CONTEXT AND OBJECTIVE: The main causes of hepatic steatosis (HS) are alcoholic liver disease and nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD). Although liver biopsy is the gold standard for NAFLD diagnosis, the finding of abnormal aminotransferases in abstinent individuals, without known liver disease, suggests the diagnosis of NAFLD in 80-90 percent of the cases. Identification of clinical factors associated with HS on abdominal ultrasound may enable diagnoses of fatty liver non-invasively and cost-effectively. The aim here was to identify clinical variables associated with HS in individuals with elevated alanine aminotransferase (ALT) levels. DESIGN AND SETTING: Cross-sectional study in a single tertiary care center. METHODS: Individuals with elevated ALT, serologically negative for hepatitis B and C, were evaluated by reviewing medical files. Patients who did not undergo abdominal ultrasonography were excluded. RESULTS: Among 94 individuals included, 40 percent presented HS on ultrasonography. Compared with individuals without HS, those with fatty liver were older (P = 0.043), with higher body mass index (BMI) (P = 0.003), diabetes prevalence (P = 0.024), fasting glucose levels (P = 0.001) and triglycerides (P = 0.003). Multivariate analysis showed that BMI (odds ratio, OR = 1.186; 95 percent confidence interval, CI: 1.049-1.341; P = 0.006) and diabetes mellitus (OR = 12.721; 95 percent CI: 1.380-117.247; P = 0.025) were independently associated with HS. CONCLUSIONS: Simple clinical findings such as history of diabetes and high BMI may predict the presence of HS on ultrasonography in individuals with elevated ALT and negative serological tests for hepatitis.
CONTEXTO E OBJETIVO: Doença hepática alcoólica e doença hepática esteatótica não alcoólica (DHENA) são as principais causas de esteatose hepática (EH). Apesar de a biópsia hepática ser o método de escolha para diagnóstico DHENA, o achado de aminotransferases elevadas em indivíduos abstêmios, sem doença hepática conhecida, sugere o diagnóstico de DHENA em 80-90 por cento dos casos. A identificação de variáveis clínicas associadas à EH na ultrassonografia abdominal pode permitir o diagnóstico de DHENA de forma não invasiva e custo-efetiva. O objetivo foi identificar variáveis clínicas associadas à EH em indivíduos com níveis elevados de alanina aminotransferase (ALT). TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal em um único centro de atendimento terciário. MÉTODOS: Indivíduos com ALT elevada e sorologias negativas para os vírus de hepatite B e C foram avaliados por meio de revisão de prontuários. Os pacientes não submetidos à ultrassonografia foram excluídos. RESULTADOS: Foram incluídos 94 indivíduos, 40 por cento deles com EH à ultrassonografia. Quando comparados aos indivíduos sem EH, aqueles com EH apresentaram maior prevalência de diabetes (P = 0,024), maiores idade (P = 0,043) e índice de massa corpórea (IMC) (P = 0,003), glicemia de jejum mais elevada (P = 0,001) e triglicerídeos mais elevados (P = 0,003). A análise multivariada evidenciou que o IMC (odds ratio, OR = 1,186, 95 por cento intervalo de confiança, IC 1,049-1,341, P = 0,006) e o diabetes mellitus (OR = 12,721, 95 por cento IC 1,380-117,247, P = 0,025) foram associadas independentemente à EH. CONCLUSÕES: Achados clínicos simples como história de diabetes e o IMC elevado podem predizer a presença de EH à ultrassonografia de indivíduos com ALT elevada e sorologias negativas para hepatite.
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Alanina Transaminase/sangue , Fígado Gorduroso , Doadores de Sangue/estatística & dados numéricos , Índice de Massa Corporal , Diabetes Mellitus/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Fígado Gorduroso/sangue , Fígado Gorduroso/enzimologia , Anticorpos Anti-Hepatite B/sangue , Anticorpos Anti-Hepatite C/sangue , Fatores de RiscoRESUMO
INTRODUCTION: Although various studies have been published regarding the treatment of chronic hepatitis C (CHC) with peginterferon (Peg-IFN) and ribavirin, little is known regarding the real impact of gender on the characteristics that influence the effectiveness and safety of antiviral treatment for CHC patients. The objective of this study was to evaluate the influence of gender on HCV treatment outcomes. METHODS: A retrospective analytical study was conducted among selected carriers of CHC genotype 1, who were treated with Peg-IFN α-2b at a dose of 1.5 μg/kg or Peg-IFN α-2a at a dose of 180 μg/week plus a ribavirin dose of 1,000-1,250 mg/day, according to weight, between 2001 and 2007. RESULTS: Among 181 patients undergoing treatment, the mean age was 46.4 ± 11.0 years and 46 percent were women. At baseline, 32 percent of the patients had advanced fibrosis (F3-F4 Scheuer), and 83 percent of the subjects had viral load > 400,000 IU/ml, without significant difference between the genders (p = 0.428 and p = 0.452, respectively). When compared with men, women had higher incidence of many adverse events such as anemia (p < 0.001) and higher need for dose reduction, for both Peg-IFN (p = 0.004) and ribavirin (p = 0.006). However, the rate of sustained virological response (SVR) did not differ between the genders: 45 percent (female) vs 41 percent (male); p=0.464. CONCLUSIONS: This study suggests that women and men react differently to combined therapy, especially in relation to the incidence of adverse events and the need for dose modification. Nevertheless, these differences do not influence the SVR rate.
INTRODUÇÃO: Apesar dos vários estudos publicados a respeito do tratamento da hepatite C crônica (CHC) com Peg-Interferon (Peg-IFN) e ribavirina, se desconhece o real impacto do gênero sobre as características que influenciam a eficácia e a segurança da terapia antiviral em portadores de CHC. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do gênero no tratamento da CHC. MÉTODOS: Foi realizado um estudo analítico retrospectivo de portadores de CHC genótipo 1 tratados com Peg-IFN α-2b na dose de 1,5μg/kg ou Peg-IFN α-2a na dose de180μg/sem associado à ribavirina 1.000-1.250 mg/dia, de acordo com o peso, entre 2001 e 2007. RESULTADOS: Entre 181 pacientes submetidos ao tratamento, a média de idade foi de 46,4±11,0 anos e 46 por cento eram mulheres. No pré-tratamento, 32 por cento dos pacientes apresentavam fibrose avançada (F3-F4 Scheuer), e 83 por cento dos indivíduos apresentavam carga viral >400.000IU/mL, sem diferença significativa entre os gêneros (p=0,428 e p=0,452, respectivamente). Quando comparadas aos homens, as mulheres exibiram maior incidência de eventos adversos como anemia (p<0,001) e maior necessidade de redução de dose tanto do Peg-IFN (p=0,004) quanto da ribavirina (p=0,006). Entretanto, as taxas de resposta virológica sustentada (RVS) não diferiram entre os gêneros (45 por cento (mulheres) . vs 41 por cento (homens); p=0,464). CONCLUSÕES: Este estudo sugere que homens e mulheres reagem à terapia combinada de forma diferente, especialmente com relação aos eventos adversos e à necessidade de modificação de dose. No entanto, essas diferenças não influenciam as taxas de RVS.
Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Antivirais/administração & dosagem , Hepatite C Crônica/tratamento farmacológico , Interferon-alfa , Polietilenoglicóis/administração & dosagem , Ribavirina/administração & dosagem , Fatores Sexuais , Antivirais/efeitos adversos , Estudos Transversais , Relação Dose-Resposta a Droga , Quimioterapia Combinada , Genótipo , Hepatite C Crônica/genética , Interferon-alfa , Polietilenoglicóis/efeitos adversos , Estudos Retrospectivos , RNA Viral/genética , Ribavirina/efeitos adversos , Índice de Gravidade de Doença , Resultado do TratamentoRESUMO
The complex interaction between hepatitis C virus infection, iron homeostasis and the response to antiviral treatment remains controversial. The aim of this study was to evaluate the influence of hepatic iron concentration (HIC) on the sustained virological response (SVR) to antiviral therapy in patients with chronic hepatitis C. A total of 50 patients who underwent pretreatment liver biopsy with assessment of HIC by graphite furnace atomic absorption spectroscopy and were subsequently submitted to antiviral treatment with interferon/peginterferon and ribavirin were included in the study. Patients with alcoholism, history of multiple blood transfusion, chronic kidney disease, hemolytic anemia and parenteral iron therapy were excluded. The iron related markers and HIC were compared between those who achieved an SVR and non-responders (NR) patients. The mean age was 45.7 years and the proportion of patients' gender was not different between SVR and NR patients. The median serum iron was 138 and 134 µg/dL (p = 0.9), the median serum ferritin was 152.5 and 179.5 ng/mL (p = 0.87) and the median HIC was 9.9 and 8.2 µmol/g dry tissue (p = 0.51), for SVR and NR patients, respectively. Thus, hepatic iron concentration, determined by a reliable quantitative method, was not a negative predictive factor of SVR in patients with chronic hepatitis C presenting mild to moderate hepatic iron accumulation.
A complexa interação entre infecção pelo vírus da hepatite C, homeostase do ferro e resposta ao tratamento antiviral permanece controversa. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da concentração hepática de ferro (CHF) na resposta virológica sustentada (RVS) à terapia antiviral na hepatite C crônica. Foram incluídos 50 pacientes que foram submetidos à biopsia hepática pré-tratamento com determinação da CHF por espectrofotometria de absorção atômica com forno de grafite e tratados posteriormente com interferon/peginterferon e ribavirina. Pacientes com alcoolismo, história de múltiplas transfusões sanguíneas, doença renal crônica, anemia hemolítica e terapia com ferro parenteral foram excluídos. O perfil de ferro sérico e a CHF foram comparados entre aqueles que atingiram RVS e os não-respondedores (NR). A média de idade dos pacientes foi 45,7 anos e não houve diferença na proporção de homens e mulheres entre os grupos RVS e NR. A mediana do ferro sérico foi 138 and 134 µg/dL (p = 0.9), a mediana da ferritina sérica foi 152,5 e 179,5 ng/mL (p = 0,87) e a CHF mediana foi 9,9 e 8,2 µmol/g de tecido seco (p = 0,51), para pacientes com RVS e NR, respectivamente. Concluindo, a concentração hepática de ferro, determinada por um método quantitativo confiável, não foi um fator preditivo negativo de RVS em pacientes com hepatite C crônica e acúmulo de ferro hepático leve a moderado.
Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Antivirais/administração & dosagem , Hepatite C Crônica/tratamento farmacológico , Interferons/administração & dosagem , Ferro/análise , Fígado/química , Ribavirina/administração & dosagem , Quimioterapia Combinada , Hepatite C Crônica/metabolismo , Estudos Retrospectivos , Espectrofotometria AtômicaRESUMO
OBJETIVO: Avaliar alterações oculares (em especial lesões fundoscópicas) em pacientes com hepatite C tratados com alfa-interferon (IFN). MÉTODOS: Estudo prospectivo, descritivo e observacional de pacientes com hepatite C do serviço de Gastroenterologia da UNIFESP com indicações de uso de alfa-interferon entre novembro de 1999 e junho de 2000. Esses pacientes foram submetidos a exame oftalmológico completo antes e 1, 3, 6 e 12 meses após o início do tratamento. Pacientes HIV positivos, ou com exposição prévia à droga foram excluídos. RESULTADOS: De um total de 51 pacientes selecionados, 31 foram acompanhados. A relação masculino-feminino foi de 1,55, e a média de idade de 47 anos. A acuidade visual corrigida variou de 20/15 a 20/40. Vinte e dois por cento dos pacientes queixaram-se de sensação de corpo estranho, principalmente nos dois primeiros meses de terapia. Queixas gerais foram: artralgia, cefaléia, depressão, fraqueza muscular. Achados oculares foram: hemorragia retiniana (um olho) e exsudatos moles (três olhos), todos assintomáticos. Em um paciente com história pregressa de tratamento com interferon, observou-se presença de hemorragia vítrea, exsudatos duros e moles e tortuosidade vascular. Um paciente faleceu durante o tratamento por infarto cardíaco. CONCLUSÕES: Existem alterações oculares por uso sistêmico de alfa-interferon. Não existem estudos no nosso país descrevendo essas alterações. Médicos clínicos gerais e gastroenterologistas devem prestar atenção a esse tipo de problema, e encaminhar os pacientes a um serviço de oftalmologia para acompanhamento paralelo.
Assuntos
Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Masculino , Feminino , Humanos , Antivirais/efeitos adversos , Antivirais/uso terapêutico , Hepatite C/tratamento farmacológico , Interferon-alfa/efeitos adversos , Interferon-alfa/uso terapêutico , Oftalmopatias/etiologia , Estudos ProspectivosRESUMO
Profissionais da área de saúde (PAS) apresentam maior risco ocupacional de aquisiçäo de determinadas doenças, principalmente as transmissíveis por sangue ou derivados, como as hepatites B e C. Entre 1986 e 1998 foi realizado levantamento dos casos de hepatites virais que ocorreram em PAS atendidos no Ambulatório de Hepatites da Disciplina de Gastroenterologia da Escola Paulista de Medicina/Unifesp. Os PAS foram divididos em três categorias: médicos, pessoal de enfermagem (enfermeiras, auxiliares, atendentes) e outros profissionais (dentistas, biomédicos e técnicos de laboratório). Dentre os 4.211 pacientes com hepatite atendidos neste período, 141 (3,3 por cento) foram em PAS, sendo 39,7 por cento no pessoal de enfermagem, 35,5 por cento em outros profissionais e 24,8 por cento em médicos. Dos 114 casos, 13,5 por cento foram de hepatite A aguda, 26,9 por cento de B aguda, 26,9 por cento de B crônica, 26,9 por cento de C crônica e 5,8 por cento de hepatite NANB. A hepatite A aguda mostrou predomínio em outros profissionais (42,1 por cento) e médicos (36,9 por cento), seguido pelo pessoal de enfermagem (21 por cento). Na hepatite B aguda, outros profissionais (36,9 por cento) e pessoal de enfermagem (34,2 por cento) foram dominantes em relaçäo a médicos (28,9 por cento). Nas hepatites crônicas B e C houve predomínio do pessoal de enfermagem (39,5 por cento e 47,4 por cento, respectivamente), seguido por outros profissionais (28,9 por cento e 39,5 por cento) e médicos (31,6 por cento e 13,1 por cento). Näo houve casos de hepatite NANB em médicos, mas somente em pessoal de enfermagem (75 por cento) e outros profissionais (25 por cento). A comparaçäo da incidência das hepatites virais entre 1986-1991 e 1992-1997 mostrou uma tendência à diminuiçäo da maioria delas. A diminuiçäo dos casos de hepatite B pode ser atribuída à maior difusäo das precauçöes universais, em decorrêencia do HIV, e também da vacinaçäo contra a hepatite B a partir de 1991. A hepatite C crônica constitui exceçäo, com aumento significativo de 1 para 36 casos diagnosticados; isso se explica pelo fato do diagnóstico de certeza da hepatite C ter se tornado disponível a partir de 1991.
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Humanos , Masculino , Feminino , Hepatite A , Hepatite B , Hepatite C , Pessoal de Saúde , Riscos OcupacionaisRESUMO
We report a case of a patient with hepatitis B virus (HBV)-related membranous glomerulonephritis (MGN) who showed improvement after interferon-alpha (IFN-alpha) therapy. A 35-year-old man with nephrotic syndrome and HBV antigens received a 24-week course of IFN-alpha. At the end of therapy there was an elevation in the level of plasma aminotransferase and an increase in proteinuria, which were followed by antigen/antibody seroconversion. This "flare-up" before seroconversion suggests an increase in disease activity in the liver and kidney, demonstrating in vivo HBV involvement in MGN.
Assuntos
Adulto , Humanos , Masculino , Antivirais/uso terapêutico , Glomerulonefrite Membranosa/complicações , Glomerulonefrite Membranosa/tratamento farmacológico , Interferon-alfa/uso terapêutico , Hepatite B/complicações , Hepatite B/tratamento farmacológico , Proteinúria , Fatores de Tempo , Albumina Sérica/análise , Alanina Transaminase/sangueAssuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Hepatopatias , Complicações na Gravidez , Hepatopatias/diagnósticoRESUMO
In order to optimize the employment of financial resources to be allocated for hepatitis B vaccination programs involving health care workers, two different aspects were studied: the need of a pre-vaccination screening and the efficacy of low-doses schedules of HBV vaccine by the intradermal (ID) route. The economical analysis (a cost-minimization study) showed that when the prevalence of immune individuals is higher than 11 per cent it is more cost-effective to perform pre-vaccination screening. This situation was observed in the employees group. For students and doctors vaccination without screening was the best approach. Regarding the schedules, 3 doses of HBV vaccine by the intramuscular (IM) route (group A) were compared to first dose by the ID route and second and third doses by the IM route (group B) and to first and second doses by the ID route and the last dose by the IM route (group C). After the third dose, soroconversion rates in groups A and B (92 per cent and 93 per cent, respectively) and geometric mean titers of antiHBs (1278 UI/L and 789.6 UI/L) were similar, and both were different from group A (p < 0.05), showing that alternative vaccination schedules may be cost-effective.
Assuntos
Humanos , Pessoal de Saúde , Vacinas contra Hepatite B/imunologia , Hepatite B/economia , Recursos em Saúde/economia , Brasil , Análise Custo-Benefício , Relação Dose-Resposta Imunológica , Anticorpos Anti-Hepatite B/sangue , Vacinas contra Hepatite B/administração & dosagem , Vacinas contra Hepatite B/economia , Hepatite B/imunologia , Hepatite B/prevenção & controle , Pessoal de Saúde/economia , Recursos em SaúdeRESUMO
A infecçäo pelo virus da hepatite B (VHB) assume grande importância epidemiológica em todo o mundo, especialmente no Brasil, onde determinados grupos de risco apresentam alta prevalência da infecçäo. Dentre estes, destacam-se os profissionais da área da saúde, grupo ao qual devem ser dirigidas medidas profiláticas contra a infeçäo, basicamente através do emprego da vacina contra hepatite B. Com o objetivo de avaliar a resposta à vacina em profissionais da área de saúde, foram estudados 86 indivíduos, que foram vacinados contra hepatite B com três doses de 20 microgramas da vacina H-B-Vax (Merck, Sharp & Dohme), aplicadas aos 0,30 e 180 dias por via intramuscular, no músculo deltóide. Através da análise dos resultados, pudemos observar que homens apresentaram menor resposta à primeira dose de vacina e tendência à obtençäo de títulos médios geométricos inferiores, quando comparados ás mulheres. Estes mesmos achados foram observados quando comparamos fumantes e näo fumantes. Em relaçäo aos grupos etários estudados (indivíduos com menos de 35 anos e com 35 ou mais anos), näo se observou diferença estatisticamente significante na resposta à vacina